A sala proibida escrita por Fawn, Ever Sparky


Capítulo 2
Um novo começo


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Eu editei ele e ficou melhor.
Beijos!
~Samantha~



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Ao adormecer eu tive um sonho estranho a noite. e este sonho não era como os sonhos estranhos que eu tenho. Era mais como se o sonho me quisesse dizer alguma coisa...

Eu estava em um bosque. A neve caia sobre mim e tudo a volta. Em minha volta tudo era branco. Como se ouvesse uma neblina densa cobrindo minha visão. o ar estava frio, e mesmo eu estando bem agasalhada, eu sentia um frio intenso. Estava tudo muito calmo. não se ouvia o rúido de nada, a não ser da minha respiração pesada e dos meus pés batendo na neve.

Então, o bosque foi se abrindo conforme eu andava. Se a neve não cobrisse tudo, seria um lindo lugar. Era um coreto em estilo grego. Pilastras se erguiam do chão ate o teto e impediam da neve cair sobre mim. Bancos com flores brancas deixavam o lugar mais sereno. Nem me pergunte como flores podiam viver num frio tão intenso. Eu estava atenta observando cada detalhe do lugar ate uma voz doce e angelical alcançar meus ouvidos. Uma bela moça, vestida com trajes inapropriados para situação se projetava na minha frente. Seus cabelos castanhos encaracolados caiam sobre seus ombros. Ela usava um vestido de setim, curto, de mangas compridas, branco como a cor da neve que caia fora, rendado de ouro. Em sua cabeça tinha uma coroa de gelo. Sua expressão era séria. Ela cantava uma linda linda melodia com algum significado que eu não compreendia. ela esticou o braço em minha direção, foi caminhando lentamente. Tocou minha testa e antes que pudesse fazer qualquer movimento...... Algum infeliz me acordou!!!

– Senhorita, o avião já pousou.- Eu abri os olhos e vi uma aeromoça sorrindo pra mim. Ela usava aqueles uniformes azuis com algumas medalhas penduradas. Era loira oxigenada, dava pra saber pelos seus olhos pretos. Seu cabelo estava escondido no chapéu.

– Ah, claro! Desculpe-me!- Eu me levantei e ela foi andando pra dentro da cabine do piloto. Peguei minha mala de mão, e desci do avião procurar a minha irmãzinha.

Encontrei ela junto de um casal. A senhora se parei um pouco com minha mãe, então só poderiam ser nossos tios. A senhora aparentava uns 39 anos. Pele branquinha, Cabelos castanhos escuros cacheados, olhos azuis bem escuros, sardas, e sorria pra minha irmãzinha. Usava um vestido comprido amarelo florido e um chapéu. O senhor ao lado dela era mais velho. Usava óculos, uma camiseta de malha branca. Era bonito. Fui me aproximando e minha irmã se virou pra mim e disse:

– Dormiu bem? - Como é cara de pau!

– Sua peste! Você nem pra me acordar! Uma aeromoça precisou fazer isso!

– Ah, é que você tava dormindo tão bonitinho... - Mentirosa. Só fala assim porque tem pessoas perto. Me virei pra meus tios:

– Oi, Tia Letícia! Oi, tio Arthur! Senti saudades! - Tá, agora eu pareço minha irmã.

– Oi, Annita. Como você cresceu! Está linda! - Disse minha tia. Bem a cara das tias fazerem isso...

– Obrigado, mas você não pode falar o mesmo da Sophie. - Sabe quando uma pessoa olha bem nos seus olhos e fica com aquela cara ameaçadora? Então, tai minha irmã.

– Annita... - Pra me dar bronca meu tio abre a boca! Na verdade, ele não é meu tio. É só o segundo marido da minha tia. Mas tanto faz.

– Ei, titia. Quero ver sua casa! - Quando minha irmã quer algo ela sempre age assim. Não se acostume!

– Claro, meu anjo! - Viu...

E fomos a pé até a casa da minha tia. Era tipo, muito diferente das casas do meu pais. Era feita de madeira e sustentada por pilares do mesmo material. O piso era de tatami. O jardim era lindo. Uma harmonia. Era muito bom ficar lá. Um caminho de pedrinhas para passarmos e não pisarmos na grama. Tinha muitas flores, te várias cores, havia túlipas, damas-da-noite, rosas, lirios... Uma ponte de madeira para andar sobre o lago. Cerejeiras lindas balançavam com a brisa. Quando entrei na casa, minha tia falou pra tirarmos o sapato e colocarmos no genkam. Minha tia nos levou pra cima e me mostrou meu quarto. Era pequeno, mas era bonito. Tinha um quarda-roupa, uma cama ao lado da janela, uma bancada para os estudos, uma comoda. O quarto era roxo-cíano. Abri minhas malas e começei a arrumar minhas coisas.

Mais tarde minha irmã entrou no meu quarto avisar que a comida estava pronta. E agente teve uma conversa:

– Que você tá achando daqui Anni?

– É bonito Sophie. Acha que agente acostuma?

– Acho que sim. Mas sinto saudades de casa...

– Eu também. Mas temos que aceitar.

– Daqui a duas semanas, a tia falou, que temos que ir pra escola. Isso me deixa nervosa!

– Por quê?

– Tenho medo de não me adaptar, e os outros me tratarem como um alien. Sem contar o fato de eu não falar japonês certo.

– Não se preocupe com isso ainda. Vai ficar tudo bem.

– Certo. Vamos comer!- Disse sorrindo e saindo do quarto. Não gostava de ver minha irmã triste. Só irritada. Eu também tinha minhas preocupaçoes, mas se eu mostrasse pra minha irmã que eu tinha medo, isso só a faria ficar mais temerosa.

Desci, e me sentei na sala de jantar com minha nova familia. Falar isso era estranho, mas era verdade. O jantar era arroz branco, peixe grelhado, algum tipo de vegetal cozido, sopa de missô, e vegetais em conserva. Argh! Que nojo. Não gosto de vegetais e odeio frutos do mar. Engraçado eu me mudar pra um dos países que mais consomem peixes!

Depois de comer, eu fui pra cama, e fiquei refletindo sobre tudo. Talvez não seja tão chato morar aqui. Talvez.

E adormeci, tendo outra vez, o mesmo sonho estranho...


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Notas finais do capítulo

até o próximo! ^~^
~Samantha~


Galera,quero reviews!
~Ever~