Darkness escrita por Kaah


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração, como estão vocês?!
Mais um capítulo postado. Espero que estejam gostando da historinha, pois estou feliz em posta-la, como já disse inúmeras vezes.
Boa leitura.



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– Ei sua cadelinha, eu estava te procurando há horas, mas como não te achei.

– Eu que estava te procurando, até me perdi por sua causa sua desatenta. – Falei revirando os olhos e dando uma tapa no seu braço.

– Desulpe, não foi por culpa minha, mas eu acabei achando seu irmão, e então fiquei com ele até achar você. – Só agora que eu percebi, o Pablo estava ao lado dela, acredito que estou ficando cega.

– Acredita que nem te vi. – Falei sarcástica.

– Pois é parece que estou ficando invisível agora. – Ele fez uma careta engraçada ao falar isso. – Mas tudo bem, só quero saber de uma coisa, você viu o Gabriel?

– Não, por quê?

– Não sei, ele desapareceu de repente. Estou estranhando isso.

– Vamos procurar aquele imbecil então. – E lá fomos nós novamente a caça, eu já estava cansando de ficar dando voltas e mais voltas dentro daquele parque, meus pés doíam, algo me dizia que tinha alguma coisa errada, eu estava prestes a parar, quando ouvi uma voz muito conhecida, Tanatos, ai que droga. O que será que ele quer agora?

– Tenta procurar em um dos becos que tem aqui Mel. – Eu já estava sem esperanças mesmo então decidi seguir a sua palavra, não esperei ninguém nem se quer avisei, apenas sai correndo em direção ao beco mais próximo que havia ali. E finalmente achei, não estava do jeito que o tinha visto pela ultima vez ele estava deitado no chão sangrando e desacordado, procurei encontrar o corte ou o machucado de onde saia aquele sangue e finalmente achei, ele estava com um dos braços cortados, um corte muito profundo e a cabeça também, após alguns segundos em pânico, eu comecei a dar algumas tapas no seu rosto para ver se ele acordava. Depois de algum tempo tentando acorda-lo eu já estava a ponto de desistir. Até que ele começou a abrir os olhos lentamente, para minha alegria.

– Mel? O que você está fazendo aqui? O que EU estou fazendo aqui? Ai. – Ele tentou se sentar, mas com o esforço só piorou e ele gemeu de dor. – Eu só me lembro de ver você indo, e depois aqui. O que aconteceu Mel?

– Eu não sei, nós estávamos te procurando por que você sumiu, e então eu te achei aqui, se acalma, não levanta. – Falei o fazendo se deitar no meu colo, pois o teimoso tentou se levantar novamente. – Se você não parar eu te dou outra porrada na cabeça. – Continuei, revirando os olhos. – Por favor, espera só um minutinho quieto que eu vou ligar para o Pablo. – Falei lhe dando um selinho, nem eu acreditei que tinha feito isso, mas como já foi. Peguei meu celular que estava no bolso da calça e liguei para Pablo, que no segundo toque atendeu quase gritando comigo.

– Aonde você está sua louca? É só eu dar as costas que você some.

– Eu estou bem me escuta. Achei o Gabriel. – Falei aquilo como se fosse para mim mesma por que meu coração estava apertado e ver ele me causava uma sensação de alivio, mesmo que fosse no estado que ele estava.

– Ótimo, então venham para cá. Agora. – Falou num tom autoritário, eu revirei os olhos, era um tédio quando ele ficava assim, era pior que minha mãe.

– Eu até iria. Mas tem um pequeno probleminha técnico.

– O que? – Ele gritou. Acho que ele pensa que sou surda. – O que está acontecendo Melanny?

– Se você me deixar falar, agradeço. – Finalmente obtive o silencio desejado. –Obrigada, então eu achei o Gabriel num beco perto do parque, ele não está nada bem, eu não consigo carrega-lo sozinha, venham nos buscar, por favor.

– Beco né? Está bem, já estamos indo. – Não esperou eu responder e desligou na minha cara, que mal educado.

Em menos de 3 minutos eles chegaram e viram Gabriel naquele estado deitado no meu colo quase desacordado, Sidney como sempre ficou boquiaberta, Pablo já veio ao meu lado preocupado com seu amigo. E já foi pegando ele com a ajuda de Maicon. Que pena que me deu de ver ele naquele estado, eu estava me perguntando até agora o que teria acontecido com ele para estar assim.

Com muito cuidado aos poucos ele foi sendo erguido, eu me levantei logo após, minha camiseta estava toda manchada de sangue na barriga, até parecia que tinha sido eu quem tinha me machucado.

– Vamos ao hospital, é perto daqui. – Então fomos, eu fui grudada a Sidney enquanto os meninos continuavam carregando ele, queríamos ir de taxi mas não achamos nenhum aquela hora naquela rua escura, então fomos andando mesmo. Demoramos uns 10 minutos e finalmente já estávamos na frente daquele bendito hospital. Entramos, um dos médicos viu a situação de Gabriel e veio logo em nossa direção.

