Fogo Simétrico - You Belong With Me escrita por Krystle


Capítulo 11
Afogando-se


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo não ficou do jeito que eu queria kkkkk é que eu não tive coragem de terminar sendo que consegui um final de capitulo perfeito kkkkkkkkkkkkkkkkk Já estou planejando o próximo, pois era para ser um capitulo só, mas variei um pouco uhsaush Espero que gostem!
A MÚSICA TEMA DESSE CAPITULO FOI - Skinny Love - Birdy



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A MÚSICA TEMA DESSE CAPITULO FOI - Skinny Love - Birdy

Capitulo 11

*Afogando-se*

Itália, Verona.

Seus passos eram mais que rápidos, andava como uma sombra, um demônio que não queria ser visto nas ruas escuras e silenciosas de Verona. Estava encapuzada e era notável perceber que o corpo era de uma mulher. Em passos ágeis ela subiu uma escada mais que rapidamente e olhou para os dois lados, conferindo se não estava sendo seguida. Assim ela entrou em um beco alto e bateu em uma porta pequena e velha.

–Abre logo... - Disse para ela mesma, dando mais três batidas.
Lentamente uma mulher abriu a porta, seus cabelos eram prateados, sua pele mais pálida que uma folha de papel e seus lábios era mais roxos do que o de um cadáver.
–Pensei que a fugitiva não iria mais vir - A albina falou dando sorriso zombeteiro para a mulher
–Deixe-me entrar... - Exclamou e a outra lhe deu passagem para entrar no lugar escuro, iluminado por algumas velas baixas e derretidas.
–Posso saber o que venho fazer aqui? - Perguntou a que ainda estava na porta para a de capuz.
–Pensei que eu fosse bem vinda na casa de uma bruxa, sempre ajudei vocês! - Respondeu.
–Muito engraçada, escute garota... Não é porque você se juntou a nós que somos amigas e que você é bem vinda na minha casa!

–Preciso de ajuda Vitany! - Gritou a mulher que se jogou numa poltrona.

Ela arrancou a capa com o capuz e respirou fundo. Ali, sentada em uma cadeira velha, com roupas de segunda mão, molhada por conta da chuva e ao mesmo tempo suada por ter corrido tanto, estava Bel Delacur, com uma expressão exausta.

–Não é da minha conta - A outra se sentou em outro lugar - Você que quis assim, Delacur! Devia ter pensado melhor antes de ter procurado Scorpia à seis anos atrás! Se ela não tivesse sido morta pela Rubby com toda certeza iria pagar por ajudar uma arma que estava estudando na Shibusen!

–Mas se descobrirem onde eu estou, também vão descobrir onde vocês, bruxas, estão! - Exclamou a castanha e finalmente calando a prateada.

–Então diga - Bufou com contragosto a bruxa.

–Estava em Londres no dia da festa dos Rubby, fiquei vigiando a casa desde a manhã... E escutei Demetria Rubby falar com o marido... Ela é esperta, está desconfiando que o shinigami e Jade tomaram alguma poção para se separar! Disse até o nome da mesma! Se ela voltar a investigar sobre isso vai acabar me encontrando, existem testemunhas naquele deserto! - Disse desesperada.

–Demétria sempre foi muito boa em investigar o nosso mundo, o mundo das bruxas... É muito provavel que ela descubra! Foi bom ter me contado, mas eles não farão nada por hora, estão ocupados com festas inúteis de fim de ano, até porque não querem estragar a imagem de família perfeita e, além disso, também estão treinando, bolando planos e estratégias... Não vão ficar pensando em romance agora, nem em você e em Scorpia... - A bruxa se levantou indo até a porta.

–Tem certeza? Os Rubby's são imprevisíveis, eles e os amiguinhos magnatas deles! - Falou com os olhos marejados.

–Bem, você que se meteu nisso! - Indicou a porta mais uma vez - Agora saia e evite voltar para Londres por algum tempo!

E a castanha saiu da casa da bruxa, em passos lentos.

***

Reino Unido, Londres.

