Uma Garota Fora Da Lei escrita por Bia Alves


Capítulo 26
Flores


Notas iniciais do capítulo

Hi! Tudo bem com minhas leitoras fantasmas? Espero que sim.
Como prometido, aqui estou eu, na verdade eu confundi esse capítulo com outro, isso sempre acontece quando tem mais de um capítulo pronto, tipo, é no outro que tem coisas mais interessantes, não que eu não gostei desse. Ele tá até lecau hehehe.

Tem um recadinho lá em baixo que pode até... Animar vocês.

Boa leitura.



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“Preciso conversar com você”

Foi o que eu mandei para o David, depois de muito enrolar pensando se devia ou não devia, e no fim acabei enviando.

E me arrependi, porque já passou mais de vinte minutos e o idiota não respondeu, devia está com alguma qualquer por ai, não que isso me importasse, mas é que pela primeira vez em todo esse tempo que eu conheci o David que eu tive a coragem de enviar isso, e o que o idiota faz? Isso mesmo, não me responde, me deixa com o maior arrependimento, estou me sentido uma idiota, para o David? O que foi que deu em minha cabeça?

A campainha toca, mas eu não vou descer só para atender, minha mãe deve atender, esse é o direito dela. Minutos depois, alguém bate na porta do quarto, levanto da cama limpando todo o lápis que manchou meu rosto e abro a porta.

- Pedro! – Sorrio forçado, ele entre e me abraça, eu o abracei também. Fazer o que não é.

- Como está?

- Na medida do possível.

- o Félix me disse que estava aqui...

- Hum... Ele veio aqui sim.

- Te ameaçar? Foi isso?!

- Exatamente.

Sentamos na cama um de frente para o outro.

- O que você vai fazer? A audiência é daqui a três semanas e alguns dias.

- Eu não faço a mínima, eu to tão confusa eu to com medo.

- Você com medo? – ele ri pelo nariz.

- Pois é, por incrível que pareça eu estou sim, eu sei que eu nunca tive medo do Félix, mas sempre quando esse caso chega e chega com tudo, com o Félix capaz de te matar de bônus.

- Eu te entendo, quer dizer, mais ou menos, ele nunca me ameaçou de morte.

- Ainda bem, pois até você ficaria com medo.

- Emily, você sabe o que deve fazer...

- Sim, eu sei, mas é o Félix, Pedro, Félix...

- Sim, o grande Emanuel Lynch Félix.

- Sempre achei o nome dele feio.

- Igualmente.

Rimos, mas logo ficamos sérios novamente.

- Estava com saudades de tudo em você – sorrio.

- Eu nem tanto, sabe... Mas... – Dou risada.

- Eu sei que você também estava – Mostro a língua para ele – Eu tenho que te contar uma coisa...

- O que é?

- Eu... Meio que estou... Namorando.

- O quê? – Depois de absorver a noticia de que o Pedro, aquela que faria tudo para ficar comigo está namorando, eu começo a rir, depois fico séria – Agora eu fiquei com ciúmes – brinco e ele ri.

- Eu sei que você me ama, mas você me rejeitou tanto...

- Ei! Nem foi tanto assim, já fui muito aberta a você – Ele me olha malicioso.

- Literalmente aberta – Entreabro a boca e jogo um travesseiro nele.

- Idiota, tarado – Fico batendo, mas ele segura meus braços.

- Só disse verdades. E olha que foi muito bom.

- Cala a boca Pedro, vamos eliminar esse episodio da historia.

- Tudo bem, mas se quiser acrescentar novos e com esse mesmo tema, eu estou aqui, e aposto que você estará ai, aberta para mim – Volto a bater nele e ele começa a ri, mas depois ele segura meus braços e vira ficando por cima.

- Sabia que você é muito idiota? Sabia que você é muito tarado? – Ele ri.

- Sabia que eu estou louco para te beijar?

- Sabia que você tem namorada? A propósito, quem é?

- A Victoria.

- Mentira?! – Ele assente e começo a ri – Quem diria. Pedro e Victoria, um casal fora da lei. Daria um ótimo filme.

- Você poderia ser a minha amante.

- Eu vou ser a assassina se você continuar assim.

- Tudo bem, eu paro, mas olha só... Eu quero que você pense bem no que eu te disse, você tem que entregar o Félix, mesmo que... – ele suspira.

- Eu morra.

- Eu acho que eu vou indo...

- É melhor mesmo...

