Golpes Da Vida escrita por Alyssa Sullivan


Capítulo 6
Ninguém Treina pra Perder


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora. Mil perdões, falhas técnicas, mas em compensação, escrevi um pouquinho mais dessa vez pra compensar o tempo. Modéstia parte, o capítulo tá muito legal. Eu fiz uma coisinha especial, espero q gostem.
Obs: Obrigada, OBRIGADA mesmo a todo mundo q comentou, batemos a marca dos 30! Enjoy!



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Depois de se despedir de Alice, Bella passou pela sala e, subindo as escadas, dirigiu-se ao seu quarto. Quando passou pelo corredor principal, percebeu que Esme, Carlisle e Renée discutiam. Pensou em continuar o seu caminho, mas a curiosidade falou mais alto; alguém não tivera o cuidado de fechar totalmente a porta, fazendo com que a menina pudesse visualizar interior do escritório por uma pequena fresta. Sentados ao centro, com uma expressão consternada, estava Renné e Carlisle. Já Esme, tamborilava num compasso irregular sem conter a agitação.

“Sobre o que será que eles estão conversando? Devem estar discutindo sobre o Emmett ...Óbvio.”

—(...) Não há justificativa. Esse garoto é um irresponsável – a voz de Esme soava estridente, enquanto caminhava de um lado para o outro do cômodo – Depois de tudo que eu passei... eu tenho tentado ser uma boa mãe...Eu...depois de tudo que eu lutei... – Uma lágrima solitária e desobediente escorreu do canto de seus olhos. No entanto, a mulher não demonstrou nenhum traço de fragilidade.

— Você é uma ótima mãe. Sempre foi – a consolou Carlisle, que se pusera em pé diante da esposa segurando suas mãos e as acariciando com ternura.

“Eu não vou bisbilhotar. Já bastam as confusões de hoje”.

Pensou Bella decida a seguir seu rumo, porém (...)

UMA SEMANA DEPOIS

Faltava pouco mais de um mês e meio para a festa de formatura, contudo, o grande alvoroço dos alunos secundaristas, era devido ao campeonato de natação que ocorreria naqueles dias.

Na América, vários colégios têm uma modalidade de esporte especializada, no qual, concorrem com outros em torneios intercolegiais, municipais, estaduais e até mesmo em nível nacional. No Orion School, esse esporte é o nado e, a equipe de natação, os Dolphins, já haviam ganhado vários troféus, que ficavam expostos pelos corredores protegidos, por uma tela de vidro em locais de destaque, para serem exibidos como símbolo de orgulho de suas vitórias. Com isso, eram tidos como verdadeiras celebridades. Bem, isso até o ano passado, quando uma derrota, nas quartas de finais, para o Waterlions da escola School Fênix, seu principal rival, desestabilizou toda a equipe. Como forma de recuperar a credibilidade, o treinador veio exigindo em dobro deles nesse ano, fazendo-os treinar quase que a exaustão.

Bella, Alice e Roseli dirigiam-se aos seus armários após a aula de inglês, enquanto debatiam animadamente sobre o torneio de natação; assunto que não era diferente dos demais alunos.

— Tenho quase certeza que o Edward vai ganhar. – afirmou Bella confiante.

— Não parece muito confiável essa previsão, vindo da fã número – comentou Roseli sorrindo maliciosamente durante o pequeno percurso – e, além do mais... a competição é por equipe...E-QUI-PE – disse enfatizando as sílabas – Você sabe o que quer dizer equipe não é?

— Eu... claro q...

— Pois é, equipe – interrompeu Roseli – quer dizer que todos vão participar juntos, em revezamento e, que, mesmo que o nosso “queridinho” ganhe na prova solo, se a equipe não ganhar nessa modalidade...Adeus estadual.

— É, pode ser, mas todo mundo sabe que o Edward é quem puxa aquela equipe. E que o time não seria nada sem ele... e que...

— Apaixonada! –completou Alice.

— Ué! Depois de anos afastados de mim, dedicando-se à natação, ele se tornou um ótimo nadador – respondeu a menina resignada – Digo mais... Se o Michael Phillps não tivesse se aposentado, eu diria a ele para se cuidar.

— Ownnnt! –disseram Alice e Roseli em uníssono.

Roseli olhou no relógio e falou:

— Gente, adoraria continuar o papo, mas... eu me esqueci de um livro na sala...vocês podem conversar sem mim.

— Só por causa de um livro? Como você anda estudiosa ultimamente. –questionou Alice.

— É porque eu vou ficar muito ocupada com o comitê.

Quando Rose estava saindo Bella e Alice se entreolharam com expressão de dúvida.

Foram meses se dedicando arduamente. Horas exaustivas de treino, e agora todo a equipe de natação do colégio Orion finalmente estava reunida para o último encontro antes da grande competição que ocorreria em apenas dias. A essa altura, os treinos prolongados haviam cessado e, a maior preocupação do técnico, era com que seus alunos estivessem motivados e dessem o melhor de si.

