Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Boa taaaaarde!
sei que muitas já devem ter desistido desta fic, mas um milagre deve ter acontecido, ou talvez seja só a saudades apertando não dá para desapegar desse casal... e por falar nele tem campanha para pedir nova parceria entre TF e ME... estão tentando deixar um dos videos de LAL no top 10 dos mais assistidos da rede globo, então quem quiser ajudar é só acessar o link
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Por laura

Não consigo descrever o que senti quando o Edgar abriu a porta da nossa casa e deu passagem para que a Melissa e eu entrássemos, os dias na fazenda foram perfeitos em muitos sentidos, mas adentrar de novo em minha casa me trouxe uma alegria nova, não sabia que estava com tanta saudade até colocar os meus pés aqui dentro. Até o Antônio parecia estar feliz com o retorno, pois assim que entramos ele despertou do seu sono e abriu logo o berreiro que chamou a atenção da Lurdes para a nossa chegada. Decidimos fazer a viagem de retorno sem avisarmos ninguém e a pegamos de surpresa.

– Seu Edgar, dona Laura eu não imaginava que estariam de volta hoje... porque não me avisaram eu teria preparado algo gostoso para vos receber.

– A ideia era fazer surpresa mesmo Lurdes, mas não se preocupe se estiver muito em cima da hora para preparar o jantar nós vamos para Colonial.

– De maneira nenhuma, podem ficar despreocupados que eu vou providenciar tudo com o maior capricho, eu nem acredito que vocês estão de volta... essa casa fica tão silenciosa sem vocês.

– Tem certeza que esta em tempo Lurdes?

– Tenho sim dona Laura, além do que estou com uma visita lá na cozinha que vai adorar me dar uma ajudinha.

– Visita?

Eu troco um olhar com o Edgar, mas antes que qualquer um de nós tenha tempo de verbalizar a nossa pergunta a Matilde aparece no nosso campo de visão.

– Desculpem a intromissão, mas se os senhores permitirem eu gostaria sim de ajudar a Lurdes a preparar o jantar e assim matar a saudades do tempo em que trabalhava aqui.

– Isso sim é que é recepção, eu não faço objeção alguma Matilde, alias se quiser deixar a casa da Isabel e voltar a trabalhar conosco as portas estão abertas.

– Edgar!

– O que foi?

Ele faz aquela carinha de inocência e eu por pouco me esqueço o motivo da reprimenda.

– Como o que? Você acaba de incitar a Matilde a abandonar a minha amiga.

– Não me olhe assim, se vocês não estivessem a roubado de mim ela inda estaria trabalhando aqui.

– Edgar!

Dessa vez é quase impossível manter a pose séria, ele percebendo isso aproveita da situação para fazer graça.

– Ela fica se fazendo de difícil Matilde, mas vive falando do seu assado.

– Isso não é desculpas para tentar rouba-la da minha amiga.

Ele dá de ombros como se não tivesse dito nada demais e eu dou risada tanto do jeito menino dele como do constrangimento da Matilde.

– Eu vou pegar as malas no carro.

– E eu vou banhar as crianças.

Espero ele se retirar e assim que estamos sozinhas eu me dirijo as duas.

– Não o tenhas por mal Lurdes, nós gostamos do seu trabalho é que a Matilde fez parte de um momento muito especial das nossas vidas logo no inicio do nosso casamento... Ele vem falando que eu preciso de mais ajuda desde o nascimento do Antônio, e Matilde, por favor, não quero que fique desconsertada com as palavras do Edgar, nós sentimos sim sua falta, mas sabemos que somos os responsáveis por tudo ter terminado do jeito que terminou.

– Eu compreendo dona Laura e fico emocionada em saber que faço falta á vocês dois.

– Matilde acho que devemos nos apressar ou então não conseguiremos preparar o jantar a tempo.

– É verdade Lurdes, com licença dona laura.

Depois de dar banho nas crianças deixo a Melissa matando a saudades de suas bonecas e o Antônio no berço e vou para o quarto de banhos. Esperava encontra-lo vazio, mas me surpreendo ao encontrar o Edgar ainda na banheira e com o olhar perdido.

– Edgar? Está tudo bem?

– Oi amor eu... sim esta tudo bem.

– Tem certeza? Você estava com o pensamento tão longe quando entrei.

Digo me aproximando da banheira e me abaixando para ficar na altura da sua cabeça e poder discorrer os meus dedos sobre os seus cabelos molhados.

– Você percebeu?

– E como não perceberia? O que aconteceu pra te deixar assim?

– Não sei, talvez seja o retorno para casa depois de dias tão tranquilos lá na fazenda ou então foi por ver a Matilde aqui na nossa casa.

– Eu também fiquei surpresa por vê-la aqui.

– Não estou falando só pela surpresa meu amor... vê-la aqui me fez pensar no nosso primeiro ano juntos.

– Ela foi a primeira pessoa a nos perceber apaixonados.

– Primeiro até que a gente.

Ele diz deslizando as costas da mão na minha face.

