Cartas Para Antônio Ferreira escrita por Mari


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Voltamos pessoas! kkkk demoramos mais aqui esta a atualização, nos perdoem pela demora, agradecemos os comentários e a paciencia! rssssvamos a história...



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Por Laura

Os dias que antecederam o nascimento do Antônio foi de descoberta para todos nós, uma descoberta que se mostrava cada vez mais maravilhosa, eu estava aprendendo a ser mãe pouco a pouco, nos mínimos detalhes e estava amando cada segundo com o meu pequeno, a Melissa se mostrava cada vez mais atenciosa comigo, sempre me perguntando se eu precisava de alguma coisa, quando não estava na escola ficava comigo em meu quarto, trazia uma de suas bonecas consigo e cada gesto que eu tinha com o Antônio ela tentava reproduzir com a boneca e sempre me arrancava risos.

A rotina de todo mundo havia mudado um pouco, o Edgar quase não saia de casa para trabalhar, passava a maior parte do tempo trabalhando em casa e só saia quando era estritamente necessário, passava horas me paparicando ou paparicando o nosso filho, tive receio que toda essa atenção despertasse ciúme a Melissa mas ela parecia não ligar muito para isso e ainda ajudava o pai a mimar o irmão. O Edgar não voltou a repetir o gesto daquela manhã onde saiu cedo para resolver assuntos do trabalho, quando o questionei sobre ele estar passando tempo demais em casa e se isso de algum modo não iria atrapalhar ele me respondeu que estava dando conta do serviço trabalhando em casa e que se tivesse algum assunto que exigisse a ida dele ao fórum ou a qualquer outro lugar ele faria em um horário em que saberia que o Antônio estaria dormindo assim não perderia nada.

– Edgar eu estendo que você seja um pai zeloso mas não precisa de tudo isso, uma hora ou outra você vai ter que retomar as suas atividades normalmente.

– Mas eu ainda não estou pronto para deixar vocês.

– Seu bobo, estaremos aqui aguardando ansiosos pelo seu retorno.

– Acho que esta certa senhora minha esposa, mas não se surpreenda se eu chegar em casa minutos depois de ter saído alegando estar com saudades.

– Meu Deus mas é mais grave do que eu pensei, vou me lembrar disso antes de pensar em lhe dar outro filho, a paternidade mexe com seu juízo, acho melhor permanecer nos dois que temos para não por em risco a sua saúde.

– Nem pense nisto, ainda quero ver essa casa cheia de crianças viu senhora Vieira?

– Se me prometer que terei meu marido responsável de volta eu pensarei no assunto.

Ele me envolve pela cintura e me dá vários beijos para depois me soltar dizendo que estava de saída.

– Achei que não iria sair hoje Edgar.

– Arrependida de tentar me convencer a retomar a minha rotina de trabalho senhora Vieira? Agora a pouco estavas praticamente a me expulsar.

– Estava me referindo ao seu trabalho mas não achei que você ia me largar já de agora. – Eu falo toda dengosa e ele me abraça novamente com um sorriso nos lábios.

– E quem disse que eu estou a passeio? O que tenho pra resolver é de extrema importância, alias é o mesmo assunto que me tirou da cama cedo na primeira manhã do nosso filho com a gente.

– Você ainda não me falou do que se tratava.

– Logo você saberá meu amor.

– Assim só me deixas mais curiosa, porque não me dá uma dica?

– Não, sem dicas senhora Vieira, sei bem como é seu espirito investigativo e se lhe der uma dica na certa descobrira do que se trata antes mesmo de eu retornar para casa, se contente em saber que é algo que vem tirando o meu sono e que pretendo resolver o quanto antes.

Eu franzo o cenho tentando imaginar o que seria suficiente para tirar o sono do meu marido, seja o que for não era tão fácil de resolver afinal já tinha quase 4 semanas que ele tinha saído pela manhã para tentar resolver e pelo visto ainda não tinha obtido êxito... Ele abre um sorriso ao ver a minha expressão, segura o meu rosto entre as suas mãos e beija a minha testa no lugar onde tinha surgido uma ruga.

– Não pense Laura, na hora certa você saberá.

...

Porque o Edgar fazia isso comigo? passei o dia inquieta tentando imaginar qual seria o tal assunto que ele foi resolver e não conseguia chegar a lugar nenhum, perto do horário do almoço eu já estava impaciente pela sua chegada, estava decidida a interroga-lo para que ele sanasse a minha curiosidade, no entanto vejo os meus planos irem por água a baixo quando minutos mais tarde a Lurdes atende a um chamado na porta e retorna com um recado para mim do meu marido se desculpando e alegando a impossibilidade de retornar para casa a tempo de almoçar comigo.