Ela dormia agarrada aos travesseiros, seu cabelo vermelho estava totalmente desarrumado e vestia apenas um moletom qualquer que ia até os joelhos, o óculos de leitura estava torto na sua cara. A noite fora curta para Jade que ficara na Lady Demon até altas horas da madrugada. Quando acordasse, com toda certeza, estaria com uma grande dor de cabeça e uma ressaca pavorosa.

Mas ela teria que acordar a qualquer momento. E assim, sem aviso prévio, o celular da mulher - que estava próximo ao rosto dela - começou a tocar loucamente, fazendo a mulher ganhar um belo susto e sentar-se na cama rapidamente, apertando os olhos com a boca aberta em aborrecimento e susto.

–Caralho... - Resmungou, tirando os óculos que já estavam tortos. Pegou o celular com raiva e atendeu rapidamente, sem nem ver quem era. - Alô? - Perguntou com raiva, esfregando a testa, estava com uma dor de cabeça insuportável.

–Onde você tá? - Perguntou Moka exasperada, sua voz estava mole, devia ter acabado de acordar também.

–Em casa... - Respondeu sentando-se na cama e esfregando os olhos enquanto bocejava - E você? Tá tudo bem?

–Eu realmente não sei... Acordei com Ian em uma casa desconhecida, acho que entramos em uma suruba, pois tem um monte de gente pelada no chão! - Ela sussurrou e Jade deu uma gargalhada.

–Meu Deus... - Riu mais um pouco.

–Estamos saindo agora, meio de mansinho, vai que o dono da casa é um pedófilo? - A azulada continuava sussurrando, segurando o riso.

–Sim, façam isso... Eu tenho que tomar um remédio, estou morrendo de dor de cabeça...

–Está bem, vou desligar! Depois a gente conversa... - E a ligação foi desligada.

A ruiva finalmente se levantou, desceu o pequeno lance de escada que existia entre sua cama redonda e o chão. Foi até a suite e lavou o rosto de qualquer jeito.

–JADE! - Ouviu um grito e ela revirou os olhos, Jasper era muito escandaloso.

–JÁ VOU! - Gritou de volta e fez um coque desajeitado no cabelo, saiu do quarto, passou pelo corredor e desceu os dois pequenos lances de escadas, atravessou o andar de baixo e chegou na grande cozinha, as janelas iam até o chão e os móveis todos de madeira maciça e escura, um lugar exótico e limpo - Que foi? - Perguntou para o irmão que revirava um armário qualquer, estava com uma blusa de lã azul e uma calça de moletom qualquer que Jade ajudara a vestir depois que deu um banho gelado no moreno.

–Não estou achando os remédios... - Disse, tirando a cabeça de dentro do armário e fechando o mesmo - Desculpa, te acordei?

–Não, Moka me ligou, tinha acabado de acordar! - Respondeu indo em outro armário e pegando um envelope vermelho - Aqui! - Lhe deu um comprimido e tirou outro para si.

–O que aconteceu ontem? - Ele perguntou setando-se na bancada.

–Você se drogou e ficou rindo para o aquário... -Jade riu minimamente, sentando ao lado de Jasper.

–Eu tenho que parar com isso... Já deu o que tinha que dar! - Falou olhando para o copo de água em suas mãos, tomando de uma vez o comprimido, junto de sua irmã.

–Sim... - Afirmou a mulher - A Pam... Não ia gostar de te ver assim!

–A Pâmela morreu, Jade... Ela não pode ver nada! - Bufou.

–Não seja hipócrita! - A ruiva falou dura, pegando o copo do irmão e colocando na pia.

–Tá bem - Ele revirou os olhos heterocromáticos - Sabe, eu estava pensando em voltar a morar com o pai e com a mãe... Eu sei que é meio ridículo, mas... Eu odeio ficar sozinho naquela casa gigante!

–Então volte! - Ela falou pegando alguns ovos da geladeira - Vai ser bom para você! E não é nada ridiculo... As vezes eu também tenho vontade de vender aqui e voltar, mas você sabe, aqui é mais perto da empresa!

–É...

