A sala proibida escrita por Fawn, Ever Sparky


Capítulo 3
Conheço a Lindinha


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! Sorry a demora, era época de prova!
~Samantha~



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Acordei com o som do despertador tocando "I knew you were trouble" da Taylor Swift.

Levantei fui ao banheiro, fiz minhas higienes e tomei um banho relaxante. Coloquei um vestido verde-claro folgado com decote V, sapatilhas cor esmeralda(que eu não coloquei, pois não pode andar com sapatos em casa), penteei o cabelo e o deixei secar naturalmente. Como era muito cedo, e ninguém tinha acordado, desci para explorar a casa.

A parte de cima tinha 4 quartos: Um meu, da minha irmã, dos meus tios, e outro para os hospedes. Havia um banheiro(suíte) em cada quarto. Ao lado do meu quarto tinha uma sacada, envolta por trepadeiras(Flor de jade. É uma trepadeira muito ornamental. Suas flores realmente são belíssimas. Elas surgem nos cachos florais que a planta emite. São flores azuis com tons de roxo) , que tinha vista para o jardim. Descendo as escadas eu fui pra sala. Se é que pode chamar aquilo de sala! Não havia sofá, e sim, almofadas roxas e douradas com desenhos bordados em frente a TV.

A sala era branca e a parede principal atrás das almofadas era cor pêssego, e em preto havia um desenho de um dragão. Saí da sala e fui para uma porta ao lada da escada. Abri, e me deparei com a visão dos céus: Uma linda biblioteca! A sala era bem iluminada, com 2 janelas de vidro que iam do teto ao chão , com cortinas beges. Havia 4 estantes de madeira colonial do século XVI com cerejeira. Nelas havia fileiras e mais fileiras de livros. Clássicos, livros antigos, best-sellers, romances, ação, aventura, livros para melhorar a vida... No centro da sala tinha um tapete felpudo bem macio, em volta tinha 5 mesas redondas do mesmo material das estantes, em cada uma tinham 3 cadeiras.

Fui para cozinha, que ficava ao lado da sala. Havia uma mesa redonda de vidro, com cadeiras de metal. Do lado esquerdo tinha uma pequena mesinha quadrada de madeira provavelmente para tomar chá, em volta 4 almofadas verdes tropicais para se sentar. Tinha um balcão de pedra de marfim, ao lado da geladeira. Tinha uma pia de pedra, também de marfim. Vi vários quadros de pintura: Um casal andando numa noite de chuva, girassóis, uma cesta de piquinique, copos de leite, uma estrada na floresta e uma casa com uma árvore amarela refletindo no lago. O piso-frio era branco mistura com bege, marrom, preto... Tudo meio sem cor definida! Perto do Genkan (lugar onde deixamos os sapatos) Tinha uma mesinha com um vasos de rosas, um quadro dos meus tios conosco da última vez que nos visitaram, e um telefone preto sem fio. Ao lado tinha um porta chapéu bege. Calcei as sapatilhas e fui para o jardim.

Fui andando por um caminho de pedras que passava por todo jardim. A frente era cercada por uma cerca branca, com um portão verde, de trinco. Na grama podia se ver florzinhas amarelas crescendo sorrateiras. Tinha umas 3 árvores ao todo: Duas macieiras e uma cerejeira. Pedras bem grandes estavam juntas perto da cerejeira, provavelmente para você sentar nelas. O que era curioso pois perto do portão tinha dois bancos brancos. Fui andando, desta vez para os fundos da casa. Tinha uma piscina grande, mas não muito funda com azulejos azuis claros nas bordas e escuros no fundo. Balancei um pouco no balanço que havia preso no galho de uma árvore distorcida. Andei um pouco mais e peguei uma espécie de flor muito estranha. Suas pétalas mais parecem asas de morcego que pétalas! Juro que se eu não tivesse visto o caule acharia que era um tipo de bicho! É uma flor meio roxa, meio negra... É bonita. Era um canteiro cheio dessas belezinhas!