– Ei você esta me molhando.

– Antes você não se importava com isso.

– A não? O que mais a Laura de antes fazia que eu não estou lembrada?

– Por exemplo... a Laura de antigamente não iria se importar em me dar um beijo comigo nessa situação, mesmo que isso significasse molha-la um pouquinho.

Ele diz se apoiando na beirada da banheira para esticar o pescoço na minha direção, o ar distraído e nostálgico dando lugar para outra coisa.

– Ela não se importaria? – Provoco sem facilitar em nada com a sua aproximação.

– Nem um pouco.

Ele acrescenta diminuindo ainda mais a distancia e agarrando a minha cabeça em suas mãos para evitar uma possível fuga e só então junta os nossos lábios. No começo foi um beijo inocente ainda com o ar de brincadeira, mas logo mudou para algo mais e enquanto as minhas mãos avançavam para a nuca dele para trazê-lo para mais perto as dele desceram pelo meu corpo e logo estavam em minha cintura me puxando para junto dele na banheira.

– Imagino que a Laura de antigamente também não iria ralhar com você por essa peraltice.

Digo levando as minhas mãos para as laterais da banheira tentando me acomodar depois de ter sido puxada para dentro de roupa e tudo.

– Não mesmo, a Laura de antigamente adorava quando eu tomava esse tipo de atitude.

Sou obrigada a rir junto com ele e fujo a um beijo seu tentando parecer contrariada.

– Porque será que estou me achando em desvantagem com essa Laura de antigamente?

– Esta com ciúmes senhora Vieira?

– Ciúmes é uma coisa do século passado Edgar, você sabe que eu não sofro desse mal além do que você é a única pessoa que consegue sentiu ciúmes de você mesmo.

Arrependo-me das minhas palavras quando ele começa a me alvejar de cocegas e mandando água para todo o lado no processo.

– Em minha defesa eu nunca menti sobre ser um homem ciumento... Mas não precisa ficar preocupada, o amor que eu tinha pela Laura de antigamente só fez aumentar com o passar do tempo. O que sinto pela Laura de agora é difícil mensurar com palavras.

– Difícil pra você que é tão bom com palavras Antônio Ferreira?

– Não brinca comigo Laura...

– O que? vai me dizer que ainda tem ciúmes do Ferreira?

– Eu tenho ciúmes de qualquer um que ousar chegar perto de você, sei muito bem que o Ferreira chegou perto do seu coração.

Eu reviro os olhos diante das palavras dele, e se realmente o Ferreira tivesse chegado até o meu coração como ele falou? Ele e o Ferreira eram a mesma pessoa, eu simplesmente não conseguia entender esse ciúmes dele.

– Eu parei de tentar te entender quanto a isso.

Ele abre a boca para tentar argumentar comigo, mas sou mais rápida e o calo com um beijo, nós estávamos perdendo tempo demais naquele colóquio, se era para molhar o quarto de banhos inteiro que fosse de uma forma mais proveitosa.

...

– Se me dissessem que hoje estaria na minha casa ceando ao lado da minha esposa e filha o seu assado Matilde eu não iria acreditar.

– Espero ter acertado no ponto.

– Se acertou? Isso aqui esta divino.

– Realmente Matilde, o seu assado sempre foi bom, mas hoje tem alguma coisa diferente ele está fora do comum.

– Imagina, bondade de vocês o tempero é o mesmo de sempre.

– Então dever ser a saudades falando mais alto.

– Se pelo menos ela aceitasse a minha proposta de trabalho.

– Edgar! Não complique a vida dela, ela está trabalhando com a Isabel agora.

– Por falar em Isabel, como vão as coisas lá Matilde?

Estou quase repreendendo o Edgar pela indiscrição, mas algo na reação da Matilde despertou um mim curiosidade e fico calada também esperando por sua resposta.

– Vai tudo bem seu Edgar, tudo na mesma... Eh com licença, a Lurdes deve estar se perguntando o porquê da minha demora.

A acompanhamos com o olhar enquanto ela se afasta e assim que a perdemos do vista o meu olhar encontra o do Edgar.

– Eu falei algo que não deveria?

– Acho que você foi um pouquinho indiscreto Edgar, mas foi a reação dela que me preocupou.

– Ela pareceu constrangida não foi?

– Sim, será que tem algo de errado acontecendo na casa da Isabel?

– Bom, acho que você só conseguirá essa resposta recorrendo a própria fonte.

– Tem razão, acho que amanhã mesmo farei uma visita a minha amiga... também quero descobrir o que ela esta achando dessa ideia de aproximação do meu irmão.

– Então fica assim, amanhã eu deixo vocês na casa da Isabel e de lá sigo para a casa de minha mãe, quero falar com o meu pai a respeito das mudanças que tive de tomar lá na fazenda e depois preciso ir lá no fórum.

– Perfeito senhor meu marido, obrigada por pensar em tudo.

– Agora vamos voltar ao assado que outra noite assim não sei se teremos tão cedo.


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