“Por mais dura que seja uma natureza, ela se fundirá ao fogo do Amor. Senão se fundir, é porque o fogo não é bastante forte.” – MAHATMA GANDHI

POV Isabella Swan

– Isso mesmo queridinha. E não esqueça de vir almoçar antes que a comida esfrie, Isabella. – fala, saindo para ir para casa - só quero ver no que vai dar essa garota com os animais.  – ele diz, numa distância que ainda posso ouvir.

Eu não acredito que esse idiota, gostoso, maravilhoso ... FOCO Isabella, foco... Não acredito que além de vir para cá, vou ter que cuidar de bosta de animais! Ai... esse Cullen me paga! – penso.

Estou tão distraída, pensando em como me vingar dele, que não percebo que ainda continuo dentro do galinheiro com aquelas galinhas me olhando e ciscando na minha volta.

Além de idiota, me deixa aqui com esses bichos do mal! Como vou sair daqui agora, sem que elas me ataquem? Ai meu santinho.

Dou um passo para trás para ir embora, sem que elas percebam minha presença ali ainda. Piso numa galinha, e quando vou ver, já estou no chão com várias delas em cima do meu corpo. Argh!

Me levanto o mais rápido possível, e saio correndo, passo por algumas galinhas ainda e quando vou ver... tem vacas também ? Ai meu pai amado.

Corro mais ainda, e de repente tropeço em um galho que faz com que eu caia de busto em um esterco de vaca. Choramingo nesse momento, por que aquilo tinha que acontecer só comigo? Eu só posso ter feito sexo na santa mesa.

Me levanto e nem quero ver o estrago de como eu estou. Vou andando mesmo para casa, xingando o Cullen gostosão de tudo que é nome. A culpa de tudo isso é dele, como ele pôde me deixar sozinha naquele lugar, com aquelas galinhas malvadas? Argh! Ele me paga.

[...]

Chego na casa do Sr. Ignorante que deixa menininhas inocentes dentro do galinheiro, furiosa, e fico mais furiosa ainda ao ver a família dele em choque e ele dar uma enorme gargalhada na minha cara, e ainda por cima de mim.

– Você é um completo idiota, Cullen. – Ah, se eu tivesse poderes com certeza você estaria morto Cullen.

– Oh meu Deus, Bella! O que aconteceu? – Dona Esme se levanta, e vem me ajudar com a bagunça que se encontra em todo meu corpo.

– Seu filho, Sra. Cullen. Me largou naquele galinheiro fedido. Fui sair, as galinhas começaram a correr atrás de mim. Não aguento mais esse lugar, e olha que mal cheguei. – falo, totalmente irritada e logo subo para meu quarto.

[...]

Estou a mais ou menos uma hora dentro da banheira, que se encontra no meio de meu banheiro, tentando me livrar de todo aquele cheiro de esterco e de galinhas.

Já me esfreguei tanto que estou toda vermelha. Será que esse cheiro não sai nunca? Vou sair daqui porque senão vou ficar mais murcha do que já estou. – penso.

Me seco, enrolo a toalha no cabelo, coloco minha lingerie, e vou para o quarto ver o que eu posso colocar, já que estou pensando em fugir um pouco da fazenda a cavalo, ver se penso um pouco.

Acho umas calças de montaria que eu tinha, que agora estão na moda, coloco uma blusinha de botões e umas botas que tinham deixado para mim ali no canto da porta.

Penteio bem meus cabelos castanhos acobreados, que agora estão cheirosos e sem aquelas penas feias, passo um rímel nos meus cílios, pego meu celular e desço para a fazenda sem fazer algum barulho.

[...]

Estou andando pelos campos, com o sol tocando no meu rosto e aquela brisa tocando meus cabelos, quando vejo uma égua muito linda perto de mim.

Nunca vi uma égua como esta, o pêlo brilhoso como um diamante, a cor branca como a neve, os olhos castanhos tão escuros quanto o meu. O aroma que ela tem é maravilhoso, ela praticamente me atraiu.

Chego bem de mansinho perto dela, passo a mão por sua crina, vou descendo pelo seu pescoço, volto com a mão para a parte frontal de sua cara, e faço mais um cafuné nela. Sinto que ela é bem mansinha, então decido fazer uma loucura que me vem a cabeça. Decido montar nela sem qualquer coisa.

É claro que eu já tive aulas de montaria, então não seria tão difícil assim. Peguei uma certa distância, corri e saltei, montando nela. Passo mais uma vez a mão pelo seu pescoço e me agarro em sua crina, dou uns toques nela para que ela ande. Quando vejo estou galopando aos quatro ventos que tem naquele campo com um lindo sol batendo em meu rosto. Nunca me senti tão bem, um sorriso espontâneo se apossa de meu rosto neste momento, e quando vou ver, estou passando na frente da casa dos Cullen e vejo o abobado do Edward me olhando com... adoração ?

