Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 9
- Pesadelo.


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, primeiro queria agradecer a thamysomerholic e a sonhos de inverno pelas recomendações, sei que demorei, mas agr to aqui expressando minha enorme gratidão. Dedico esse capitulo pra vcs...Queria tbm agradecer a Karen Luanna, Lud Bella, Thainá Roberto e novamente, Sonhos de inverno por comentar em tds os capitulos kkkkValeu mesmo meninas



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Só havia uma explicação para o que estava acontecendo, mas Elena se recusava a validar essa hipótese. Não fazia sentido. O Sr Salvatore era um professor, não um sem teto. Como ele poderia ficar sem casa se tinha um bom emprego e provavelmente uma família? Levando em conta a aliança em seu dedo direito, sinal de que era noivo.

Elena continuava na posição de onde estava anteriormente, na soleira sem porta. Com seu vestidinho preto amassado devido às mãos curiosas de Tyler e seus sapatos na mão. Odiava andar descalça, mas achou que todos estariam dormindo e não queria acordar com o barulho de seus saltos.

Com o rosto em brasa, Isobel ergueu a cabeça e encarou a expressão confusa de Elena. De algum modo a filha já havia compreendido o que estava acontecendo. Isobel sorriu timidamente, ainda atordoada sem coragem para falar.

— Mãe? – Disse Elena, inexpressiva – O que tá acontecendo? Porque o Senhor Salvatore tá aqui?

Foi preciso a garota chamar por seu nome duas vezes e bem alto, até que ela respondesse.

— Vá para o seu quarto, meu amor. Já vou subir.

— Mas mãe eu...

— Por favor, Lena. Vá, anda.

— Mãe, por favor, digo eu, que diabos...

— EU JÁ SUBO ELENA. VAI, ANDA. – Explodiu Isobel, ainda avermelhada de ódio.

Elena assentiu tentando controlar a raiva e fez o que lhe foi pedido, mas em momento algum conseguiu desviar os olhos do rapaz sentado de rosto envergonhado. Damon levantou a face por alguns segundos e disse ‘’Olá, Elena’’. Bem baixinho e cabisbaixo. UAU, Senhor Salvatore se deixando intimidar? Mais uma coisa que não se vê todo dia. A menina subiu e esperou por sua mãe.

Quando Isobel, finalmente ascendeu em seu quarto, Elena já vestia seu baby-doll roxo de seda. Estava deitada de corpo para cima, recostada na cabeceira. Assim que viu a mãe, pulou rapidamente a sua frente.

Agora estava nervosa, exigia explicações.

— Pode me dizer que diabo está acontecendo aqui? – Disse ela.

Isobel fez sinal de sinal de silencio. Com o indicador a frente dos lábios, depois fechou a porta.

— Fala mais alto – sussurrou a mãe. – Ainda não ouviram lá no Alasca.

Elena calou-se e sentou na ponta da cama. Depois sua mãe a imitou e ficou em silêncio por mais algum tempo.

Quando Isobel finalmente teve coragem de falar, sua voz era como de costume. Calma, dócil e compreensiva, apesar de que agora, se tornava um pouco decaída, como se tentasse se esconder de algo.

—Quando você saiu para escola eu disse para os seus irmãos que Damon era docente e eles até desconfiaram que... Que... Provavelmente morariam com um professor. Eles me disseram que falariam contigo na escola, mas não te encontraram. E em casa, você tava tão apressada com seu encontro, e tão feliz. Não queria atrapalhar.

— Então agora a culpa é minha. – Rosnou Elena, dando ênfase ao minha.

— Não meu amor. A culpa não é sua, não é culpa de ninguém.

— Ah sim, vou fingir que acredito, mas continua, continua com a sua historinha, vai. Continua.

Elena se afastou lentamente, como se não suportasse ficar nem mais um segundo próximo da mãe. Para Elena, ficar perto de Isobel, nesse momento, era pior do que colocar um cinto amarelo em um vestido laranja. Foi para a outra extremidade da cama, enquanto Isobel continuava a falar.

... – April falou que não seria estranho e que estava tudo bem pra ela. Eu acreditei Ingênua, burra, eu acreditei – Falou batendo a mão em sua testa. Depois, respirou fundo e levantou-se indo até a frente de Elena. – Ai no jantar, quando Damon os viu, ele quis ir embora e disse que não poderia ficar aqui e viver com alunos, mas sua irmã insistiu e disse que... Daria certo. E você tem que entender Elena, Damon precisa de um lugar para ficar e eu não posso simplesmente expulsá-lo por conta de que você não se sente a vontade com a situação.

