Back In Time escrita por Hunter Demigod


Capítulo 12
I'm Whit You


Notas iniciais do capítulo

Hey, aqui está mais um pra vcs! ^^
Enjoy!



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Nós ainda estávamos no parque. Minha mãe havia irritado meu pai por, pelo menos, meia hora e ele resolveu que era melhor dar um panda para ela. Não um de verdade, é claro, mas um de pelúcia, e bem grande. Eles andavam na minha frente, minha mãe abraçada ao grande panda e meu pai tentando de todos os jeitos fazer com que ela largasse o panda e desse atenção a ele. Não funcionou.

Meu pai desistiu de tentar convencer minha mãe e ele veio para trás, caminhar ao meu lado.

-Eu odeio quando ela me troca por bichinhos de pelúcia ou comida... É extremamente irritante. -ele comentou

Soltei uma risada sem humor, apenas para não deixa-lo no vácuo, e voltei a andar cabisbaixa. Ele me olhou e franziu o cenho.

-Está tudo bem?

Fiz que sim com a cabeça. Não, não estava nada bem. Eu parecia fraca, minha cabeça doía um pouco, não sabia o por que. Mas, o mais estranho eram minhas lembranças. Elas vinham na minha mente e logo depois se apagavam, como se minha mente fosse um computador e estivesse mandando todos os arquivos para a lixeira. Sacudi a cabeça um pouco e essa estranha sensação passou, mas as lembranças continuavam esquecidas... Não me lembrava do meu aniversário de 9 anos mais, o que era estranho, já que aquele aniversário era uma coisa que eu fazia questão de lembrar.

-Miles? -meu pai chamou

Eu o encarei, com a expressão vazia, e ele franziu o cenho. Ele murmurou alguma coisa que eu não entendi e me puxou, me levando até a minha mãe que ainda estava agarrada ao panda.

-Bruna, ela não tá bem. -meu pai falou

Ela me olhou, também com o cenho franzido e seus olhos pareceram ficar preocupados.

-Acho melhor irmos para casa, Gabriel... -ela disse

Eu respirei fundo e senti meu pai nos tirar dali. Assim que olhei novamente, estávamos na varanda de casa. Minha mãe entrou e foi guardar o panda no quarto e meu pai me levou até a cozinha para me dar água. Assim que fui segurar o copo, meus dedos vacilaram e ele caiu. Minha respiração pareceu ficar pesada e o suor frio tomou conta do meu rosto. Eu não conseguia mais respirar e estava caindo no chão. Senti meu pai me segurar para que eu não caísse com tudo de cara e vi minha mãe entrando pela porta e se abaixando ao meu lado. Suas vozes estavam longe, minha mente estava se transportando para outro lugar. Foi então que eu desmaiei.

É, quando eu digo que minha vida é uma desgraça, eu estou falando a verdade.

\\POV Miles

***

POV 3ª Pessoa

A chuva caía forte do lado de fora e Miles observava atentamente as gotas escorrendo na janela. Isso até um trovão aparecer. Ela pulou em sua cama se cobrindo com todos os lençóis. Ainda tinha medo de trovões, tinha apenas sete anos.

Ela correu do quarto dela e entrou no dos pais, rapidamente. Seu pai levantou levemente a cabeça e a observou, se perguntando o que ela fazia ali.

-Miles, o que foi? -ele perguntou

Mais um trovão e os olhos da garotinha se encheram de lágrimas enquanto se encolhia no chão de madeira perto da porta. Gabriel levantou-se rapidamente e a pegou no braço. Suas mãozinhas logo abraçaram o pai e ela afundou a cabeça no casaco que ele usava, se escondendo dos trovões. Mais um trovão e Miles reclamou, já quase chorando de medo.

Percebeu, então, que mais um corpo havia se juntado a eles. Ela virou seus olhos um pouco, para ver a mãe, com a aparência sonolenta de sempre, a abraçando junto ao seu pai. Seus olhares a ela eram preocupados e ela se sentiu bem com isso.

