Watashi Wa Anata O Aishite Wa Naranai escrita por Casty Maat


Capítulo 8
O destino


Notas iniciais do capítulo

Eu terminei este capítulo no dia que o Nyah entrou em manutenção. E mesmo eu tendo postado em outros sites (preciso atualizar isso no meu perfil xD), precisava finalizar aqui também. Se você acompanhou em outro lugar, releia e dê seus comentários. Se você só acompanhava aqui, desfrute do último capítulo.



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8 - O destino

A batalha contra Nêmesis e seus vingadores foi cruel. houve muitas baixas do lado de Atena, mas os cavaleiros conseguiram por fim a guerra. Os cavaleiros sobreviventes ficaram surpresos ao saber que Frida era a amazona de Gêmeos e não Atena, e que a deusa reencarnara como um homem.

Frida lutara lado a lado com Afonso, o que a fez receber muitos golpes fortes em um corpo que estava despreparado, por pouco ela não foi uma das baixas.

Desde que Saori Kido fora Atena, a fusão entre Fundação Graad e Santuário permanecia, como se a Fundação fosse a máscara do misterioso mundo mitológico. Era o lugar para onde os feridos mais graves iam. E onde Frida foi levada.

Afonso a acompanhava com firmeza, o choque que os demais e Kiki sentiram na revelação sobre a menina ainda estava no ar e o Grande mestre não conseguia impedir a atenção exagerada que a reencarnação de Atena tinha pela jovem.

Os dias se passaram e Frida se recuperava no hospital. Mesmo com Afonso ao seu lado, ela não o olhava nem falava com ele, mesmo quando o mesmo queria conversar.

As lembranças do pós-vida antes desta já estavam bem fixas. Afonso estava preparando também as coisas para ambos voltarem para a terra natal, mesmo que fosse apenas para avisar que aquele mundo não pertencia mais a eles.

Ele queria voltar, mesmo sendo totalmente Atena, sua identidade atual como o genial Afonso era muito forte em si. Mas Frida não esboçava nem sim e nem não.

–Atena-sama...

Afonso se virou e olhou Sinbad, trajando roupas comuns no corredor do hospital. Afonso vestia roupas sociais gregas e as jóias, enquanto uma serva segurava um sobretudo. O tempo era chuvoso e frio.

–A senhorita Frida já retornou ao Santuário. Noah disse que você estava na Fundação assinando papéis para "aceitar" ela de volta após séculos. Eu fiquei para avisar.

Sinbad era o mais frio, tediosamente chato quanto ao dever, mas se sentia incomodado com o cosmo entristecido e distante de Afonso. Queria surrar Frida por inventar este castigo para si e estar levando Atena junto. Afonso sorriu, com um ar triste e agradeceu, pegando o sobretudo e o vestindo.

–Então vamos retornar, não?

–Sim, Atena-sama...

O o o | [♥] | o o O

Frida ainda tinha muitas faixas protegendo seus ferimentos, e apreciava a chuva no coliseu. Sua longa cabeleira estava ensopada, assim como sua roupa.

Estava tão perdida em pensamentos que ela não viu Afonso se sentar nos degraus e a observá-la. Como sua amada, ele recusou meios de se proteger da chuva, optando pelas gotas geladas.

Quando a amazona se virou para ir embora, viu o jovem deus ali parado, a observando tristemente.

–Chega de fugir, Frida. - ele disse, com uma voz apagada pelos sentimentos.

A menina nada disse e seguiu em frente, mas Afonso saltou até ela e a impediu de seguir. Ela fez menção de se desviar e continuar a andar, mas foi detida pelos braços do rapaz, que a abraçou fortemente.

Paz era o que cada célula do seu corpo sentia ao apreciar o calor do corpo e do cosmo do jovem deus. Paz errada, pois Frida nasceu ao mundo optando pela dor.

–Me solte, Atena-sama.

A frase dela soou como uma flecha no peito de Afonso. Mas ele a apertou ainda mais.

–Está tão errada, Frida, tão errada em escolher esse mundo de solidão, por que ele está ferindo a todos!

