Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 4
Infortúnio.


Notas iniciais do capítulo

voooooooooltei com um capítulo chocante hein, quero vários reviews e opiniões de vocês sobre ele ok? Quero saber quem deles tem razão, quem ta certo e quem ta errado >
Beijuuuuuuuuuuuunda lindas ♥

PS: Leitoras novas, recebam todo o meu carinho e as velhas também ♥



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POV Tony.


Eu tinha que me comportar menos como um idiota e mais como um cara que já tinha superado, mas eu não conseguia não sorrir quando eu ouvia a voz dela, ainda tão pequena e tão grande, com aqueles mesmos olhos que queria descobrir tudo, com a mesma boca chamativa, ainda mais bonita que antes.

Se é que ela conseguia ser mais bonita do que já era.

– Me ver? – eu perguntei confuso. Ela piscou algumas vezes e a encarei.

Podia ver ela me avaliando pelos olhos, procurando alguma coisa de diferente, algo que provavelmente eu não tinha. Eu continuava o mesmo cara sem perspectiva de nada. O mesmo Tony de três anos atrás.

– É... Mas eu não devia ter vindo. – ela sussurrou.

– Porque não? – perguntei confuso.

– Eu preciso ir... – ela soltou a mão da minha e fez menção de ir embora, eu novamente segurei sua mão, fazendo ela parar, o ventilador bateu bem nesse momento ali onde estávamos.

E eu pude sentir seu perfume afundando nas minhas narinas, podia sentir a mesma porra daquele sentimento me inundando de novo, como se não tivesse passado nem três dias que eu tinha a visto pela última vez.

– Fica. – eu pedi, fechei meus olhos e puxei ela pra mesma posição de antes. – tem uns amigos meus aqui e você podia sentar lá com a gente... – ela olhou para trás, acho que tentando achar a mesa e eu fitei seu rosto.

– Eu não posso, mesmo, eu vim só pra... – ela fechou a boca e mordeu o lábio.

Era uma mania que eu ainda não conhecia, mas que eu já estava adorando conhecer.

Droga!

– Você tem compromisso? – eu disse soltando sua mão e cruzando os braços, ela sorriu de lado e logo depois olhou para o outro lado tentando disfarçar.

– Tenho, com a Alanis. – ela disse baixo.

– Alanis? – perguntei sorrindo, ela me encarou séria.

– É, por quê? – ela cerrou os olhos.

– Nada, é que vocês ainda são amigas e... – amoleci os braços e sorri, do mesmo jeito que eu sorri a minutos atrás, ela também desfez a carranca e sorriu de volta.

– Foi bom te rever. – ela disse séria.

Eu puxei sua cintura pra minha e a abracei, ela ficou alguns minutos parada, mas logo em seguida me abraçou com força também, fechei meus olhos fugando no seu pescoço e sentindo aquele mesmo perfume que eu procurava nas outras com certeza que só tinha em uma garota.

Nela.

Ficamos assim, alguns minutos nos abraçando e depois eu a soltei, ela acenou um oi de longe e sumiu pela porta de entrada, eu fiquei ali ainda. Alguns minutos absorvendo que porra que eu tinha feito.

Eu era um viado mesmo.

Usei o banheiro e depois voltei pra mesa, o Augusto não estava mais na mesa, mas voltou segundos depois com uma carranca enorme.

– Demorou pra usar o banheiro hein! – a Maria disse rindo, eu pisquei pra ela e o Léo me encarou.

– Ela estava ai. – eu disse bebendo um gole de cerveja, o Augusto virou o rosto pra mim.

– Ela quem? – a Fernanda perguntou baixo, enquanto mandava um sms.

– A Ana. – eu sorri de lado, no mesmo segundo a mesa ficou em silêncio e eu senti a tensão no ar.

– Como assim a Ana? – a Maria perguntou baixo.