- Você sabe que se eu ficar corre risco de você se abrir para mim – dou um tapa em sua cabeça.

- Saiba que eu tenho o numero da Victoria, eu posso falar que seu namorado está querendo que eu me abra para ele – ele ri e depois eu acompanho.

Falamos mais algumas bestagens e depois ele vai embora.

O Pedro por mais que seja... O Pedro, ele consegue me fazer rir as vezes, digamos que ele é um Luther da vida, tenta ficar com você a todo momento, te diz coisas um tanto quanto ousadas, mas mesmo assim você gosta que ele te faça rir, essa é a melhor qualidade dos dois.

Olho no celular na esperança que o idiota qual eu cometi o maior erro em enviar a mensagem, respondeu.

E tinha uma resposta, só que do tipo desagradável.

“Desculpa, eu estou ocupado agora, depois te ligo”.

Isso é o que o imprestável responde, depois de que eu tenho a bendita – nem tanto – coragem de mandar a mensagem, ele me responde isso.

- Depois te ligo – digo em uma voz enjoada – Morra David, quero que você vá se ferrar seu idiota, não quero mais conversar com você, você é idiota, imprestável, não vale nem o chinelo que você calça todos os dias. Idiota.

- Falando sozinha irmã? – Olho para a porta.

Tenho que fechar a porta antes de começar a dar um show de stress com um menino que não vale nada.

- Ai Lara! Que susto.

- Susto quem tomou foi eu. Estava pensando que minha irmã enlouqueceu.

- Me desculpa é que... Ah... Eu não sei.

- Estava falando do David, você terminou com ele?

- Hã?

- Você e ele não estavam namorando?

- Ahn... É... Bom, mais ou menos. Na verdade... Aquele namoro durou dois dias – sorrio e ela fica em encarando sem dizer nada, depois franze o cenho.

- Esses adolescentes de hoje... – Ela diz e sai do quarto tipo desfilando.

Acho que minha irmã andou bebendo, e muito.

[...]

Estávamos todos na mesa do café da manhã.

Sim, já se passou um dia desde que eu mandei a mensagem para aquele ser chamado David.

E o que ele fez? Ficou lá, devia está com mais uma de suas amigas que fazem tudo por ele...

Não é ciúmes, é revolta, revolta porque depois que eu tive a coragem de mandar aquela mensagem para ele, ele acaba me dizendo que está ocupado, quero que ele morra.

- Então Emily... A juíza me ligou – Olho para a minha mãe

- Legal, e aí... Como vão os filhos dela? Tudo bem?

- Engraçadinha você hein?

- Muito – Sorrio e coloco mais um pedaço de bolo na boca.

- Ela disse que o julgamento...

- É mês que vem, eu já sei.

- Não, quer dizer sim, mas antes não sabíamos a data. E ela informou qual era.

- Legal mãe, mas agora eu vou sair, porque sobre isso eu já cansei de pensar.

Levanto-me da mesa, pego o celular e vou para a sala, assim que abro a porta.

- David? – Franzo o cenho o encarando – O que é que você quer aqui? – ele sorri forçado.

- Desculpa, é que, você me mandou a mensagem.

- Ontem...

- Ontem? Mas, eu só vi hoje.

- Você ainda mente muito mal... Você respondeu David.

- O quê? Eu não respondi nada!

- Respondeu sim...

- Não respondi nada. Eu ainda te mostro – Ele pegou o celular e me mostra, realmente estava sem resposta.

- Pois bem, aqui está – Eu mostro o meu. Ele respira fundo.

- Luther...

- O quê?

- Só pode ter sido ele, saímos ontem com o pessoal à tarde, eu acho que foi na hora que eu fui ao banheiro, não sei, ele deve ter respondido e depois apagado.

- Não acredito nisso.

- Problema seu, eu não respondi a mensagem.

- Pois não é isso que no meu celular está mostrando.

- Ah Emily, fala sério, então acredite no que quiser, eu vou indo.

Ele da as costas, mas eu seguro seu braço, aquele que é bem forte graças aos seus músculos e que minha mão não fecha.

- Gostou do meu braço? É isso? Quer ficar? – Volto à realidade e solto o braço dele.

- Não, é que... Bom, eu não sei, pode ir.

- O que você queria conversar comigo? – Ele me olha nos olhos e pergunta, eu não digo nada, mas depois que eu paro de encarar a merda dos olhos dele, eu falo

- O Pedro já me ajudou...

