Golpes Da Vida escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 7
Bem vindo ao meu mundo


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria pedir desculpa pela demora, pois eu estava estudando para o Enem. Quero agradecer a todo mundo q comentou no capítulo anterior e a quem vem me acompanhando.
Como eram muitos acontecimentos tive que dividir o cap em 3 então vou postar uma parte hoje, outra na terça e outra na sexta.
Q tenso o último cap este promete mostrar o rumo de como as coisas vão prosseguir. Enjoy!



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Bella se levantou logo e, em seguida Edward. No entanto, quando ele se pôs em pé, uma dor aguda lhe atingiu o calcanhar, fazendo-o berrar de dor.

— MERDA!

— O que foi Edward?

— Ow droga! Droga! Droga! Acho que quebrei o pé.

— Como assim?... Quero dizer...Você tem certeza? – indagou a menina assustada com as consequências que aquilo poderia trazer.

— Eu não sei – respondeu o rapaz apoiando-se na parede da casa com uma expressão de desespero enquanto segurava o pé machucado – Talvez... Pode ser possível que sim. Eu não sei.

— Consegue andar?

— Eu acho que posso. Vou tentar. – Bella olhou o jovem flexionar, cuidadosamente, o pé no gramado.

— Espera. Eu ajudo você– a menina aproximou-se do garoto deixando que ele passasse o braço ao redor de seus ombros e, em seguida, enlaçou-o pela cintura, dando seu apoio para que pudessem caminhar por alguns passos.

É incrível pensar como as coisas que pretendemos fazer podem mudar em apenas alguns instantes. Se Edward realmente tivesse quebrado o pé, ou até mesmo se for uma lesão mais simples, isso, com toda certeza, arruinaria os seus planos de conquistar uma bolsa para a faculdade. Tudo estaria acabado e Bella sabia que seria sua culpa.

Por um instante, os olhos dos dois adolescentes se cruzaram num momento de silêncio e, então, como se entendesse angústia que a moça sentia, Edward a repreendeu:

— Não foi sua culpa.

— É uma carga muito pesada para eu carregar – comentou a moça.

— Já disse. A culpa não é sua. Você não precisa se preocupar com o que aconteceu. Nós vamos dar um jeito.

— “Não estou falando ‘dessa carga”. Nossa! Edward, como você pesa! – exclamou a garota dando-se conta do sobrepeso. – Sabe... Eu não costumo carregar nadadores da equipe do colégio com frequência – sorriu.

— Ah, então quer dizer que a senhorita já andou “carregando” outros atletas por aí? – Edward falou risonho.

— Não, só quis dizer que é difícil para uma garota magrinha, não muito alta, carregar um atleta do seu tamanho.

— “Não muito alta”. Você quis dizer tampinha né.

— Edward. Eu tô falando sério.

— Eu sei. Só quis descontrair.

— Eu vou ligar pro Emment vir nos ajudar. A gente não vai conseguir ir muito longe mesmo.

Bella pegou o celular e discou o número do amigo. Os dois esperaram sentados na grama.

— Daqui apouco ele chega. Você não precisa se preocupar.

— Você que não precisa se preocupar. Vai dar tudo certo.

— Ed me desculpa... Eu não... – ressalvou-se Bella cabisbaixa – Eu só queria ajudar e acabei estragando tudo.

— Não precisa se desculpar, vai ver que não foi nada demais – o jovem levantou delicadamente o rosto da moça até que ela pudesse ver a expressão de complacência que seus olhos traduziam – Vai dar tudo certo.

— Se eu não... – o barulho da buzina do carro de Emmet a interrompeu.

Os três estavam sentados no carro enquanto Emmet dirigia.

— Cara, como você é azarado. Uma lesão dias antes da competição pode ser crucial. Sem contar que o técnico não vai te deixar ser líder da equipe. Isso se ele deixar você nadar.

— Obrigado Emmet. Você realmente sabe como animar alguém – ironizou Edward.

— Não tem de quê.

— A gente vai ter que ir para o hospital – falou Bella.

— Onde o papai trabalha? Ha! Acho melhor não – disse Eward.

— Por que não? Você não pode ficar assim – indagou o irmão do rapaz.

— Se o papai souber que eu me machuquei... Se a mamãe souber. Aí é que todas as minhas chances de ao menos tentar vão estar anuladas. Eu não vou desistir e vocês vão ter que me ajudar.

— Ed você não tá pensando em... –disse Bella temerosa.

— Vamos – falou Edward de repente – eu explico pra vocês. Eu vou buscar ajuda, mas onde ninguém saiba por enquanto.

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Edward estava num quarto de hospital, sentado sobre uma maca, enquanto o médico analisava os raios-X do seu pé, o silêncio deixava-o impaciente.

