Fogo Celestial escrita por Kika


Capítulo 25
Amanhã


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiii pessoas..

Saudades de mim? Eu com certeza estou com muitaaaaaa saudades de vocês.

Então é o seguinte: não tenho boas noticias :( meu note deu PT (perca total) isso significa que as coisas aqui vão continuar como estão por um tempo: e com continuar como estão eu quero dizer, sem data para atualizações e que elas inevitavelmente vão demorar mais para acontecerem. (Talvez não tanto quanto dessa vez, mas não garanto nada)
Sem meu note fica mais difícil para eu escrever e até mesmo para postar.
Mas não se preocupem eu não vou abandonar a fic, de jeito nenhum.. E gostaria muito de pedir a vocês que também não a abandonem.

Bom, quanto ao capítulo de hoje: eu tinha começado a escrever ele no meu note, e ai perdi tudo por isso tive que começar tudo de novo... ai aconteceu que ele não saiu como eu queria, parecia que por mais que eu escrevesse, apagasse e reescrevesse nada mudava, então resolvi deixar assim mesmo. Desculpem se ele estiver meio fraquinho, vou tentar compensar isso no próximo.

Mas no meio de tudo isso, ainda a espaço para pequenas grandes felicidades: Amanda Oliveira eu simplesmente AMEI sua recomendação.. Muito, muito obrigada mesmo. Coisas como essa - sua recomendação - são o que me fazem não desistir quando tudo parece conspirar contra minha fic.
Um grande obrigada, um grande beijo e um grande abraço para você *_*

Sem mais delongas, aqui vai o capítulo..

Boa leitura!



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Todos concordaram que tinham conseguido muita informação para um único dia, e apesar de ainda quererem saber mais, a mente de cada um deles estava cansada tentando entender o que haviam ouvido. Por isso decidiram deixar o restante da história para o dia seguinte.

Alec havia ido para casa com Magnus e claro que Isabelle gostaria da mesma liberdade do irmão, no entanto ela tinha um outro irmão que não estava nada disposto a dar essa liberdade.

­— Se Alec pode, por que eu não posso ficar na casa do meu namorado.

— Eu não estou discutindo Izzy, você quer ficar fique. Eu não vou arrastar você. Mas tenho certeza que Maryse vai, assim que ela souber onde você está e onde pretende ficar. — Jace disse tranquilamente enquanto encaminhava-se para a porta.

Clary quase sorriu, este parecia tanto com o Jace que ela deixou há tempos atrás.

—Ahh, Jace, isso vai ter volta. — E batendo os pés Isabelle passou por Jace e pela porta. Jace ia seguindo-a, mas parou por um instante e então perguntou:

— E você, não vem?

— Não, eu vou ficar. — Clary olhou para Simon e continuou — Se estiver tudo bem para você.

Simon com um olhar seco e voz fria, respondeu:

— Como se houvesse alguma coisa que você não consiga de mim.

— Simon... — Clary começou,mas antes que pudesse dizer alguma coisa, Simon já estava fora da sala, e dentro de seu quarto.

— E você? — Jace perguntou para o outro presente na sala.

— Eu fico. — Disse Ben.

— Claro. Que pergunta.

Jace virou-se e novamente caminhou pela porta, mas antes de sair — novamente — virou-se para Clary.

— Você vai estar aqui amanhã? — Ele perguntou silenciosamente.

— Eu não vou a lugar algum Jace. — Depois de uma pausa ela acrescentou. — Ao menos não sem que você saiba.

— Hum, não me culpe por não acreditar muito nisso.

Jace agora estava fora do apartamento de Simon, mas ainda com a porta aberta, então ele ouviu quando Clary disse.

— Eu não o culpo. Eu sei que te magoei muito, e você tem que acreditar em mim quando eu digo que essa nunca foi a minha intenção.

Sem se virar para encará-la, Jace respondeu.

— Talvez não tenha sido sua intenção, mas você sabia o que aconteceria, e não teve importância para você. Então, você ainda é culpada.

