Problemas escrita por Strawberry Gum


Capítulo 27
Por que me beijou?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente voltei, pessoal.

Sei que demorei, mas prometo recompensar vocês nessas férias. Comecei o próximo capítulo, e pretendo terminar de escrever ele até amanhã e postar ele ainda essa semana. Aproveitando que estou falando do próximo capítulo:

Alguém quer aparecer como personagem só próximo capítulo? Alguns personagens temporários irão aparecer e se alguém quiser ser o personagem é só falar nos comentários.

Boa leitura.



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Pov Mônica

Nós continuamos conversando um pouco mais durante algum tempo, até que Magali disse: — Gente, eu tenho que ir para casa para terminar fazer o relatório. Eu queria continuar aqui e conversar, mas não dá. No dia da apresentação todos devemos estar lá, enão nada de faltar — Ela disse olhando para mim. — Tchau.

— Eu te acompanho. — Cascão falou a ela.

— Por que não vamos todos juntos? — Andei até eles. — Percebi o olhar que Cascão direcionou para mim. Ele não parecia muito feliz e me senti envergonhada por querer atrapalhar a proximidade deles.

— Mas você trouxe o seu skate, pensei que queria aproveitar já que estava aqui. — Cebola falou após perceber meu constrangimento.

— Você tem razão. Vamos.

Cebola me acompanhou até as rampas onde eu poderia andar de skate. E ficou por um longo tempo me olhando enquanto eu praticava minhas manobras.

Comecei a me lembrar o quanto Magali odiava o Cascão quando a conheci, mas agora, vários meses depois, ela está apaixonada por ele. Isso é irônico.

Parei um pouco para descansar. O céu realmente estava bonito e nuvens cinzentas impressionantes e gigantescas se aproximavam, o vento refrescante soprava e meu nariz estava começando a ficar gelado.

"Acho que vai chover daqui a pouco" — Pensei sozinha.

Olhei para os lado para procurar o garoto que havia me acompanhado. O achei conversando com uma garota que nunca tinha visto antes, percebi que ela parecia estar envergonhada e ele indiferente.

"O que será que eles estão conversando?"

Ela ficou nas pontas dos pés, deu um beijo em seu rosto e saiu correndo.

Me aproximei dele e perguntei: — Quem é ela?

Cebola me olhou com indiferença também: — A que estava aqui a pouco?

— Tinha mais alguma aqui?

— A Irene.

— Mais uma?! — Perguntei com desdém. — Você pode parar de fazer esse olhar para mim?

Ele fechou os olhos por algum tempo e piscou várias vezes.

— Desculpa, depois de fazer esse olhar para o meu pai por tanto tempo, às vezes eu esqueço de parar.

— Então você colocava uma "máscara da revolta"

— Acho que está mais para uma "máscara do foda-se"

— Por que você estava fazendo aquela expressão para ela.

— Porque ela estava confessando o seu amor para mim.

Fiquei um tempo um pouco surpresa com a resposta direta dele. Ele estava rejeitando aquela menina. Por mais que eu soubesse que era algo ruim de se pensar, fiquei feliz ao saber disso. "Aquela nojenta se lascou!"

Mas porque eu fiquei tão satisfeita com o infortúnio dos outros?

Decidi parar de pensar nisso e só então reparei que Cebola estava no parque sem fazer absolutamente nada. Será que ele estava me esperando para voltar para casa? Ou só queria ficar aqui mesmo?

— Você conhece algum desses skatistas? — O garoto em minha frente me perguntou.

— Não. Eu não tenho muito assunto com eles. — Cebola respondeu-me somente com "hum". Então eu finalmente perguntei: — Você está me esperando para voltar para casa?

Ele pareceu vermelho e respondeu: — Sim, eu não queria atrapalhar o Cascão e a Magali, e também queria conversar com você.

— Você já quer ir agora?

— Não, pode continuar praticando essas suas manobras, quando você quiser ir é só me chamar.

— Ok. Mas eu quero ir agora, já chega por hoje.

— Então vamos.

Andamos juntos e calados durante poucos minutos. Eu queria saber alguma coisa sobre ele.

Perguntei se ele praticava algum esporte e ele disse que já fez parte do time de futebol da escola, mas que era péssimo naquilo e não quis mais jogar e que agora ele preferia andar de bicicleta ou fazer qualquer exercício em casa.

"Se ele não faz nenhum esporte, como consegue ter esse corpo?"

— Você faz academia?

Ele deu um sorriso de canto e respondeu somente um não, então voltamos a ficar calados.

Eu comecei a ficar curiosa, ele disse que tinha algo a me dizer e ainda não tinha falado nada. "Por que tanto minstério? Será que é algo importante? Porque ele não fala nada?"

Comecei a reparar em coisas fúteis como o som que o vento faz quando batia em minhas orelhas e como o cabelo das pessoas voava junto com ele.

Percebi que enquanto os cabelos de todas as outras pessoas (inclusive os meus) voavam em uma só direção, de acordo com o vento, os do garoto que me acompanhava faziam trajetos irregulares. Alguns fios voavam para a esquerda, outros pra direita, para frete e para trás. Era bonito de se ver.

