Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Gnt enfim mais um capitulo postado!
Mais uma vez agradecemos o carinho de todas com esses comentários maravilhosos... ainda não respondemos a todas mais não deixaremos sem resposta.

PS: Vivinha nossa amiga querida... queremos pedir desculpas mais o encontro terá de ser adiando um pouco mais, mas por favor não se aflija! ;)

Esperamos que vcs gostem!

bjsss



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Por Laura

                Releio a carta uma segunda vez mais a duvida se devo ou não envia-la ainda rodeia os meus pensamentos... olho mais uma vez para a porta esperando vê-la se abrir acusando a chegada da minha amiga mais em vão, ando de um lado para o outro na sala tentando por ordem em meus pensamentos quando vejo a porta se abrir seguida pela entrada da Isabel.

- Nossa Isabel achei que não iria voltar para almoçar comigo hoje.

- Nem me lembre amiga e foi por pouco viu? Imagina que já estava de saída quando tive que retroceder para aplacar mais uma briga entre a Neusinha e a Diva, aquelas duas vão me levar a loucura qualquer dia desses... acredita que... ai amiga desculpe, vejo que estas aflita e eu aqui falando sem parar... imagino que você queira me contar algo.

- Ai Isabel desculpe o meu egoísmo, eu sei que você esta cheia de preocupações... tem os seus problemas com o Zé, com o Elias e ainda esse pessoal do teatro que não lhe dá sossego...

- Mas você precisa desabafar...

- Eu preciso Isabel, sinto que se não por isso para fora irei sucumbir...

- Então fala minha amiga, o que a esta incomodando tanto?

- O Ferreira respondeu a minha carta.

- E então?

- Aqui, leia e tire suas próprias conclusões.

                Eu pego a carta dele e entrego a ela que de imediato inicia a leitura sobre o meu olhar atento, ela franze o cenho no meio da leitura, lança um olhar para mim e sem dizer nada volta a sua atenção para a leitura.

- Nossa Laura agora entendo o porque de seu estado, esse homem realmente sabe como usar as palavras, todo cheio de mistério... Laura você acha que ele interpretou a sua carta como um incentivo para uma investida dele no âmbito pessoal?

- Esse é exatamente o meu receio Isabel, por isso em minha próxima carta deixarei claro que o meu interesse é puramente jornalístico.

- Então você pretende continuar com as cartas?

- Sim, inclusive já escrevi a resposta a carta dele, só não fui deixar não enviei ainda porque queria conversar com você e saber o que você achava disso tudo.

- Laura você tem certeza de que não esta se deixando envolver por esse homem?

- É claro que não Isabel, você sabe que eu amo o Edgar e isso não vai mudar nunca... mais confesso que se eu pudesse mandar em meu coração, eu me deixaria envolver por ele sim, afinal ele me compreendeu de uma forma como ninguém mais o fez, nem mesmo Edgar... e afinal ele esta seguindo a vida dele com a tal Heloisa não esta? O mais justo seria eu seguir com a minha também.

- Você não tem certeza se realmente ele esta com a Heloisa.

- E você ainda tem alguma duvida a respeito disso Isabel? Se até para um almoço na casa que um dia foi minha ele a convidou.

- Laura eu sinto muito amiga, você tem certeza disso?

- Tenho Isabel, infelizmente eu tenho, por isso não acharia de todo o mal se me apaixonasse pelo Antônio Ferreira, mais sei que por mais que eu tente eu nunca vou conseguir arrancar o Edgar do meu coração... o amor que eu sinto por ele eu jamais poderei sentir por outro homem.

...

Por Edgar

Vivo a minha vida nos últimos dias em função do Antônio Ferreira , de Laura e suas cartas. Às vezes caminho de um lado para o outro e penso se vou ou não aos correios novamente conferir a caixa postal dele.

Passo novamente no correio para verificar a correspondência e penso que vou ter um infarto é a terceira carta de Laura.

Corro para casa tomando apenas cuidado para não matar ninguém atropelado, o que fico sabendo mais tarde foi presenciado pelo Jonas.

Entro em casa, vou direto ao escritório, encontrando no caminho Lurdes e eu dispenso qualquer tipo de alimento.

Antes de abrir a carta lembro que de certa forma minha atitude de não querer que Laura trabalhasse fora e pelo contrario fosse minha secretaria, fora condenada pelo jornalista tendo confirmação em suas pesquisas e elogiada por Laura, afasto esse pensamento, tem algo que me aflige mais no momento e não aguento esperar mais um minuto para saciar a minha curiosidade.

Ao abrir a carta vejo o primeiro parágrafo e paro. Como assim fez admirar mais o meu trabalho? Como ela pode dizer isso para um estranho?

No segundo parágrafo ela diz que quer aprofundar a pesquisa. Será que é só a pesquisa? Acho que irei enlouquecer... 

No terceiro abro um sorriso largo, que termina quando leio o PS. Laura vai insistir nessa correspondência e eu sinceramente não sei o que pode acontecer.

E no final fala de mim como se eu não tivesse mais importância. O Guerra tem razão eu posso não gostar do resultado dessa atitude de escrever cartas.


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