Volto  a olhar para frente e bem na minha reta, há uma enorme árvore. Quando a égua a vê, para imediatamente, fazendo com que eu voe dela uns dois metros de distância, e caia no chão.

A última coisa que vejo é um Edward afobado, correndo em minha direção.

[...]

- Se ela não acordar daqui a cinco minutos, vou levar ela no hospital da cidade – escuto barulhos e alguns passos. É a voz do Cullen ?

Tento me levantar, e toda minha cabeça roda. Aonde eu estou mesmo? Que eu me lembre, meu quarto é todo em bége, e não em alguns tons de azul.

Esse quarto é o do gostosão ? OH MEU DEUS, o que estou fazendo aqui ? – penso.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAH ! – grito, realmente assustada. O que eu estou fazendo aqui, na cama dele?!

Entra um Edward com os olhos arregalados, uma Esme chorosa, e uma Jenna chorando.

- Isabella, o que houve? Tá doendo alguma coisa? – Cullen fala, todo... preocupado ?

- O que eu to fazendo na tua cama? – pergunto, ponho a mão na cabeça assim que sinto uma fisgada.

- Ai meu deus, não fiz nada contigo guria, você caiu da estrela porque é uma desastrada. Agora se levante, vamos ao hospital. – ele volta a falar daquele jeito estúpido e mandão que ele tem, e sai pela porta deixando para trás, apenas Esme e Jenna.

- Jenn, não chora, já estou melhor, foi apenas um tombinho. – abro um sorriso de leve - Vem aqui na Bells, vem. – digo carinhosamente para ela.

Jenna se solta de Esme e vem para a cama do pai, me abraçar. Mal cheguei aqui e me apeguei a ela. Ainda bem que ela nunca teve uma mãe que eu tive.

- Esme, por favor, pegue uma calça jeans e um casaquinho para mim. Vou ficar aqui com a Jenna um pouquinho. – digo fazendo um cafuné em Jenn.

- Está bem, vou avisar Edward que ele espere um pouco para te levar no hospital. – ela diz já saindo do quarto.

- Ei jen, está mais calma querida? – pergunto olhando naqueles olhinhos lindos dela.

- Sim Belluca, eu só fiquei preocupada. – Ela responde, dando uma fungada .

- Ah, que linda você. A bells aqui é desastrada, não se preocupe.

Nesse momento entra Esme com minhas roupas e dá um sorriso ao ver eu e Jen abraçadinhas.

- Está aqui Bella, vista-se e desça. Edward está impaciente. Agora venha Jenna, Bella tem que se vestir, e você mocinha, fazer o lanche da tarde.

Jenna sai de meu abraço, e vai com a avó para a cozinha.

[...]

- Pronto Cullen. Podemos ir. – Digo ao chegar no último degrau da escada com todo cuidado, meu corpo ainda dói por causa do tombo.

- Vá indo para a caminhote srta. Isabella, vou pegar as chaves. – diz friamente sem nem ao menos olhar a minha cara. Nem parecia o Edward que mostrava-se  preocupado comigo, há algum tempo atrás.

É só poderia ser coisa da minha cabeça, esse cabeçudo preocupado comigo ? Só se vacas caissem do céu mesmo. – Penso.

[...]

-Então srta Isabella, você vai ficar internada só hoje, para podermos acompanhar seu caso mais de perto, e fazer o exames adequados, ok? – diz Dr. Aro, olhando de mim para Edward.O que esse velho deve de estar pensando?

- Mas por que não posso fazer os exames e ir embora ? – não gosto nem um pouco de hospitais, isso me traz lembraças do passado.

- Porque uma batida na cabeça pode ser muito perigosa srta Isabella, e isso é para o seu bem. Agora se me dão licença, vou pedir que arrumem a sala de exames para a senhorita.

[...]

Já estou instalada em um quarto de hospital, fiz  uma bateria de exames, estou super cansada, e com fome. Será que não vão me dar comida ? Ah, sem constar que o Cullen deve de estar com fome também. Pois é, ele não foi embora ainda.

- Ei Cullen, não está com fome não ? – pergunto assim que vejo que ele está entrando no quarto.

- Já comi Isabella, e pare de me chamar de Cullen. Já pedi sua comida também. – Pelo menos ele foi educado agora.

- Ok. Cu.. Edward ? Você não vai para casa não ? Pode ir, eu prefiro ficar sozinha aqui nesse quarto, alias só tem uma cama e você precisa descansar.

- Não Isabella, vou ficar a noite toda aqui. Digamos que é como um pedido de desculpa por te deixar com as galinhas. – soltou um risinho.

  Hm, ele está arrependido então. – penso.

[...]

Estou me espreguiçando, quando entra um Edward com o cabelo todo molhado, perfumado, com uma rosa na mão e com um sorriso torto que me faz arfar na hora.

Ai meu santinho do cabelo azul, o que aconteceu com ele ? –penso.