Darkness escrita por Kaah


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Desculpem a demora pra postar, estava sem tempo, espero que ainda estejam lendo (:
Enfim, boa leitura.



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– Desculpe, eu não queria fazer isso, juro, fica, num vai não.

– Se você fizer isso de novo, nunca mais olhe na minha cara entendeu? – Falei séria.

– Tá bom, e ainda diz que o grosso sou eu. – Falou dando de ombros.

– Gabriel, nem parece ter a idade que tem, infantil. – Falei revirando os olhos.

– Como se você fosse uma velha. E eu nem sou velho tá, vou fazer 19 ainda.

– Não perguntei nada, eu disse, então se eu disse é por que é e pronto.

– Se você diz. Quem sou eu para desmentir não é? – Perguntou irônico.

– É. Me diz uma coisa, você não se lembra de nada do que aconteceu para estar daquele jeito que te encontramos? – Perguntei curiosa.

– Não, eu só me lembro de você sair correndo como uma louca.

– Como é? – Perguntei dando uma tapa na perna, essa sim não estava machucada e boa de bater.

– Correndo como uma louca sim, agora me deixa continuar. – Dei de ombros e ele prosseguiu. – Então, eu só me lembro disso, e de ter sofrido um impacto bem forte na cabeça. Depois disso só acordei com você batendo em mim para poder acordar. E a propósito, obrigada, ainda dói. – Falou massageando o lado em que eu bati várias vezes, eu comecei a rir me lembrando disso.

– Desculpe, mas você não acordava, eu te chamei, varias vezes, parece que você só funciona na base da tapa. A culpa não é minha. – Dei de ombros fazendo uma cara de santa.

– A claro e de santa só tem a cara mesmo por que de santa não tem nada.

– E de santo só tem o nome, por que na verdade é um capetinha.

– Nem sou tá.

– Nem eu. – Falei dando língua para ele.

– Quem da língua quer beijo. – Cantou.

– Se tentar eu te sangro. – Falei sorrindo.

– Você não faria isso. – Continuou cantando e eu ri.

– Experimente fazer isso amorzinho. – Falei com a expressão cínica.

– Chamou de amorzinho, e ainda se faz de difícil, adoro.

– Cala a boca garoto.

– Não calo.

– Não é? – Perguntei.

– Não por quê? Algum problema? Vai fazer alguma coisa?

– Por que eu faria?

– Não sei, você que tá dando uma de louca ai, vai que tu faz alguma coisa, nunca se sabe. – Falou negando com um dos braços levantados. Eu fui me aproximando mais dele, agora sem nenhum medo, e cheguei bem perto do seu ouvido para poder falar.

– Você me subestima garoto, quero ver se aguenta depois. – E então segurei seu rosto, e bem, já sabem, nos beijamos, e ainda bem que dessa vez ninguém interrompeu. Novamente nos faltou o ar, paramos por segundos e ficamos conversando um pouco mais. Não vimos a hora que estava passando tão rapidamente para nós dois. Sai para comer alguma coisa e fui para a recepção, ver se ainda tinha alguém me esperando, e como eu já havia pensado, não tinha, como eu iria para casa sozinha há essa hora? Voltei para o quarto pensando nisso.

– Voltou rápido. – Ele falou quando voltei.

– Sim, eu fui à recepção, não tinha ninguém, e agora o que eu faço? Vou ter que ir sozinha.

– Não, eu não vou deixar você sair a essa hora daqui, não mesmo, você dorme aqui.

– Aqui onde? – Perguntei curiosa olhando para todo o quarto. – Não quero dormir naquele sofá, é muito desconfortável.

– Quem disse que você vai dormir lá? Quando eu falei dorme aqui eu disse na cama.

– E você? – Eu já estava desconfiando, mas como sou curiosa tive que perguntar.

– Eu durmo aqui também, afinal a cama não é tão pequena assim. E eu juro, não faço nada. Que você não queira. – Falou essa ultima quase que num sussurro, mas eu não me importei, estava com muito sono para discutir.

– Tudo bem, mas só por hoje, não tente nada, não conte a ninguém, se não já sabe. –Falei fazendo lembrar-se da parte em que eu disse que o sangraria. Ele assentiu e me deu espaço para deitar, assim que eu deitei, ele me agarrou pela cintura, para não cairmos, pelo menos eu acho que era por isso, já que a cama era a conta certa para nós dois. Mais uma vez eu não disse nada, apenas deixei, ele me deu um beijo na testa. Assim que me encostei em seu peito dormi, mas não foi uma coisa muito boa a se ter feito, tive um pesadelo horrível.