–Eu sou uma amazona e você é a reencarnação de Atena, a quem sirvo.

–Você não precisa lutar, não precisa ter q se ferir! Vamos voltar para nossa terra agora e...

–Por quanto tempo vai brincar de Afonso? - Frida se separou de Afonso e o encarou com frieza. - Acha que vai poder ficar indo para faculdade, se fazer de garoto normal até quando? Isso acabou, Afonso acabou. E a velha Frida também acabou. Se é incapaz de me aceitar em seu exército, então me expulse agora. Mas também não me terá.

Afonso estava estático e em choque com tanta frieza.

–Você não pode, não deveria se misturar aos mortais. Eu não deveria te amar e nem você me amar.

Diante do silêncio do rapaz, Frida pôs-se a andar, mas foi impedida.

–Se é isso o que quer, então vou lhe dar uma ordem, Frida de Gêmeos.

Os dois estavam de costas um pro outro, com as gotas de chuva ocultando as lágrimas. Afonso se esforçava em manter sua voz firme, sem sinais de choro, da dor que o consumia.

–Quero me despedir da antiga Frida e do antigo Afonso.

Seus olhos se reencontraram ao olhar para trás, e suas expressões cheias de dor que chuva algum seria capaz de apagar.

–Quero deixar que morram em paz, sem fantasmas.

Afonso avançou para Frida, a abraçando forte, tomando seus lábios com voracidade. Sinbad estava cuidando para que o coliseu ficasse apenas com Afonso e a nova amazona. As batalhas que ali sempre foram travadas, nenhuma era mais dolorosa que o jovem deus e sua amada travavam em seus próprios corações.

Indiferente a chuva, aos ferimentos em cicatrização, as lágrimas, seus corpos estavam unidos, movimentando-se em sincronia.

O ultimo momento em que puderam se amar, Afonso e Frida.

O o o | [♥] | o o O

Depois daquele dia, Frida se entocou na terceira casa e não saia nem mesmo para permitir a passagem dos cavaleiros. Era só ignorar o cosmo presente e tudo era como sempre fora antes de Afonso ser descoberto por Kalisto.

Sinbad e Kalisto foram encarregados de acompanharem Afonso em sua volta ao mundo comum e explicarem a situação. Situação essa muito complicada, afinal, não é todo dia que 2 homens trajando armaduras douradas surgem e dizem que seu filho é a reencarnação da deusa da guerra justa e da sabedoria.

Quando Afonso pôs os olhos em sua casa, sentiu como se muita coisa tivesse mudado, mas ali nada havia mudado, era ele mesmo quem mudara. sua mãe havia lhe abraçado com força e desespero, mas logo notou dois homens com as estranhas vestimentas, ajoelhados respeitosamente.

–Os senhores são os pais da encarnação de Atena-sama e cuidaram dele. Prestamos nosso respeito e pedimos perdão. - disseram os dois cavaleiros diante da pergunta

–Onde está Frida?

A pergunta atingiu Afonso em cheio no peito, feito milhares de agulhas. Então se ouviu o som metálico de passos se aproximando.

Frida trajava sua armadura sagrada e também se ajoelhou.

–Desculpe a demora, Frida de Gêmeos está aqui para continuar a missão de proteger Atena. - ela ergueu a cabeça para encarar os pais de Afonso. - Perdão por não me revelar e por causar problemas a vocês e a meus pais. Eu pertenço ao exército de Atena.

O jovem deus estava estático diante da súbita aparição da amiga. Ao menos por um tempo, ela aceitara viver sua pequena fantasia do mundo real ao seu lado.

Até a próxima batalha, pelo menos.


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Notas finais do capítulo

E eis o final da fic.
A primeira surpresinha é que em breve vou compilar todos os capítulos em pdf com ilustrações, como uma light novel. Então se vc curte imprimir, vc terá uma light novel prontinha pra imprimir s2
A segunda é que... Watashi terá uma nova temporada, que se chamará "Himitsu". Aguardem!!!!



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