Por Você escrita por traduçãoFaberry


Capítulo 6
Namorado?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, tive uma semana difícil, com provas e viagem. Espero que a espera tenha valido a pena. Enjoy



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-Um Mocca branco com extra Mocca, por favor.

- Com extra de Mocca encima ou enbaixo?

- Como?

- Você quer que eu coloque o Mocca extra na parte superior ou na parte inferior do vidro? - garçom voltou a questionar Quinn, enquanto mostrava a taça que iria colocar o café.

- Ah ... tanto faz, o importante é que tenha o extra, certo? -Brincou.

-Ok, com Mocca extra, qual o seu nome por favor?

-Ametista- falou tentando conter o riso.

O garçom a olhou segundos antes de escrever o nome na taça.

-Ame ... Pode soletrar? - perguntou preocupado.

-Quinn - respondeu desistindo da piada.

- Quinn ou Ame ...

-Quinn - disse completamente frustrada.

Em Londres,quando ia há um desses cafés com alguns de seus companheiros, davam usavam nomes estranhos para se divertirem um pouco, só para ver como escrevia-se ou como se pronunciava. Quase sempre eram nomes de outros países, alemão, espanhol ou como neste caso, um grego. Mas esse cara, terminou o seu breve momento de diversão ao pedir que soletrasse. Já não via mais graça nisso, nem mesmo ela sabia como soletrar.

- Ok mais alguma coisa?

-Não, nada mais - respondeu entregando o cartão de crédito para pagar o seu consumo.

Era quase quatro da tarde do sábado e Quinn aproveitou sua proximidade da cafeteria para obter uma das suas bebidas favoritas antes de encontrar-se com Rachel.

Elas deveriam se encontar no cruzamento da West 60 Street com a Broadway para verem o que poderia ser uma grande oportunidade para a loira. Um apartamento que um bom amigo da morena possuia e que, certamente, iria interessar a Quinn. Pelo menos foi o que lhe disseram em uma ligação na noite anterior.

Para Quinn a idéia era perfeita, não só porque era uma otima oportunidade para encontrar um lugar para viver, mas também por poder passar algum tempo com Rachel, longe do teatro e das desculpas sobre o excesso de trabalho que a morena sempre dava.

Havia passado dois anos sem saber nada uma da outra, e mesmo que não fossem amigas do tipo unha e carne antes de Quinn ir para Londres, a loira sentia muito carinho pela morena e a considerava sua amiga.

Ambas chegaram a Nova York no mesmo ano e ambas lutaram para chegar onde elas tinham chegado. Foram confidente em muitas coisas e Quinn não estava disposta a viver naquela cidade, trabalhar para Rachel, sem aproximação alguma da morena.

- Vá por ali - indicou o garçom após devolver o cartão - Lá irão te servir.

Quinn apenas sorriu e continuou sua viagem, seguindo a fila que avia se formado enfrente ao balcão.

A espera não foi muito longa. Algumas mesas estavam ocupadas por grupos de jovens, e ao seu redor as pessoas esperavam o seu café como ela, não pareciam reconhecê-la. Apenas alguns rapazes que por hábito a olhavam , mas ela estava perfeitamente acostumada.

Uma breve olhada na tela do seu celular era o entretenimento enquanto esperava, mas uma voz a chamou atenção.

Mais do que uma simples voz, era o nome que foi pronunciado. Apesar do burburinho geral que existia naquele lugar, não podia deixar de olhar para o balcão de pedidos e descobrir  que aquele rapaz que havia feito o pedido de um café, era bastante conhecido por ela, e também por muitas das meninas que estavam esperando lá.

-Brody - Quinn sussurrou olhando o rapaz que, sorridente, conversava com o barman.

- Esse é o Weston? Sim, é ele, Deus, ele é lindo ...

-Ele é mais alto pessoalmente.

-É mais bonito...

Perguntas e murmúrios por meio de sussurros começaram a chamar a atenção de Quinn, que percebeu que praticamente todo o local estava ciente da chegada do homem que estava na moda em Hollywood e que naquele exato momento, se virava e aproximava-se dela para esperar o pedido no fim da fila.

