Por Acaso escrita por Jujubacana
Notas iniciais do capítulo
Desculpa pela demora! Ainda amo vocês hahahah
–Mônica? O que você está fazendo? - Era Do Contra, eu reconhecia a voz dele de longe.
Olhei para ele e logo soltei minha mão das bolas daquele pedófilo, que permanecia desacordado. Andei até o Do Contra, até parar na frente dele.
–Acho que armaram algo para mim...Encontraram drogas na minha casa! Eu juro que nunca faria isso, acredita em mim! - Falei, com muito medo dele me rejeitar e acreditar que eu sou uma traficante.
–Quem faria isso? Você não tem inimigos, é uma pessoa adorada por todos, e ainda, se alguém quisesse fazer isso, não haveria motivos! - Disse Do Contra, segurando minha cabeça com as duas mãos.
–Eu tenho que fugir, Do Contra! Não posso ficar aqui, já fugi da prisão e devem estar espalhando cartazes com meu rosto me procurando...
–Eu vou com você. Ganhei em um sorteio para 2 pessoas de uma viagem para Miami em um jatinho particular. Eu ia te avisar depois, para irmos nas férias, mas acho que é necessário. -Retrucou, com uma esperança em seus olhos.
–Eu não posso ir buscar as passagens contigo. É arriscado... Onde eu ficaria? - Perguntei, mas na verdade não queria que ele fosse sem mim. Não quero ficar nem um minuto longe dele.
–Irei imprimir e contatar a empresa que realizou o sorteio, e enquanto isso você fica em um hotel, tem um aqui perto, ó. - Falou, e logo depois apontou para um hotel com letreiros iluminados e algumas prostitutas em volta.
–Tá, mas volta rápido. Vou tentar comprar um celular, e qualquer coisa te ligo. Te amo. - Falei, e logo o beijei, era um beijo diferente, era como se fosse nosso último momento juntos...
Depois de nossa conversa, fui em direção ao hotel, e alguns homens de programa, vieram me parar para oferecer seus serviços, mas eu rejeitei todos eles, subi as escadas e fui falar com a mulher da recepção.
–Quanto é uma noite, moça? - Perguntei, e tirei algumas notas de meu bolso.
–Depende. A suíte mais simples é R$5,00 sem direito a camareira, tem também a suíte premium e...- Ela continuava, mas eu a interrompi.
–Quero a mais simples. Essa de R$5,00 mesmo. - Peguei uma nota de cinco reais, e entreguei para ela, que sorriu e me deu a chave de um quarto cujo o número era 212.
–É no 2° andar, querida. - Ela falou e apontou para as escadas, já que o elevador exibia uma placa escrito "Em manutenção".
Andei em direção as escadas, enquanto eu observava a chave que ela havia me dado, era estranha, diferente.
Subi o primeiro lance de escadas, quando eu vi uma mulher, que pelas suas vestes era uma prostituta, acompanhada de um homem gordo que oferecia uma nota de cinquenta reais a ela, ignorei o que vi e subi mais um lance de escadas, e vou até a porta, encaixo a chave e giro a maçaneta.
O ambiente tinha uma cama de casal, uma iluminação não muito boa, que fazia o quarto ficar bastante escuro. Fui em direção a janela ver se notava alguma mudança que me prendesse a atenção. Nada. Continuava o mesmo antro de prostitutas, sem sinal de Do Contra, o que me deixou triste.
Tirei a arma do bolso, e coloquei em cima de um criado-mudo que havia do lado da porta do banheiro. Peguei a chave e tranquei a porta, com medo de que alguma pessoa me reconhecesse, e por fim, me prendesse novamente.
Deitei na cama, que era bastante desconfortável, no aguardo de que a cada minuto, Do Contra poderia aparecer. Ele é um garoto esperto, saberia onde me encontrar, perguntaria para a moça da recepção, ou algo do tipo. Só espero que ele não se dê mal por tentar me ajudar...
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