You Returned escrita por Miyuki Yagami


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Yo minna o/////
Chegou um capítulo atrasado, mas chegou u.u!! Espero que gostem!!
Muito obrigada pelos comentários O3O!!!
Boa leitura o/



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“- O que você quer ser quando crescer? – perguntou Len.

A eu mais nova corou e deixou os cabelos rosa caírem sobre os olhos. Miku soprou os cabelos e sorriu.

- Luka? – chamou.

- Ah, eu – fiquei em silêncio.

Eles aguardaram um pouco. Como não respondi, transferiram a pergunta à Miku.

- Eu quero ser cantora. – respondemos em uníssono. Todos se calaram.

- Não, as duas não podem ser cantoras. – bufou Gakupo. – Qual das duas será cantora?

- A Luka pode ser cantora. – Miku deu de ombros e sorriu. – Tudo bem.

- Mas a Miku é a que mais gosta de cantar. – reclamou Kaito. – Eu nunca ouvi você cantar.

- Nã-não. A Luka canta melhor que eu. Eu posso ser uma criadora de brinquedos, né? Eu farei brinquedos de todos vocês e nós vamos, nós vamos brincar! – Miku murmurou.

Todos me olhavam, a não ser Miku. Não havia me pronunciado ainda.

- Eu, eu vou embora. – sussurrei e comecei a correr.

- Luka! – Miku gritou.”

- Luka. – Miku me balançava. Acordei gritando. Abracei Miku e a segurei por um longo tempo.

- Nee, Luka, por que está fazendo isso? – perguntou, sufocada por meu cabelo. Eu a soltei com certa relutância.

- Prometa pra mim que não irá embora. – pedi.

Miku sorriu.

- Eu prometo! – gritou e começou a pular nas almofadas espalhadas pelo chão. Suspirei e me levantei.

- Hoje eu preciso fazer compras. – anunciei. – Não saia de casa, mocinha.

Miku assentiu e eu me arrumei. Escutei batidas na porta enquanto arrumava meu cabelo. Corri e abri a porta. Gakupo, novamente de cosplay, e um Kaito emburrado estavam parados na minha frente. Mordi os lábios. Será que agora aqueles dois não desgrudariam do meu pé?

- Lu-chan! A falta que me fez machucou meu pobre coração. – disse Gakupo, me abraçando. O soquei e ele recuou. – Lu-chan! Você é incrível! Tem dois lados, como uma moeda!

Miku correu e pulou em cima de Gakupo. Revirei os olhos. Aquele garoto era meio louco desde pequeno. Kaito olhou para Miku, que o abraçou depois.

- Eu já ia sair, então, tchau. – murmurei.

- Tudo bem, viemos para ver a Miku. – retrucou Kaito.

- Mas a casa é minha. – rebati.

- Ela pode vir na minha casa, se o problema é esse. – devolveu.

Miku se colocou entre nós dois.

- Não briguem, por favor. – pediu. Ela olhou para mim, os olhos verde-água cintilando. – Por favor, Luka. Deixe então o Gakupo e o Kaito comigo, por favor. Por favor. Por favor.

Fiquei em silêncio. Kaito suspirou.

- Certo, nós vamos embora. – disse.

- Podem ficar. – murmurei.

Kaito me encarou por um tempo e depois entrou em casa. Gakupo ficou na porta.

- Então, aonde a senhorita vai? – questionou.

- Não é do seu interesse.

- Nossa. Como é agressiva. Parece até uma garota. – Me esforcei para não sorrir. – Eu farei companhia a você, Lu-chan. Afinal, uma moça tão linda como você não pode andar sozinha. Estarei com você para te defender!

- Eu sempre me virei sozinha, obrigada. E acho que você é o perigo aqui. – Gakupo fez beicinho e começou a me chocalhar.

- Ah, o que eu fiz para merecer tamanha rejeição? Devo ter sido terrível outrora! – Revirei os olhos.

- Venha logo, tanto faz.

Os olhos de Gakupo brilharam. Parecia uma criança que ganhara um doce.

- Obrigado, Lu-chan! – Gakupo me apertou outra vez e o chutei.

- Miku. – avisei. Miku assistia a um desenho qualquer. – Estou indo com o Gakupo comprar comida, volto logo. Por favor, esteja aí.

Miku fez uma continência e eu fechei a porta.

Gakupo passou o caminho todo dando em cima de mim, das diversas formas possíveis. Estava ficando cheia daquilo. Mandei Gakupo comprar doces para tirá-lo da minha cola. Comprei atum e uma garota loira ficou me olhando. Forcei os olhos e reconheci Rin.

Ela corou e baixou os olhos.

- Megurine? – chamou. Virei e Len estava na minha frente. Como havia crescido. Estava mais alto que eu, o que era estranho, tendo em vista que ele sempre fora baixinho. Ele usava uma roupa semelhante a um uniforme, o que era esquisito, pois já era domingo.

- Ah, oi, Kagamine. – murmurei.

- Tudo bem? – perguntou. Assenti.

- E você? – devolvi. O assunto era tão interessante... Éramos desconhecidos praticamente, nossa infância fora só um tempo que eles abandonaram. Todos abandonaram. Só eu sentia falta daquele tempo.

Len ajeitou o cabelo loiro.

- Megurine, eu não vou continuar com essa conversa sem nexo. Você ainda quer ser cantora? – perguntou.

Recuei alguns passos, assustada.

- Por que está me perguntando isso?

- Por nada. – Len deu de ombros. – Apenas curiosidade, acho. Ah, agora ninguém vai tentar te contrariar. Só há uma pessoa que quer ser cantora.

Ele mudara a personalidade também. Estava frio e cruel como nunca.

- Não. Isso é sonho de crianças. – respondi.

- Tem razão, mas ela só teve a infância para sonhar. – retrucou.

- Cale a boca, Len. – murmurou Gakupo, chegando. – A culpa não foi dela.

- Ah, tem razão. Foi minha não é? – Len provocou. Ele olhava de Gakupo para mim. – Vejo que os dois estão juntos, o que é estranho, pois você gostava de outra pessoa, não é, Megurine?

- Não estamos juntos. – argumentei. – E não gostava dele. Você sabe disso. Agora cale-se.

Sai correndo sem olhar para trás. Abri a porta de casa com força e olhei ao redor.

Nenhum dos dois estava ali. 


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