Eu só não me deixei levar pela raiva e amacei o pequeno bilhete por causa da presença da Lurdes na sala e também pelo raminho de alecrim que acompanhava o bilhete, o Edgar sabia como me deixar zangada mas também sabia me tirar a zanga como ninguém e mesmo contrariada eu levo o pequeno ramo de alecrim ao nariz e inalo aquele cheirinho familiar que eu amo tanto.

O Edgar voltou para casa pouco antes do jantar e chegou acompanhado de sua mãe, tentou se portar de forma natural mas eu notei um brilho travesso em seus olhos e por vezes durante o jantar me parecia que a dona Margarida estava confabulando com ele algum segredo e que tentava a todo custo ser discreta quando a isso.

– Meus queridos a conversa esta muito agradável mas percebo que as horas já se avançam...Laura minha nora o jantar estava impecável, espeto que aceitem meu pedido de agradecimento e se juntem a mim e ai Bonifácio para o almoço amanhã.

– Dona Margarida não queremos incomodar, certamente o meu sogro a de ter muitos compromissos não o queremos prender em casa.

– Imagine minha filha o Bonifácio esta doido para rever o neto, só não pode me acompanhar hoje porque já tinha agenda mas amanhã não haverá compromisso algum que o detenha de ver o neto.

– Se é assim minha mãe então aceitamos o convite... venha eu te levo até em casa. – Eu olho intrigada para o Edgar enquanto ele se aproxima de mim e me dá um beijo rápido, prometendo não demorar muito e depois fico encarando as costas dele enquanto ele se afasta.

Subi para o meu quarto contrariada, se antes eu estava inquieta por saber qual era o tal assunto que ele vinha escondendo agora já tinha virado uma irritação, acompanho a Melissa até o seu quarto para coloca-la pra dormir e ela percebe que eu estou nervosa, eu a tranquilizo dizendo que estou apenas cansada e ela parece aceitar a minha justificativa... quando volto para o meu quarto visto a minha camisola e sento-me em nossa cama para o aguardar, mas o choro do António me desperta.

– Oh meu amorzinho você também quer jantar não é? A mamãe não se esqueceu de você não viu? Seu papai é que esta me deixando louca, onde já se viu ficar de segredinhos com a mamãe... mas deixa estar que hoje ele não me escapa, ele pensa que eu não percebi os olhares que ele estava a trocar com a vovó, e essa agora de não deixar ela voltar de coche para casa, nem estava tão tarde assim e a sua vó está tão acostumada a andar de coche alugado...

Quando o Edgar retornou eu já estava colocando o nosso filho de volta ao bercinho, ele se posicionou atrás de mim e ficou babando o filho por cima do meu ombro.

– Por pouco não o pega acordado.

– Ele esta crescendo tão rápido não esta?

– Acho que como a qualquer bebe Edgar.

– Eu não sei, a cada dia que olho para ele parece que o vejo maior até parece que foi ontem que ele nasceu.

– Que exagero Edgar ele já vai completar o seu primeiro mês.

– É isso que eu estou dizendo, esta passando muito rápido logo o veremos correndo por essa casa.

– Eu não vejo a hora – Eu me viro dando as costas para o berço e ficando de frente para ele.

– Edgar nós precisamos conversar.

– Tem que ser agora meu amor? Eu estou exausto.

– Exausta eu também estou Edgar mas a curiosidade esta me matando e o seu comportamento junto da sua mãe no jantar de hoje não ajudou em nada.

– Tudo bem nós conversamos sobre o que quiser, mas preciso de um banho primeiro você me espera acordada?

Eu balanço a cabeça num gesto afirmativo já com o coração mais leve por ele aceitar tocar no assunto, ele me da um beijo rápido e se afasta em direção ao quarto de banhos, eu me ajeito na cama para espera-lo mais confortável, mas assim que encosto a cabeça no travesseiro o cansaço do dia começa a cobrar o seu preço e as minhas pálpebras começam a ceder, eu esfrego os olhos tentando me manter acordada e ergo um pouquinho o travesseiro mas tudo é inevitável as pálpebras teimam em se fechar e antes que eu me dou conta já estou perdido no mais sublime sono.


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Notas finais do capítulo

Ninguém curiosa para saber o que o Edgar esta aprontando neh? kkkk proximo cap será narrado por ele, vamos ver o que se passa naquela cabecinha!