Because, I Love You II. escrita por


Capítulo 11
Noivado.


Notas iniciais do capítulo

vooooooooltei, com um capítulo que tirou todas as minhas lágrimas, omggggg ;/
tomara que vocês gostem, nada mais a declarar UHAUAHUHUHA ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387778/chapter/11

POV Ana.


Eu acordei com o sol entrando pela janela e o Tony dormia calmamente ao meu lado, eu sorri largo e dei um beijo no seu rosto, virei o rosto para o rápido relógio que marcava oito horas da manhã, levei um susto, coloquei minhas roupas intimas e a minha camiseta, andei até a ponta dos pés até a porta e antes de sair do quarto eu dei uma última olhada no Tony dormindo e sorri.

Era tão bom aquela sensação de estar tudo bem, mesmo sabendo que eu teria que enfrentar o Augusto e sua ira ao saber que eu tinha desistido do nosso namoro para ficar com o Tony. Eu estava feliz, voltei na ponta dos pés até a cama e dei um selinho no Tony.

– Hum... – ele murmurou sorrindo.

– Preciso ir, está tarde já... – eu disse sorrindo, ele segurou meu pulso.

– Eles nem chegaram ainda. – ele sussurrou ainda de olhos fechados.

– Você não sabe. – eu disse puxando meu pulso delicadamente.

– Me dá um beijo? – ele abriu os olhos e aquele rostinho de bebê fez com que eu tivesse uma vontade imensa de me jogar na cama novamente.

– Preciso ir. – eu fiz bico.

– Só um beijo, larga a mão de ser redinga. – ele disse rindo, eu revirei os olhos e me aproximei dele lhe dando um selinho, ele puxou minha cintura me jogando na cama e me dando um beijo lento e gostoso e eu quase me esqueci que tinha que ir pro meu quarto tomar banho.

Ele me beijou mais uma vez e então ouvi vozes, elas estavam distantes e risadas também, o que me fez empurrar o Tony de cima de mim.

– Eles chegaram. – dissemos em coro.

– Meu Deus! – eu vesti meu short e prendi o cabelo, eu estava pronta para sair quando passei no espelho. – MEU DEUS! – eu disse alto.

– O que foi? – ele perguntou vestindo a cueca.

– Meu Deus! – eu coloquei a mão na boca. – eu estou toda marcada! – eu tirei a blusinha e mostrei pra ele todos os chupões no meu pescoço, e depois pelo meu colo e minha barriga que se perdiam sabe Deus onde.

– E eu? – ele parou na frente do espelho, os arranhões na suas costas estavam vermelhos e alguns chupões distribuídos pela barriga que não eram tão visíveis quanto os meus.

– Tony! – eu disse choraminguei.

– Eu não sei Ana, eu não sei o que fazer... – ele riu. – você está tão linda... – ele se aproximou de mim envolvendo minha cintura e eu bati no seu braço.

– Me solta... Me solta! – eu o empurrei e peguei minha blusinha. – me ajuda!

Nessa hora alguém abriu a porta e eu me assustei, era a Alanis, ela estava toda descabelada e assustada.

– Eles chegaram. – ela disse toda afobada.

– Eu sei. – eu disse vestindo minha blusa.

– Você está toda marcada! – a Alanis disse baixo e depois olhou pela porta. – vamos logo! – ela saiu me puxando e eu nem tive tempo de dizer tchau para ele, fomos para o quarto dela e ela trancou a porta.

– Eu estou ferrada. – eu disse baixo.

– Ana! Vá tomar um banho, vou preparar o quite! – ela sorriu.

– Quite do que? – eu disse confusa.

– Maquiagem! – ela sorriu e tirou a maleta da bolsa.

E eu agradeci aos céus por ter uma melhor amiga que era maquiadora profissional.

.




(...)


.


Eu só desci na hora do almoço quando tive certeza que todos aqueles chupões estavam bem seguros e que nenhum pinguinho de água ia fazer eles ficarem a mostra.

– Isso são horas de acordarem mocinhas? – o Augusto disse sorrindo e me dando um selinho, o Tony estava sentado na outra extremidade e ele nem sequer me olhou, o que só confirmou a tese de que ele disfarçava muito bem.

– Tivemos problemas. – eu disse baixo, ele sorriu e então sentamos para comer.

Era nossa última noite ali e eu queria aproveitar bem, pois logo estaríamos na cidade de novo e eu teria que contar ao Augusto a minha decisão.