-Estamos aqui, Miles... -Bruna falou

-Vai ficar tudo bem. -Gabriel completou

\\POV 3ª Pessoa

***

POV Bruna

Miles estava mal, isso era visível. Seu rosto estava pálido e ela estava suada. Tive que pelejar para tirar Gabriel do quarto para que eu pudesse cuidar dela. Ele saiu resmungando preocupado. Sorri com aquilo.

Olhei novamente para Miles e ela chorava e se contorcia enquanto dormia. Toquei em sua testa. Ela estava gelada, mas, ao mesmo tempo, suando. Segurei sua mão e seus dedos também estavam frios.

Eu tinha minhas teorias para o que era isso: Primeira, estava com um resfriado dos infernos. Segunda, eram reações da volta no tempo. Fechei os olhos. Era culpa minha ela estar assim. Se eu não tivesse ganhado aquela promoção estúpida, se eu nunca tivesse ido para os estúdios da série, se eu nunca tivesse conhecido Gabriel, ela não teria nascido, e não teria que passar por isso. Mas eu era idiota e me deixei ter uma filha, mesmo sabendo que ela poderia sofrer as mesmas coisas que eu, ou, nesse caso, até pior.

Miles segurou minha mão mais forte e parou de chorar e se contorcer. Olhei para ela. Seu rosto agora estava sereno. Um vento forte me atingiu e, parado ao lado da cama, estava Castiel. Tomei um susto ao vê-lo ali. O que era normal, já que eu tinha algum problema em me acostumar com anjos me aparecendo todo dia, toda hora. Castiel me olhou preocupado.

-Olá, Bruna. -ele falou

Sua voz estava diferente, parecia fraca.

-Oi, Cass. -sorri

-Não sou desse tempo.

Sério. As vezes eu me impressionava com a capacidade desse homem/anjo de ir direto ao ponto. Palmas para ele.

-Você é do tempo dela, não é? -perguntei

Ele assentiu.

-Vejo que ela está ficando mal...

-Por que ela está assim? -perguntei

-Ela nem deveria estar mais viva, Bruna. Só está aqui por que a tirei de lá a tempo. Ela iria desaparecer, como uma mera lembrança... Assim como você e Gabriel desapareceram. -Castiel disse

-O que aconteceu, Cass? O que nos matou?

-Eu sinto muito. Eu não sei.

Bufei.

-E como ela vai poder ajudar? Ela só vai piorar, Cass! Não é essa a tendência? -perguntei

Ele olhou para o chão.

-Ela só tem mais seis dias... Ou melhor... Cinco. -ele comentou

Eu olhei para a janela. Estava tão entretida em cuidar da Miles e conversar com o Cas que não percebi que havia anoitecido.

-Eu tenho que ir, Brubs... Minhas forças estão limitadas. -ele me olhou com pena -Espero que ela possa realmente ajuda-los... -e desapareceu

Eu comecei a chorar. Não sei exatamente o por que, mas me pareceu tão conveniente deixar que as lágrimas rolassem agora. Percebi que os olhos de Miles haviam aberto e ela me encarava, ainda meio zonza.

-Foi tudo culpa minha, Miles. -falei

Ela franziu o cenho e continuou me encarando, sem dizer nenhuma palavra.

-Eu fui burra. Como eu poderia pensar em ter uma filha depois do que eu passei? -perguntei, mais para mim mesma do que para ela

Senti Miles apertar um pouco mais minha mão.

-Não... -Miles disse num fio de voz

A encarei, esperando que ela falasse mais. Mas ela não falou, apenas sorriu levemente. Uma sensação boa percorreu meu corpo e eu sorri também. Me deitei ao lado dela e acariciei seus cabelos. Ela parecia gostar disso.

-Eu te amo, mamãe.

Se eu chorei mais ainda? a)Sim; b)Não;

A resposta é: c)Eu estava chorado como uma louca.

Segurei Miles mais forte nos meus braços e ela me abraçou. Não demorou muito para que nós duas caíssemos no sono.

\\POV Bruna


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Notas finais do capítulo

Rewiens?



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