Quinn olhou para o lado instintivamente, tentando não mostrando tanta curiosidade como fiziam os outros ao seu redor.

Não tinha idéia se ele iria a reconhecer, pois, eles só tiveram a oportunidade de se ver algumas vezes, e foi a mais do que três anos se não lhe falhe a memória.

O balconista a tirou de seus pensamentos chamando-a para pegar seu pedido. Essa mesma voz, também chamou a atenção de Brody, que não hesitou em procura-la com os olhos depois de ouvir o nome de Quinn.

A loira pegou seu café e depois de dar um novo sorriso ao balconista se preparou para deixar o local sem chamar muita atenção.

Não foi o que aconteceu.

Bastou apenas se virar para dar de frente a com Brody, que não hesitou em ir cumprimenta-la.

- Quinn - disse sorrindo.

A loira ficou surpresa e olhou em volta, percebendo que todos os olhares foram direcionados para ela.

- O..Oi ... - gaguejou.

- Você se lembra de mim?

-Uh ... claro, claro ... Brody - salientou tentar coordenar seus gestos com as palavras.

- Exatamente - respondeu estendendo a mão em saudação - como você está? De volta à cidade, certo?

-Uh ... sim - respondeu apertando de sua mão com um enorme sorriso - De volta a Nova York, eu estou bem, e você? Como você está?.

- Bem, eu não tenho do que me queixar - brincou-  Estou esperando que me entreguem o café para poder sair correndo para ver o amor da minha vida - reclamou.

Quinn ficou petrificada por alguns segundos depois de ouvir a confissão e não sabia se o homem estava falando sério ou brincando, como seu sorriso parecia indicar.

-Bem, eu estou feliz ... então somos dois.

- Você também vai ver o amor da sua vida?.

-Eh ... não, não - Quinn olhou ao redor. Seu nervosismo tinha sido a causa dos olhares curiosos das pessoas que permaneceram naquele lugar - Quero dizer que eu também estou aqui por um café - mostrou o copo em suas mãos- É o meu vício.

-É viciante - respondeu sorridente - Eu não consigo passar por aqui sem parar.

Quinn começou a sorrir, desta vez com um pouco mais de calma, apesar de não perde nenhum detalhe da conversa.

- Isso é o meu - disse Brody indo pegar o seu café no bar.

Quinn se afastou, permitindo que o rapaz buscasse seu café e esperou, mas não sabia o porquê.

- Você vai ou fica?-Questionou o rapaz.

-Eu vou, eu vou - respondeu rapidamente.

-Ok, então vamos andando -respondeu gentilmente. Um cavalheirismo que se prolongou quando Brody permitiu que ela passa-se na frente com um gesto divertido, novamente atraindo a atenção dos clientes do lugar.

Só desejou que no exterior não tivesse o mesmo grupo de fotógrafos que estavam perseguindo dias antes o rapaz,pois isso a poderia colocar em uma situação comprometedora com Rachel.

Felizmente não havia ninguém o esperando.

A avenida  estava cheia decarros e pedestres que mal perceberam a chegada de ambos.

-Rachel me disse que você vai trabalhar no musical- Brody quebrou o silêncio enquanto andavam alguns metros até o entroncamento da rua, onde Quinn parou.

-Ah, sim, ela teve a estranha idéia de me dar um papel - tentou brincar.

- Extranha? Eu acho que foi a melhor idéia que ela possa ter tido em muito tempo.

- Eu não tenho tanta certeza, mas hey, ela confia em mim, eu vou tentar dar o meu melhor - respondeu segundos antes de tomar o primeiro gole de café - Eu não tinha idéia de que você sabia disso.

-Ela me disse no mesmo dia em que te viu no teatro, estava eufórica.

- Bem ... eu estou feliz, então, espero que não esteja errada em me contratar - Quinn disse um pouco surpresa.

- Tenho certeza que será um sucesso.

- Fiquei de encontrar com ela, Rachel me pediu para esperar aqui.

-Sim, eu sei - olhou para o relógio - E eu deveria ir agora, estou com pressa e não quero que fique com raiva.

- O amor da sua vida?-Brincou.

