All Star escrita por Anna Hiddleston


Capítulo 4
Posso te chamar de tio?


Notas iniciais do capítulo

Muitas pessoas protestaram contra o término de All Star.
Eu decidi que tentarei fazer a fanfic até o capítulo 8.
Mas a fanfic está quase na reta final, nem sei se vai durar tudo isso de capítulo por que eu sinto que estou enrolando.
Bem, boa leitura.
E desculpem-me qualquer erro.
Não esqueçam de comentar e recomendar.
AH! E obrigada pelos lindos comentários que vocês me mandaram, ainda não tive a chance de responder todos :3



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Eu não fiquei desmaiada por muito tempo, só por uns cinco minutos, talvez... Só sei que quando acordei haviam vários fios ligados á mim, e eu estava em uma espécie de sala de experiências.

A primeira coisa que gritei foi...

–MEU RIM! - Cutuquei aonde meu rim supostamente estaria esperando sentir algum tipo de dor, não senti nada, e me sentei, esperando abrir os pontos. - POR FAVOR, ELE TEM QUE ESTAR AQUI!

Comecei a respirar rápido, quando um braço forte me forçou á deitar na cama de novo.

–EU SEI QUE VOCÊS QUEREM RETIRAR TODOS OS MEUS ÓRGÃOS PARA VENDER, MAS POR FAVOR, COMO UM ÚLTIMO PEDIDO ANTES DA MINHA MORTE, ME DEIXEM USAR O FACEBOOK PELA ÚLTIMA VEZ, VOCÊS NÃO SABEM COMO É FICAR SEM USAR...

–Blárg garota, para de gritar! - A ruiva prensou as mãos nos ouvidos.

–Ah meu deus, ah meu deus, ah meu deus, ah meu deus... - Comecei meu mantra, escondendo o rosto nas mãos.

–Thor, solte-a, você está a assustando. - Uma voz conhecida pediu para alguém. Provavelmente para o brutamontes que estava me prensando naquela bancada de... Aço? Ferro?

Ah, sei lá, só sei que tudo isso é prateado e brilha.

O brutamontes me soltou e eu suspirei mais aliviada.

–O que aconteceu por aqui? - Alguém com uma voz grossa e superior perguntou.

–Idem! - Exclamei me levantando e soltando alguns fios que tinham uma ventosa grudada em mim. - E olha só, eu não sou vidro, nem espelho para vocês ficarem colando coisa em mim com ventosa não, tá? Só quem faz isso é criancinha de primário... e eu quando estou na casa da minha tia... Mas isso não está em questão! - Briguei cruzando os braços tentando assumir uma pose superior tipo a daquele Carlinhos Brown do tapa olho que estava também de braços cruzados na soleira da porta fazendo uma cara não muito boa.

É claro que, perdi a compostura assim que vi que eu era a mais baixinha da sala.

Ó santa mãe, por que me fizestes tão baixa? Um Hobbit seria considerado mais alto que eu.

–A Lolla acordou gritando, ela levou... Uma pequena espetada sem querer... - Stark (O cara do cavanhaque), escondeu algo parecido com uma pequena chave de fendas no bolso de sua calça.

Semicerrei os olhos para ele, iria ter troco.

–Ah sim, a escandalosa que leva o mesmo nome do carro do Agente Coulson. - O Carlinhos Brown do tapa olho me olhou com tédio e acenou com a cabeça. - É um prazer conhecer você, Lolla.

–Igualmente, Carlinhos Brown.– Dei um passo para trás e o olhei suspeita, ele tinha cara de ser mau.

Suas narinas inflaram e ele balançou a cabeça, negando algo (ou, simplesmente espantando os zonzóbulos que talvez estariam embaralhando sua mente).

–Esqueci meu óculos, talvez eles estejam por toda parte, te entendo. - Sorri para ele.

–Perdão?! - Ele arqueou uma sobrancelha para mim e fez a mesma cara de tédio novamente.