Clary ia responde-lo, mas neste momento ela ouviu a voz de Izzy, vindo do andar de baixo.

— Vamos lá Jace, será que eu terei que arrastar você?! Você nem tem uma namorada ai!

E antes que ela pudesse dizer o que queria Jace virou-se desaparecendo de vez pelo corredor.

***

Depois de deixar a casa de Simon, Jace se encaminhou junto de uma Isabelle irritada, para o instituto, no entanto seus pensamentos continuavam lá.

Em tudo o que tinha ouvido, em tudo que ele finalmente tinha conhecimento, em tudo que ele ainda não sabia — principalmente nisso, no que ele ainda não sabia.

Jace sabia que ainda havia muita história que Clary não tinha contado — e ele se perguntava se ela realmente contaria tudo — e de jeito nenhum ele teria concordado em deixar para amanhã saber sobre essa história se ele não tivesse notado o quanto ela — Clary — parecia exausta.

Talvez, pensando bem, a principal coisa do qual os pensamentos de Jace não conseguiam fugir é na verdade, do que ele viu.

Durante todo o tempo em que Clary e Ben contavam sua história, Jace reprimiu esses pensamentos, essa lembrança, mas agora a imagem se negava a sair nem que seja por um único segundo de sua mente.

Clary nos braços — e nos lábios — e em toda parte de Benjamin. Ele tinha sentido o clima diferente entre os dois, porém imaginar e ver de fato, eram coisas muito diferentes.

Jace achava que depois de tudo o que Clary havia feito, ele não podia se importar muito com isso, mas ele se importava como ele se importava.

No momento em que ele abriu a porta daquele quarto e viu o “beijo” tudo o que ele queria era atirar Benjamin pela janela e rezar ao Anjo para que ele ainda tivesse um osso inteiro depois disso, para que ele próprio pudesse os quebrar — com as próprias mãos — mas logo em seguida seus pensamentos mudaram, eles foram direcionados a Clary.

Jace queria de alguma maneira machucá-la — não fisicamente como o garoto — mas ele queria machucá-la, queria que ela sofresse como ela o fez sofrer. E já estava pensando em uma maneira de fazer isso, quando outro pensamento lhe ocorreu: se ele fizesse qualquer uma das duas coisas ela saberia que ainda controlava completamente os sentimentos dele. E Jace não podia deixar que ela soubesse disso, de maneira nenhuma.

Por isso ele decidiu pela alternativa mais sensata; ser ele mesmo, ou como ele seria se tivesse encontrado qualquer outro casal dando uns amassos.

Ele foi irônico.

Mas agora aquela imagem cravada em seu cérebro escarnecia dele, esfregando em sua consciência que ele jamais, por mais que tentasse, seria indiferente a Clary.

— Ei, onde é que você está? Ouviu alguma coisa do que eu te disse? — Isabelle interrompeu seus devaneios com seu tom de voz ultra zangado.

— Não Izzy, não ouvi nada do que você disse. Desliguei minha audição a uns quatro quarteirões atrás.

— Pois você deveria me ouvir.

— E por quê? Eu não quero saber dos seus motivos de querer ficar com seu namorado sanguessuga. — Jace respondeu, dando a entender que estava completamente desinteressado.

— Eu na verdade estava falando dos motivos de Ben ficar com Clary. Viu como você devia me ouvir.

— E por que diabos eu ia querer saber sobre isso. — Jace saiu andando irritado com as palavras de Isabelle. Ele realmente não queria ouvir de sua irmã o quanto o garoto de Londres é “gostosão”.

Mas Isabelle parecia determinada em ter sua atenção.

— Ok, Jace. Você pode me dizer o que está acontecendo. E nem comece. — Isabelle o interrompeu antes mesmo que ele começasse, e foi assim que Jace soube que seria difícil escapar dessa.

