Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana


Capítulo 6
Capítulo 5- Victoria


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que é difícil, gente, viver sem Naty (não, não é), mas olhem pelo lado bom...ah, é mesmo, não tem lado bom
Victoria...hm...
Boa leitura (eu sempre falo isso. Cansei)



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POV Possy

Analisei melhor o interior da balada.

Tem dois bares enormes, cada um em uma lateral. Eu estava no do lado esquerdo.

Nos fundos, um palco só para o DJ e outro maior para apresentações de bandas, mas ninguém está dançando porque não está tocando música. Hoje as pessoas estão mais a fim de conversar, beber, jogar e se drogar. Nada de dança.

Jogos de cassino, mesas de sinuca e de apostas em um lado. No outro, um balcão vendendo drogas. Chapeleiro, claro. É estranho como parece tão natural uma banca de drogas. Agora, em todas as baladas é assim.

Olhei para cima. Queria estar lá por ser uma área mais privada.

Nick e Danna tinham saído. Ficamos apenas Caleb e eu sentados à mesa.

Ergui um pouco o pescoço, tentando encontrar o Nathan no meio de tanta gente. Ele estava beijando uma garota loira, imprensando ela na parede. Eu queria ir lá fazer alguma coisa, mas não fui, apenas misturei com o dedo os cubos de gelo na minha bebida e continuei a olhar ao redor.

Me assustei quando Spencer ''sentou’’ ao meu lado. Na verdade ele se jogou. Eu estava sentada em um dos bancos estofados com vários lugares colados.

– Se perdeu no caminho?- perguntei irônica por conta da demora dele.

– Haha- ele disse colocando o braço ao redor do meu pescoço. Logo depois, depositou um beijo em minha bochecha.

– E aí- Caleb o cumprimentou, o que me deixou surpresa já que Spencer é apenas o cara mais odiado da cidade.

– E aí. Aquele é o Nathan?- Spencer apontou- meu Deus, ele ta pegando uma gostosa.

Dei um soco fraquinho no peito dele.

– É brincadeira!- ele sorriu- o que está acontecendo?

– Nathan e Katherine terminaram- contei com preguiça de falar os detalhes e o motivo.

Spencer riu.

– E eu nem precisei fazer nada- ele começou a estalar os dedos.

– Spencer, não tem graça- o repreendi.

– Claro que tem. Você sabe que eu só parei minha vingança por causa de você. Por mim eu ia até o fim.

– Eu te mataria antes do fim- falei já com raiva.

– Uma ova- ele debochou- o que o Erick está fazendo com a Katherine?

– Como assim?- procurei, mas não os encontrei- você conhece ele?

– Erick é meu amigo- Spencer respondeu indiferente.

– O que?- quase gritei.

Levantei bruscamente da mesa.

Meu cérebro é como os murais de detetives. Cheio de linhas coloridas ligando fotos e acontecimentos. Rapidamente fiz mais uma ligação.

– Ta ficando maluca?- Spencer pegou minha mão, me forçando a sentar.

Fiquei na minha porque vi o Erick vindo para cá junto com a Katy.

Ele e Spencer fingiram que não se conhecem.

Katy não falou comigo, apenas sentou no lado oposto à mesa.

– Me segue- sussurrei no ouvido do Spencer.

Levantei e ele fez o mesmo, me seguindo até lá fora.

– O que está acontecendo?- ele perguntou passando a mão pelo rosto.

– Você pagou alguém para causar o acidente de carro da Katherine, mas ela apenas se machucou e perdeu a memória. Como não deu certo, você precisava de um plano B para fuder a vida do Nathan e escolheu um dos seus amigos capachos para a Katy: Erick. Tudo foi uma puta de uma mentira. Ele não gosta dela, nunca gostou. Você vai contar isso para a Katherine agora- mandei.

– Não mesmo- ele cruzou os braços- estou adorando isso.

– Porra, Spencer! Será que dá para parar de idiotice e me ajudar? Meus amigos estão brigados e eu quero ele juntos de novo agora, nesse minuto, nesse segundo! – explodi- você não entende. O Nathan vai enlouquecer sem a Katherine.

Mas é exatamente o que Spencer mais quer: ver o Nathan destruído.

– Vocês não estavam brigados?- ele levantou uma sobrancelha- mentiu para mim?

– Menti. Menti mesmo!- admiti gritando- vou embora daqui.

Ele segurou meu braço quando eu me virei.

