Shiroi Yama escrita por Yato


Capítulo 4
Capítulo III: Com O Poder De Todos


Notas iniciais do capítulo

Hum... O capítulo extra, prometido semana passada, será postado no sábado ou no domingo, são muitas informações, por isso está demorando... Quase que não posto hj :B



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"Shiroi Yama"

 

Capítulo III: Com O Poder De Todos

 

 

 

[ Ruki's POV ]

 

 

Eu já estava ficando cansado de ver tantos documentos e fotos espalhados pela minha mesa. Quanto mais eu lia e fazia anotações, aparentemente mais coisas apareciam. Passei os olhos pela mesa de vidro forrada de papéis , cansado. Alguns continham dados sobre Eiji, o que ele fizera nesses últimos 8 anos em que esteve fora de nossa alcance. E meus olhos pousaram sobre uma das fotografias.

 

Yune estava levemente diferente de anos atrás, ele havia deixado crescer uma pequena e estranha  barbixa; Peguei mais algumas fotos.

 

 

E ri.

 

 

Ele sempre fora tão desleixado quanto ao seu visual antes, e, de repente, aparece usando roupas formais. Isso é tão... Não Yune!

 

 

Um sorriso se formou em meus lábios ao me sentir ser abraçado, braços que eu conhecia há tanto tempo. E aquele cheiro delicioso que só ele tinha.

 

 

O que é tão engraçado, Ru-chan? Sussurrou, senti os lábios do loiro roçarem em meu pescoço. Estremeci.

 

 

Rei-chan... Foi a única coisa que consegui dizer antes de ser calado por um beijo.

 

 

O doce beijo de Suzuki Akira. Meu Reita.

 

 

[ ~ ]

 

 

[ Kai's POV ]

 

 

Miyavi está demorando... Será que ele se perdeu? Oh, Kami-sama! Será que eu o orientei mal?! Espero que ele esteja bem. Isso está me incomodando...

Já sei! Yutaka, concentre-se em outras coisas! Mas, o quê?... As pistas! Isso! Elas estão totalmente sem sentido e ligação alguma, ponha-as em ordem. É... Isso vai te ocupar um tempo e ainda vai parar de pensar no... Miyavi-kun...

 

 

AAAAAAAAAH! Pus as mãos na cabeça, desesperado e baguncei os cabelos. Ouvi o barulho da porta se abrindo, virei-me e pude ver a silhueta de Takamasa, entrando em minha sala.

 

 

O que está fazendo, Kai? Ele fechou a porta e deu alguns passos em minha direção. Estremeci.

 

 

Eu estou... Tentando resolver esse quebra-cabeça! Apontei para a mesa amontoada de papéis ao meu lado, ele seguiu meu dedo com o olhar.

 

 

Ah...

 

 

Porque eu fiquei tão preocupado com ele...?

 

 

Você... Demorou. Se perdeu no meio do caminho? Perguntei, um pouco constrangido. E sem motivo algum.

 

 

Não. A visita foi rápida, uns dez minutos... Mas é que na volta eu fiquei com fome, e dei uma parada no caminho... Ele coçou a cabeça.

 

 

Claro, entendo... Sorri fraco.

 

 

Eu estou triste. Cada vez que eu o vejo, minha nuca arde. É, isso é realmente muito estranho... Seria mais comum se eu dissesse que o meu peito dói, não? Sinto que não sou uma pessoa comum, no final das contas. 

 

Cada vez que eu olho as pessoas à minha volta, é como se eu não pertencesse a este mundo.

 

 

Kai?

 

 

Hai, Miyavi-kun? Ergui os olhos, triste. Mesmo que eu não possa me aproximar de você, eu sem dúvida, não deixarei que nada de ruim aconteça!

 

 

Reita e Ruki estão se agarrando. Quer ver? E a sua personalidade imprevisível me agrada.

 

 

Erh... Acho melhor não. Deixe-os ter privacidade. Senti minhas bochechas esquentarem um pouco.

 

 

Hum... Então, eu vou pra minha sala. Ja nee! Ouvi o barulho da porta sendo fechada.

