The Flame Of The Games escrita por Miss Rogers


Capítulo 4
Despedidas


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooi, tudo bem?
Pessoal, gostaria de pedir o seguinte:
Sei que é super chato ficar falando isso, mas eu realmente fico muito desmotivada quando não recebo nenhum review ou recebo tão poucos. Não estou dizendo que "Se vocês não comentarem eu não posto mais" NÃO, não é nisso que quero chegar, mas de verdade isso me deixa muito triste.
Eu estou amando escrever essa história e gostaria muito de saber de vocês se ela está realmente ficando boa.
Tenho uma história sobre Os Vingadores em que eu poderia estar me dedicando mais, porque tenho muito mais leitoras, só que estou aqui porque gostaria de deixar minha história para vocês.
Bom espero que gostem desse capitulo.



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Eu conhecia aquele garoto da mesma escola que eu. Gale Hawthorne era um rapaz forte e bonito, de olhos claros e cabelos castanhos que chamava a atenção de diversas garotas que babavam por sua beleza. Ele era bastante conhecido por fornecer mercadorias ao Prego, juntamente com sua melhor amiga Katniss Everdeen, ambos caçadores ilegais. Ao contrário de mim ele possui uma família para sustentar e que deixaria a mercê de favores de outros moradores. Sei que sua mãe Hazelle era muito querida por todas e conhecida por lavar a roupas de diversas pessoas, ninguém deixaria ela e seus filhos pequenos morrerem de fome e disso eu tinha certeza.

Gale parecia tão assustado quando eu, mas a ideia de que seu nome fora sorteado em meio a tantos outros não o pareceu impressionar. Subiu calmamente ao palco onde parou ao lado oposto ao meu, me olhando de relance. Não posso negar que Gale me atraía, mas não era o motivo que me fizesse ficar loucamente apaixonada por ele como sei que existem garotas da mesma sala que eu são pelo rapaz. Para mim era tudo tão indiferente e eu sabia muito bem que havia alguma coisa além de amizade e parceria de caças entre ele e Katniss. Isso era em alguns momentos, mais do que óbvio.

-Apertem as mãos, garotos. – Disse Effie Trinket. Meu coração diminuía o ritmo acelerado que havia tomado ao ouvir meu nome ser chamado no microfone segundos atrás. Não que eu estivesse mais segura e tranquila, mas uma hora ou outra eu teria de aceitar a ideia de que não havia mais voltas. Gale estendeu sua mão e eu a apertei com firmeza. Sua pele era áspera, mas ao mesmo tempo macia e seu aperto era forte, porém não tanto, pois pareceu temer me machucar.

                Olhamos uma última vez para as câmeras que nos filmavam de longe, mas eram tão boas que capturavam cada poro de minha pele pálida. Fomos enviados para uma sala que ficava dentro da casa do prefeito, onde os familiares teriam o direito de fazer uma rápida despedida aos seus filhos que seriam entregues a luta pela vida. O cômodo em que eu fiquei era completamente fantástico, desde o lustre iluminado com uma viva cor no alto do teto até a cor das paredes que dava um belo contraste com cada móvel que ali se encontrava e devia custar uma fortuna. Mesmo o prefeito sendo meu padrinho, havia várias salas a quais eu não possuía acesso, e essa de agora era uma delas.

A porta em minhas costas se abriu e meu pai se jogou em meus ombros, se desatando a chorar. Pela primeira vez em anos, meu pai estava me abraçando.

-Prometa que vai vencer, minha filha. – Disse ele afagando meus cabelos e beijando o alto de minha cabeça. Meu rosto estava encostado em seu peito e minhas lágrimas estavam sendo seguradas ao máximo para não saírem, mesmo que aquele momento fosse o mais apropriado para chorar loucamente.

-Sim, pai. – Prometi, mesmo sabendo que isso talvez não ocorra e eu não passe do primeiro dia dentro daquela arena.

-Se não for por mim, faça pela sua mãe. – Aquilo foi o que me fez soltar um barulho estranho de engasgo pela boca e começar a me derramar em lágrimas como não fazia a tanto tempo. Porque tentar ser forte agora e provar a meu próprio pai que eu era durona e levaria tudo isso tranquilamente? Não seria ele quem eu enfrentaria. Meus oponentes se encontrariam fora dessa sala. – Não se esqueça que ela sempre estará te protegendo.

-Obrigado, mas porque está me dizendo isso tudo apenas agora? E todos os momentos em que precisei desse consolo e você não estava lá para me ajudar, e sim jogado na mesa de um bar? – Desabafei já exausta de guardar tudo isso por tanto tempo.