— Mas e eu mãe? Não parou para pensar, nem por um segundo com o que eu quero?

— Elena, a coisa que eu mais pensei quando eu descobrir foi em você. Mas não se trata de você Elena, se trata de Damon e eu. Trata-se da proprietária e do inquilino. Não do fato dele dar aula para você e para o Jeremy, que teve a mesma reação que você hoje de tarde. Jeremy fez um escândalo, se trancou no quarto e falou que iria se mudar, mas ele acabou aceitando, e você também vai ter que aceitar Elena.

— Ai mãe, você não entende... Não entende.

Elena deitou-se de bruços deu dois socos em seu travesseiro de pena de ganso imaginando que aquilo possuiria rosto do homem no andar de baixo. Esforçava-se desesperadamente para não chorar; Elena não lagrimava na frente de ninguém e não seria depois de dezesseis anos, quase dezessete, que aquilo iria acontecer. Ela não iria deixar que a vissem chorar. Nunca

Esperaria, ao menos, Isobel sair do quarto.

— Entender o que Elena? – Perguntou, no mesmo tom igualmente baixo e serio. Um pouco mais rápido do que gostaria – Me diz o que eu não entendo, Elena.

— Não entende que eu e Jeremy somos diferentes. Não entende que ele é um nerd sem amigos e eu sou uma quase líder de torcida, bonita e desejada. Não entende que morar com o professor mais chato e idiota do mundo vai simplesmente estragar minha reputação.

— Então é só isso que importa pra você no final, Elena? Reputação, popularidade e imagem? A beleza acaba Elena. E vai chegar um dia em que ser à rainha do baile não vai ajudar muito no seu currículo.

— Como se você soubesse alguma coisa sobre mim. Que tal parar de fingir que se importa.

Elena não a encarava, mas só pela voz era suficiente para saber que Isobel estava chorando. Ou pelo menos com lágrimas presas aos olhos. Não houve tempo de olha-la e confirmar sua conclusão, Isobel já estava na porta do quarto bem antes que Elena pudesse pensar em virar o rosto, pronta para sair.

— É só esse seu desejo, Elena? Mas alguma coisa?

Elena hesitou em responder. Afundou o rosto no travesseiro e assim ficou. – Fecha a porta quando sair...

E depois, só o que ela ouviu foi o ranger do eco da escada.

Foi o bastante para ela cair em lagrimas e assim ficar por quase inteiros vinte minutos.

Como isso aconteceu, pensou ela, Será que o idiota vinha morar com a noiva também? O que vai acontecer quando o pessoal da escola descobrir? Como eu não desconfiei, droga.

O bonitão não foi trabalhar hoje, e na aula de história, quando Renée Bond perguntou o porquê do senhor Salvatore não tinha vindo... O senhor Saltzman mencionou algo sobre mudança, mas eu não dei atenção.

Ainda bem que eu não tava aqui pra ver o escândalo do Jeremy. Ele raramente se estressava, mas quando explodia ele conseguia ser pior que eu. Igual a um desses vulcões do Hawaii que demoram anos para entrar em erupção, mas quando entra, tinha o poder de afugentar uma vila inteira de pessoas.

Mas a pior parte foi o fato de terem conseguido me fazer chorar desse jeito, isso nunca aconteceu antes. E tudo por culpa do Damon, como eu iria imaginar que o nome do senhor Salvatore era Damon, será que o pessoal da escola sabia disso?

Que ódio, que ódio, que ódio.

Espero que ele não dê uma de malvado aqui. Essa é minha casa e não uma sala de aula onde ele poderia humilhar quem bem entendesse. Quer dizer, o cara dá ponto negativo até pra quem pede uma borracha emprestada. Ou pior, quando dava sete minutos, contados no relógio, para que copiassem toda a lição do quadro em todas as partes divididas. Se não conseguisse terminar, perdia dois pontos na média.

Se ao menos aqui em casa ele agisse normalmente, poderia fazer isso dar certo. Era só não comentar com ninguém sobre isso. E também, no quarto dele tem banheiro, televisão, internet; Quem sabe, para o meu alivio, só precisaria ver aquela cara dos infernos nas refeições e em suas aulas, isso se eu não as cabular. O que já seria muito. 

O corpo de Elena formigava, sentia uma dor estranha em seus pés. Ignorou e se enfiou de baixo do edredom de onçinha onde se permitiu chorar por mais algum tempo. Mas tarde, sentiu o vibrado de seu telefone em baixo de seu travesseiro.

Conhecia aquele numero... Hayley?

Enxugou suas lagrimas e atendeu duvidosa.