Queria que fosse um normal onde a pessoa acorda e sabe que aquilo nunca aconteceria, mas o meu, eu sabia, aquilo era real, aquilo ia se tornar real, se eu deixasse. Novamente, aquela mesma mulher desfigurada, o mesmo sonho de pessoas que eu amo morrendo, Tanatos parado me olhando enquanto eu gritava por socorro. Socorro que certamente não viria dele. Eu tentava me acordar de qualquer jeito, se é que aquilo era um sonho, mas não conseguia, até que ouvi um grito que me fez voltar à consciência. Quando eu acordei estava toda molhada parecia que tinham jogado água em mim, mas não, aquilo era suor, eu estava desesperada, puxava o ar com toda a minha força para ver se me acalmava, tudo em vão, olhei para o meu lado lá estava Gabriel me olhando, que droga, eu consegui acordar ele. Ele continuava me olhando com uma cara de sono terrível, assustado e em silencio, e eu repetia as mesmas palavras seguidas vezes.

– Foi um sonho, um sonho bobo, só um sonho, calma Mel, foi um sonho. – Eu parecia uma louca por que enquanto repetia essas palavras ficava balançando para frente e para trás e chorava descontroladamente. Então senti mãos no meu ombro, se eu não soubesse quem estava ali, eu teria morrido de susto.

– Mel, o que está acontecendo. Ei, ei se acalma. – Falou isso quando o abracei, ainda chorando, ele tentou de varias maneiras me fazer parar de chorar tudo em vão. – Mel para de chorar isso está me assustando. Por favor. Me diz o que está acontecendo. Que sonho foi esse que você tanto repete? – Consegui me acalmar mais ouvindo a voz dele parei de chorar, mas os soluços ainda continuavam, ele segurou meu queixo me fazendo olhar em seus olhos, coisa que eu não consegui fazer por muito tempo, virando para os lados ou fechando meus olhos, não conseguia olhar para ele, o medo de perdê-lo era enorme, eu o vi morrendo nesse pesadelo, eu o vi morrendo, ainda não estava acreditando, o abracei novamente começando a falar palavras sem nexo.

– Não vou deixar, você não vai.

– Mel, para com isso, quem não vai? Olha pra mim agora. – O soltei e o olhei como ele pediu, ainda com as lagrimas teimosas que insistiam em cair. Engoli o choro e consegui falar finalmente.

– Desculpe, eu, não, desculpe. Eu não queria te acordar, desculpe. Preciso de ar. – Eu olhava para os lados novamente fugindo do seu olhar e então de fui pega de surpresa novamente por um de seus beijos, aquilo me acalmou, e muito eu estava sendo boba por estar chorando, ele estava ali, ele estava comigo, enquanto isso acontecesse nada de ruim aconteceria, pelo menos eu espero que não. Depois de partir o beijo ele me abraçou e ficou em silencio esperando que os soluços parassem por completo. - Eu estou sendo uma idiota por estar assim a essa hora da madrugada te acordando, me desculpa.

– Não precisa me pedir desculpas, quer falar sobre o que aconteceu?

– Não, por favor. – Falei entrando em desespero novamente.

– Tudo bem, se acalma não precisa falar se não quiser, não começa a chorar de novo. Daqui a pouco minha roupa vai estar toda molhada. – Após isso fez uma careta, mesmo no estado em que eu estava consegui dar uma risada fraca. – Isso bem melhor, você já viu que horas são? – Neguei. – São, 03h34min da madrugada, você está melhor?

– Sim, obrigada, e desculpe por te acordar.

– Eu já disse, não peça desculpas.

– Mesmo assim. Não conta o que aconteceu aqui a ninguém, nem pro meu irmão.

– Tudo bem, se você quer assim, fica só entre nós dois. Mesmo que eu não saiba o que realmente aconteceu para você ficar assim.

– Obrigada.

– Agora, por favor, vamos voltar a dormir, que eu não quero passar a noite toda acordado. – Fez uma careta, sorri um pouco assentindo, e voltei a me deitar, ele se deitou em seguida me abraçando novamente, era reconfortante aquele abraço, no momento o que eu mais precisava. Alguns minutos depois eu já conseguia ouvir sua respiração pesada, ele tinha voltado a dormir, o silencio novamente dominava aquele quarto de hospital, mas mesmo assim, eu não consegui dormir, com medo de que aquele pesadelo acontecesse novamente. Fiquei o tempo todo olhando para a janela, vendo o dia que vagarosamente começava a surgir.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o capítulo pequeno.
E então, o que estão achando?
Quero opiniões e reviews para poder continuar (:
Beijos



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