Dear My Friend escrita por _Luuh_


Capítulo 1
Eu não possuo asas...


Notas iniciais do capítulo

Dedicada a Nikki que esperou eu postar a fic mas não deu tempo de ela ficar pra ler. E também porque ela estava preocupada com o filho dela mas eu acho que eu não fiz nada demais com ele xD Prometo que eu vou cuidar muito bem do meu sobrinho-neto ;D E também porque ela disse que agora eu vou estar presente em todas as fics dela *-* [Brigada irmã gêmula-sobrinha ;D]
—_____

Não está betado então me desculpem qualquer erro e podem me avisar nos reviews se acharem alguns.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/38760/chapter/1

"Eu não possuo asas, mas com estes braços eu sou capaz de abraçá-lo, com tanta firmeza que os pássaros teriam inveja de nós."

______


Ele foi embora e eu fiquei me sentindo a pessoa mais triste desse mundo, exagero eu sei mas é o que eu sentia, e nem ao menos sabia bem porquê. Ele era meu meu melhor amigo, na verdade meu único amigo, então era óbvio que eu sentiria sua falta mas era de se esperar que depois de dois anos eu não me importasse tanto, que eu não chorasse mais quando pensasse em seu sorriso e que eu já tivesse jogado sua carta fora.
    Me lembro da manhã em que ele me ligou, sua voz estava estranha mas ainda mantinha seu bom humor enquanto falava pra eu ir encontrá-lo no campo de futebol onde treinávamos. Eu cheguei no campo e ele estava sentado no gramado de costas para onde eu estava. Corri sentando-me ao seu lado e lhe sorri como cumprimento.
    Ele já estava acostumado a me ver chorar, era ele quem secava minhas lágrimas sempre que eu as derramava, mas eu nunca havia visto se quer uma lágrima dele até aquele momento. Seus olhos não estavam inchados ou vermelhos, era somente uma lágrima solitária escorrendo livremente por seu rosto. Mas nunca vou esquecer da tristeza em seus olhos e toda a dor que aquela única lágrima carregava.
    - Jinki? - O chamei em tom preocupado.
    Ele sorriu, passou a mão nos meus cabelos, bagunçando os fios como sempre fazia.
    - Hei Tae! - Sua voz assumiu um tom animado, ele secou a lágrima com as costas das mãos mas eu sabia que algo estava muito errado.
    - O quê...?
    - Eu tenho novidades... Notícias sobre meu pai. - Me surpreendi muito, o pai dele estava trabalhando no Japão há um ano e eram raras quaisquer notícias sobre ele. - Ele agora é representante oficial da Coréia na filial japonesa da empresa.
    - Representante oficial? Mas então... Ele vai morar la de vez?
    - Minha mãe tentou convencê-lo do contrário, mas era isso ou demissão. - Eu percebi o quão ele estava hesitante em continuar a falar, mas esperei pacientemente. - Então... Nós vamos nos mudar daqui duas semanas. Meu pai já comprou um apartamento em Tóquio.
    Por alguns segundos eu esqueci de tudo, de onde estávamos, como se tudo a minha volta tivesse desaparecido e o chão tivesse sumido e eu estivesse caindo num infinito escuro e vazio. Então senti seus braços em minha volta e sua voz suave falando baixinho que tudo ficaria bem.
    - Eu não quero que você vá. - Minha voz saiu enrolada pelas lágrimas que eu não sabia quando haviam começado a cair mas caiam... E eram muitas.
    - Eu sei mas... Nós sabíamos que eu não estaria sempre ao seu lado para te proteger.
    - Eu não sabia. Eu nunca me imaginei longe de você.
    E mais uma vez ele me confortou. Aquela tarde eu fiquei deitado com a cabeça no seu colo enquanto ele sorria e fazia piadas pra tentar, em vão, me animar. E às vezes, quando penso nesse dia, sinto um enorme arrependimento, eu sabia que ele estava triste por mais que tentasse fingir que tudo estava bem e mesmo assim eu não lhe abracei e lhe confortei, foi o contrário, eu fui egoísta o suficiente pra deixar que ele me abraçasse e cuidasse de mim.
    Aquelas duas semanas passaram rápidas demais, todos os dias nós íamos ao campo de futebol, eu chorava e ele sorria. Na nossa última tarde ele tirou um envelope do bolso e me entregou.
    - Leia quando chegar em casa.
    - Mas eu não escrevi nada pra você.
    - Deixei meu endereço na carta, você pode me enviar a resposta.
    Agora eu vejo como eu era relapso, eu não o abracei, não lhe enviei uma carta, tudo o que eu fiz foi chorar como uma criança mimada porque não queria que ele fosse embora. Eu me odeio quando penso nisso, me odeio por ter sido egoísta. Mas nunca vou esquecer que ele cuidou de mim até aquela última tarde.
    Cheguei em casa a noite e não pude dormir imaginando que na manhã seguinte meu melhor amigo estaria indo embora. Sentei em minha cama com o envelope nas mãos e não sei porque eu estava tremendo enquanto imaginava o que estava escrito ali. Depois de uma batalha interna que fez com que meu estômago desse muitas e muitas voltas eu consegui abrir a carta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

_______

Espero que gostem. Postarei o próximo capítulo quando a Nikki, a Cah e Ady comentarem nesse ;D
E me deixem Reviews *-* Isso faz uma autora muito feliz ;D