Ou eu contaria naquela noite.

A tarde ficamos assistindo filme, todos nós, nada para fazer, nem andar, nem piscina, nem nada. Só sentados no sofá quietos, como se todos soubessem que algo estava errado.

A noite jantamos sem muitas delongas e cada um foi pro seu quarto, eu fui com o Augusto e tomei o máximo de cuidado de não ficar pelada perto dele.

– Você está tão quieta. – ele disse quando deitamos na cama.

– Só coisas para pensar. – eu disse baixo.

– Sobre nós? – ele perguntou e minha garganta inchou.

Quando eu estava com o Tony eu era só dele, mas quando eu estava com o Augusto eu tinha medo de machuca-lo.

– Falamos sobre isso amanhã. – eu sussurrei apagando o abajur. Ele concordou baixo e eu fechei os olhos tentando dormir.

– Ana? – ele perguntou depois de uns dez minutos.

– Hum? – fingi estar dormindo.

– Amanhã é o jantar do meu pai e eu gostaria que você fosse. – eu dei de ombros.

Era só um jantar, o que havia demais nisso?

– Eu vou sim. – afirmei, ele soltou um suspiro aliviado e beijou o alto da minha testa.

– Eu amo você. – ele sussurrou e eu fechei os olhos adormecendo em seguida.



.

(...)

A Alanis terminou de por o vestido e eu terminei de passar o rímel, e estávamos prontas, lindas.

Nada que não usássemos antes, já que estas festas eram comuns na casa dos Albuquerque, duas horas antes do Augusto tinha me ligado e perguntado se eu queria que ele viesse me buscar, mas eu afirmei que não, podíamos muito bem ir no meu carro, era completamente compreensível.

O caminho foi um silêncio total, a Alanis estava envolvida demais com o Léo e eu estava evitando pensar no Tony e no que eu teria que fazer daqui a algumas horas quando ele viesse falar comigo e com seus pais.

Nós chegamos na entrada e tinha um manobrista, entreguei as chaves na mão dele e entramos, a casa estava toda decorada de um modo que eu jamais tinha visto, com turquesas, que a flor que eu mais gostava, eu podia sentir o ambiente entrando em contato comigo.

– Boa noite. – o Augusto disse no meu ouvido, me virei e dei um sorriso longo ao vê-lo.

– Boa noite. – eu disse baixo.

– Gostou? – ele disse olhando em volta.

– Está perfeito. – eu afirmei, ele piscou e então me puxou para a sala, o Tony estava de blazer e uma calça jeans preta, suas botas de coro estavam no seu pé como sempre estavam, e ele deu um meio sorriso ao me ver.

Eu quis sorrir largo, mas me contive a apenas sorrir de lado e abaixar a cabeça, o Augusto me apresentou a todos os seus amigos e eu me senti envergonhada por estar prestes a fazer aquilo que eu tinha que fazer.

Ou aquilo que eu QUERIA fazer.

Na hora do jantar o Augusto estava gelado e eu me sentei ao lado dele, o Tony sentou do lado da Alanis na mesa e ela estava sentada do meu lado, ela me cutucou e esticou um guardanapo pra mim, eu abri o mesmo em cima da mesa mesma e li.

Era a letra do Tony, eu podia ver.

“eu amo você”

Sorri largo e ele estava falando com um garoto a sua frente, ele me olhou de canto de olho e depois voltou a encarar o garoto, e era isso que eu precisava, dessa coragem, de dizer pra todo mundo que eu o amava e que eu queria ficar com ele...

– Com licença. – o Augusto bateu na taça e eu o olhei. – eu queria falar agora.

Todos as conversas de silenciaram e as pessoas o encararam, ele segurou na minha mão e me puxou pra levantar, eu encarei as pessoas atrás de mim e principalmente o Tony que estava com a respiração irregular.

– Ana, eu queria... – ele riu baixo e algumas pessoas o zoaram, minha garganta inchou.

– Augusto... – eu o chamei baixo.

– Eu queria dizer que eu te amo a muito tempo mesmo, você é uma pessoa muito especial pra mim, a gente já tá junto a tanto tempo e... – ele abaixou a cabeça. – eu não vejo a minha vida sem você querida, você é tudo que eu quero. – meus olhos transbordaram as lágrimas e infelizmente não eram de felicidade.

Eu não podia fazer aquilo com ele.