-Me desculpe, por favor. – Ele voltou a me abraçar, só que dessa vez tão forte que senti meus ossos sendo comprimidos. – Se eu conseguisse voltar no tempo e tentar ser um pai melhor para você...

-Seja apenas um homem melhor e isso bastará. – Me separei dele e enxuguei a água dos olhos com a ponta dos dedos. Ele também estava tentando se recompor antes que um Pacificador entrasse na sala e nos visse naquela cena. Uma lembrança me fez ter uma ideia. – Ajude Hazelle, mãe de Gale. Ela ficará sem o filho mais velho e isso fará com que a principal fonte de alimentação deles desapareça.

-Essa é uma boa sugestão. Vou fazer isso, prometo. – Falou ele. Sei que meu pai cumpriria sua palavra, agora eu estava vendo naqueles olhos o meu verdadeiro pai de quando minha mãe ainda estava viva. Um homem vestido de branco abriu a porta bruscamente e ordenou que meu pai saísse, dizendo que seu tempo havia acabado e eu tinha outra visita a minha espera do lado de fora. Quem poderia ser?

                Minha pergunta foi respondida quando vejo Madge entrando no cômodo e me abraçando fortemente após ver que meus olhos estavam vermelhos devido ao choro. Retribuo seu abraço e enterro meu rosto em seus cabelos perfumados.

-Eu não queria que fosse você. – Diz ela tristemente.

-Acredite Madge, eu também não queria. – Dessa vez não tentei impedir as lágrimas de saírem de meus olhos. - Sinto tantas saudades da época em que vivíamos juntas como irmãs.

-Sinto muito por ter me afastado. Foi tudo culpa minha depois daquele incidente...

-Não vamos falar disso agora, por favor. – Peço rapidamente. O episódio a que ela se referia havia acontecido quando éramos mais jovens e atravessamos a cerca do Distrito por pura travessura.

Era um dia de inverno e a tempestade de neve havia dado uma trégua, deixando o chão coberto pelo branco. Estava perfeito para brincar naquele dia e eu e Madge queríamos explorar cada canto possível, e impossível, para tomar conhecimento de como ficava em dias com muita neve. Após percorrermos toda a área do Distrito 12, sugeri a ela que fossemos até a floresta ver o gelo acumulado nas grandes e imensas árvores que havia naquele lugar desconhecido para muitos. Ambas éramos crianças de apenas nove anos de idade e a ideia pareceu ser algo bastante genial, por isso fosso até lá cautelosamente. Sabíamos das consequências caso  alguém nos visse, mas era uma oferta tentadora.

Foi divertido cada momento em que tivemos contato diretamente com a natureza, até que o grupo de Pacificadores avistou parte do corpo de Madge e foram averiguar. Eu sabia que eles estavam vindo e isso poderia nos trazer uma grave punição e minha amiga sofreria juntamente por uma coisa que eu havia sugerido. Não poderia deixar que isso acontecesse. Ordenei que Madge corresse o mais rápido possível para fora da floresta sem que ninguém a visse e fosse até sua casa chamar seu pai, que teria autoridade suficiente para me ajudar.

Quando eles me encontraram eu inventei todas as desculpas possíveis, mas não foram o suficiente para impedir meu castigo. Sete chicotadas em minhas costas despidas e isso graças ao meu padrinho que conseguiu diminuir a pena, mas não retira-la por inteira. Mesmo sobre os cuidados de uma curandeira, ainda tenho as marcas em minhas costas. Essas que ainda são extremamente visíveis sobre minha pele. Nunca me lembro de sentir tanta dor quanto senti nesse dia.

-Eu vou sentir saudades suas. – Digo olhando em seus olhos.

-Você diz isso como se esperasse não vencer esses jogos. Não seja boba, Emma. – Repreende ela, com seu rosto emburrado. – Sei que não será uma tarefa simples, mas também sei que você é tão capaz quanto qualquer outro tributo carreirista que irá competir. É uma garota inteligente o suficiente para entender a estratégia dos oponentes. Sei também que com um pouco de treinamento vai aprender a manusear qualquer arma que quiser. Durante todos esses anos jamais acreditei que o Distrito 12 poderia ter um vencedor, mas vejo que isso acontecera nessa edição. Confio em você.

Abraço seu corpo novamente e sussurro um “Obrigado” antes do mesmo Pacificador entrar pela porta e dizer que o tempo havia encerrado e eu deveria ir ao encontro de Effie, que me levaria até o trem com destino a Capital. Com destino aos Jogos. Com destino... a minha possível morte.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Beijos e bom sabado.



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