–E se você quiser pode morar comigo! - Deu a ideia, sorrindo - Você praticamente vive aqui e você é o meu irmão mais velho que eu amo de paixão! - Ironizou e deu uma gargalhada.

–Não... Não quero ser sustentado pela minha irmãzinha, nem quero atrapalhar ela com o meu grande amigo Tyler! - Ele devolveu sorrindo malicioso.

–Do que você está falando? - Perguntou colocando os ovos na frigideira e pegando alguns blocos de bacon.

–Tá meio na cara que vocês estão de rolo, e já faz um tempo! - Respondeu - Desembucha, você sabe que eu não sou o irmão ciumento!

–Não, imagina, nem é ciumento! - Ironizou mais uma vez se virando para ele.

–Tá bom... Sou só um pouquinho! Mas eu ia ficar feliz se você ficasse com o Ty, eu confio nele!

–Jasper... Eu só transo com o Tyler, somos amigos acima de tudo, mas não o vejo mais que isso... - Falou mexendo os ovos.

–Duvido!

–É sério... Eu amo o Ty, mas não desse jeito! Eu até sinto algo por ele as vezes, meu coração dispara e eu quero me jogar nos braços dele... Mas isso passa tão rápido! Juro que eu queria muito amar ele do jeito que você está falando, ele me faz tão bem... Mas não adianta, sabe?

–Entendo... Mas você sabe, não é? Ele te ama Jay, mais do que você possa imaginar! E você só não o ama do mesmo jeito porque ainda pensa nele, em Death The Kid!

–Quê? - A mulher deu uma gargalhada - Nada a ver! Eu não penso mais nele, não fale besteira!

–Pensa sim! Eu vejo o jeito que olha para ele - O moreno sorriu, pegando dois pratos e colocando ao lado da ruiva - E aliás... Ele te olha do mesmo jeito... Sabe, esse Kid, não parece ser tão ruim assim. Acho que ele ainda sente algo por você!

–Seus ovos estão prontos! - Mudou de assunto, colocando o alimento no prato do rapaz e entregando para o mesmo. Ele foi se sentar na mesa e logo ela venho atrás com o prato dela.

–Okay, eu paro de falar disso! - Ele falou e mulher lhe sorriu, agradecida.

–Escute, é hoje que vamos interrogar a bruxa que papai pegou no dia do baile? - Ela perguntou, comendo.

–Sim, hoje de noite! - Respondeu - Você interroga, é a melhor nisso!

–Eu sei! - Riu - Vou dar uma investigada hoje à tarde, juntar algumas pistas! Temos que começar a agir, a shibusen tem que ir embora daqui!

–Ah... - Bufou o irmão, revirando os olhos - Relaxe, não tem o que se preocupar essa semana, é natal e ano novo!

–Estamos enrolando demais! Elas podem atacar a qualquer momento e você sabe disso! - Respondeu dura.

–Não, elas não vão atacar! - Disse, terminando de comer - Na ultima semana do ano elas fazem rituais, nenhuma pode faltar o ritual se não perdem magia, é impossível elas atacarem!

–Mas temos que ir pegando pistas, ver qual o plano delas, pois assim que elas renovarem as forças, a onda de ataques vai piorar!

–Tudo bem... - Ele revirou os olhos - Já sei, vamos sair, correr um pouco de tarde... Se distrair! Ai no final da tarde você pode dar uma investigada, e a noite... É o interrogatório!

–Certo, que seja... - Recolheu os pratos e os colocou na pia - Vou tomar uma banho!

–Vou jogar video game! - Ele sorriu, indo até a grande sala de estar.

–Tudo bem... - E ela subiu até a suite.

Mansão Rubby

O shinigami acabara de chegar na casa gigantesca acompanhado de Chrona, que se via fortemente corada. Ele não acreditava que tinha a usado outra vez, sua amiga, Chorna!

Pagou o taxi e desceu junto da mulher que se via corada e sem graça. Fazia muito frio e os dois ainda estavam com a roupa de noite passada. Passaram pelas escadas até chegarem na grande porta de carvalho.

