Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 10
Ducks And Chats


Notas iniciais do capítulo

HEY, eu sei que eu só atualizo quintas e sextas... MAAAAAS HOJE É ANIVERSÁRIO DO ANÃO DE JARDIM! ISSO MESMO, O RICHARD!
Por isso resolvi postar hoje!
Enjoy!



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Eu e meu pai continuamos treinando meu “voo” por bastante tempo.

Eu estava quase conseguindo fazer um pouso sem muitos estragos. Podia ver que meu pai estava orgulhoso de mim. Fazer o que? Sou uma filha fantástica.

Estava me teletransportando por todo o parque até, sem querer, eu esbarrar no meu pai. O resultado foi, eu e ele voamos para longe no gramado. Assim que paramos de rolar na grama, eu estava com a boca cheia de terra e meu pai resmungando.

-Desculpa... -falei

Ele começou a rir e eu também. Logo depois, nós nos levantamos e sentamos num banquinho do parque. Meu pai fez um sanduíche de geleia com pasta de amendoim aparecer do nada e eu comemorei pela comida.

-Depois, quero aprender a fazer isso... Preciso aprender a fazer comida aparecer do nada. -falei com a boca cheia

-Ah, esse é um dos meus melhores dons. -ele brincou

Meu pai encarou o chão por algum tempo e depois virou o olhar para mim.

-Nós fazemos isso muito? Tipo... Pai e filha? -ele perguntou

Encarei o gramado verde.

-Não, não fazemos isso. -respondi

-Bem... Me desculpe, então. -ele falou

Eu dei um sorriso de canto, mas sabia que não era ele o culpado. Eu que nunca queria fazer isso com ele. Passava a maior parte do tempo com os meus amigos e quando meu pai sugeria um programa divertido para mim, minha mãe e ele, eu recusava por achar que tinha coisas melhores a fazer. Agora eu estou arrependida de fazer isso. Poderia ser completamente divertido ficar com meus pais às vezes, por mais que eu achasse que ele não me entendia.

Ei, não me culpem, eu tenho 15 anos e a adolescência faz isso com todos! Bom, pelo menos, é o que eu acho.

Quando me dei conta, uma família de patos passou na nossa frente. A mamãe pata estava guiando os cinco filhotes para a lagoa que ficava no centro do parque. O ultimo da fileira parou e olhou para mim, soltando um “quack” logo em seguida. Eu abaixei a mão e ele subiu nela. Meu pai olhou para mim sorrindo.

Mas a cena que rolou a seguir não foi nada fofa. Acho que eu não deveria ter pego aquele patinho, por que, quando eu me dei conta, a mamãe pato estava voltando ameaçadoramente para nós. Joguei o pato sem nenhum cuidado no chão e me levantei correndo.

Resumindo: Eu e meu pai. Pata brava. Correria. Meu pai levou uma surra da pata.

Quando virei para trás para ver onde a pata demoníaca estava, vi-a beliscando o traseiro do meu pai que deu um grito assim que isso aconteceu. Eu parei de correr, processei a informação do que estava acontecendo e comecei a rir. Meu pai estava no chão, tentando ao máximo afastar a pata. Ela basicamente beliscou com o bico o nariz do meu pai umas duas vezes até ele conseguir se livrar dela.

A pata soltou um “quack” irritado e voltou a caminhar tranquilamente com seus filhotes. Enquanto isso, eu rolava no chão de tanto rir. Meu pai se aproximou. Os cabelos estavam completamente bagunçados e a ponta do nariz vermelha como tomate. Ele estava com grama nas roupas e com a cara emburrada.

-Nunca mais, em toda sua vida, pegue um pato quando estiver perto de mim. -ele falou com raiva

Eu falei um “sim, senhor” em meio a risadas e ouvi mais risadas se aproximando. Eram minha mãe e Stela que estavam rindo sem conseguir parar. Pelo visto, elas haviam visto tudo e estavam no mesmo estado que eu.

-Olha, Gabriel, eu achava que já tinha visto de tudo... Mas isso foi realmente inédito! -minha mãe alegou, rindo

Stela, que provavelmente ainda e estava bêbada, ria como uma maluca. Chegava a dar medo.

-O que estão fazendo aqui? Ainda não é a hora de vocês saírem da faculdade... -meu pai perguntou, tentando se arrumar o máximo possível

-Fomos suspensas... -Stela disse como se fosse uma coisa completamente normal

Meu pai encarou minha mãe, esperando explicações.

-Digamos que fizemos besteira e fomos suspensas por três dias... -ela falou

Meu pai falou alguma coisa, mas eu não consegui ouvir. Sua voz parecia vir de muito longe. Minha visão ficou turva, e estava dando a impressão de que eu estava girando. Foi então que eu caí.

Meus olhos haviam se fechado e eu esperava sentir a grama levemente molhada do parque quando eu batesse no chão. Mas, ao invés disso, eu caí numa superfície plana e dura. Sem entender, abri os olhos devagar e minha visão continuava embasada. Aos poucos, ela foi se tornando mais nítida. E, a minha frente, com a cabeça inclinada para ver meu rosto do ângulo certo, lá estava ele. O mesmo homem do meu pesadelo.

Ele sorria como um psicopata e seus olhos me deixavam amedrontada. Mas era sua voz que mais me assustava. Calma, mas, de alguma maneira, perigosa.

-Olá Miles. -ele repetiu a fala do meu sonho

Me levantei, sentindo meus músculos reclamarem e o encarei.

-Quem é você? -perguntei

Ele deu uma risada e eu me encolhi.

-Quem sou eu? Bem... Isso você vai descobrir com o tempo, pequena Miles... -ele disse

-Qual seu nome? -eu perguntei novamente

-Ora, Miles... Vamos, faça as perguntas certas.

Parei por um instante, remoendo as palavras dele em minha mente.

-O que quer comigo? -perguntei

Ele sorriu satisfeito.

-Esta é a pergunta certa! O que eu quero de você, querida Miles, é ajuda-la... -ele respondeu

-Ajudar-me em quê? -perguntei

-A voltar para casa. -ele disse, simplesmente

Cerrei os olhos.

-E como pretende fazer isso?

-Ora, tenho meus truques... Você só precisa ficar longe do meu caminho, Miles. Agora, acho melhor você acordar. Já está desmaiada a pelo menos dez minutos. E não se preocupe, você não irá se lembrar de minhas feições quando acordar... -ele disse sorrindo

Franzi o cenho com o que ele falou e minha visão voltou a ficar turva.

Abri os olhos levemente e percebi que estava em casa. Meu pai me encarava preocupado e minha mãe também. Stela, bêbada, cantava alguma música da Katy Perry que eu não reconheci.

Por um momento achei que aquele cara teria me levado para minha casa, para o meu tempo... Mas não levou. E, só quando eu tentei me lembrar de como ele era, minha mente ficou enevoada, como se houvessem retirado uma parte dela.

-Miles? Miles, o que aconteceu? -ouvi minha mãe perguntar

-Eu não sei...


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Notas finais do capítulo

Rewiens? :3



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