— Garoto, você tem sorte... – finalmente o ortopedista rompera o silêncio.

— Eu não chamaria isso de sorte – interrompeu Emmet.

— Quieto Emm! Deixe o médico falar – ordenou a amiga dos rapazes.

— Foi apenas uma luxação simples, não se preocupe muito – continuou o doutor.

— Então, vai dar pra nadar? –perguntou Edward aflito.

— Nadar? Nem pensar. Você não vai fazer nenhuma atividade física no período de 15 a 20 dias. – ponderou o médico dirigindo-se à sua mesa. Depois rabiscou algo em um bloco de papel e acrescentou – Vou receitar alguns remédios para passar a dor. No demais você já está liberado.

— Edward, você está muito calado. Não disse nada desde que voltamos do consultório do Dr. Smith. Estou ficando preocupada.

— O que você quer que eu diga? Que estou feliz de não ser algo mais sério? – indagou Edward aborrecido. Apesar de tudo ele ainda tinha esperanças de que pudesse competir – Não. Porque eu não estou feliz. Essa era minha grande chance e agora tudo foi pelo ralo.

— Ah não seja tão dramático cara. Você pode tentar outras alternativas – aconselhou Emm – Quem sabe... tipo... você pode arranjar um emprego de meio expediente e pagar a faculdade.

— É isso mesmo. Boa ideia Emm. Tenho certeza que o pai de vocês vai acabar aceitando.

— Você ficou louca! – gritou Edward irritado – Meu pai nunca vai permitir isso e mesmo que ele deixasse, o que eu acho difícil, um empreguinho assim não seria suficiente para pagar uma boa faculdade. Você sabe quanto custa um curso em Yale ou Stanford? Não, não sabe, porque você provavelmente nunca vai estudar numa universidade.

— Cara não precisa ser tão grosso. Nós só estamos tentando te ajudar.

— Por que está falando assim comigo? Só porque você não vai mais realizar o seu sonho dourado, não significa que você tem que agir como um idiota. – disparou Bella já com os olhos marejados de lágrimas. Era difícil de acreditar que o mesmo Edward que tinha sido tão gentil pela manhã. O mesmo que a beijara mais cedo e dissera para não se preocupar, parecia decidido a feri-la nesse momento – Pois então seja bem vindo ao meu mundo. O mundo onde, às vezes, as coisas nem sempre acontecem do jeito que a gente quer. Pode ficar aí curtindo a sua miséria. Seu idiota.

— Mas pelo menos eu tenho um sonho e não vou viver sem nunca ter tido coragem de lutar por ele – pronunciou o jovem enquanto a menina saía do quarto batendo a porta com força.

— Ela tem razão. Você é mesmo um idiota.

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Os pensamentos rondavam sua mente num vaivém de um trânsito caótico. Edward se perguntava como em apenas um dia tudo havia saído de seu controle. Os planos para a faculdade, a discussão com Bella. O beijo. De repente ele se encontrara sem saber o que fazer, entretanto uma coisa não podia deixar de lado. Não desistiria tão fácil assim. A porta do cômodo se abriu e um rosto amigo surgiu por ela.

— Será que ninguém bate mais na porta?

— Edward eu vim assim que vi a sua mensagem. Caramba, eu não sei nem o que dizer. – Jasper entrou no quarto do amigo e puxou uma cadeira perto da escrivaninha.

— Eu andei pensando e...Você tem que me prometer uma coisa: –solicitou Edward fazendo uma pausa – que não vão contar isso a ninguém. Eu vou falar com o Emmet e... – lembrou-se da discussão que tivera mais cedo com Bella e de como provavelmente a deixara muito magoada – acho que ela também não vai falar nada.

— Como não? Você realmente acha que ninguém vai perceber?

— Eu preciso estar na competição.

— Mas você acha que mesmo estando assim é capaz de ganhar? Fala sério cara. Eu sei muito bem o quanto você quer isso, mas se até pra alguém que tá em perfeito estado é difícil, imagine lesionado como você está.

— O médico disse que a lesão não foi nada sério. Tecnicamente eu não me machuquei. Só vou ter que suportar a dor.

— Não se machucou agora. Mas você sabe que se forçar, você pode realmente ter um problema sério.

— Isso pode acontecer, como também não. É um risco que vou ter que correr e eu não posso fazer isso sozinho. – Havia um brilho de confiança em seus olhos – Você tem que me ajudar.

— Você tá louco. Como você vai conseguir fazer isso? Esconder dos seus pais, o técnico e a equipe? Sem falar das outras pessoas. É sério. Não tem como fazer isso sem que ninguém saiba.

— É por isso que eu preciso da sua ajuda... – Edward foi interrompido com leves batidas na porta.

— É mamãe. Posso entrar?

