Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 9
Teatch Your Powers


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpem não ter atualizado semana passada, estava atolada de provas!
Espero que gostem!



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POV Miles

Eu realmente não estava bem.

Quando fui tomar banho, tive medo de fechar os olhos e a escuridão voltar. Só de lembrar do pesadelo, meu corpo estremecia de medo. Saí do banheiro, enrolada na toalha e fui até o guarda roupa da minha mãe.

Ela é baixinha, então todas as roupas dela cabem em mim... Se bem que não posso dizer que sou alta, mas vamos fingir que sim.

Peguei um moletom que tinha escrito “You Only Life Once” e um short jeans. Penteei os cabelos o máximo que podia e desci as escadas. A cena que eu vi foi nojenta. Meu pai estava beijando (ou engolindo, do meu ponto de vista) minha mãe. Ele tinha encostado ela na parede da cozinha e imprensava ela o máximo que podia... Nem no passado eu paro de pegar eles no flagra?

-Com licença... Podem se comer depois, por favor? -eu falei e a atenção deles logo virou para mim

-Ei, esse é meu moletom favorito! -minha mãe me acusou

Dei de ombros e desci as escadas até a cozinha, procurando o que comer. Foi então que eu ouvi a porta da sala se abrindo com força.

-Bruna Jurema Lindsay Furustreca Lopez Gonçalvez Laufeyson Tanajura da Silva West, vamos para a faculdade agora antes que eu te bata até sair purpurina! -ouvi Stela gritar e fui para a sala

-Uau, eu acho incrível sua capacidade para criar nomes... -Laura, que havia vindo com ela, falou

-Ela bebeu? -minha mãe perguntou

-Sim. -Laura respondeu

-E você, garotinha! -Stela apontou para mim -Tá achando o que? Cala a boca!

-Mas eu...

-Mandei calar a boca! -Stela me cortou

-Desculpe por isso, ela bêbada não é simpática... -Laura explicou

-E desde quando ela é simpática? -minha mãe perguntou

-Cavalgando no pasto, montado no Tango! -Stela falou, imitando um cavalgar

-Gabriel? -minha mãe falou

-Deixa comigo. -meu pai estalou os dedos e Stela caiu dormindo no chão

Levantei as sobrancelhas.

-E eu achava que já tinha visto de tudo... -comentei

-Vem, Brubs... Acho melhor irmos logo, não quero me atrasar desta vez... -Laura falou

-A gente coloca ela no porta malas? -minha mãe perguntou, se referindo a Stela

-De preferência sem buracos para que ela possa respirar.

E, depois desse comentário, elas foram embora, me deixando com meu pai. Voltei a cozinha para pegar comida e tirei metade das coisas que tinha lá, fazendo um mistureba legal com as comidas... Dentre elas: bacon, ovos, tomate, cereal, uma laranja e mostarda. Até que tinha um gostinho bom...

-O que é isso que você tá comendo? -meu pai perguntou com uma cara de nojo encarando minha “refeição”

-Não faço ideia, -falei com a boca cheia- mas eu to com fome, e isso é muito bom.

Ele sacudiu a cabeça com nojo da minha salada de comidas e sentou na cadeira, á minha frente.

-Miles, me diz... Você não sabe usar seus poderes, não é? -ele perguntou

Fiz que não com a cabeça. Ele sorriu. Um sorriso maléfico e assustador que ele geralmente dava quando falava que quando eu tivesse um namorado, ele ia perder a cabeça... Literalmente. Parei de comer na mesma hora.

-O que você está tramando? -perguntei com a boca cheia

-Assim que terminar de comer essa substância tóxica que você chama de comida, e que, provavelmente, vai fazer você ir ao banheiro rapidinho, nós vamos ao parque treinar eles... -ele falou

-Num local público?

-Ele fica vazio essa hora... -ele explicou -E se fosse você, tirava esse moletom, por que a Brubs não vai gostar de ter ele todo rasgado e sujo de lama.

***

Depois de tirar o moletom da minha mãe -e ir no banheiro, como meu pai disse(merda de bacon)- meu pai me levou de expresso anjo para o parque. Foi bom ver aquele lugar desse jeito... No meu tempo, ele está todo poluído e não há mais grama verde, só lixo e terra seca.

Me senti meio tonta quando nós “pousamos” no parque, mas logo passou. Caminhamos até uma área cheia de árvores e meu pai ficou de frente para mim numa certa distância.

-Ok, o que quer aprender primeiro? -ele perguntou tirando o casaco

-Anjos podem fazer o Kamehameha? -perguntei

Ele bateu na testa com minha idiotice.

-Sério? -ele perguntou

-Não, tô de zoas... Mas se eles souberem fazer eu quero aprender. -disse

-Não, nós não fazemos o Kamehameha! -ele falou

-Tudo bem... Então... Como se teletransportar?

Ele assentiu.

-Bem, isso não é tão difícil assim. Concentre-se nesse lugar em que você está, neste exato ponto. Depois concentre-se em bater suas asas...

-Asas? -perguntei

-Você é uma nefilim... Filha de um anjo com uma humana... Você tem asas.-ele explicou

-I believe I can fly... -cantei

-Esse é o espírito. -ele disse

Revirei os olhos esperei terminar de falar.

-Você vai sentir um repuxo engraçado quando conseguir fazer elas se moverem, mas logo passa. Você só precisa se concentrar. -ele completou

Respirei fundo, fechei os olhos e me concentrei nas minhas supostas “asas”. Um arrepio atravessou cada célula minha. Me concentrei mais, tentei pensar como um pássaro.

Bater as asas..., falei para mim mesma.

Um repuxo estranho se alastrou pelo meu corpo e senti que meus pés não tocavam o chão. Entrei em desespero ao constatar isso. Minha concentração falhou e eu caí de cara numa poça de lama. Abri os olhos devagar e pude ver meu pai bem longe de mim. Ele reapareceu ao meu lado e me ajudou a levantar.

-Você está bem? -ele perguntou

Eu estava com os olhos arregalados e piscando brevemente, como se estivesse bêbada, e minha expressão era de pura confusão... Acho que era efeito colateral.

-Sim... Só cheia de lama. -consegui falar

Ele riu de mim. Idiota.

-Ok, vamos tentar de novo... Mas, desta vez, mantenha os olhos abertos e tente se concentrar... -ele disse

Assenti e fiquei de pé limpando o que dava da lama nas minhas roupas. Respirei fundo e fiquei com os olhos abertos desta vez. Me concentrei novamente e senti o repuxo se alastrar pelas minhas células. Agora eu estava vendo o borrão das coisas passando por mim. Coloquei o pé no chão e me equilibrei para não cair novamente. Quando fui olhar onde estava, percebi que estava nos limites do parque.

-Uhuu! -gritei e dei pulinhos em comemoração

Meu pai apareceu sorrindo ao meu lado e bateu palmas.

-Ótimo, agora vai ter que melhorar o pouso... -ele falou apontando para o chão atrás dele

Haviam duas linhas fundas na grama, feitas pelos meus pés... Tinha que arranjar uma maneira de pousar sem fazer estragos. Meu pai sorriu.

-Que tal uma corrida? -ele perguntou

-Vai perder, velho! -falei

Ele riu e começamos a correr pelo parque como dois idiotas... Foi o melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Rewiens?



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