– Eu estou a meses planejando fazer isso, mas não tem nada que chegue aos seus pés, então eu resolvi fazer isso em um jantar mesmo, eu queria saber se... – ele riu baixo e dois garçons puxaram as duas cadeiras que estavam atrás de nós e ele se ajoelhou.

Por favor, não faça isso. Eu não terei coragem de dizer não na frente de todos.

DIGA ISSO A ELE! – Minha mente berrou pra mim.

– Quer se casar comigo? – ele perguntou baixo e segurando uma caixinha com um anel de diamantes preso ali.

Senti vontade de chorar, as lágrimas começaram a descer.

– Ela não consegue nem falar de tão emocionada... – alguém disse e o Augusto continuou me olhando, o Tony se levantou da cadeira e parou ao lado da Alanis, ele me encarava sério, com aquela mesma expressão que ele tinha quando descobriu que eu e o Augusto estávamos namorando.

Diga a ele que você o ama, peça perdão ao Augusto e corra para os braços do Tony, é dele que você realmente quer ser. É a ele que você pertence! Diga a todos isso!

Minha mente berrava cada vez mais alto e eu não conseguia parar de chorar. E eu não conseguiria dizer aquilo que o Tony esperava que eu dissesse.

– Ana, você quer? – o Augusto repetiu o pedido baixo e eu balancei a cabeça assentindo, houve uma explosão de aplausos e então ele me deu um selinho me abraçando em seguida.

Meus olhos forçaram a ficar abertos para ver a expressão do Tony, ele estava sufocando, eu podia ver suas bochechas ficando vermelhas e a Maria estava ao lado dele em um segundo, as lágrimas que desciam pelo meus olhos desciam pelos seus também e em uma quantidade muito maior, sua boca estava fechada em um pequeno “o” .

Eu me livrei dos braços do Augusto e fui andando até sua direção, ele saiu pela porta de entrada e eu corri atrás dele.

– Tony! – eu gritei. – Tony, por favor! – minhas pernas começaram a ceder.

– Você... – ele parou de andar, a multidão de pessoas estava do lado de fora, atrás de nós. – ME DIZ QUE ISSO NÃO É VERDADE ANA! – ele berrou segurando meus ombros.

Eu comecei a chorar descontroladamente, meus joelhos queriam ceder.

– Por favor, me diz que isso não é verdade. – sua voz estava completamente embargada.

– Tira as mãos dela! – o Augusto puxou minha cintura e eu estiquei minhas mãos.

– Ana, por favor... – o Tony sussurrou.

– O que você pensa que está fazendo Antony? – o Augusto disse pra ele. – é o meu jantar de noivado!

– Eu amo você, a gente, os nossos planos... – ele sussurrou, a Maria segurou sua mão.

– Vamos Tony... – a Maria sussurrou.

Eu queria correr pra ele segurar sua mão, dizer que ainda eram nossos planos, mas eu não conseguia, os braços do Augusto eram como válvulas inquebráveis na minha cintura, eu mal conseguia parar de chorar, era como se alguém tivesse arrancando meu coração de dentro do meu peito, eu jamais senti dor pior que essa. Era como se algo estivesse faltando, era como se ele estivesse faltando.

Ver sua expressão, pedindo para que eu dissesse que não era verdade, porque não era! A verdade é que eu era dele, eu sempre seria dele, mas eu não conseguia dizer, apenas os meus olhos cantavam para ele o que ele queria ouvir e parecia não ser o suficiente.

A Maria o puxou dali e eu queria ir junto.

– Tony... – eu sussurrei baixo.

– Ana! – a Alanis atravessou a multidão. – solta ela agora! – a Alanis gritou para o Augusto e me puxou dele, me abraçando em seguida.

– Ele foi embora... – eu sussurrei para ela. – por favor Alanis, não deixa ele ir embora, não... Não é isso... Isso não... – eu soltei do seu abraço e sai correndo, ouvi meia dúzias de pessoas gritarem o meu nome e eu corri até o meio da rua, pude ver um carro saindo acelerado.

Minhas pernas queriam ceder e se não fosse por um par de braços conhecidos segurarem minha cintura com força, eu teria cedido.

– Você não está em condições de ficar aqui. – o Matheus sussurrou pra mim e me pegou no colo. – eu vou te levar pra casa tudo bem? – ele sussurrou no meu ouvido e eu nem tive forçar para responder.

Aquela noite estava toda errada. Estava tudo errado. O homem com quem eu ia me casar estava ali, mas o homem da minha vida tinha partido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?