-Exatamente, é tão exigente que eu não me atrevo a demorar nem dois minutos - respondeu Quinn sorridente - Eu gostei de vê-la, espero poder te encontrar mais vezes e com menos gente curiosa - olhou para a cafeteria.

-Espero que sim- Quinn já mostrou-se um pouco mais tranqüila, mas ainda sentia algo estranho quando falava com o rapaz.

- Se cuide - despediu-se com um leve toque no braço direito da loira.

- Você também - respondeu segundos antes de Brody se aproximar de um dos cruzamentos que preenchiam a avenida e desaparecer entre as pessoas, tomando a direção que o levava ao Central Park.

Mais uma vez olhou ao redor e descobriu que tudo parecia está normal.

Os carros seguiram o seu caminho, os pedestres passavam ao seu lado como se nada os pudessem parar, ninguém a olhava ou sorria, tudo seguia seu curso natural em uma cidade como Nova York. O aperto intenso em seu peito não fazia sentido algum e Quinn tentou se acalmar.

Eram 15: 55 pm. Faltava cinco minutos para o tempo exato em que ela deveria estar com Rachel e agora mais do que nunca, depois desse encontro inesperado com Brody, queria encontra-la.

Havia muitas coisas que ela queria saber, e ela tinha certeza que iria custar para descobrir, especialmente porque alguém sempre acaba a atrapalhando quando começa a planejar algo.

E aquela interrupção vinha com um sorriso enorme.

- Eu não posso acreditar nisso! Como é possível que nunca tenha te visto por aqui se em apenas uma semana, eu te vejo toda vez que saiu? - Matt não hesitou em chegar perto de Quinn!.

- Eu vou pensar que você está perseguindo - respondeu com um pouco de humor ao encontrar com o rapaz.

- A menos que você te interesse que eu a persiga - sorria - Não, eu não estou fazendo isso.

-Melhor, eu tenho um pouco de medo de pessoas que não param de perseguir as outras - Quinn voltou a mostrar seu lado divertido - Você sabe ... psicopatas.

- Lembrar: não ser psicopata com Quinn - respondeu sorridente - Como está?.

-Bem ... estou aqui esperando por alguém - olhou para o relógio depois soltando uma pequena risada da piada do garoto - Enquanto eu bebo meu café.

-Bem, é um bom dia para passear e beber café. Você já assinou o contrato? - Foi direto

-Sim, sim, eu sou oficialmente parte do elenco do musical Dreams.

-Bem, eu estou contente, vai ser divertido trabalhar com você - Matt estava sorrindo novamente, desta vez com mais ênfase.

-Espero que sim, bem ... Eu acho que nós vamos compartilhar muitas horas de testes e trabalho.

- Quem você vai interpretar?.

-Holy Kennedy, encantada - saudou de uma forma divertida.

- Não! Sério que você vai interpretar Holy?- disse animado - Wow eu vou gostar de trabalhar com você, vou fazer Edward.

-Eu sei, eu espero nos darmos bem.

-Também espero. Sabe, eu acho que vão organizar um jantar para todos nós nos conhecermos antes da primeira reunião, você vai comparecer, certo?.

-Eh ... eu acho, mas ninguém me disse nada, na verdade não conheço mais ninguém do elenco.

- Não se preocupe, me dê seu telefone e eu te aviso, tenho o numero do elenco quase todo - tirou seu celular de dentro de um dos bolsos.

Quinn ficou surpresa com a velocidade com que o rapaz tinha encontrado uma desculpa para ter seu telefone, mas realmente não parecia uma desculpa, e sim um gesto simpático.

- Se eu te der meu telefone como vou poder ligar?-Desafiou engraçada, mas a piada não foi capturado por Matt, que rapidamente parecia confuso.

- Como?.

- Se eu dar meu telefone, eu fico sem ele ... Ok - desistiu - Nada, era apenas uma piada.

Mais uma piada, uma indiscutível brincadeira de seu característico e extranho humor adotado de seus colegas londrinos adotado e que, certamente, ninguém conseguia entender.

- Tudo bem … - ele falou de novo começando a salvar o numero, obviamente, não foi o seu numero que lhe passou, mas o da sua representante que era usado para esses tipos de procedimentos.