— O que você está olhando?

— O seu cabelo é engraçado.

— Vai falar do meu corte? Vou começar a deixar crescer e vou cortar de um jeito diferente.

— Não era sobre isso que eu estava falando. Ele voa de uma forma diferente dos outros.

— Acho que você anda muito entediada e pensando em coisas bobas.

— Talvez, mas é nas coisas bobas que eu vejo a beleza.

Ficamos em silêncio novamente, mas desta vez por menos de um minuto. Até que ele me disse: — Preciso falar com você.

Pedi para pararmos de andar um pouco, ele estava com um olhar sério e eu sentia que precisava dar atenção ao que ele me falaria. Encostei-me em uma árvore grande que se encontrava próximo a nós. Não estávamos perto de casa, mas também não estávamos no parque, então uma árvore daquele tipo normalmente não deveria estar ali.

Fiquei olhando para cima distraída até que ele me beijou.

Senti meu coração disparar na hora, meu coração falhou uma batida e eu senti um desespero e uma enorme ansiedade tomarem conta de mim.

O que eu deveria fazer? Retribuir? Por que ele estava fazendo aquilo comigo?

Ele segurava com firmeza a minha nuca e seus lábios eram quentes e macios. Eu não o afastei, mas também não o retribuí.

Quando ele se separou de mim, eu nem mesmo respirei antes de perguntar: — Por que fez isso?

— Porque eu gosto de você. — Fiquei olhando para ele fixamente, ele não parecia estar mentindo.

— Cebola, eu pensei que fôssemos amigos.

— E somos amigos.

— Não mais! Não depois de você fazer essa palhaçada comigo! — Comecei a falar um
pouco mais alto. — Naquele dia no ginásio, você pediu para ser meu amigo, não meu namorado ou seja lá o que você quer de mim!

— Mônica me desculpe, eu não mude me conter. Eu…

— Mas você é mesmo muito cara-de-pau, Menezes.

— Por favor não me chama assim.

— Você não pode ser só um pouquinho mais indeciso? — Perguntei com ironia. — Quando nos conhecemos, acho que foi até aqui perto, você foi super legal, depois age como um idiota comigo e minha melhor amiga, pede para sermos amigos e me beija. — Gritei. Ninguém estava próximo no momento e acabei me descontrolando.

— Me desculpa, ok?! Eu não sei controlar meus sentimentos! Eu sou explosivo, mandão, descuidado, indeciso e instável. — Ele gritou também. — E eu gosto de você! — Dei um empurrão nele. — E o que eu posso fazer?

— Não falar mais comigo.

Depois disso eu saí correndo sem olhar para trás.

"Que droga, Cebola!"

[…]

Cheguei em casa completamente cansada, suada e ofegante. Não parei de correi em nenhum momento é para a minha sorte, o Cebola não veio atrás de mim. Acho que ele só ficou lá me olhando fugir dele.

"Por que as pessoas insistem em me deixar louca?"

Quando abri a porta vi minha mãe senda no sofá lendo um livro, o que era bem raro da parte dela.

— Oi, filha. Onde você estava? — Ela me perguntou sem tirar os olhos das páginas.

— Andando de skate. — Sinto que ela mal ouviu a minha resposta. — Por que você voltou mais cedo?

Ela não me respondeu e pode reparar nas mãos dela enquanto ela passava a folha para poder ler a próxima página. Seu braço esquerdo tinha manchas roxas e seus dedos da mão direita estavam vermelhos.

— O que aconteceu com você? — Perguntei novamente e mais uma vez não obtive resposta. — Estou falando com você mãe! — Falei um pouco mais alto.

Ela olhou para mim e falou: — Desculpe, não ouvi. — Apontei para o seu braço. — Em uma cena que estávamos gravando, uma estante de livros caiu em cima de mim.

— Mas, mãe, você não está trabalhando como produtora agora?

— Sim… mas eu estava ajudando na atuação de uma garota e aconteceu esse incidente.

— E sua mão direita?

— É que eu estava tomando café quente.

— Mas você não estava atuando não hora? Além disso isso não se parece muito com uma queimadura. Parece que você prendeu seus dedos em uma gaveta.

— Filha, eu estou bem. Até mesmo passei no médico para ver se precisava me preocupar. Você não tem nada para fazer agora.

Pensei um pouco: — Ainda bem que me lembrou. Vou arrumar minhas malas para o acampamento. — Depois que me lembrei lembrei do que a minha mãe disse mais cedo, tornei a perguntar: — Você foi mesmo trabalhar hoje? Pensei que não estava disposta a conversar e queria só dormir.

— Sim, mas… eu precisava resolver alguns assuntos.

— Depois das 11hs? Não é um pouco tarde para ir trabalhar?

— Mônica, por favor, só me deixa ler meu livro. — Senti que algo não estava bem, mas decidi não perguntar mais é só ir arrumar minhas coisas.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que ninguém me mate depois do que eu escrevi. Mas relaxem pessoal, as coisa vão se ajeitar.

E não esqueçam: SE QUISEREM APARECER COMO PERSONAGEM NOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS É SÓ ME FALAR NOS COMENTÁRIOS.

Obrigada por ler.



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