– A Ana, cabelos pretos, olhos azuis, corpo de modelo, bunda... – eu sorri com esse pensamento. – a Ana.

– E vocês... Hum... Conversaram? – o Augusto perguntou pra mim.

– É cara. – eu revirei os olhos. – ela disse que tinha vindo me ver, mas quando eu chamei ela pra sentar aqui na mesa com a gente, ela disse que estava atrasada pra sair com a Alanis. – dei de ombros, o Augusto ficou me encarando por alguns segundos e a Fernanda também.

– O que? – perguntei confuso.

– Nada! – o Léo disse batendo na mesa. – Garçom traz uma rodada de tequila aí! – eu sorri, a conversa voltou suavemente, só o Augusto que digitava um monte de mensagens, quando a tequila chegou, eu peguei a primeira e me levantei.

– Um brinde! – eu levantei o copo, cada um pegou o seu. – a minha ex-namorada filha da puta que é gata pra caralho! – o Léo riu e eu virei o copo, em seguida de todo mundo, menos o Augusto que não parava de mandar a mensagem. – Qual é cara! – eu empurrei ele de leve, que me olhou. – deixa esse celular pra depois, vamos comemorar a minha volta! – eu sorri.

Ele levantou da cadeira e sorriu me olhando.

– A volta do meu irmão mais novo. – ele bebeu tudo e colocou o copo em cima da mesa, saindo do restaurante em seguida.

Eu olhei ele ir e me levantei, mas a Maria segurou meu braço.

– Deixa ele pra lá, ele não merece que você perca sua noite especial. – ela sorriu de lado e eu segurei na sua mão, apertando a mesma.

– Outra rodada! – a Fernanda gritou. – vamos brindar a minha volta agora! – nós começamos a rir e a conversa voltou ao seu fluxo normal.










POV Ana.




Sai correndo do restaurante até o primeiro ponto de taxi, vi o Augusto de longe, e ele me viu também, eu corri até o taxi e entrei no mesmo, ele parou alguns metros antes com uma cara de confuso, me digitando uma mensagem em seguida. “Onde você está indo?” Não respondi, liguei para a Alanis.

– O que é garota? – ela disse rindo.

– Lanis... – eu disse segurando o choro, ela parou de rir.

– Ana, o que aconteceu? – ela disse séria.

– Alanis, ele estava lá! – eu disse caindo no choro. – ele estava lá, ele... Tão bonito, tão meu... tão... Meu Deus! – eu gritei e cai no choro, o motorista me olhou pelo retrovisor, mas não disse nada.

– Onde você está? – eu estava ouvindo ela mexer nas coisas.

– Estou indo para o penhasco, me encontra lá! – eu pedi.

– Agora! – eu desliguei o celular, dei o endereço ao motorista e não demorou quarenta minutos e nós já estávamos lá, eu o paguei e ele foi embora, cinco minutos o carro da Alanis parou na minha frente, ela saiu correndo do mesmo e me abraçou no segundo seguinte.

Nós sentamos em uma pedra que estava lá e ela esperou calmamente eu acabar o meu choro estupido.

– Quer me contar? – ela disse alisando meus cabelos.

– O Augusto queria que eu contasse pro Tony no restaurante que estávamos namorando... – eu funguei. – mas não tive coragem Lanis, quando eu vi ele, quando eu senti seu perfume... – fechei meus olhos. – quando eu vi ele sorrindo pra mim, eu simplesmente não consegui. – eu a encarei. – eu disse que tinha ido vê-lo.

– Ido vê-lo? – ela perguntou confusa.

– É Lanis, ele perguntou o que eu tinha ido fazer lá, eu disse que tinha ido vê-lo, idiotamente. Eu fiquei sorrindo que nem uma palhaça, e depois ele me abraçou, eu precisei fazer muito esforço pra soltar ele... E eu nem sei se o Augusto viu, aliás ele não para de me mandar mensagem, de me ligar... Eu... – cai no choro de novo, ela me abraçou com força.