–Chrona... - Kid começou, ficou em silencio a viagem toda até lá - Escuta... Eu...

–Não fale nada! Está tudo bem... - Sussurrou - Eu sei que você fez isso para provocar Jade!

–NÃO! - Mentiu simultaneamente - Eu estava bêbado, só isso... Me desculpa!

–Eu já disse que tá tudo bem! - Disse por fim, pois o mordomo abriu a porta e os recebeu com uma cara séria e indiferente, como sempre. Ambos entraram e foram em direções distintas... Ele não estava com cabeça para discutir, nem para ver Chrona quase chorando! A unica coisa que não saia da sua cabeça era Jade, envolva daqueles homens.

Foi até seus aposentos, Hachi não estava lá. Com certeza, Bella, a empregada, já tinha o levado para fora... Jogou-se na cama macia e lá ficou, ainda pensando nela. Precisava dormir...

Até escutar seu celular.
–Mensagem... - Disse para si mesmo e abriu, era de Moka.

"Hoje vocês vão conhecer Londressss hahaha Vou fazer um Tour com vocês! Coloquem roupas quentes, chego ai depois do almoço! xoxo Moka"

–Saco... - E por fim ele jogou o celular em um lugar qualquer, fechando os olhos em seguida.

***

E no outro lado de Londres, ela tinha acabado de entrar na banheira. Relaxou seu corpo e respirou o vapor quente, deitou a cabeça e fechou os olhos, em puro prazer. Porém, sorriso relaxante em seu rosto, foi desaparecendo...

Ela não podia negar, Kid beijando aquela garota lhe fazia ter ânsia de vomito! E aquele beijo lhe fez lembrar daquela cena... A seis anos atrás... Ela jamais se esqueceu da castanha arfando e arranhando as costas do SEU homem! Ela se sentia tão vulnerável, tão idiota...

Aquela cena não saia de sua cabeça, interligando ainda mais lembranças, lembranças nada boas, que não lhe traziam nenhuma felicidade. Assim, sem nem perceber, as lagrimas começaram a tomar forma. Um soluço foi reprendido pela ruiva, mas sua garganta estava tão trancada que não conseguiu evitar o grunhido que a garganta fez. Seus dentes se rangeram e ela abriu a boca, dando um grito silencioso, desesperado, sofrido... A voz da mulher simplesmente não saia, tamanha era a dor que sentia.

Ela não aceitava que tinha perdido tudo que mais amava, simplesmente não aceitava! Queria vingança, queria culpar alguém, precisava daquilo! Ou se não... Sua depressão apenas iria piorar, a doença já estava em um grau desesperador, os remédios tarja preta não estavam mais fazendo efeito e o selo... Nenhum selo fixava mais na mulher! Estava com medo, muito medo, não queria enlouquecer outra vez, não queria!

"Acabe com isso..."– Sua própria voz entrou em sua mente e ela grunhiu, estava ficando sem ar - "Não tenha mais medo, Jade!"
–Não tenho medo! - Ela falou para si mesma, ofegante, tentando levantar da banheira.
"Tem sim"– A voz riu - "É só aceitar Jade, como daquela vez! Vamos, você vai ficar forte de novo, vai esquecer do shinigami e do seu passado!"
–Não... - Respondeu sem forças. -"Mate-se e reviva para mim, Jade!" – A voz falou por fim desaparecendo no eco da cabeça da ruiva. A mesma também se calou, os olhos ficaram imóveis, olhando o nada, como se ela não estivesse mais ali. E realmente não estava!

E ela foi desmoronando o resto do corpo para dentro da banheira, lentamente... Até o último fio vermelho desaparecer para dentro da espuma. A água entrou em suas entranhas rapidamente e ela não prendeu a respiração, fechou os olhos lentamente, vendo o ultimo brilho do seu banheiro, embaçado pela água. E ela soltou uma ultima lágrima que se espalhou com o resto da água.

Ela simplesmente foi embora...

Continua...


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Notas finais do capítulo

AN TAN TANNNNNNNNNNNNNN
UAHSAUSHAUSHUA
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