Às vezes Isabelle era horrível em entender que as pessoas precisam de espaço para seus próprios sentimentos, mas às vezes ela estendia muito bem que esse espaço era estritamente necessário. Por isso ele achava que ela tinha um censo de oportunidade muito bom, e que ela só se metia na vida das pessoas de maneira inconveniente, realmente só porque gostava de fazer isso.

Por outro lado, quando Izzy queria saber alguma coisa, ela simplesmente conseguia o que queria. Ele podia só desaparecer e fugir das perguntas dela. Mas depois de irritá-la mais cedo, talvez não fosse boa idéia irritá-la ainda mais agora. E também... Bom, talvez ele quisesse falar com alguém. Alec seria uma opção melhor pra ele, mas afinal de contas o que Alec sabia sobre garotas?!

— E então Jace?

Jace suspirou.

— O que você quer saber Isabelle?

— O que aconteceu com você e Clary está tarde? Ou melhor, o que está acontecendo com vocês dois?

— Não tem nada acontecendo com nós dois, você sabe disso.

— Eu não sei não. Você mal disfarça seu ciúme do inglês gostosão, e fica todo sem jeito perto dela, sem saber para onde ir ou o que fazer. E isso é realmente perturbador em você Jace. Então?

Jace tremeu ao ouvir “inglês gostosão” sair da boca de Isabelle e suspirou ao saber que tinha os sentimentos tão espostos, ele não imaginava isso. Ele que sempre foi tão bom em fazer cara de paisagem, ele achava que ainda era bom nisso.

— Não sei de onde você tira essas coisas.

— Eu disse pra você nem começar Jace. — Isabelle fez uma parada brusca, ficando bem de frente para ele. — Desembucha.

Eles estavam agora a apenas uma quadra do instituto, se ele apenas pudesse segurar a curiosidade indomável de Izzy por mais alguns metros ele poderia se refugiar em algum canto do instituto e deixar essa conversa para lá. No entanto a curiosidade indomável de Isabelle não ia dar uma trégua.

Ela ainda o olhava de baixo para cima, mas toda imponente, como se não fosse deixar que ele desse mais um passo sequer até responder suas perguntas.

— Você viu o que ela fez com Simon? Eu não sei mais se vale a pena Izzy.

— Como assim você não sabe se vale a pena? Você vai desistir dela? — Izzy parecia estupefata com as palavras de Jace. — O que ela fez com Simon foi terrível sim, e eu ainda vou me entender com ela por causa disso, mas isso não explica você desistir dela, não depois de tudo.

— Justamente depois de tudo Isabelle — Jace estava agora exasperado, virou-se e deu alguns passos sem direção ao meio da rua. — Foi ela quem desistiu de mim, ela foi embora, ela nem se importou, ela está com esse Benjamin e não se importa com o que eu sinto então o que você acha que eu devo fazer.

— Eu não acho que ela esteja com o Ben, os dois tem alguma coisa eu admito, da pra perceber isso, mas também não acho que estejam juntos, eu teria...

— Eu os vi Isabelle — Jace gritou, deixando uma Isabelle muito assustada. — Você perguntou o que aconteceu está tarde, foi isso, eu os vi no maior amasso no quarto de Simon. — Jace jogou as palavras com o maior desprezo e nojo que podia.

Porque era isso o que ele sentia, desprezo por si mesmo, por seus próprios sentimentos, por ainda se importar tanto com uma pessoa que saiu de sua vida de vontade própria e nojo, nojo de si mesmo, por de alguma maneira não merecer o amor que um dia ele teve e agora está nos braços de outro.

Izzy se aproximou, colocou a mão no braço de Jace e ainda muito surpresa com o que ele havia dito, mas sem poder negar nada, afinal Jace jamais inventaria algo assim somente para se livrar das perguntas dela.

— Sinto muito Jace.

Retirando seu braço da mão de Isabelle ele falou bruscamente:

— Não tenha pena de mim Isabelle.

Isabelle por sua vez, tomou isso como um insulto a si.

