Além De Rubi escrita por Isah
Notas iniciais do capítulo
Olá queridos(as). Mais um capítulo do 'Além' pra vocês. Espero que gostem. Muitas novidades! Boa leitura. Bj *-*
– Sinceramente, não sei o que está acontecendo comigo! - Sai de casa e fui até meu carro.
– Onde você pensa que vai? Já são dez horas! - Maribel correu para perto de mim e acelerei o carro, sem responder sua pergunta.
Comecei dirigir em alta velocidade, com a única intenção de chegar logo até Rubi e tentar impedir que ela cometesse uma burrada.
~Rubi narrando
Fiquei rolando de um lado para o outro na cama e não consegui dormir. O tempo todo meus pensamentos iam até ele. Imaginava ele junto com a Maribel, suas mãos tocando seu corpo, sua boca na dela, assim como ele fazia comigo. Todos esses pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta. Levantei rapidamente da cama e fui até a sala com a mão sobre o peito. Me senti aliviada quando escutei a voz de Alessandro.
– Abre a porta Rubi - Gritou dando um soco na mesma.
– A casa é minha e eu abro a porta quado eu quiser! - Gritei também.
– Eu não vou permitir que esse sujeito toque você como eu toquei - a esmurrou novamente.
– Tarde de mais! - Abri a porta com um sorriso mega irônico no rosto.
– Você não fez isso comigo. Diz que é mentira Rubi - me segurou fortemente pelos ombros - VAI, DIZ!
– Me solta. Está me machucando - e ele me soltou.
– Eu não acredito. Você passou a tarde toda comigo e a noite com outro?
– E por acaso você não fez o mesmo?! - ele olhou para mim e logo em seguida abaixou a cabeça - Acha que é fácil para mim ficar sem você? Sabia que todos os dias era uma luta a minha vida sem você nela? Na verdade eu chorei todos os dias desde que você se foi. Mas nunca disse nada, guardei para mim. Guardei e continuei vivendo, sabe? - tentei caminhar até ele, meus joelhos enfraqueciam a cada passo que dava.
– A minha vida sem você também não foi fácil Rubi, eu tentei de todas as maneiras esquecer você, mas era impossível. Você estava em tudo, em todos! - Segurei firme todas as lágrimas que pensaram em cair dos meus olhos.
– Então deixa a Maribel e vem viver sua vida junto a mim! - aproximei meu rosto do dele.
– Eu não posso. Porque não tem só ela, mas também meu filho! - o soltei imediatamente.
– Sabe, eu não gosto de ficar sozinha - fiquei de costas para ele - Eu tenho medo, insegurança, entro em desespero. E eu só quero alguém que queira andar comigo até o fim! Sempre lado a lado! - Ele se aproximou, colocando seu rosto em cima do meu ombro - Mas esse alguém não é você! - me afastei.
– Esse alguém sou eu sim Rubi. Como pode dizer isso?
– Você acabou de falar que não vai deixar a Maribel. Então vai lá, ficar com ela! - o empurrei levemente até a porta e a fechei.
Sentei no chão e comecei a chorar, muito. Me senti um nada. E pensei 'Ainda estou pagando por tudo o que fiz?'
~Alessandro narrando
Gostaria que as coisas fossem diferentes. Eu queria esquece-la, mas de certa forma tentar esquecer já é lembrar. Acho melhor ficar um tempo sem vê-la, sei que parece patético, porque já se passaram vários anos e não a esqueci, mais quem sabe me desapego um pouco.
2 meses depois
~Rubi narrando
Já faz praticamente 1 mês que estou sentindo esse mal-estar. Hoje tenho que ir até a ginecologista. Tomei um banho quente e fui até o hospital.
Me sentei no sofá da sala de espera e fiquei por lá uns 15 minutos, até que a enfermeira veio me chamar.
– Senhorita Rubi, o Doutor está a sua espera - Peguei minha bolsa lentamente, ainda estava tonta. Andei calmamente pelo corredor enquanto ao meu redor todos estavam apressados.
Entrei no consultório e fiz os exames necessários. Sai, com a intensão de ir até a lanchonete.
– Oi Rubi - Falou Alessandro e seguiu andando ao meu lado.
Eu apenas acenei com a cabeça. Estava tão cansada.
– O que faz aqui? - Perguntou ele enquanto íamos até a lanchonete.
Continuei sem falar.
– Rubi, você está bem? - Disse ele me analisando.
Desta vez não respondi. Nem com gestos, muito menos com palavras. Tudo ao meu redor começou girar, a voz de Alessandro estava distante, minha visão estava turva. Eu não conseguia me manter em pé.
– RUBI! - gritou ele quando caí no chão.
Todos no corredor pararam, me olharam alarmados e tudo escureceu.
Continua {...}
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