-Perfeito, quanto tiverem algo de concreto, eu te aviso, certo - ignorou a tentativa de brincadeira da loira.

-Obrigado Matt, sinceramente estou agradecida.

-Nada, eu gosto de trabalhar entre amigos e a melhor maneira para que isso aconteça, é fazer acontecer esse tipo de encontro, assim nos conhecemos melhor.

- É verdade, nada melhor do que manter boas relações com seus colegas de trabalho para que as coisas funcionem ... - Quinn parou. Ela olhou ao seu redor enquanto o rapaz terminava de armazenar seu telefone e descobriu que na outra esquina, quase escondida entre os pedestres, estava Rachel, encostada no corrimão da escada que dava acesso a uma pequena praça, de propriedade do Hotel Trump.

A olhou algumas vezes, de lado, tentando faze-la acabar com a conversa que estava tendo com Matt. Depois de algum tempo sem entender alguma coisa, Quinn finalmente capitou a mensagem.

-Uh ... Matt, eu sinto muito, mas ... eu tenho que ir, existe alguem a minha espera - se desculpou.

- Ah, ok, eu pensei que era você que estava esperando.

- Foi, mas ... - voltou a olhar para a morena, mas descobriu que ela já tinha se afastado um pouco - Mas acabei de me lembrar que eu tenho que passar em um lugar antes - mentiu.

-Tudo bem, tudo ... bem - respondeu sorrindente - Te ligo - mostrou o celular que ainda permanecia em suas mãos.

- Eu estarei esperando. Fiquei feliz em te ver - disse segundos antes de deixar o local, dando um sorriso amigável para o rapaz.

Pode aproveitar os 20 segundos que restavam antes que o semáforo ficasse vermelho para rapidamente procurar Rachel no lugar que antes ela se encontrava.

Debaixo de um letreiro enorme de aço que dizia: Hotel Trump, a morena encontrava-se de cabeça baixa vendo algo em seu celular.

-Estava completamente convencida de que o local que nós marcamos de nos encontrar tinha sido naquela esquina, próximo ao Starbucks - Quinn começou a falar.

Rachel, que rapidamente olhou para ela e começou a sorrir.

- E você tem razão - respondeu - Mas ... Eu vi que você estava em boa companhia e não queria interromper.

- Acompanhada? Não, era é só esse cara, Matt, não entendo como, mas toda vez que eu saio, eu tenho que encontra-lo - tentou brincar.

-Wow ... que engraçado o destino, ele vai ser o seu parceiro.

- Destino, não, não acredito em destino, só espero que não seja um desses psicopatas que se dedicam a perseguir meninas - Rachel sorriu longamente depois dessa resposta - Como você esta? - perguntou carinhosamente.

-Bem, eu cheguei um pouco atrasada, mas eu estava esperando que alguém chegasse em casa para poder sair.

- Não se preocupe, eu mal tive tempo de ficar impaciente.

-Ok ... vamos?-Rachel a convidou para caminhar ao lado dela.

-Claro ... é longe

-Não, é na 60th.

-É essa?-apontou para a esquina que tinham se encontrado - Certo?

-Sim, é por isso que eu disse para nos encontramos aqui, está muito perto.

-Rachel ... você tem certeza que este lugar está de acordo com o que eu pretendo pagar? Eu já lhe disse qual é o meu orçamento máximo.

- Eu sei, e não se preocupe, você vai ver como vai servir perfeitamente.

-Ok, eu confio em você  - disse acompanhando Rachel - Então, Matt acabou de me contar que vão convidar todos os atores para um jantar, você sabia alguma coisa?

-Não, eu não tinha idéia, mas eu acho que é normal, todos querem se conhecer antes de começar os ensaios - Rachel caminhava pela avenida

- Bem, quando me avisarem te direi quando é, para que você possa ir também.

-Não, você não pode fazer isso - a morena respondeu rapidamente.

- Por que? Você não quer ir?

- Quinn, não sou uma atriz, eles não me vêem da mesma forma que você, na verdade, é mais do que provável que, nesse jantar, comecem a falar os piores defeitos de nós que trabalhamos na direção- sorriu.

