Drops to Live - Temporadas 3 escrita por Ana
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura ;)
POV Katherine
Nathan e eu corremos até o nosso quarto.
– Eles estão aqui- ele avisou os meninos e a Possy.
– Droga- ela murmurou- Jack, você cuida da Katherine. O Nathan vai vir comigo. Precisamos tirar ele daqui agora.
Eu queria discordar, mas deixei para lá por conta do tempo que obviamente não temos.
Saí e desci correndo as escadas. Não olhei para trás para ver se alguém veio tentar me impedir.
O que eu tenho na cabeça? Não sei, mas definitivamente eu não quero ser protegida.
Corri o mais rápido que pude até os fundos do hotel. Dei a volta e observei a sua frente. Cinco carros, mas nenhum deles tem sirenes. São automóveis normais e não viaturas.
– É o seguinte- um homem usando terno falou- eu quero Nathan Breind vivo, entenderam?
Todos os outros concordaram. Concluí que ele é o líder.
– E Katherine Caroline também- ele concluiu sua ordem- precisamos dela para conseguir o nosso objetivo de forma rápida.
Senti o medo invadindo qualquer outra sensação dentro de mim.
O que exatamente está acontecendo?
Tentei juntar os pontos, mas não consegui.
– Espiar é bom?- alguém atrás de mim perguntou retoricamente.
Antes de me virar, esse alguém me agarrou e colocou os meus braços para trás à força.
Senti o cano de uma arma nas minhas costas. Ótimo, é tudo o que eu preciso agora.
– É só ficar paradinha e obedecer as minhas ordens que tudo vai dar certo- ele me avisou- comece a andar.
Eu não me movi.
– Você disse para eu ficar paradinha, lembra?- o desaforei.
– Nem adianta gritar porque estamos bem longe, mas se gritar, eu te mato- ele tirou uma arma do cinto- então fica com esse bico fechado. Você está namorando o Nathan ou vocês estão só ficando?
Eu não respondi e ele fez a mesma pergunta.
– Você disse para eu ficar de bico fechado- retruquei.
– Olha, garota, eu não estou brincando. Comece a andar agora!- ele me empurrou com força para a frente.
Comecei a andar e ele me guiou até um dos carros. Fui obrigada a entrar.
Vi pelo vidro do para-brisa que um deles pegou o Nathan e quando ele tentou fugir, aplicaram algo em seu pescoço por meio de uma injeção. Ele desmaiou e o deixaram no chão.
– Ayla acabou de ligar- o líder começou a falar com um grupo de três homens- recebi ordens para não matar ninguém por enquanto.
Então na verdade a tal Ayla que é a líder.
Esperei um pouco, alguns minutos. Ficaram apenas Nathan, deitado no chão e Bryce, o homem que fez isso com ele. Descobri o nome por meio de uma conversa que ele teve com o líder.
Dei quatro cotovelas seguidas no rosto do cara ao meu lado. Peguei sua arma e saí correndo depois de abrir a porta.
– Saia de perto dele- apontei meu revólver na direção de Bryce- coloque a sua arma no chão.
Ele fez o que eu mandei.
– Agora chuta ela para mim- continuei.
Ele a chutou e eu a peguei cautelosamente, sem perder o foco nele.
Apontei a outra arma para o cara do carro quando ele estava saindo. Meus braços estão formando um L.
Me concentrei em não tremer e atirei duas vezes em cada um.
A poça de sangue embaixo deles está aumentando a cada segundo. Isso me dá arrepios e uma sensação ruim no estômago.
– Para de tremer, droga!- falei baixinho comigo mesma.
Peguei a chave da SW4 no bolso da calça do Nathan e acionei o alarme, a destravando. Botei uma das armas lá dentro e a outra eu prendi na minha calça.
Bryce tinha trazido a mala. Coloquei ela no banco do passageiro.
Passei um braço do Nathan ao redor do meu pescoço e tentei levantar. Não consegui.
– Droga- xinguei baixo.
Fiz mais uma tentativa. Minhas costas ficaram tortas e mesmo com dificuldade, eu consegui ir até o carro. Coloquei Nathan deitado no banco de trás.
– Segura em mim- coloquei o braço dele ao redor do meu pescoço e me levantei.
Nathan não é muito pesado quanto eu imaginei. Conseguimos chegar ao carro. Dei a volta e abri a porta do passageiro.
Não é tão pesado quando está meio acordado, me corrigi mentalmente.
Uma garota loira saiu de dentro do hotel.
– Se distancie do carro- ela mandou com um revólver apontado em minha direção.
Me distanciei da SW4 com cautela.
– Erga os braços- ela ordenou e eu obedeci.
Que bom que eu tenho pernas. Dei um chute surpresa em seu rosto. Ela deixou a arma cair e eu a chutei o mais longe que pude.