— Só um minuto. É que eu tô sem roupa – o rapaz escondeu o balde com compressas de gelo e enrolou os pés com um lençol – Ok. Pode entrar. Eu já estou vestido.

A porta se abriu e Esme estranhou ver Jasper com Edward no quarto.

— Olá Jasper. Não imaginava vê-lo aqui.

— Ah, olá Srª Cullen.

— O que vocês estavam fazendo?

— Nada – responderam os dois em uníssono.

— Vocês parecem meio estranhos – observou a matriarca da família Cullen.

— Apenas conversando. O que a senhora quer?

— Não posso dar boa noite para meu filho? – Esme deu um beijo na testa do filho– Mas não foi só pra isso que eu vim até lá. A sua avó ficou doente. Então vou ter que viajar amanhã bem cedo, pra poder ficar com ela mais ou menos uns 3 ou 4 dias.

— O que ela tem? – perguntou Edward.

— Parece que a pressão dela aumentou e teve que ir ao hospital. Mas ela vai ficar bem. Eu prometo que volto a tempo de assistir a competição.

— Boa noite Jasper – despediu-se saindo do aposento.

— Isso é ótimo – Edward olhou para o amigo.

— O quê?

— Isso me dá um excelente álibi.

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As três amigas estavam na fila do refeitório pegando os seus lanches e dirigiram-se a mesa que elas costumavam a ficar.

— Bella, estou achando você estranha. Não falou nada desde que saímos da aula de biologia – afirmou Alice – Você costuma ser tão tagarela. Aconteceu alguma coisa?

— Não, está tudo bem – respondeu a menina enquanto fazia uma carinha com a salada.

— Ihh! Quando alguém diz que tá tudo bem é porque não está.

— Alguma coisa especificamente com um certo garoto? –disse Roseli sugestiva– Vamos lá! Você estava tão animada com a competição e, agora esta assim. Deve ter acontecido algo que você não quer contar.

— Eu...Eu beijei o Emmet.

— O quê? – perguntaram as duas amigas juntas.

— Não! Eu quis dizer o Edward. Foi ele que eu beijei.

— Ahhh. Ual! Você beijou o Edward. Conta tudo. . – Roseli parecia realmente empolgada em saber – Quem foi que beijou quem primeiro? Não nos poupe de nada, até dos detalhes sórdidos.

— Espera ainda. Você beijou o menino que você é apaixonada desde a 6ª série e está com essa cara? – indagou Alice enfiando o garfo em um pedaço de carne.

— É que a gente brigou logo em seguida – falou Bella levantando-se da mesa – Eu preciso ir.

— Bella! Espera. –chamou Alice.

— Depois eu explico, converso... sei lá. Mais tarde eu falo com vocês.

— Tadinha. O que será que aconteceu – Roseli encarou Alice com expressão de preocupação.

Edward estava na casa de Jasper distraído com o vídeo game. Em alguns momentos do dia ficava ansioso pela competição. Faltando apenas três dias, o técnico ainda não havia feito sua escolha de quem seria o nadador para a prova de velocidade.

— E então. Como foi que você conseguiu? – Jasper tinha acabado de chegar da escola. Os dois estavam na sala de estar da casa dele. Uma casa relativamente média. Pequena se comparada à mansão dos Cullen.

— Emmet entregou uma carta falsificada com a letra da minha mãe para a diretora. Ao que tudo indica ela acreditou. Depois, eu pedi que ele desse uma explicação a Tanya. – explicou Edward.

—Fico surpreso de você não querer contar nada a sua namorada. – Jasper pegou um dos controles e se sentou no chão – Ela vai ficar uma fera quando descobrir. E o que ele disse a ela?

— Ele disse que não podia viajar comigo e com a mamãe por causa das notas. Perfeito, não acha? O que foi que o Sr. Udson disse?

— “Se aquele garoto não aparecer um dia antes da competição, eu juro que escolho o James e não mudo de ideia”. Foi o que o ele falou– contou ao amigo – acho que ele quer escolher você. O James é um excelente nadador, mas é muito egocêntrico. É fácil perceber que o técnico simpatiza mais com você.

— Agora só tenho que pensar numa maneira dele não perceber que eu tô com o pé machucado.

— Ele não vai te perdoar se souber que você está mentindo. Você tem consciência que pode ser expulso do time?

— Eu assumo o risco. Não foi ele mesmo que disse: “Ninguém treina pra perder”.

Como eram muitos acontecimentos tive que dividir o cap em 3 então vou postar uma parte hoje, outra na terça e outra na sexta.


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Notas finais do capítulo

Iai galera o q acharam?
Eu prometo q de agora em diante vou postar com mais frequência. Fortes emoções para o próximo capítulo. Bjs!