— Alô, Hayley. É você?

— Lena? Oi. Claro que sou eu, sua maluquinha.

— Ai amiga – Gritou Elena animadamente. Pela primeira vez nascia um verdadeiro sorriso em seu rosto naquele dia. Sem jogos, apenas felicidade. – Que saudades de você.

— A gente também, o tempo todo. — Respondeu uma voz femininamente grave. Aquela rouquidão causada pela agravante mistura de cerveja preta e gemidos sexuais exagerados na limusine de Jason Willians lhe era tão familiar quanto à voz de sua própria mãe, só podia ser Vicki.

— Vicki? Vicki você tá ai também? Ai deus, obrigada, obrigada. Não acredito, que saudades. Saudades das duas.

Por mais que soasse desesperador demais, era sua verdade e Elena não se importava, pelo menos não nesse momento. Aquelas eram suas melhores amigas desde os sete anos, não havia como. Ela ficaria em divida com o viva voz.

— Alô Lena, é a Hayley. Vicki está aqui comigo, bem do meu lado... Está tudo bem? Você parece... Meio estranha.

Os dedos de Elena se retorceram, fechando com força do celular em sua mão. Após um esforço ela conseguiu falar, dessa vez sem chorar.

— Não meninas não estão. Aconteceu uma coisa horrível. Quer dizer, varias coisas horríveis, mas dessa vez... Superou.

— Pode falar Lena. Hayley e eu estamos aqui, lembra?

— Tá bem, então. Imaginem comigo a senhorita Wilde. – Disse Elena, trocando o aparelho de ouvindo – Imaginaram? Hayley?

— Sim, imaginei. Mas Lena...

— Vicki, e você. – Interrompeu Elena cortando qualquer possível duvida de Hayley. – Imaginou?

— Também, amiga. Mas o que isso tem haver? - Estranhavam tanto a pergunta quanto o tom de voz da amiga. - Porque a professora mais insuportável desse universo maldito tem haver com seus problemas em Mystic Fail?

— É Mystic Falls, Vicki. Mystic Falls – Disse Elena indo até a gaveta apanhar o carregador de seu telefone. Sabia que aquela conversa seria longa. – Mas isso não vem ao caso. Agora que as duas já imaginaram a senhorita Wilde, pensem em uma versão dessa diaba. Só que homem. Um homem mil vezes mais jovem, cem mil vezes mais bonito e um milhão de vezes mais insuportável. Conseguem imaginar? Conseguem?

— Mais insuportável que Betsy Wilde? meio impossível, não acha? .

— Não é não, Hayley. Acredite em mim.

— Olha Lena. Eu te amo, amo muito. Mas porque estamos falando disso mesmo? — Perguntou Vicki. Elena tinha certeza de que a garota nesse momento estaria revirando os olhos se fazendo de entediada. Como sempre fazia.

Aquelas e outras manias de Vicki que sempre a irritavam profundamente. Mas agora Elena queria explicar tudo de uma vez e implorar por algum conselho, iria falar tudo rapidamente no maior tom de voz que pudesse encontrar guardado em sua garganta. Ela não tentava se contrair. Explodiria ali e agora.

— Estamos falando disso porque o idiota do meu professor de Matemática é um diabólico. E estamos falando disso porque a idiota diabólica da minha mãe resolveu alugar um quarto extra que tava sobrando aqui em casa. E por conhecidência do idiota diabólico do destino esse idiota diabólico do meu professor acabou a alugando o quarto e agora eu vou ter que morar com esse idiota diabólico... Entendeu agora o porquê de estarmos falando disso, Vicki? Entendeu agora o porquê de estarmos falando disso, Hayley?

Ficou sem ar por alguns segundos, ao terminar de falar sua voz estava falha e ofegante assim como sua respiração. Perdeu a noção de quantas horas ficou ao telefone com as duas amigas que aconselharam a ignorar e tentar ao Maximo não esbarrar com ele. Houve momentos em que gostaria de atravessar o celular e enforcar Hayley, que insistiu o tempo todo em perguntar o quão bonito o desgraçado era. Para a própria, nenhuma beleza era capaz de lhe provocar apelo sexual levando em conta tamanho temperamento e amargura que ele carregava. 

Ela agora estava com muita fome. O choque fora tanto, que nem comer ela conseguiu, também depois de encontrar o demônio sentado em sua sala de jantar, ficou impossível. Levantou-se e devagar foi descendo as escadas em direção à cozinha.

Igualzinho a quando chegou, escutou vozes novamente no local. Era o diabo... Falava ao telefone. Elena conseguiu escutar apenas alguns fragmentos, era difícil afinal não ouvia nada do que se era falado no outro lado da linha.