Edward encontrava-se no vestuário masculino de natação, reunido com os seus companheiros de equipe. O técnico os havia os convocado para conversar sobre o torneio

Todos estavam muito ansiosos. Não era só uma questão de vencer, mas cada um por algum motivo em especial, tinha uma razão específica para desejar aquela vitória. Edward entendia perfeitamente o que isso significava. Mesmo que embora seus colegas o achassem apenas um “mauricinho”, ele tinha seus motivos para levar aquilo bem a sério.

Assim como ele, o técnico, Sr.Udson, precisava daquela vitória tanto quanto nunca e, embora tivesse um currículo com inúmeras conquistas, sua carreira estaria ameaçada com mais essa derrota. Então depois do último treino, o treinador convocou todos os atletas.

— Bem pessoal... Estão todos aqui reunidos para enfrentarmos mais um desafio e... e... – pigarreou o técnico – Eu simplesmente não sei o que dizer. Passei a semana inteira pensando no que dizer para vocês. Até tentei ensaiar algo, mas acho que não sou muito bom nisso – dizia o homem tentando encontrar as palavras certas – Então o que eu tenho pra dizer pra vocês é que sei o quanto cada um se esforçou esse ano. O quanto foi sofrido e doloroso. Mas a dor, ao contrário do que muita gente imagina, não é uma coisa ruim. Se fosse assim, Deus não teria permitido que os seres humanos sentissem dor. No corpo, ela é um sinal de alerta, de que algo não vai bem e, sem ela, as pessoas morreriam mais rápido. O que eu quero dizer é que essa dor que todos nós sentimos durante esse ano, foi necessária para nos fazer mais fortes. Toda dor é necessária. E se você for corajoso o suficiente para suportar essa dor, ela te fará mais forte – continuou enquanto todos ficavam concentrados absortos no que ele dizia – Então, vamos deixar de conversa, por que ninguém treina pra perder. Eu quero ver todo mundo aqui, daqui a quatro dias e, é pra ganhar. Estamos entendido?

— Sim SENHOR!! – as vozes entoaram em uníssono.

Edward e Jasper saíram juntos do vestiário.

— Ele vai nos matar se não vencermos. – disse Jasper ao lado de Edward enquanto caminhavam.

Os dois pararam em frente aos armários e Edward falou:

— Ele não vai precisar. Porque nós vamos vencer – havia um tom de confiança em sua voz, como se aquilo já fosse um fato consolidado.

— Nossa! Queria ter a confiança que você tem.

— Pois é, eu simplesmente sei.

— Mudando de assunto, mas no mesmo – disse Jasper franzindo o cenho – Cara, a competição já tá em cima e o Sr. Udson não disse ainda quem vai ser o capitão do time.

— É, tem razão, ele tá fazendo o maior suspense. Acho que vai deixar pra revelar isso só na última hora – Pensativo, o rapaz respondeu enquanto guardava seu material.

— Deve estar decidindo entre você e o boçal do James.

— Deve – concordou Edward, afinal James era um ótimo nadador. Tão ágil e veloz quanto ele, na verdade até mais, deixando-o em segundo lugar. Porém, ele sabia que precisava muito daquela vaga para que os seus planos dessem certo. Se aquilo não acontecesse tudo sairia errado.

— Edward? Edward? Terra chamando. Mayday! Mayday!

— Hãm? O quê? Ahhh! E não vai, porque, eu é que vou ganhar. – disse Edward no impulso, já entrando num dos corredores da escola junto com o amigo.

— Você tá muito confiante mesmo. O cara ganhou todas as competições desde a sétima série. Só não ganhou ano passado porque ficou doente. Mas, sinceramente espero que você ganhe, estou cansado disso.

— Olá rapazes! – Tanya se aproximou de Edward lhe dando um selinho – como foi o sermão do técnico?

— Não foi um sermão – respondeu Edward seco.

— Imagino – a menina começou a beijá-lo – Mas, eu acho, que o meu gatinho tá muito tenso. Você tem que relaxar.

— Hum! Hum! – Jasper pigarreou, no meio da situação constrangedora que se formava – Vocês podiam fazer isso em outro lugar.

— É que eu não consigo resistir ao meu gatinho. Todo lindo desse jeito. Sabe como é né?

— Não! Definitivamente eu não sei, nem quero saber – respondeu Jasper – Êi “gatinho”! Você vai fazer alguma coisa agora? É que a galera tá pensando em se reunir no Daily Coffee.

— Não posso. Tenho umas coisas pra fazer – falou parecendo realmente ocupado. – e se você me chamar assim de novo você é um homem morto.

— Então, vou deixar o casal a sós – falou Jasper dando as costas e saindo – Até mais “gatinho”!

— Ás vezes eu acho que dou liberdade demais a esse povo.

— Bem, isso foi alguma desculpa pra você passar um pouco mais de tempo comigo?

— Não. Eu realmente tenho que fazer algo – o garoto pode ver a expressão de desapontamento da moça – Tanya, eu adoraria passar mais tempo aqui com você, mas eu preciso ir agora.

— Ok tudo bem então. Posso ao menos saber o que você vai fazer?

— Nada de importante – disse o rapaz se afastando após dar um selinho na namorada – Te vejo mais tarde.