- Aquele seu amigo?!

- Exatamente.

- Deve ter ajudado de muitas formas.

- Não é nada do que você está pensando.

- E no que eu estou pensando?

- Não se faça de inocente David, isso eu tenho certeza de que você não é!

- Já provou da minha... Não inocência, é isso?

- Pelo bem da humanidade, retirando o fato de já termos nos beijado, entre outras coisas não muito pesadas... Não.

- Sei... Já que o seu amiguinho Pedro te deixou mais feliz, eu vou lá na casa da Maria Marie.

- Eca.

- Ciúmes?

- Nojo – Sorrio forçado e dou as costas, é isso mesmo, ele que fique com a Maria, como se eu me importasse com quem ele come ou deixa de comer.

Continuei andando até chegar a uma sorveteria mais próxima. Depois de pegar o meu, sento-me em uma das mesas e começo a tomar o meu sorvete.

- Agora ele deve está lá, se achando por eu ter mandado aquela mensagem para ele, por ele está achando que eu preciso mesmo dele, por ele está achando que eu preciso conversar com ele – coloco uma colher de sorvete na boca – Mas agora eu não preciso mais, eu tenho o Pedro, aquele outro vagabundo que me abandonou pela Victoria, sim, aquela idiota que apesar de ser do mesmo grupo que eu me odeia, mas tudo bem, esse não amor é correspondido, aquela idiota, eu quero mais é que os três se fod...

- Moça? – Olho para trás furiosa.

- O que é? – Pergunto com raiva, a garçonete se afasta.

- É que você está... Assustando os clientes...

- Ah! – Eu levanto da cadeira – eu estou assustando vocês? Por quê? Uma garota de dezessete anos não pode se expressar?

- Se for continuar assim eu espero que saia.

- O quê? Eu estou pagando por isso aqui – Mostro o sorvete para ela – Quer saber – respiro fundo – Me desculpe, estou passando por uma fase meio que difícil e acabo ficando assim, sinto muito – sorrio e ela corresponde, pago o sorvete e vou andando de volta para casa.

Tá legal, eu acho que eu estou muito alterada, o que colocaram no meu sorvete? Ou foi no cérebro? Ou talvez... Naquilo que bombeia sangue para todo o meu corpo, que para muitos representam aquele sentimento idiota e desnecessário, que para mim... É só mais um dos órgãos que serva para manter viva, somente. Mas nada...

[...]

 Estou tentando me concentrar em um livro – sim, eu estou lendo um livro – mas minha irmã é uma idiota, tá, eu gosto dela, mas isso não a deixa ser menos idiota.

- Lara para com tanto barulho por favor?

- Eu estou brincando Emily...

- Não sabia que brincar de bonecas fazia tanto barulho! – grito.

- Pelo menos eu brinco, e não fico ai deitada em uma cama fazendo nada pensando no David.

- E quem disse que eu estava pensando no David?

- Você já cochilou umas trezentas vezes, e sempre diz “David, você é um homem morto”.

Eu não fiz isso? Por que eu faria isso? Pelo simples fato de que eu quero mesmo matar o David? Só pode...

- Argh! Sai do meu quarto.

- Mas...

- Sai Lara.

- Chata! – Ela pega as coisas e sai do quarto batendo a porta.

Ninguém merece essa família...

[...]

Estava mexendo em minhas coisas guardadas em cima de um certo armário no porão da casa.

Tinha tantas fotos, que se fosse preciso tempo para ver todas... Ficaria dias ali dentro.

Vi fotos minhas quando pequena, a linda Emily de Maria Chiquinha e vestidinho. Outra Emily com bonequinha na mão e abraçada com a mãe que naquela época a amava. Mas “essa” Emily agora cresceu, e não tem mais aquele amor que antes tinha.

Olhando as coisas eu vejo uma caixa que eu costumava guardar as coisas até os meus dezesseis anos, ou seja, até o ano passado. Começo a olhar fotos minhas com velhos amigos, com o Guilherme...

E só de saber que ele está longe, muito longe, e que nunca mais vou revê-lo, dá uma dor no peito, eu sei que nunca fui muito de ligar para isso, mas com esse caso chegando, só me faz lembrar o que eu não fiz.

Olho algumas cartas que ele me mandava com flores.