Desviei de um soco e logo depois de um chute.
É, eu não estou tão ruim assim.
Dei um chute forte bem no salto do sapato dela. A loira caiu de bunda no chão, o que não foi suficiente.
– Vamos lá- ela ficou de pé- sem armas. Combate corpo a corpo.
Ela chutou a minha mão, lançando a arma para longe.
– Sabe como você é conhecida pela gente? Te apelidamos de vadia- ela riu maligno- você não passa de um brinquedinho sexual.
– Já sei. Você é mais uma rejeitada pelo Nathan- ri com deboche- estou certa?
Sua expressão ficou amarga.
Dei um tapa em seu rosto, seguido de um soco.
Segurei em seus ombros, a abaixei contra a sua vontade e dei uma joelhada em seu queixo.
Ela ficou um pouco desorientada, o momento perfeito para finalizar.
A empurrei até um dos carros e bati sua cabeça duas vezes contra o vidro. Ela caiu no chão quase inconsciente.
Me abaixei.
– Isso foi por ter mexido com o meu namorado e comigo- falei.
***
Dirigi por mais ou menos cinco horas. Eu nunca tinha dirigido por tanto tempo. Não faço a mínima ideia de onde estou, apenas segui a pista.
– Katherine...- Nathan me chamou.
Parei o carro fora da estrada e passei para o banco de trás.
Nathan ainda está dormindo, mas chamando por mim. Ele passou esse todo desacordado.
– Eu estou aqui- passei a mão pela bochecha dele.
– O que aconteceu?- ele perguntou segundos depois de acordar, recobrando a consciência total.
– Eu consegui sair de lá.
Percebi que ele quer saber com detalhes.
– Como está se sentindo?- perguntei preocupada.
– Péssimo- ele tentou levantar e fez uma careta de dor.
– Fica deitado- mandei.
Levantei a cabeça dele e a coloquei em meu colo.
– Me conta o que aconteceu- ele pediu.
Contei com detalhes. Ele ouviu tudo atentamente, sem me interromper.
– Você foi muito foda. Nos salvou- ele abriu um sorriso- estou orgulhoso.
Ri com a parte do orgulhoso.
– Onde estamos?- ele olhou ao redor, mas tudo o que tem é mato e a estrada.
– Eu não sei. Dirigi por umas quatro horas, quase cinco- respondi.
– Você abasteceu o carro alguma vez?
Confirmei.
– Está muito frio- abracei o meu corpo.
Nathan me desobedeceu e sentou. Ele pegou a mala e tirou um moletom meu.
– O que isso ta fazendo aí?- remexi as roupas- você trouxe roupas minhas?
– Eu te conheço. Sei o quanto é teimosa e que faria de tudo para vir comigo então eu trouxe as suas roupas que estava na minha casa- ele riu.
Não falei nada. Vesti meu moletom e procurei uma jaqueta dele.
– Vamos dormir aqui ou procurar um hotel?- perguntei.
– Dormir aqui. Eu não sei o que injetaram em mim, mas eu estou acabado e você com certeza está cansada- ele vestiu a jaqueta.
Peguei um lençol que ele trouxe.
– Podemos fazer uma troca de calor- ele me abraçou forte- também podemos acender uma pequena fogueira- ele beijou o meu pescoço- o que você acha?
Entendi a metáfora de imediato.
– Só um beijo- falei- você precisa descansar mais e eu estou parecendo um zumbi de tanto sono.
Ele lambeu os lábios de forma tentadora.
– Não faz isso- pedi rindo.
– Senta aqui- ele deu dois tapinhas em sua perna e eu sentei em seu colo.
Puxando o meu corpo para mais perto, Nathan juntou nossos lábios. Coloquei uma mão em seu peito e a outra em seu ombro. Ele deu uma mordida em meu lábio inferior e o puxou devagar, fazendo com eu gemesse suavemente.
Olhei em seus olhos e acariciei sua bochecha com as pontas dos meus dedos.
Desci até o pescoço e depositei beijos com os lábios abertos, minha língua encostando em sua pele. Quando me dei por satisfeita, a puxei com os dentes. Senti os braços dele me segurando com mais firmeza.
– Pronto- falei- acendemos a nossa pequena fogueira.
Ele riu. Eu mordi o meu lábio inferior, analisando as marcas em seu pescoço.
Nos deitamos juntos. Ele nos envolveu com o lençol.
– Realmente está muito frio- ele passou os braços ao meu redor- ainda bem que eu tenho você.
– Ainda bem- repito.
Senti seus braços me apertando um pouco mais, tornando a posição mais reconfortante e quente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Aquele momento que os papéis se invertem e a garota salva o garoto
Aquele momento que a pessoa prova que é mais forte do que as pessoas pensam