— Você anda muito misterioso – a garota falou, mas o seu namorado já havia saído.

***

Bella abriu a porta da frente de um enorme casarão abandonado. Era uma construção antiga, de meados do século XIX e, que até hoje as crianças ainda acreditavam ser mal assombrada. Uma vez, há anos, ela e Edward tinham se perdido e ficado abrigados ali por uma noite inteira.

A porta fez um rangido ao ser fechada e, a menina caminhou até o saguão principal, provavelmente o de festas imaginando os bailes que deveriam ser dados ali, na época em que ela foi construída. Então, ela continuou seu percurso, subindo as escadas e indo em direção ao sótão.

— Eu sabia que você deveria estar aqui – afirmou a moça aproximando-se do rapaz que estava de frente para uma pequena janela de vidro quebrada.

— Eu sou tão previsível assim?

— Só um pouquinho – disse a menina com um tom angelical – Na verdade, é que eu coloquei um sistema de localização no seu celular.

— Mentira.

— Não, é verdade.

— O quê? – respondeu preocupado.

— Claro que não, bobo. É brincadeira.

— Ufa! – respirou aliviado – Então como soube que eu estava aqui?

— É que o Jasper disse pro Mike, que disse pra Alice, que disse pra Roselie, que disse pro Emmett, que disse pra mim... – fez uma pequena pausa – que você tava muito preocupado e, que queria ficar sozinho essa tarde, pra fazer, não se sabe o quê. Aí eu pensei que você só podia ter vindo pra cá.

— Aaaah... tá certo então! Quer dizer... Não tá certo não. Que povo fofoqueiro!

— Eles são seus amigos, se preocupam com você.

— Ah tá, sei – respondeu incrédulo.

— Edward, tem uma coisa que me intriga. Eu ainda não entendi o porquê de você querer tanto dessa bolsa de estudos. Suas notas são boas e, o principal, seus pais são ricos. Muito ricos. Você pode entrar em qualquer universidade.

— É exatamente por isso. Pela primeira vez eu queria ter algo que eu não vá depender do dinheiro dos meus pais.

— Eu te conheço, sei que não é só isso.

Por um minuto Edward ficou pensativo.

— Verdade, tem outra coisa. Meu pai fez um acordo comigo. Ele disse se eu conseguisse a bolsa iria fazer a faculdade que eu quisesse. Caso não consiga... – o garoto parou e pensou por um instante – eu terei que fazer a que ele escolher. Ou seja, vou ter que fazer algo que eu não gosto.

— Uau! Não sei o que dizer. Mas posso fazer corrente positiva pra você ganhar. Ou... – fez uma pausa – A gente pode colocar laxante na água dos outros nadadores.

— Eu acho que não ia ser uma boa ideia. Já pensou eles tendo uma crise de diarreia dentro da piscina?

— É, eu acho que não ia ser muito legal mesmo.

Os dois começaram a rir juntos.

— Você já contou isso pra alguém?

— Não, só pra você, mas o Emmett também sabe.

Os dois ficaram em silêncio por um breve momento, até que Edward o quebrou dizendo:

— Já anoiteceu. Eu quero de mostrar uma coisa. Vem. – falou o jovem estendendo a mão para que a moça segurasse.

Eles subiram na parte mais alta da casa e, pegando uma escada que tinha sido esquecida ali, subiram no telhado.

— Ual! – a menina contemplou a vista admirada – É muito lindo! Acho que dá pra ver metade da cidade aqui de cima. E o céu, o céu tá tão lindo hoje.

— Eu imaginei que você fosse gostar – disse ele contente.

— Você já trouxe a Tanya aqui?

— Não.

— Por quê?

— Ela não é você.

Os dois deram um sorriso tímido e, novamente, voltaram a se fitar fixamente. Então, repentinamente e, suavemente, Edward a beijou.

“Existem algumas noites na vida da gente que são regidas por forças incontroláveis. Mágica, romance... Destino. Noites nas quais, o amor nos pega de surpresa e, depois disso, as coisas nunca mais voltam a ser as mesmas.”

— Me desculpa. Eu não sei no que eu estava pensando – falou o rapaz constrangido logo depois do beijo – Já tá tarde. Precisamos voltar.

Edward desceu em um pulo indo na frente de Bella. Ele a ajudou, enquanto a garota descia desajeitadamente a escada. De repente, ela viu um morcego vindo em sua direção. No susto, deu um grito e acabou caindo em cima do jovem com estardalhaço.

— Você está bem? – perguntou Edward.

— Acho que estou – respondeu ela ofegante – Você amorteceu a minha queda.

Bella se levantou logo e, em seguida Edward. No entanto, quando ele se pôs em pé, uma dor aguda lhe atingiu o calcanhar, fazendo-o berrar de dor.

— MERDA!

— O que foi Edward?

— Ow droga! Droga! Droga! Acho que quebrei o pé.

E aí, o q acharam?


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Notas finais do capítulo

Gente to tão ansiosa pra saber o q vcs acharam. A maior alegria de um escritor é ter alguém q leia a sua obra. Um abraço a todos os meus leitores.
*Contém uma citação de Anos Incríveis. Bjs!



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