 

 

"Tenho que me concentrar no trabalho."

 

 

Suspirei.

 

 

Peguei um dos depoimentos que jaziam sobre a mesa de vidro; Um simples "Adeus" seria o bastante para por fim à um relacionamento?

 

 

Não, ele não seria.

 

 

Odeie a si mesmo. No labirinto sem fim. Por que você ainda respira?

 

 

[ ~ ]

 

 

[ Uruha's POV ]

 

 

Vi o moreno que antes estava sentando em minha frente se levantar. Provavelmente ele iria fumar. Ah, às vezes eu sinto vontade de pegar um maço de cigarro, o tokkuri* e o sakazuki* e ficar de bobeira. Sem fazer absolutamente nada.

 

 

Haha! Esses tempos se acabaram, hoje eu não posso mais fazer isso. "Não posso." "Não devo." Palavras simples. Palavras de impacto. Palavras poderosas.

Frases simples e curtas. Mas se qualquer Perceptivo* ousasse dizer essas palavras ao Superior* seria suspenso na hora. E morreria.

 

 

 Peguei a quartagarrafa de saquê e despejei o líquido no sakazuki. Eu estou entediado.

 

 

Tenho tantas coisas para pensar, e ao mesmo tempo, não tenho nenhuma.

 

 

As coisas mais importantes da minha vida são: Sereny, o the GazettE e meu parceiro... Shiroyama Yuu.

 

 

Tristeza fez você. O amor também conhece o desfile da solidão.

 

 

[  ~ ]

 

 

[ Miyavi's POV ]

 

 

Kai tem agido estranhamente desde que aquele tal de Takahashi morreu. Ele anda cabisbaixo. Mas, porque ele sentiria tanto a morte de uma pessoa que ele conheceu há apenas um ano, antes de sua saída? Afinal, pessoas morreram, morrem. E morrerão...

 

 

Peguei o violão que estava encostado na parede. E comecei a dedilhar.

 

 

Não consigo me concentrar, manter o foco.

 

 

Antes, casos eram só casos. Agora, se tornaram coisas pessoais...

Um assassino...

 

 

Porco é aquele se enxarcou na sopa do crime.

 

 

[ ~ ]

 

 

[ Aoi's POV ]

 

 

Soltei a fumaça do cigarro pelos lábios. Hora do rush.

 

 

Dezenas e mais dezenas de rostos, pessoas que eu nunca vi em minha vida, passam apressadamente à minha frente. Meus olhos passavam de um lado para o outro, observando o movimento da rua, lotada; Desde um casal de senhores até uma adolescente cabisbaixa e sozinha, apressada, voltando pra casa...

 

 

Levei o tabaco até minha boca uma última vez, tragando-o.

 

 

Até engasgar, e tossir. Tossi tanto e tão alto que atrai a atenção das pessoas que estavam próximas à mim.

 

 

Que detetive discreto eu sou!

 

 

Finalmente parei de tossir, e voltei minha atenção à calçada lotada, onde me deparei com olhos castanhos, me olhando. Tive a sensação de que até a minha alma estava sendo vista naquele momento. Levei outro susto ao reconhecer aquele rosto e aqueles trajes  apenas a fita estava diferente. E quase engasgo novamente. Era aquela mesma garota de hoje de manhã. A menina do buquê de lírios; A filha de Yune. Pisquei assustado.

 

 

Quando me dei conta de tal coisa, não pensei direito. Voltei a olhar na direção de onde ela estava, e já havia sumido. Meus olhos correram rapidamente, até encontrá-la, no meio da multidão, quase desaparecendo de vista. Ela olhou mais uma vez para trás, sustentou o olhar nos meus, como se dissesse alguma coisa, e voltou a caminhar. Saí correndo até ela, empurrando e quase derrubando um grupo de adolescentes fofoqueiras que estavam em meu caminho. Eu não prestava atenção em mais nada.