“Ei, princesinha... Sabia que você é a menina mais linda que eu já vi? Aos poucos ocupando meu coração, aos poucos tomando conta de mim e me fazendo cada vez ser mais seu, e você minha, quero te pedir obrigada por sempre está comigo me fazendo feliz... e nós vamos ficar juntos... Para sempre. Feliz 1.6. Te amo.”

Dói tanto...

Não demorou muito para que eu começasse a chorar, meses depois lá estava ele, dentro de um caixão, e o nosso “para sempre” acabou.

Enxugo todas as lágrimas, eu não aguentaria ler mais nada, eu acho que seria um segundo dilúvio e não estou exagerando.

Levanto colocando a caixa onde estava, mas levando um dos bilhetes comigo.

Saio do porão, subindo as escadas que dá direto à cozinha.

- Aqui está você... Estava chorando? – Minha mãe pergunta.

- Não – Respondo fria passando a mão pelos olhos.

- Como não? Seus olhos estão todo vermelho.

- É só minha alergia a poeira.

- E desde quando você chora por poeira?

- Desde agora, eu vou subir, e espero que ninguém me incomode.

Dou as costas, mas ela me chama.

- Mandaram para você – Olho para trás e ela segurava um buquê de flores.

- Quem?

- Não sei, mas tem uma carta.

Ando até ela, pego o buquê, sinto o cheiro das rosas, eu gosto desse cheiro, me faz lembrar sempre o Guilherme. Quase todo dia era um buquê de flores, e novamente não estou exagerando.

- Obrigada! – pego a carta – Coloca em algum vaso, pode murchar.

Subo as escadas indo para o quarto e tranco a porta. Sento-me a cama e começo a ler.

“O que é que você tem? O que é que você que você tem que me deixa tão louco por você? Será seu sorriso? Seu jeito? Seu olhar? Ou seu beijo? Eu sei que você odeia essas coisas de romance, me perdoe por está te mandando isso, mas é impossível está perto de você e não dizer essas coisas, então, já que eu sei que você odeia ouvir, eu acho que ler você detesta menos. Eu gosto tanto de você, gosto do seu jeito, gosto quando me abraça, gosto quando me olha nos olhos, e gosto ainda mais quando sorri para mim... É tão bom saber que eu sou um dos motivos pelo seu sorriso... Sinto aquilo que é proibido em seu vocabulário por você. Sinto, e é bem forte”.

Um sorriso mais do que idiota surge em meus lábios, mas logo o tiro lembrando-me do que a carta fala.

- Para de me mandar isso ou eu paro com os seus batimentos cardíacos...

Digo sozinha

Não que isso seja chato, não que até um certo ponto eu ache fochê, mas ainda assim acho lindo que mesmo sendo quem eu sou, alguém me admire, e sinta aquilo que é proibido em meu vocabulário.

Mas lembre-se, não pode se apaixonar, não depois de tudo que aconteceu no passado. Posso me machucar novamente. E tenho medo de perder mais uma vez quem eu ame.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? ashuahsua. Digam-me.

Para você que quer saber qual o recado. Ai vai:

Meninas que acompanham minhas historias desde sei lá qual. Eu destrui a minha vida social - to falando sério, vários amigos já perguntaram porque eu não to mais saindo de casa, meu pai até me chamou de doente por eu não sair mais do quarto '-' - Voltando, eu tive que parar de ter uma vida social para pensar em uma nova fic. :D udhsudhushdus, mentira, mas é quase verdade, eu tive que pensar em tantas, tive tantas ideias, mas apaguei.

E adivinha a a a! Eu consegui pensar e criar uma nova. O que significa, que quem continuar me seguindo, vai me aguentar mais um pouco AêÊeÊêÊ.

O nome da fic é "Plano B", MAAAAAAAAS, não está nada certo de que eu vou mesmo postar ela, eu consegui fazer um capítulo e tal, mas, ainda to meia insegura dela, mas acho que vou consegui, já fiz até a POSSÍVEL capa, deem uma olhadinha:
http://31.media.tumblr.com/dcb9dc7de61291171f434f03f6924fab/tumblr_msvgvw8ckQ1so4kipo1_500.jpg

Gostaram? Eu não gostei muito, então provavelmente irei fazer outra, mas vocês, o que acharam? ^^

A fic é sobre uma possivel vingança um pouco para o lado do amor... Mas se eu postar vocês matam a curiosidade.
Até o próximo que eu posto assim, que eu tiver 15 reviews ou uma recomendação SEM "MAS". Vou lá responder os reviews

Beijos =*