-Eu não acredito, por que eles fariam isso? Se mal os conhecem.

- Exatamente por isso ... bem, claro que eles sabem quem eu sou mas não meus amigos como você, então vão falar e tirar todos os tipos de conclusões - afirmou categoricamente.

-Certo, eu me encarrego de não deixar que eles falem nada de mal sobre você - tentando não dar importância ao fato de que Rachel escondia algo com aquela resposta.

Quinn não não pode deixar de notar que a atitude morena mudava rapidamente. Ela sorria, R Rachel sempre estava sorrindo, mas bastava apenas um pequeno comentário sobre si ou sua privacidade, e o sorriso desaparecia e dava lugar a um olhar suspeito e desconfiado.

-Não, por favor, eu prefiro que você não faça nada. Se houver conflitos, que seja entre vocês atores e nós diretores, se você se meter nisso, o conflito vai ser entre vocês e eu não posso permitir isso, você entende?

-Hum, você está certa, mas eu acho que é justo que eles falarem mal de você, se todo mundo te conhece, sabe que você é uma grande pessoa e uma grande atriz, deviam te idrolatar.

-Não acho que isso possa acontecer Quinn, o teatro é um mundo complicado. Todos sorriem em frente as câmeras, em frente ao público, mas não é o que sentem. Todo mundo quer ser o melhor e não se importam em passar por cima dos outros para conseguir.

- Bem, eu não sou como eles, eu nunca iria destruir qualquer coisa que alguém demorou tanto pra construir apenas para conseguir o que eu quero ... mmm, bem - fez uma pausa - talvez na escola eu fosse assim - tentou brincar e Rachel começou a sorrir de novo - Lá sim, eu pisava em quem passase na minha frente.

-A verdade é que ... sim, nada atrapalhava a líder de torcida.

- Eu era uma adolescente, pensava que tinha que ser a melhor, tinha que ser a capitã, ser a rainha da formatura e obter o quarterback do time de futebol.

Rachel abaixou a cabeça, pensativa.

- Felizmente, a vida me mostrou que não era isso que eu precisava para ser a melhor - fez uma pausa para observar o gesto da morena - Então - ela engoliu a saliva - Sabe alguma coisa sobre Finn?.

Rachel negou com a cabeça e Quinn notou como o canto da boca da morena caiu drasticamente, criando um olhar de frustração em seu rosto.

-Eu não ouvi nada dele, não sei se ele voltou para o exército, se ele continua em Lima com o Glee, não ... Eu não tenho idéia, mas eu acho que ele está bem.

- Espero - respondeu apenas com um sussurro.

- Onde está o Kurt?-Quinn voltou a questionar, tentando animá-la.

Quinn tinha testemunhado como a história de amor entre Rachel e Finn foi destruída por causa da distância e também sabia que Rachel não ficou nada bem com o termino.

- Viajando, está presente nas semanas de moda realizada em todos os países do mundo e quando não está fazendo isso, vive em Paris.

-Nossa, eu pensei que ele ainda morava aqui, é incrível como cada um foi se afastando aos poucos.

-Bem, sim - olhou para baixo novamente.

West 60 th, estava igual a Avenida Broadway, cheia de carros e pessoas caminhando na calçada, mas com a diferença que era uma rua mais estreita e menos barulhenta do que a de antes.

-Algumas semanas atrás eu falei com Santana, agora ela está trabalhando na Flórida -  informou apesar de Rachel não demonstrar nenhum interesse - E Britt está em uma turnê pela América do Sul, com um grupo de amigos, em uma van velha.

- Bem ... Eu estou feliz por elas.

- E, como estava por aqui?

Quinn tentava de todos os meios obter alguma conversa com Rachel que fosse além do teatro e dos atores. Ela queria saber como era a vida sua vida privada, conhecer mais sobre ela,  apesar de todas as mudanças de atitude que a morena manifestava toda vez que a loira mencionava alguém.

- Aqui tudo permaneceu igual Quinn, você sabe, eu, teatro ...

- Namorados? - se atreveu a perguntar.

- Namorados?-Pareceu surpresa.