– Para com isso- falou calmamente, o que me surpreendeu- eu conto sobre o Erick.

– Conta?- me virei.

Ele confirmou com a cabeça.

Entramos novamente na Red Lights, mas não vi nenhum sinal do novo casalzinho.

Nathan tinha acabado de terminar de beijar outra garota.

Caleb veio falar comigo. Pela sua expressão, julguei ser algo sério.

– Nathan se drogou- ele me contou- eu só vi quando já tinha rolado.

– Rolado vai ser minha mão na cara dele- falei estressada, sem acreditar no que está acontecendo- Spencer, vai para casa. Vou levar o Nathan. Pode ser?

Ele soltou um suspiro, mas concordou.

– Qualquer coisa me liga- disse antes de ir embora.

Fui até onde o Nathan estava.

– Vadias, a diversão acabou- falei para as mulheres que estavam ali- vão para o lugar de vocês, as esquinas.

– Quem você acha que é?- uma delas perguntou.

– Acho que eu sou eu- respondi sarcástica- Possy Lerman Porter.

Algumas ficaram com medo ao ouvir meu nome por conta da minha reputação, mas uma ruiva resolveu me enfrentar.

– Você é um saco de nada- ela me encarou- tenho nojo de você- passou os olhos pelo meu corpo- olha o cara que você namora. Trocou o loirinho gostoso por um homem sem coração.

Foi como colocar fogo no pavio da bomba.

– Cala essa boca, você não sabe de porra nenhuma!- gritei.

Todos voltaram sua atenção para nós duas.

Coloquei minha mão no pescoço dela e a empurrei com força até a parede.

– O loirinho gostoso é meu!- falei ainda mais alto por conta do ciúmes tomando conta de mim- tira a porra dos seus olhos!

– Senão...- ela sorriu provocativa.

– Senão eu te arrebento toda- ameacei, com os dentes trincados de raiva- você não deve ter ouvido muito de mim, né? É nova aqui?

– Nova e já sei que a vadia aqui é você- ela continuou com as provocações e abriu um sorriso maldoso.

– Eu não sou vadia!

Quando eu ia meter um soco na cara dela, alguém me segurou por trás e me tirou a força dali.

– Me solta, porra!- mandei tentando me soltar.

– Fica calma- reconheci a voz do Caleb.

Quando eu me acalmei, nos afastamos dali e ele começou a falar.

– Aquela é a Victoria. Eu sei que você se faz de durona, mas aquela mulher é da pesada. Não queira ela como amiga, muito menos como inimiga- Caleb me alertou- é sério, Possy.

Pude ver preocupação em seus olhos.

Essa mulher deve ser um demônio.

Victoria veio andando devagar até onde eu estava. Parecia até que estava desfilando. O vestido curtíssimo subindo a cada passo. Seus olhos azuis encarando os meus.

– Ganhou uma inimiga para a vida e para a morte, Porter- ela disse tentando me intimidar.

Deu para sentir seu hálito de álcool com alguma droga.

Olhei para ela com desdém.

– Vai se fuder- mostrei o dedo do meio.

Voltei meu foco para o Nathan. Deixei a otária olhando para o vento e fui ajudar meu amigo. Apoiei o peso dele sobre meu ombro e saímos da balada. Já chega desse lugar por hoje.

Eu tinha vindo na Hilux do James. Abri a porta de trás e ajudei Nathan a se deitar no banco. Além de drogado, está podre de bêbado.

Resolvi ir para a mansão dele. Passei o caminho quase todo o ouvindo falar coisas sem nexo nenhum e de vez em quando escapava ‘‘Katherine’’ e ‘‘Ka’’. Tom, o porteiro e segurança, abriu o portão para mim e eu encostei o carro perto do Camaro vermelho.

– Está tudo bem?- Toby, um dos seguranças, perguntou quando eu desci do carro.

– Seu chefe ficou bêbado e drogado- abri a porta de trás- e agora dormiu.

Foi difícil acordá-lo, mas consegui.

Toby me ajudou a levá-lo até o seu quarto.

Deitei o Nathan em cima da cama redonda gigante de casal, tirei seus tênis e deixei apenas o abajur aceso.

– Valeu, Toby- agradeci.

Antes de sair, ele me disse que qualquer coisa era só eu chamá-lo.

Tirei meus saltos e sentei ao lado do Nathan.

Ele apagou em questão de segundos.


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Notas finais do capítulo

vão para o lugar de vocês, as esquinas.
CONTINUA...(imagem suspense)



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