 

 

[ ~ ]

 

 

[ Uruha's POV ]

 

 

Eu estava distraído, olhando em um ponto fixo: A janela do restaurante. Vendo a figura de Shiroyama, perdida em pensamentos. Até vê-lo se engasgar com a fumaça do cigarro.

 

 

Gargalhei alto.

 

 

Algumas pessoas olharam para mim, assustadas. Eu não me importo nem um pouco!

 

 

Senti algo vibrando no bolso traseiro de minha calça. Levei um susto, e quase gritei.

Puxei o aparelho e olhei no visor, sorri.

 

 

  Moshi moshi. Atendi o celular, peguei uma mexa de meu cabelo e fiquei brincando, enrolando-a nos dedos.

 

 

— Kou?

 

 

Hai, Ny-chan?

 

 

— Está tudo bem com você? Está ocupado?

 

 

Sim, está tudo bem. Não estou ocupado, pode falar. Ela hesitou um momento, e quando recomeçou a falar, sua voz estava insegura, hesitante.

 

 

— Eu... Acabei de falar com Kai e os outros, precisamos que você e Yuu venham para a agência. Vocês precisam... Ver isso. Não sei se é a bebida, ou se eu que não consigo pensar direito, mas... Acho que não estou entendendo... — Kou...?

 

 

Ah, tudo bem, vou chamar Aoi. Guardei o celular no bolso e mirei os olhos na janela, pronto pra chamar o mais velho. Meus olhos se arregalaram diante de tal cena.

 

 

"KUSOOO!!!"

 

 

Continua...

 

 

[ ~ OooOooO ~ ]

 

 

Trechos em itálico, "Odeie a si mesmo" ("Hate yourself"), "No labirinto sem fim" ("In the maze without an end"); "Tristeza fez você" ("Sorrow made you"), "O amor também conhece o desfile da solidão" ("Aijou mo shiranu kodoku na parade");"Porco é aquele que se enxarcou na sopa do crime" ("Pig is that soaked in soup of crime")

Música: The Invisible Wall, the GazettE

 

 

Sakazuki é o recipiente de porcelana utilizado para tomar saquê quente.

E a tradução literal da palavra é "taça de saquê".   

Saka (saquê) e Zuki (taça).  

 

Tokkuri é a garrafa de saquê. Faz conjunto com  o sakazuki.  

 

 

 

[ ~ Curiosidades ~ ]

(Isso pode não ter ligação com a fic, mas eu quis postar do mesmo jeito xD)

 

 

O saquê quente é servido no sakazuki, e o saquê frio (namakaze) é servido no masu (caixa quadrada normalmente feita de cipreste japonês). O último é mais usado em cerimônias xintoístas, e tem três tamanhos: 0,9/1,18/1,8 litro.

O masu é mais evitado, porque de acordo com os japoneses, a madeira afeta o sabor da bebida. (Bandi fresco 8D)

 

(Fig 1; Sakazuki)

  

(Fig 2; Par de sakazuki + tokkuri)

 (Fig 3; masu)

 

 

Mais um capítulo de Shi-chan *0* *morre*

Que emoção!

 

Como dito antes, o capítulo extra dessa semana será postado amanhã ou no domingo, porque eu tenho que ralar neste último trimestre, senão me lasco bonito :B (Leia-se: Repete de ano)

 

Quanto a menina estranha, ela tem o seu valor :B

E guarda segredos importantes para o desenrolar da história, isso não é spoiler nenhum 8D ou é? -_O

 

Não gostei muito do final... :B Mas, tá aí

 

 

Muito obrigada por ler mais um capítulo de Shiroi, Muda-chan agradece :D~

Mas, não se esqueça de comentar!! *0*/

 

Muito obrigada a minha beta amada, Sereny-chan, por ter betado esse capítulo e me ajudado com ele também. *-* Arigatoooooooooou! *0* *agarra*

 

Também agradeço à Tiadaia_Way, te amo, cupim! *-*

E, feliz aniversário! Muitos ursos polares pra ti! XD/

 

 

Dúvidas, críticas, elogios, sugestões, diga tudo isso na review! 8D

Kissus :*

 

Postado em: 18/09/2009


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