– O que aconteceu? – Perguntou.

– Não está vendo que ele está machucado? – Cuspi ríspida, esse tipo de perguntas idiotas me cansam. Recebi um olhar feio de Pablo. – Desculpe, é que eu estou preocupada com ele.

– Não foi nada, seu namorado vai ficar bem moça. – Eu quase morri de vergonha quando ele falou isso.

– Não, ele não é meu namorado, cuida logo dele, por favor. – E então pegaram ele e o levaram a uma das salas, tivemos que esperar algum tempo até que o medico que nos atendeu foi onde estávamos.

– Ele já esta bem, se quiserem podem ir ver ele agora.

– Tudo bem, eu vou lá. – Pablo falou se levantando. E se foi, após alguns minutos ele voltou e sentou novamente e me olhou. – Ele quer ver você.

– Pra que? – Perguntei curiosa.

– Não sei, ele só disse que queria te ver. – Ele falou desconfiado.

– Ok, estou indo lá então. – Ao chegar o vi deitado com o braço enfaixado e com um curativo na cabeça. – Oi. – Me sentei em uma cadeira ao lado da cama.

– Oi. Obrigada, se não fosse por você eu ainda estaria naquele beco.

– Deixa disso, você está bem? – Perguntei preocupada.

– Melhorando, minha cabeça ainda dói um pouco, o médico disse que eu vou ter que ficar aqui de observação essa noite. – Ele deu um suspiro derrotado e bateu o outro braço que estava bom na cama. – Que droga.

– Para de frescura garoto, você está bem e é isso que importa, você só vai passar a noite aqui e não o resto da vida. – Falei revirando os olhos em sinal de desaprovação a aquela atitude infantil.

– Ok desculpa. – Que fofinha foi a cara que ele fez. – Sabe, eu estou aqui nessa cama, enfermo, quase morrendo, posso te pedir uma coisa?

– Pedir pode, mas receber... Aí já é outro caso. Mas tenta. – Dei de ombros.

– Me da um beijo? Sabe, pode ser minha ultima noite vivo. – Comecei a rir descontroladamente, espera aí, ele estava me pedindo um beijo meu.

– Como você é engraçado, olha a chantagem Gabriel. – Falei levando tudo na brincadeira. Ele me olhou com uma cara que deu para perceber que não era brincadeira. – Por que eu faria isso?

– Por que eu estou pedindo, por que sei que você gostou, e por que estou morrendo. – Explicou contando nos dedos.

– Morrendo? A tá, cadê os tubos, as agulhas, o soro? E por que você está falando? – Perguntei irônica.

– Para Mel. Está bem, se você não vai me dar um beijo, não peço mais. – Deu de ombros.

– Ok, então se era só isso eu vou embora. – Falei me levantando da cadeira. Mas ele puxou meu braço novamente, cai sentada na cama, ele foi chegando perto, mais perto, ficamos a centímetros novamente, que ótimo, tudo de novo. E então me beijou, eu não consegui resistir a aquilo, como eu disse, o beijo dele era uma droga, e eu já estava viciada nela, infelizmente. A cada vez que o beijo ia se aprofundando ele ia me puxando para mais perto, segundos depois eu já estava em cima dele, seguíamos um beijo selvagem até que eu bati no braço machucado dele e ele gemeu.

– Uuuh. – E então eu parti o beijo para ver o que tinha acontecido.

– Desculpe, mas a culpa é sua, seu tarado, bem feito. – Dei de ombros e tentei descer da cama, mas ele segurou meu braço novamente.

– Num sai não Mel, por favor. – Ele me olhou com uma cara de cachorro sem dono, e com uma distração minha ele me puxou e voltou a me beijar, que droga, ele só pode estar brincando comigo. Estávamos no maior amasso em cima da cama quando, alguém abre a porta. Eu olhei para o lado, era a enfermeira, o que será que ela estaria pensando ao ver aquela cena, eu em cima da cama quase deitada em cima dele.

– Pronto saiu? – Perguntei soprando o olho dele.

– Sim, obrigada. – Falou ele entrando na minha brincadeira. Ainda bem que se não tivesse feito isso eu matava ele ali e agora.

Então saí de cima dele e sentei na cadeira ao seu lado.

– Estou atrapalhando algo? – Ela perguntou.

– Sim. – Gabriel resmungou.

– Não. – Respondi ao mesmo tempo.

– Desculpem, é que aqui diz que tenho que dar um remédio e ver um corte no braço. –Falou calma, ela era nova e me parecia muito boba, se isso fosse realmente verdade, ela não teria percebido o que estava acontecendo.

