Baby you're all that I want

When you're lying here in my arms

I'm finding it hard to believe

We're in heaven

And love is all that I need

And I found it there in your heart

Isn't too hard to see?

We're in heaven

Meu bem, você é tudo o que eu quero

Quando você está aqui deitada em meus braços

Eu acho isso difícil de acreditar,

Estamos no paraíso

E o amor é tudo o que eu preciso

E eu o achei aqui em seu coração

Não é tão difícil enxergar,

Estamos no paraíso

Os dias passavam como anos. E no finam de todos eles eu via ela ali dormindo profundamente nem sinal de que iria acordar.

Num fim desses dias me permitiram entrar e conversar com ela, eu sabia que ela tinha rido das minhas piadas em algum lugar, só ela ria delas.

Eu cantei uma canção pra ela e parece que finalmente algo estava acontecendo eu senti que ela apertou minha mão e daí pra frente foi o melhor que poderia ter acontecido. Ela despertou lentamente, mas não sorriu quando me encarou. Soltou minha mão abruptamente e fingiu que eu não estava ali.

Depois disso veio o pior que poderia ter acontecido.

- Como assim ela não se lembra de nada? – Flack inquiriu incrédulo. Não podia conceber o que o médico proferia.

- Isso é um estado de memória temporário! Como eu já disse e constatamos que ela bateu a cabeça ao cair depois de ser alvejada, então isso contribuiu com esse estado. Ela se lembra dos pais por que passaram a vida inteira come ela. Jessica pode lembrar-se de você daqui a uma semana. Ou um ano. Nunca sabermos. Sinto muito. – o médico disse e deixou Flack parado de pé no corredor.

Sua cabeça explodia pra todo o lado. Nunca pensou que sua Jess esqueceria dele. E nem poderia aceitar aquela fase.

Estava no lab quando Danny entrou bufando na sala de reuniões.

- O que foi dessa vez Messer?

- Você acredita que um tal de Joe, chamou minha namorada pra sair? Mas se Montana acha que vou deixar barato ela está muito... – o que foi Flack, como a Jess está?

- Ela não se lembra...

- Do que aconteceu, é normal, ela deve ter batido a cabeça quando caiu.

- Não Danny. Ela não se lembra de mim. Ela não lembra quem eu sou nem o que significo! – Flack disse e passou as mãos pelos cabelos.

- Bom dia. – Mac entrou na sala, mal humorado.

- Brigou com a Stell? – indagou Danny.

- É. – Big Mac disse olhando pra Danny que também não tinha das melhores caras. – você também com a Lins, pelo visto.

- Pois é.

- Vocês dois deveriam parar com essa bobagem! Se elas fosse a Jess e não se lembrassem de vocês seria muito pior! Pelo menos vocês têm alguém com quem se desentender! – Don exclamou chamando a atenção dos dois. – mas, eu ao vou ficar aqui sem fazer nada! Eu vou reconquistar o que me pertence! Com licença. – e saiu porta a fora.

Dinald Flack estava decidido a reconquistar Jessica. E nada nem ninguém o faria desistir. Se ela o amou uma vez o amaria novamente certo? Os sentimentos dela não haviam mudado. Só estavam esquecidos, e ele a faria lembrar-se de tudo.

...

Jess estava em seu apartamento. Meu Deus por que ela não se lembrava de nada?

A única coisa que se lembrava era de sua festa de 16 anos depois tudo era um monte de borrões. Lembrou-se da sua formação na academia de polícia, mas não se lembrou de seu trabalho nem nada mais.

Sua mãe estava na cozinha preparando um café, que ela dissera que era viciada, mas não gostava de café! Pelo menos até seus 16 anos não.

Caminhou até seu quarto, que não lhe era familiar em nenhum jeito que olhasse. Olhou no criado mudo e viu várias fotos dela com um homem. O mesmo do Hospital que apertou a mão dela. Ela sorriu ao olhar pra ele. Tinha olhos azuis tão lindos. Mas ela não se lembrava de ter os encarado por mais de dois segundos.

- Jess! Tem uma visita. – a mãe dela foi até o quarto e logo saiu deixando se revelar o homem das fotos na porta do quarto.

- Olá! – ele disse e ela sorriu. Os olhos eram tão bonitos nas fotos, mas ao vivo eram melhores ainda. Era como encarar o oceano.

- Hey. – ela se levantou e o encarou um pouco travada.

- Sou Donald Flack. Lembra de mim?

Ela negou com a cabeça. Ele suspirou e lhe entregou um buquê que trazia consigo. Eram rosas místicas. Conhecidas por suas cores exóticas. Azuis como o mar, laranjas que lembravam o pôr do Sol. Rosas que davam suavidade. Branco que trazia paz e não poderia esquecer-se da vermelha. Clássica, mas nunca saia de moda.

- Você me conhece há quanto tempo? – ela aceitou o buquê e foi até a janela do quarto. Ele a seguiu.

- Nos conhecemos há dois anos.

- E por que ao me lembro de você? – ela indagou confusa.

- Eu me faço a mesma pergunta. Acredite. Queria tanto abraçar você agora.

- Não nos conhecemos direito, mas você pode fazer isso. – ela disse e ele a surpreendeu com um abraço bem apertado. Como pra ela não fugir. Ele a levantou no ar. Ela sempre gostou de quando ele fazia isso.

- Queria tanto me lembrar de você Flack. – ela falou com pouco chorosa quando ele a soltou.

Ele podia falar qualquer coisa, mas ela ainda sim acharia estranho, afinal era como uma lacuna na memória.

- Um dia você vai lembrar, mas até lá vou te esperar Jess, pode ter certeza disso. – ele disse e beijou sua testa fraternalmente. Logo saindo do quarto e deixando a morena mais confusa ainda.