‘’– Sim, Ric eu sei. Entrei numa roubada. ’’ ‘’ – Eu sei você tem razão, Ric, mas eu não tenho lugar pra ficar. O que você queria que eu fizesse?’’ ‘’ – Ele surtou, ela surtou. A única que encarou normal foi a mais novinha. April. Eu não dou aula pra April, então ela tá tranquila. Agora o garoto punk, Jeremy e a Regina George que eu esqueci o nome... Os dois enlouqueceram. Tá Ric, Elena, Elena. Entendi, não precisa me corrigir, o nome da boneca de plástico é Elena, viu decorei! Elena. Então voltando ao assunto eles ficaram loucos. Surtaram, mas na hora eu surtei também; Só que ai eu tive que pensar: Entre ficar sem lugar para morar ou ter que aturar dois alunos mimados, eu preferir ter um teto’’...

Depois disso ela não ouviu mais nada. Provavelmente ele havia ido para o quarto e se trancado lá. Foi até a cozinha e encheu sua garrafinha d’água. Como ele ousava a dizer aquelas coisas e nem ao menos lembrar meu nome? Como ele não lembrava meu nome? Não que eu quisesse se gabar ou algo do tipo, mas Elena Gilbert era inesquecível. E ele um imbecil.

O barulhinho da água batendo no fundo da garrafa impedia que percebesse o mais alguém que adentrava no cômodo. A voz grave, alta a fez saltar de susto.

— Meu Deus – Gritou Damon virando-se de costas. Uma adolescente, uma aluna sua, de baby-doll violeta finíssimo de ceda, a sua frente, não deixavam seus pensamentos na mais perfeita ordem. Mas ele sabia que era problema. – Me desculpe, eu ouvi um barulho e pensei que fosse a Isobel, eu queria falar com ela e... Era você, e agora...

Atrás de Damon, Elena ofegava.

— Tudo bem, eu entendi o que quis dizer. Minha mãe tá dormindo, ela dorme cedo tem sono de pedra. Agora só amanhã mesmo, Senhor Salvatore.

— Uma pena. Era importante. Mas mudando de assunto, o que tá fazendo aqui menina? – Perguntou a repreendendo. Ainda estava de costas. – São duas e meia da manhã.

— Ah, eu só vim tomar uma água. Só isso. – Que? Eu disse isso mesmo? Eu devia ter dito: Olha, meu amor essa é minha casa, essa é minha cozinha e eu faço o que eu quiser. Não estamos naquela salinha de aula onde você pode mandar em mim. Aqui a musica é diferente, tá legal?! Tá pensando que é quem? A última calça skinning da vitrine? Pensava Elena levemente envergonhada, E o pior era que nem olhar para mim ele olhava. Estava de costas, e mesmo assim eu me sentia intimidada.

Mas se ela falasse isso, por mais que impusesse respeito dentro de casa, faria com que ele a tratasse feito lixo na escola. Mas ele já a tratava desse jeito. Ele já a tratara como lixo desde o primeiro dia, não só ela como todo mundo. Lembrou-se daquela vez em que levou um exercício que tinha duvida para ele, e o canalha disse para ‘’ se virar sozinha’’.

— Vá se deitar, menina. Amanhã vou explicar matéria nova e definitivamente vai me faltar paciência. E é melhor a senhorita entender direito, o que não vai acontecer se não dormir. Anda menina, vai.

Elena inspirou calmamente e terminou de encher sua garrafa. Depois, caminhou sem pressa até a saída da cozinha.

— Mas Senhor... Também não vai conseguir explicar direito se não dormir. – Disse ela sarcástica, o desafiando.

Quando Damon se virou, bruscamente para brigar com ela pelo que disse, não havia mais ninguém para se vê ou repreender. Como ela ousa falar com ele desse jeito e sair correndo como uma covarde?

Se ela ou o irmão não colaborasse, transformaria a vida dos dois em um inferno


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Notas finais do capítulo

sei q vcs esperavam ver o chilique do seculo, mas é que eu tenho outros planos para o que irá acontecer daqui pra frente. E isso tbm faz parte da personalidade da Elena, essa coisa de tentar ñ demostrar sentimentos por ngm, além de si mesma. Por isso, pela vergonha de se mostrar abalada na frente da mãe ela não agiu pior, mas ela ñ vai deixar essa mudança barata, tenham certeza COMENTEM, POR FAVOR. Falem o que estão achando, é mto importante pra mim. 24 leitores pessoal, sei q vcs podem fazer melhor q isso.