– Mas vai acontecer baby... – ela sussurrou.

– Não me chama assim. – eu grunhi.

– Desculpa... – ela soltou uma risada baixa. – vai acontecer Ana, ele vai contar pro Tony, ele vai ficar com raiva de você... Vocês vão brigar... Então é melhor ele ouvir por você do que pelo Augusto, você sabe... Eles são irmãos. – eu afundei a cabeça no seu ombro.

Eu sabia que eu tinha que contar, mas eu não conseguia porque eu não conseguiria ver nos olhos do Tony o ódio... Além do mais ele ia se sentir traído.

– Ele vai se sentir traído. – eu sussurrei.

– Todos vão. – ela segurou meu rosto. – o que você tem que pensar é que você gosta do Augusto e que você tem que enfrentar tudo isso pra ficar com ele.

– Tá. – eu suspirei fundo.

– Você gosta não gosta? – ela me encarou. - porque quando você contar pro Tony que está namorando com o Augusto, você sabe... – eu suspirei.

– Eu namoro quase dois anos com o Augusto, claro que eu gosto dele. – eu virei o rosto.

– Mas e amar? – eu me levantei e ela fitou minhas costas, eu podia sentir o seu olhar nas minhas costas.

– O amor vem com o tempo. – eu sussurrei.

– Espera! – ela gritou e puxou meu braço. – você ama o Tony! – ela sorriu.

– Para... – empurrei ela de leve.

– Admite! – ela gritou pra mim.

– EU AMO! – gritei. – AMO TUDO NELE, NUNCA DEIXEI DE AMAR ELE, NUNCA! NEM MESMO QUANDO ME TRAIU, NÃO DEIXEI DE AMAR O TONY NEM POR UM SEGUNDO, NEM QUANDO EU ESTOU DORMINDO EU NÃO DEIXO DE AMAR ELE! – ela me encarou perplexa.

– Meu Deus Ana! – a Alanis sentou na pedra. – você não quer contar pro Tony porque você sabe que ele nunca vai te perdoar. – ela me olhou e eu senti meus olhos marejarem.

– Sim. – eu afirmei.

– Isso é tão egoísta. – ela se levantou e eu pisquei algumas vezes para reprimir as lágrimas.

– É. – eu disse com a voz embargada.

– Não se preocupe, tudo isso tem uma solução. – ela me abraçou de lado.

– Qual? – eu perguntei esperançosa.

– Termine com o Augusto, fique com o Tony e tudo vai ficar bem. – ela sorriu amarelo, eu empurrei ela.

– Que ideia de girico Alanis! – eu franzi os nariz.

– Ideia de girico por quê? Se é o Tony que você ama mais do que qualquer coisa, se é ele que você tem medo de perder, então porque não dar uma chance para esse amor? – ela disse pensativa.

– Porque é o Augusto que curou meu coração ferido, ele quem segurou a barra, ele que me aguentou durante três anos, porque ele não fugiu quando a barra pesada, porque ele é o cara que certo. – a Alanis suspirou.

– Esse lance de cara certo me dá canseira. – ela sentou na pedra de novo.

– Pois é, mas essa é a verdade. – eu afirmei baixo.

– Então você vai contar tudo pro Tony? – ela perguntou.

– Vou. – afirmei.

Meu celular apitou no bolso e eu tirei ele do bolso, li a primeira das trinta mensagens que o Augusto me levou.

“Quero você em casa agora, precisamos conversar.” Eu mostrei pra Alanis, ela leu e deu de ombros.

– Agora você precisa de uma boa desculpa. – ela disse pra mim.

– Não tem desculpa, vou dizer a verdade. – ela entrou no banco do motorista e eu no banco do carona.










(...)




O Augusto estava sentado na escadaria da minha varanda, eu andei calmamente até ele, seu encarar seus olhos.