Zonzóbulos! Eles estão por toda parte! - Olhei em volta, e todos acompanharam meu olhar, e enfim, olharam para mim como se eu fosse louca.

–Agente Philip Coulson, por que exatamente você trouxe uma mulher com claros problemas mentais a bordo de nosso avião? - O Carlinhos Brown perguntou para o carequinha que aparentemente levou o mesmo triste destino da Agente Maria Hill... Devia ser um nome muito comum esse tal de 'Agente'.

Coitado, seus pais deveriam odiar-lhe muito... Ou talvez não, por ser um nome tão popular por aqui, deveria ter algum significado realmente importante.

–Eu não a trouxe, ela que veio até nós. Na verdade, ela foi até Rogers aquele dia. Ela estava parecendo... hipnotizada, mas no dia seguinte que acordou, ela estava bem. Mesmo depois do enorme tombo de escada que levou, batendo com a cabeça com força. - O pobre coitado, Agente Phil, explicou.

–Mas de quem vocês estão falando? - Franzi as sobrancelhas.

–De você! - Todos responderam ao mesmo tempo.

–Ah, tá... Mas eu não me lembro disso eu só me lembro que vocês me disseram que eram super-heróis de verdade, aí um cara de cortina entrou e... AH. - Soltei um grito quando olhei para o lado e o cara de cortina estava lá.

Tão grande e alto, como eu não havia reparado?

–Meu deus, você é algum tipo de muralha viva? - Perguntei tocando seu abdômen, tentando o empurrar.

–Não, sou Thor, o deus do Trovão, de Asgard. - Ele respondeu com uma voz grossa.

–Deus, aham. - Zoei. - Ah, nossa, sabe que susto que vocês me deram quando disseram que eram super-heróis? Claro que sabem, eu até desmaiei quando o... Muralha aqui, surgiu.

–Lolla, nós não estávamos brincando, amor. - O carinha que havia pedido para o Muralha ambulante me soltar se virou para mim de braços abertos.

–Epâ, epâ... Que intimidade toda é essa para cima de mim?! - Recuei mais um pouco, batendo minhas costas na tal bancada. Coloquei as mãos para cima.

–Argh,...- Ele revirou os olhos e se recostou na parede. - Quando é que vocês vão restaurar a memória dela?

–Temos que descobrir o que pode ter causado a perda de memória, para podermos trazer de volta. - E novamente, eles falavam como se eu nem tivesse aqui.

Olhei em volta, e enquanto eles conversavam, comecei a mexer em uns trecos.

Peguei uma daquelas transparentes que estavam penduradas e comecei a mexer.

Eu fiz alguma coisa, que entrou em um documento chamado 'Plano de Arma", e algo chamado 'Secção 3', e apareceu um cubo azul, e depois, umas armas com umas coisinhas azuis em cima.

"Armamento a partir do Tesseract"

Senti vários olhares sobre mim, quando o aparelho começou a apitar, e em todas as telinhas apareceram um pouco do que eu estava vendo.

– O que é isso?! - O doutor Banner se aproximou de uma das telas e então olhou para o Carlinhos Brown do tapa olho com raiva.

–O nome é Tessestract.. Tessepact... Tesse... Ah, sei lá.

Todos então olharam para a telinha, e depois para mim. Quase 'caíram em cima' do Carlinhos Brown.

–O que houve? Hey, seus energúmenos, me deixem ver! Sou baixinha! - Pulei tentando ver as outras coisas que apareciam na telinha enquanto eles futucavam umas coisas lá e pressionavam o Carlinhos Brown na parede, e ficavam mostrando coisas para ele.

Acabei por desistir, e ficar do lado do carinha de chifres, que não estava mais de chifres.

Ele foi um incrível gentlemen e me deu espaço para ver.

Do mesmo jeito, eu não entendia porcaria nenhuma, só abria um bando de guia lá, e estava escrito um bando de coisa, eu não tinha paciência para ler.