-Sim Rachel, meninos - mostrou um sorriso afetuoso agora - Não me diga que alguém como você não tenha um cara por perto.

-Bem ... depende do que você interpreta como ter um cara por perto.

- Namorado?

-Não Quinn - respondeu rapidamente - Eu não tenho namorado, e nem penso em ter ...

Quinn ficou surpresa não só pela negação, mas pela última parte da resposta.

- Não pensa? Você não quer?

-Não, não quero namorados agora.

- Por quê?-Quinn mostrou curiosidade -Você está em uma daquelas fases em que você precisa estar sozinha?.

- Eu não tenho tempo para isso.

-Parao amor sempre se tem tempo  -Quinn insistiu.

- Você tem namorado?

- Eu? Não ... até gostaria, faz meses que não me envolvo com ninguém - respondeu com um tom descontraído.

-Bem, talvez Matt.

- Matt ? - rapidamente a interrompeu - O que você disse Rachel?

-Ele é bonito e muito simpático, eu acho que é o mais amigável de todos do elenco.

Rachel aproveitou o assunto para desviar a atenção de Quinn, evitando assim ter que responder as perguntas que a loira fazia sobre sua vida amorosa.

-Sim, muito bonito, mas ... Eu acho que ele é mais novo do que eu, não é?.

- Sim - respondeu a morena rapidamente - Mas não é muita diferença, ele têm 28.

-Hum, sim, não há muita diferença - sussurrou provocando uma curiosidade em Rachel.

- Te agrada a idéia?

Quinn não pode evitar soltar uma pequena risada que contagiou completamente Rachel.

- Parece que sim - a morenadisse parando no meio da calçada.

Quinn se virou para encarar a menina com um olhar surpreso.

Rachel não só estava sorrindo mas também seus olhos estavam brilhando, mostrando algo que Quinn tinha esquecido, mas que sem dúvida, era algo único nela, e percebeu que era primeira vez desde que tinha voltado a encontrar Rachel que a morena sorria com uma naturalidade absoluta.

-Nããão! Do que você esta falando?

-Ora Quinn -voltou a andar - Olhe esse sorriso, você gosta do Matt.

-Não, Rachel - ficou séria - Eu estava apenas brincando.

-Sim, sim, claro ...

-Ei ... eu não gosto de Matt, eu só acho que é simpático.

- E bonito, você também o acha bonito - comentou a morena.

-Sim, mas isso não quer dizer nada, Rachel, lembre-se que eu sou a Quinn e eu não me apaixono só pela simpatia, deve haver algo mais ...

- Sim, deve haver outra garota interessada nele, para que o gene Fabray entre em ação, não é?.

Rachel continuava brincando  Quinn gostava disso. Sentia que a tensão que existia entre elas estava desaparecendo.

Quinn sabia que a vida da morena não foi tão brilhante como todos imaginavam. Rachel se tornou alguém importante neste mundo, mas um dia, de repente, sem explicação, mais do que a necessidade de levar algum tempo para encontrar a si mesma, decidiu abandonar tudo, ficar longe do palco, das câmeras e dos seus amigos .

Rachel estava a mais de dois anos sem pisar nos palcos da Broadway e Quinn sabia que algo tinha acontecido.

Estar nos bastidores, cuidando de algo como a direção de um elenco, não tinha nada a ver com Rachel. Quinn até desejou com todas as suas forças descobrir por que ela havia tomado essa decisão, mas optou por não perguntar.

Rachel continuava demonstrando que ainda era sua amiga, mas havia uma distância entre elas e Quinn não queria destruir essa barreira de forma tão bruta.

-Mais ou menos - reagiu depois de alguns segundos de silêncio, observou a morena com um sorriso divertido - Se não, qual é a graça?.

-Se você diz - deixou os ombros cairem - Hey ... chegamos - parou novamente no meio da calçada.

- Já?- Olhou ao redor - Eu nem terminei o meu café - mostrou o copo que ainda permaneciam em suas mãos.

-Vamos lá, é aqui - apontou para a entrada de um edifício imponente que estava diante deles - É o número 80.

-Ok ... bem, vamos ver esse palácio.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo pessoal! Xoxo



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