De repente eu parei. O que eu via não era normal. Na verdade no Japão até era, mas não dentro das casas! Era um tenplo! Eu sei, nada ver! Fui andando, e comecei a subir aquelas escadas de pedra que me levaram ao topo. Em uma placa havia escrito: Tempuru Hiranu, que traduzindo fica: Templo Hiranu. Legal, minha família tem seu próprio templo! Continuei minha caminhada e vi uma barraquinha daquelas de vender amuletos e outras bugigangas. Havia 2 bancos de cada lado do trecho. No final tinha uma casa com teto igual a maioria das casas, um formato muito belo e estranho que não sei o nome. Era branca, e as portas de correr e o teto eram um azul meio acinzentado. Tinha uma varanda, só que esta, era bege quase amarelo. Abri a 1° Porta, e vi uma sala com uma lareira apagada. E mais almofadas! Pergunto depois pra meus tios pra serve a lareira. Na 2° Porta, tinha um armário e uma mesa no centro. Nem precisa dizer que tinha almofadas. Quando fui abrir a 3° Porta, ela simplismente não abria! Tava emperrada! Que saco!
Fui até uma árvore e quebrei(com muito esforço) um galho. Eu forcei a porta deslizar, e ouvi um tranco. Soltei o galho, e abri a porta. E adivinha o que eu encontrei? Outra porta! Porque uma pessoa coloca outra porta atrás de outro porta? O cara que fez a casa manja nas construção! A porta era normal. Não era de correr. Não que uma porta de fato corra, mas deu pra saca, né? Era uma porta de madeira, com desenhos estranhos. Não eram nem desenhos e sim, formas, traços, rabiscos, sem sentido. Mas pareciam ter sentido, só não conseguia decifrá-los. Tinha um reflexo prateado no meio, como vidro, e era em crustados com pedrinhas: No topo uma amarela e ao seu lado uma roxa. E em baixo mais 5 formando um circulo: Uma vermelha, branca, azul, verde, e uma transparente. Resumindo: Citrino, Tanzanita, Granada, Quartzo, Topázio azul, Esmeralda, Diamante. Sei muito sobre pedras preciosas e não é porque eu gosto de usar. Quando eu era pequena, antes da Sophie nascer, meus pais me levavam com eles para suas escavações. As vezes eles encontravam esse tipo de pedra preciosa, e eles fizeram questão de me ensinar tudo. Por isso consigo identificar qualquer tipo de pedra preciosa, e até minérios!

Eu estava muito curiosa para saber o que tinha atrás da porta, mas adivinha??? Claro que tinha que ter uma amaldiçoada fechadura pra mim não poder entrar! Resolvi descer, todos já devem ter acordado e eu estou com fome. Desci como um furação e entrei em casa. Arthur estava preparando o típico café da manhã japonês a base do arroz e do maldito peixe! Não vi sinal da minha irmã e da minha tia. Me sentei na cadeira e perguntei:

–Quer ajuda?

–Sempre fiz o café sozinho, e posso fazer hoje também.- Nossa! Que ser grosso! Já vi que viver com ele não vai ser fácil.

Depois disso fiquei quieta na minha olhando o teto. Até que ele falou:

–Vamos a Tóquio, amanhã.

–Porque Tóquio? Porque não a .... qual mesmo o nome dessa cidade?

–Yamagata. Que fica na região Tohoku, na ilha de Honshu.- Valeu professor de geografia - E aqui não tem nada pra ver. É um lugar calmo e passivo. Por isso vamos a Tóquio, pra comprarmos coisas pra vocês. Se você for boazinha até deixo comprar umas bijuterias novas. Esse seu colar você usa sempre, ta na hora de inovar, e ele vai enferrujar logo. E essa sua pulseira... tsc, tsc, não é bonita. Não sei porque usa!

Como esse velho tem a coragem de falar mal do meu colar? O colar que é a única coisa que represente minha linhagem, de onde eu sou! Esse colar é de ouro e não metal, não dá pra enferrujar! E a minha pulseira? É um presente que meus pais me deram quando eu fiz 3 anos! É uma pulseira de prata em formato de corrente com um cadeado de ouro no meio. É lindo!

–Eu uso pra me lembrar todos os dias que não pertenço a sua família idiota!

E sai correndo dali. Abri o portão e fui pra rua. Eu comecei a chorar e soltar soluços baixinhos. As pessoas olhavam pra mim, quando se é loira em um meio de cabelos vermelhos, negros e castanhos, e quando seus olhos não são puxados, é fácil chamar atenção.

Quando vi estava em uma praça. Tinha uma coisa boa e outra ruim. A boa: Estava longe dos meus tios. A ruim: Estava perdida, sem celular, e longe dos meus tios. Sentei em um banco e observei a praça. Havia crianças brincando nos balanços, casais namorando atrás das árvores, adultos passeando com seus cães, pessoas fantasiadas de algum anime... Mas o que me chamou atenção foi uma garota, provavelmente mas velha do que eu, vestida como a Lindinha de Meninas poderosas geração z distribuindo balões para as crianças. Quando me viu arregalou os olhos, soltou os balões que voaram, fazendo várias crianças correrem atrás, e veio na minha direção. Parou quando chegou na minha frente, ela me avaliou por uns minutos até seu olhar ficar parado no meu colar. Ela sorriu e fez algo assustador em seguida, me puxou e me abraçou. Eu fiquei estática, paralisada, não retribui o abraço, mas também não a afastei. Por fim se separou de mim e sorrindo disse:

–É você! É você Samantha!

–Desculpa, mas... O que disse, louca?


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Notas finais do capítulo

Amo vocês! ♥
~Samantha~



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