O cara de chifres que não estava mais de chifres tocou meu cotovelo delicadamente, me virei para ele, e arqueei a sobrancelha.

–O quê?

–Você realmente não lembra de mim?- Seu rosto estava triste.

–Eu não lembro de você, mas te conheço. - Vi seu rosto ficar confuso, e eu sorri. - Quando nós sonhamos, nunca sonhamos com pessoas que nunca vimos, sempre sonhamos com um rosto que já vimos na rua, ou já observamos em uma lanchonete, e até mesmo em uma fotografia... É a mesma coisa com você. É aquele sentimento de 'eu já te vi antes', e não é um deja vú, prometo. Mas com você... De alguma forma, é bem mais intenso, é como se eu te conhecesse, mas... Sei lá, como se você fosse um daqueles amigos de escola que você já não vê há uns dez anos...

Ele deu um sorriso fraco e assentiu.

–Você realmente precisa dormir, uh? - Eu ri e soquei seu braço de leve.

Ele riu levemente, e assentiu.

Pude sentir que o clima não era para piadas e respostas sarcásticas. Era o momento d'eu fechar a boca.

Alguns momentos depois, quando ele percebeu que eu estava um pouco inquieta, ele disse algo.

–Podemos nos conhecer novamente, sabe?

–Boa ideia. - Sorri e estendi-lhe minha mão. - Meu nome é Lolla Bianca, mas pode me chamar de Lolla.

–Meu nome é Loki Laufeyson, mas pode me chamar de Loki. - Ele sorriu, um sorriso daqueles grandes e cheios de dentes que as pessoas só dão quando está muito feliz mesmo, e apertou a minha mão.

Alguma coisa caiu e fez um estardalhaço que ecoou pela sala toda, me virei para o grupinho que estava vendo os negócios dos armamentos, e vi que eles também nos observavam, e o tal de Thor (o cara de cortina vermelha) estava dando um sorriso.

–Maravilhoso irmão, fazendo amigos. - Ele disse com a voz grossa e brincalhona.

Loki deu uma risadinha sem graça, e revirou os olhos, bufando.

– Por que isso? - Cruzei os braços para ele.

– Isso o que? - Ele perguntou sem olhar para mim.

–Essa ironia toda para cima do "Thor" - Fiz aspas no ar, e o encarei descruzando os braços.

– Ele é... Meu irmão adotivo. - Loki franziu o nariz, e eu arqueei uma sobrancelha.

–E...?

–"E..." o que?! - Ele revirou os olhos.

– Para de revirar os olhos e bufar pra mim, não tenho nada á ver com isso! - Fiz bico e cruzei os braços novamente.

Ai caraleo, mas como ele é chato!

–Desculpe. - Ele abaixou os olhos por alguns minutos e eu assenti, aceitando suas desculpas.

–Então Lolla, você ainda não quer meu autógrafo? - Perguntou o tal de Stark vendo a tenção entre nós.

– Eu ainda não acredito que sejam super-heróis...

–Mas...

–Provem-me que são mesmo os super-heróis dos quadrinhos! -Desafiei.

–Não destruam a sala! - O Carlinhos Brown de tapa olho ordenou, quase rosnando.

Quase todo mundo olhou pra ele como quem diz: "Você não tem moral mermão!"

–Como podemos provar para você o que realmente somos Lolla? - O Banner perguntou com aquele tom de 'titio quer saber o que você quer de presente de Natal'.

O mau-humor de chifres, Loki, se sentou em uma cadeira de plástico e ficou nos observando com um ar de riso.

– Posso te chamar de tio? - Sorri timidamente para Banner, ele realmente me lembrava o meu tio Fábio.


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Notas finais do capítulo

Pra quem viu Harry Potter, Zonzóbulos são aqueles bichinho que embaralham a mente que a Luna vê com os óculos.
Pra quem quer saber mais sobre eles e etc, vou dar uma dica:
Google.
O capítulo foi meio parado, mas espero que vocês tenham conseguido rir com ele.
Um beijo grande!
A H.