Make You Believe escrita por Monica Hellen Miller


Capítulo 6
Capítulo 6: Um caso complicado


Notas iniciais do capítulo

Povo perdão? Perdão? Demorei demais não foi? Bem não sei nem o que falar direito só sei dizer que finalmente consegui fazer o capitulo seis, é um capitulo especial para a Rosa então no próximo voltamos pro caso da tia Esmeralda tá bem? Beijos



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Dois dias haviam se passado e eu estava bem. Bem mesmo. Tentei encontrar algumas coisas, mas não dava... Saímos o tempo todo, e conversávamos normal. Menos Rosa que não participava de muitas coisas e nunca nos falávamos.

Félix investigava a casa dia e noite e nada, e nem eu encontrava algo. Como está sendo frustrante!

Na hora do jantar, já no domingo o último dia em que eu ficaria, estávamos esperando amigos da titia. Tinha na mesa carne assada, farofa, macarrão, estrogonofe, maionese, arroz, salada e para a sobremesa um pudim de coco.

Vesti um short roxo, com uma blusa cinza escuro de manga. Calcei um All Star e fiz um rabo de cavalo no meu cabelo. Quando sai do quarto olhei ao meu redor, e havia muitas pessoas andando pra lá e para cá!

Senti uma mão pegar a minha e me arrastar para o centro da sala.

- Pessoal esta é minha sobrinha Julie. Veio passar o final de semana comigo e amanhã retornará para a casa dela. Diga oi Julie. – Disse a titia olhando para mim.

- Oi, sou Julie.

Todos falaram “oi”. Rapidamente fui contando a quantidade de pessoas que havia ali. Tinha seis mulheres e seis homens. Os homens usavam ternos pretos e as mulheres vestidos sociais de diferentes modelos e cores. Todas elas tinham os cabelos presos e sorriam animadamente.

A tia Esmeralda usava um vestido bege de alça fina. O vestido tinha um decote em forma de vê, mas não muito extravagante, e a roupa só ia até o joelho. Calçava ela um salto alto aberto e preto. Foi quando parei para pensar se eu não estava um pouco diferente.

Sai dali e fui para uma área aberta atrás da casa. Foi quando encontrei Rosa de costa sentada no banquinho bem no canto. Lá pegava pouca luz, então a titia havia posto uma pequena lamparina pra quem quer que fosse lá.

- Rosa o que foi? – Perguntei pegando um banquinho e sentando ao lado dela.

- Ah nada.

- Isso é uma resposta que dá uma longa conversa sabia?

- Ah deixe-me, por favor!

Suspirei um pouco e dei um pequeno sorriso torto e falei:

- Poxa, acho que está na hora de a gente se tratar bem.

- Bem? Como pode dizer isso se a pessoa que eu amo não me trata bem!

E Rosa começou a chorar. E chorou por um bom tempo encostada no meu ombro. Aquilo foi estranho e diferente, mas eu fiquei ali com ela.

Passou-se uns cinco minutos e a menina já estava se recompondo. Mas sua expressão mudou, parecia nervosa. Olhei para trás e vi um belo homem de terno preto. Era alto, branco e tinha os olhos da cor verde, e seus cabelos eram castanhos.

- O-o-i – Falei gaguejando.

- Oi – Disse o homem com uma voz suave e sereno.

- Por favor, vá embora – Falou Rosa.

- Não posso, precisamos conversar.

Parei um pouco pra pensar. Meninos lá dentro. Rosa aqui fora chorando. Por causa de um garoto. Seria esse? Nossa que sorte, ele realmente é lindo!

- Eu vou indo então – Falei levantando-me.

- Não! – Falou Rosa Segurando o meu braço.

Passei uns dez minutos no meio daqueles dois, e acabou que Rosa foi para o quarto dela e o...

- Qual o seu nome? – Perguntei.

- Peter.

- E o que você fez para a minha prima?

- Não sei como explicar.

- Eu a ouvi dizer que a pessoa que ela ama não a amava.

Peter sentou no banquinho de Rosa e eu continuei em pé observando o jovem homem de cabeça baixa.

- Desculpa a pergunta importuna, mas, quantos anos têm?

- Vinte.

- Rosa tem dezessete.

- Eu sei.

- Mas eu não sei o que você fez pra ela. Pode me contar?

- Como você vai dizendo que eu fiz algo pra ela?

- Porque se não tivesse feito ela teria conversado com você?

- Isso é verdade. Mas não consigo falar.

Sentei no banquinho e respirei fundo. Peter parecia muito triste.

- Não conheço bem você. Mas pode me contar o que aconteceu, por favor?

- Eu e sua prima nos conhecemos em uma dessas festas de sua tia. Eu e Rosa acabamos trocando o número e sempre nós conversávamos. Acabamos nos aproximando demais e bem... Você imagina o porquê de todos os homens estarem de ternos e as mulheres muito bonitas?

Pensei um pouco. Isso era uma pergunta e tanto.

- Diga.

- Viemos todos de uma festa de casamento do feche de uma empresa em que todos nós trabalhamos. Sua tia trabalhou lá por sete anos. E como a maioria tem esposas ou noivas, teria que leva-las não é?

- Como assim... Todos?

- Todos.

- Então você é casado?!

- Tenho uma noiva.

Arregalei os meus olhos. Como aquilo estava acontecendo. Minha prima amava alguém que logo seria casado! Acalmei-me e perguntei:

- Você já estava noivo quando conheceu minha prima?

- Já. Mas nunca aconteceu nada entre nós. Simplesmente nos tornamos amigos e depois de um tempo algo cresceu. Rosa sempre soube que eu sou comprometido. Então decidimos que era melhor tentar reprimir o que sentíamos. Mas minha noiva Catharina descobriu algumas de nossas mensagens que não falava nem de nossos sentimentos e soube que era a sua prima, e com tempo foi notando um pouco nossa afinidade – Peter suspirou e continuou – E a minha relação com a Catharina já estava difícil, quando ela pegou eu e Rosa conversando a sós em uma dessas festas que sua tia organiza para os amigos. Não houve nada, mas na mesma noite Catharina começou uma briga dizendo que eu estava me encontrando com Rosa, e ela era minha amante, e com raiva eu disse que não era verdade, mas que aquela altura preferia ficar com Rosa. Foi uma tolice. No outro dia, minha noiva mandou uma mensagem do meu celular para sua prima dizendo coisas horríveis, e sua prima acha que foi eu! É por isso que ela está magoada.

Eu estava perplexa com a história. Aquilo tudo era uma coisa de cinema! Como tudo isso podia ser verdade?!

- O que sua noiva escreveu?

- Disse que a odiava, e que não a amava e... Tantas outras coisas. Desde lá não nos falamos.

- E como sua mulher sabia que você realmente a amava?

- Não sabia! Simplesmente agiu por ciúmes!

- Como é que alguém que ainda nem está casado já tem tantos problemas assim!

- Esse lado de Catharina só veio agora.

- Então prova que você não a conheceu o bastante. É jovem ainda.

Peter ergueu a cabeça, e vi seus olhos lacrimosos.

- Não chore.

- Eu não queria meter Rosa nisso.

Suspirei fundo, e isso não podia estar acontecendo.  Senti alguém atrás de mim e vi Félix.

- Pergunta por que ele não terminou com a noiva dele? – Disse feliz.

 Virei-me de volta e perguntei:

- Por que ainda está com sua esposa se ama Rosa?


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Notas finais do capítulo

Comentários? Mereço? Sei que não... ^^



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