– Ok, então eu vou sair. Até mais Gabriel. – Falei mandando beijo da porta. Ignorando seu pedido para eu ficar, fui rindo morta de vergonha por ter presenciado aquela cena, presenciado não, encenado aquela cena. Fiquei andando pelos corredores, morrendo de rir da ultima cara que Gabriel fez, ele na certa quando me ver, vai querer me matar, bem que eu queria continuar lá, daquele jeito, não importa se fosse numa cama de hospital, mas cara, aquela mulherzinha chegou e estragou todo o clima, que ódio, bem que eu poderia ter ficado lá, o que será que ela está fazendo ainda lá dentro? Por que eu fui deixar os dois sozinhos?

– Eu vou voltar. – Falei para a mim mesma. – Não, sim, eu volto, não num volto. Ai senhor como eu sou indecisa. Quer saber, eu volto sim. – Falei dando meia volta e indo em direção ao quarto de Gabriel, fiquei de frente para a porta pensando ainda se abria ou não, quando eu estava decidindo voltar e parar com aquela ideia idiota, a porta se abriu. Me assustando. Enfim aquela enfermeira babaca foi saindo com uma bandeja e algumas coisas em cima dela. Ele me viu e me chamou com o dedo, como se eu fosse uma cachorra, mas era o que parecia, eu fui lá. Mel sua idiota, eu te odeio. Mas dessa vez para não correr riscos, me sentei no sofá, e ele me olhou confuso.

– Senta aqui. – Apontou para a cadeira ao seu lado.

– Estou cansada, é melhor ficar aqui. – Menti.

– A sei, e por que voltou? Sentiu saudades do menininho aqui foi? – Após isso bateu no peito e fez uma cara totalmente sedutora. Foi sim, mas não admito.

– Lógico que não, só foi pra avisar que eu já vou embora.

– Para de mentira, eu sei, você ficou com medo de eu ficar com aquela enfermeira, até que não seria uma má ideia. – Falou olhando para um canto vazio, acho que estava lembrando-se da enfermeira, aquilo me subiu a cabeça.

– Ai que nojo de você Gabriel, fala sério. – Fiz uma careta e ele riu. – Vou embora antes que eu quebre seu outro braço. – Falei me levantando, tinha esquecido o quão idiota aquele garoto podia ser, droga Mel, não poderia ter escolhido melhor? Não se pode ter o que se quer sempre não é? Espera, eu posso, e eu tenho. Mel aproveita sua burra, aproveita enquanto ele corre atrás de você, só não se apega ok? Ok. Você não gosta mesmo dele né. Imagina, eu, gostar dele, piada.

– Para, não me deixa sozinho, por favor. – Ele fez aquela cara de cachorro sem dono de novo. Gabriel sua peste, não faz isso caramba, quer me matar é?

– Por que ficaria? Você me irrita, e ainda mais quando fala. – Falei olhando para ele tentando ser o máximo indiferente com ele.

– Eu fico quieto, aqui é muito chato pra se ficar sozinho.

– Ok, eu chamo o Pablo, ele é melhor companhia do que eu, afinal, ele te aguenta. – Falei dando de ombros. E vi-o fazendo uma careta.

– Mel, por favor, pela ultima vez, não vê que eu estou morrendo aqui? Vai me deixar sozinho? Vai que eu morro aqui a noite? Você vai se sentir culpada para o resto da sua vida.

– Fará um bem a humanidade, está bem, eu fico, mas não me peça para fazer mais que isso.

– Tá, mas senta aqui. – Apontou novamente para a cadeira, que a tortura comece. Sentei, só que um pouco mais afastada que antes para não correr o risco de aquilo acontecer novamente, não queria ser pega no flagra.

– Pronto, sentei.

– Eu vi. – Falou em um tom irônico. Mel não vacila que esse ai é só dar brecha que ataca. Mas foi diferente, ele não tentou nada, apenas conversamos por horas, mas uma coisa me incomodava.

– Será que eles já foram embora?

– Não sei, se você não viu eu estou deitado aqui.

– Para de ser grosso garoto. – Falei dando uma tapa nele, e que ótimo foi no braço, ele quase teve um ataque.

– Puta que pariu garota, está ficando maluca? – Quase gritou tamanha dor, foi engraçado ver a cara que ele fez, eu só não ri por que talvez ele ficasse pior, mas foi quase difícil fazer isso. – Tudo bem Gabriel respira, antes que você mate essa criatura que está aqui, calma.

– Isso mesmo, calma neném, respira. – Falei fazendo carinho em seu rosto, para que Mel, idiota, mil vezes idiota. Ele se virou olhando para mim alternando entre meus olhos e minha boca, eu fiz o mesmo indecisa em qual deles focar, quando ele veio tentar me beijar novamente eu esquivei bem na hora e me afastei. – Eu disse que não era pra acontecer isso, que droga Gabriel. – Falei agora de pé na sua frente decidida que iria sair naquela mesma hora.


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Notas finais do capítulo

Pronto, postado, não sei se vocês notaram, mas esses capítulos de agora estão maiores, pelo fato de eu não estar postando todos os dias.
É Marie, parece que deu Meliel mesmo kkkk
O que estão achando? Continuo com reviews (:
Boa Noite e até a próxima.



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