Porque eu podia ver ele me olhando, e se eu olhasse em seus olhos, com certeza eu iria começar a chorar, parei na sua frente.

– Oi. – sussurrei.

– Oi. – ele respondeu sério.

Eu já queria começar a chorar.

– Porque você foi embora? – ele perguntou abaixando o rosto pra me encarar.

– Porque não era assim que tinha que contar pra ele. – eu disse com a voz embargada.

– E é como Ana? – o Augusto disse cruzando os braços, eu já estava chorando.

– Eu não sei... – eu disse caindo no choro, ele ficou sentado me olhando, esperando a minha crise de choro idiota passar.

Eu respirei fundo duas vezes, sequei as lágrimas e o olhei.

– Eu preciso me encontrar com ele, explicar a situação e dizer que estamos juntos, não é no meio de um restaurante e esperar que ele quebre tudo em cima de nós. – ele me encarou sério.

– O Tony mudou, ele não é mais essa criança que você pensa não. – ele disse mal humorado. – já você né! – ele manteve o olhar na frente.

– Desculpe! – eu disse aumentando a minha voz dois tons acima. – se eu não quis contar pra ele que nós estamos juntos! – eu gritei. – porque eu não queria que ele te matasse no restaurante Augusto! – ele estava me encarando e seu rosto foi ficando vermelho.

– Vocês estão o que? – nessa hora meu rosto virou pra frente e eu vi o Tony no meio do caminho com a Fernanda e a Maria atrás dele.

– Tony? – o Augusto disse surpreso.

– Então é isso? – o Tony sorriu e eu vi em seu rosto o olhar que eu tentei esconder. – o meu irmão está namorando com a minha ex-namorada? – meu corpo congelou no lugar.

– A gente ia te contar... – o Augusto levantou e o Tony deu passos largos até ele e deu um soco no seu rosto com força, eu fechei meus olhos, sentindo as lágrimas virem.

– Ia me contar o caralho! – eu senti um corpo se aproximando de mim, e depois a voz da Maria.

– Vamos embora, vem! – ela puxou ele pelo braço e eu abri os olhos, ele me encarava sério, com os olhos fincados nos meus.

– Me solta. – ele puxou o braço. – isso é um cabo de guerra? – ele perguntou me olhando, eu me levantei.

– Não! – eu disse desesperada.

– Porque se for, você ganhou! – ele riu. – tá de parabéns, tá namorando meu irmão, vai pegar quem agora? Meu pai ou o meu melhor amigo? – eu virei a mão no seu rosto com força e ele ainda estava com aquele sorriso malicioso nos lábios.

– Eu não sou essa vadia que você está dizendo! – eu gritei no seu rosto, meus pais saíram para fora de casa.

– Realmente, você é pior. – aquelas palavras foram como vários tapas na minha cara, ele deu as costas, mas antes de ir embora completamente, ele virou pro Augusto. – se você ousar dirigir a palavra pra mim, eu vou te bater tanto Augusto que você vai perder o rumo da tua vida. – então ele saiu pro carro, a Fernanda ficou me olhando e olhando pro Augusto, mas com aquele mesmo olhar acusatório, depois ela deu as costas e seguiu o Tony pro carro, o Augusto já estava de pé do meu lado e a Maria parou na nossa frente.

– Dá um tempo pra ele absorver. – ela disse nos olhando, eu sorri de lado. – tenho certeza que ele não disse isso sério para nenhum de vocês dois. – ela me encarou e depois o Augusto.

– Ele não tem nada que absorver, ele está agindo como uma criança mimada. – o Augusto disse mexendo no queixo.

– Talvez, mas acho que ele tem direito disso. – ela me encarou e depois lançou um olhar sério pra ele saindo dali em seguida.

Ela tinha razão, dê um tempo pra ele pensar e ficar com ainda mais raiva da situação, com ainda mais raiva de mim, do irmão dele... Mais raiva para ele sumir de novo.


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Notas finais do capítulo

Reviews?