— Eu não tenho pena de você. Eu tenho pena é dessa sua babaquisse que vai estragar tudo. — Com isso Isabelle saiu batendo os pés em direção ao instituto.

— O que? — Jace estava atordoado com o que ouviu. — Você está brava comigo? Depois do que eu te disse que ELA fez, e você está brava comigo? O que eu fiz? — E esse Jace atordoado caminhou atrás de sua irmã, que no momento ele entendia menos do que nunca e murmurava com sigo mesmo: — Eu devia mesmo era falar com Alec, ele pode não entender nada de garotas, mas me entende, tenho certeza.

***

Na casa de Simon a tensão entre Simon e Clary não melhorou durante as primeiras horas depois que os outros foram embora.

No entanto quando chegou à hora de dormir e Simon ofereceu a sua cama a Clary que recusou dizendo que não precisaria da cama, ele quis saber por quê.

— Eu não vou dormir.

— E por que não? Pelo o que eu entendi do estrangeiro ali — Disse Simon, indicando com a cabeça para Ben. — você precisa de umas boas horas de sono.

Como Clary não respondeu, Simon começou a ficar impaciente e antes que uma confusão começasse Ben interveio.

— Ela não pode dormir por causa de Sebastian, Simon.

— Mas você disse que levaria algum tempo para ele ser capaz de entrar nos sonhos dela novamente.

— É eu disse. Mas estava enganado. — Benjamin respondeu de mau gosto.

Simon ainda estava em duvida sobre o assunto, não entendia como ele poderia ter se enganado, mas então uma idéia surgiu em sua cabeça.

— Hoje à tarde... Enquanto você dormia... — Simon começou a elaborar, mas agora quem se sentia impaciente era Ben, portanto ele terminou.

— Sebastian apareceu novamente. Eu não sei como ele foi capaz de fazer isso, não deveria. Mas a essa altura já não importa. A questão é que se Clary dormir ele vai aparecer, e só o Anjo sabe o que ele pode fazer.

Neste momento a apreensão de Simon por Clary diminuiu e na verdade ele começou a sentir empatia. As coisas pelas quais ela tem passado não justificavam de maneira alguma ela passar por cima e magoar seus amigos, no entanto não eram coisas nem um pouco fáceis de suportar, dava para entender ela estar um pouco fora de si.

— Eu não acho que ele vá aparecer novamente tão cedo.

— O que? — Benjamin perguntou muito espantado.

— Eu não acho que ele vá voltar agora. Ele quer que eu vá até ele. Que eu o entenda e me junte a ele e vai me dar tempo para isso.

— Eu não acho que você está certa Clary.

— E quando é que você acha Ben?! — Clary perguntou com uma cara um tanto de divertimento.

— Quase nunca.

— Eu tenho que discordar de você cara. — Simon entrou na conversa. — Por experiência própria, você pode até discordar dela, mas no fim ela vai sempre estar certa. Essa é a coisa com Clary.

Clary sorriu com a maneira como Simon disse isso, não como se isso fosse ruim, mas sim como se essa fosse uma coisa realmente boa nela.

— Você tem muito que aprender com Simon, Ben. Eu vou tomar um banho.

Com isso Clary se encaminhou pra o banheiro e os dois garotos ficaram na sala cada um com um sorriso bobo no rosto.

— Ela pode fazer besteira, mas quem é que não faz!? Mas nunca vai deixar de ser a Clary.

— Eu não sei se a gente conheceu a mesma pessoa, no entanto quanto mais eu a conheço, mais eu tenho certeza de que minha primeira impressão sobre ela estava certa: ela é maluca, mas é uma maluca que sabe o que faz. Até quando faz sem saber.

Ben achou que as palavras saíram um pouco confusas, mas Simon concordou com a cabeça e Ben soube que qualquer um que conhecesse Clary entenderia.


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Notas finais do capítulo

Eai, não deixem de me dizer o que acharam!!

Bjoss ^^



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