The Flame Of The Games escrita por Miss Rogers


Capítulo 5
Viagem


Notas iniciais do capítulo

Está aí o novo capitulo...



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                O trem sem dúvida possui belos cômodos com uma excelente decoração.  Era tudo tão majestoso e caro que jamais imaginei chegar próximo a lustres de cristal, finíssimas porcelanas e tecidos aveludados e macios. Além é claro da farta opção de refeições que nos recepcionava na mesa do centro. Provavelmente eles pensavam em oferecer aos tributos todo o conforto possível, porque em alguns dias estariam todos mortos.  O trem andava a uma velocidade enorme, mas não sentíamos absolutamente nada. Essa era a única maneira de viajarmos entre os Distritos e a Capital, mas essa possibilidade era totalmente restrita a pessoas importantes e que possuíssem alguma ligação com os Jogos.

                Effie nos leva até onde há poltronas e sofás espelhados pelos cantos e se apresenta como a mulher que cuidaria de toda a organização e horários para os eventos que teríamos. Gale e eu nos mantemos calados o tempo todo, sem trocarmos olhares nenhuma vez sequer. Se ele me evitava eu não encontrava motivos para puxar conversa.  Apenas continuo ouvindo o que Effie tem a dizer enquanto olho pela janela do trem e vislumbro a bela paisagem que surge pelo horizonte.

-Bom, vou chamar o Haymitch para conhecer vocês dois. Tenho certeza que ele irá adorar trabalhar com dois jovens tão bonitos e fortes. – Disse Effie se levantando e nos deixando sozinhos. Haymitch seria nosso mentor durante os Jogos. Era seu trabalho nos dar o máximo de dicas possíveis para nos mantermos vivos na arena e nos instruir de como se comportar na Capital para conseguir patrocinadores.

                Uma dúvida cruel se implantou em minha cabeça. E se os patrocinadores não gostarem de mim e ninguém me apoiar? E se ninguém da Capital gostasse do tributo feminino que o Distrito 12 estava oferecendo esse ano? E se quando eu me apresentasse na entrevista com os tributos fosse humilhada com vaias e ofensas? E se todos estiverem torcendo pela minha morte? E se? Todas as respostas para essas perguntas dependeriam de como eu agiria daqui para frente. Todo o cuidado deveria ser tomado em minhas atitudes a partir de agora.

-Você acha que algum de nós dois ganhará nesse ano? – Me assusto ao ouvir a voz de Gale se dirigindo a mim. Nunca havia a escutado antes, e o tom grave me causou arrepios indesejáveis como era de costume quando ouvia algum som semelhante.

-Se não for eu a vencer espero que seja você, assim o nosso Distrito ganharia. – Falo dando de ombros. – E também não suportaria ver os carreiristas vencendo novamente.

-É tão esquisito que ambos morávamos no mesmo Distrito, mas nunca sequer conversamos. – Diz ele. Agora que ele falara isso, analisei como passei todos esses anos evitando o contato com as pessoas. – Só que agora somos obrigados a conviver um com o outro por um motivo terrível.

-Acho que me isolei demais nos últimos tempos. As pessoas me conheciam melhor quando eu era pequena.

-Eu me lembro de você na escola. – Informa ele franzindo o cenho e olhando para o meu cabelo. – Seria difícil esquecer desses cabelos ruivos.

-É o que todos dizem. – Não era por algo de positivo ou negativo que eu fizesse que as pessoas se lembrariam de mim, mas sim pelos cabelos alaranjados que herdei de minha mãe. – E você é famoso por suas mercadorias ao Prego junto com a sua amiga Katniss Everdeen.

-Sim ela é minha... Amiga. - Ele não parecia certo sobre isso e seu rosto ficou triste por meu comentário que o lembrara dela. Resolvi voltar a observar a janela e me manter calada antes que falasse outra bobagem.

A porta do compartimento deslizou-se e um homem de cabelos loiros medianos, uma barba rala e com sua roupa totalmente amassada entrou. Ele nos olhou por um instante e foi em direção a bandeja de continha uísque, gelo e copos sobre. Serviu-se de uma generosa quantidade de tudo que havia ali e sentou-se no lugar em que Effie estava antes, defronte para nós dois. Esse era Haymitch nosso mentor, mas não parecia estar em condições de ajudar ninguém.

-Então temos aqui os dois jovens azarados da vez. – Diz ele dando um gole do liquido servido em seu copo. Haymitch me lembrava meu pai e isso até me agradou, pois fazia sentir-me em casa.

-Você é quem vai nos ajudar a sobreviver na arena? – Perguntou Gale.

-Está vendo mais alguém por aqui. – Respondeu ele ironicamente enquanto olhava ao redor fingindo estar procurando por outra pessoa.

-A única pessoa que vemos é um homem que parece estar precisando de ajuda de como lidar com a bebida. – Digo irritada por suas gracinhas. – Mas se é ele mesmo, pode começar agora mesmo o treino.

-Acalme-se, Ruivinha. – Fala ele terminando com a bebida que ainda restava no copo. – Tudo terá seu tempo certo.

-Se você não está vendo, estamos indo para a arena competir com outros vinte e dois tributos à chance de continuarmos vivos. – Gale também não estava gostando da situação. – Acho que cada minuto a mais de treinamento que tivermos vai nos dar vantagem.

-Então sugiro que vão para o quarto de vocês e descansem para amanhã estarmos preparados.

-Não estamos cansados. – Retruco. Não sei se Gale está, mas como ele não se opõe ao meu comentário então eu deduzo que concorde comigo.

-Mas eu estou então me deem licença. – Fala ele se levantando e cambaleando até a porta que levaria ao vagão dos quartos. Ficamos sentados ali sem entender o que se passava na cabeça daquele homem e por um bom tempo não dizemos nada um para o outro até que Gale resolve quebrar o gelo.

-Só espero que se eu ganhar esses jogos, não vire um vitorioso viciado em álcool como ele. – Diz seriamente.

-Meu pai é igualzinho ou até mesmo pior que Haymitch, até que sou acostumada a lidar com isso. – Comento enquanto me levanto da poltrona e examino melhor o lugar. Deslizo meus dedos entre o material que são feito os enfeites sobre as mesas e sinto como estão limpos e polidos.

-E como você faz para lidar com seu pai?

-O ignoro, é o melhor remédio. – Respondo e consigo arrancar um riso dos lábios de Gale.

-Eu até concordaria em tentarmos isso com o Haymitch, mas já que ele está encarregado de ser nosso mentor e nos orientar acho que teremos que ouvi-lo, mesmo...

-Mesmo que tudo não passe de um monte de loucuras vindas de um bêbado. – Completo para apenas conseguir um sorriso maior de Gale. Ele poderia para de fazer aquilo, já que estava me deixando constrangida.

-Exatamente. – Ele também se levantou, mas foi na direção oposta a que eu estava. - Vou ver como é meu quarto.  Até daqui a pouco, Ruiva.

Pronto, acabei de ganhar um apelido. Isso era tudo que eu mais queria nesses Jogos.


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Notas finais do capítulo

Sério, eu gostaria muito de receber reviews de quem lê a história. Se por acaso continuar dessa maneira serei obrigada a abandonar e me dedicar inteiramente a minha história sobre Os Vingadores.
Desculpe ser assim, mas não ter reviews desmotiva muito.