Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 10
- Convivência e planos.


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal. Ta aqui mais um capitulo pra vcs. Obrigada a todo mundo q tá comentando, continuem, me faz mto feliz e animada por postar... 28 leitores ñ é nada mal pra uma primeira fic, certo? E os leitores fantasmas... vamos lá pessoal, só um comentario. Não machuca. Me empenhei mto nesse capitulo e espero q amem



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Por um segundo Damon achou que poderia lidar com isso, mas ele estava errado. Havia tido a pior aula de toda sua vida, no segundo ano. Era difícil encarar Jeremy daquela maneira, era muito difícil.

O garoto passou a aula toda o encarando furiosamente, recostado no suporte da carteira, girando o lápis entre os dedos e depois batendo a ponta na apostila. Nem ao menos se importou em fazer algum exercício. E Damon sabia que o pior estava por vir, e seria no terceiro ano, onde teria que encarar a patricinha. Saiu de casa cedo, antes que algum deles acordasse e o visse, queria mais que tudo evitar aquele clima estranho.

O que não adiantou, a aula no segundo ano havia sido horrível e acabou vendo a Paris Hilton de manhã. O armário dela era de frente para sala dos professores, e ela estava lá. Nesse momento. De salto cinco centímetros pretos. Saia curta de preguinhos vermelha, blusinha branca de alça fina com detalhes dourados e jaqueta de couro também preta.

Estava passando um batom rosa lentamente, com a perna direita levantada até a metade, recostando no armário, fazendo a alegria dos garotos por ali perto que assoviam sem descanso.

A professora de Espanhol, Senhorita Lopez, reclamou ao diretor sobre a pose de Elena no corredor, mas assim que o dirigente foi ao local e viu aquele par de pernas na sua frente, apenas engoliu em seco e entrou na sala dos professores deixando a porta entre aberta para poder olhar quanto o quisesse. Não só ele, como diversos educadores. Alaric, o professor de História. Por mais que fosse seu melhor amigo, foi um idiota por ficar encarando. Ele nem ao menos piscava, mas não era só Ric e o diretor Charles Crow, era também Julian Pardo, professor de Educação Física e também, Jason Motta de Inglês, além de Jesse Benson de Geologia e Ned Pierce de Artes. Um absurdo, ela era uma criança.

E todos eles estavam lá, apreciando o espetáculo de Elena Gilbert se maquiando. O pequeno espelho na mão estava à frente seu rosto. Agora ela passava o rimel, ainda na mesma sensual lentidão e movimentos de câmera lenta. Quando foi a vez do protetor solar e do bronzeador, a multidão triplicou de tamanho.

Ela sabia o que estava provocando. Por isso não tinha pressa em parar. Pensou ele. Enquanto ouvia as vozes masculinas da porta murmurando o quão gostosa ela era.

Por mais que Damon tivesse que admitir que fosse verdade, ele já tivera tantas alunas lindas e espetaculares que mais uma nem fazia tanta diferença. Ao longo de sua docência aqui, houve casos de estudantes que se ‘’apaixonaram’’ por ele, e eram meninas realmente bonitas, mas não o interessavam. São crianças de dezesseis, dezessete anos que vivem aquela fase onde tudo é muito platônico e sentimentos são confundidos facilmente. Não eram mulheres de verdade. Não valeria a pena arriscar seu emprego por adolescentes que confundem atração com amor na mesma facilidade que ele confunde Crepúsculo e Jogos Vorazes.

No fim, ele acabou olhando uma ou duas vezes para o que estava acontecendo ali fora. Afinal não havia problema em olhar. E ele no fim era é homem, mas mesmo sendo homem, nunca nesse mundo ficaria plantado na porta encarando promiscuamente uma adolescente sem ao menos disfarçar. Antes de tudo aquela era uma aluna sua, e ele nunca se envolveria com uma estudante. Lembrava-se perfeitamente do que aconteceu com seu colega de faculdade Luther Harry, da mesma idade que ele. Luther morava em Atlanta, há quatro anos, ele perdeu seu emprego e quase foi processado por ter beijado uma aluna em uma balada quando estava incrivelmente bêbado. O que aconteceria se deixasse se levar por essas paixonites infantis e tivesse um caso com uma delas, seria provavelmente preso. Ainda mais em um lugar como Mystic Falls.

É dever de um professor saber diferenciar essas relações e não deixar que sobrevenha qualquer envolvimento amoroso. Quem deixa isso acontecer, realmente não tinha vocação para isso. Era assim que Damon pensava, e era sim que sempre pensaria.

O sinal tocou, e era hora dele ir até o terceiro ano para sua próxima aula. E para piorar era dupla. Teria que encarar a exibicionista só que agora na sala de aula, e não no corredor.

— Bom dia, bom dia – Disse ele adentrando no local. Colocou os livros na mesa e encarou a classe. Todos sempre sentados e bem alinhados, como sempre faziam em suas aulas. – Hoje vamos aprender uma matéria nova e espero que TODOS tenham dormido bem essa noite, porque exige concentração.

Ao assistir a expressão contorcida de Elena, Damon olhou para o chão e sorriu rapidamente. Diferente de Jeremy, com aquele olhar matador, Elena ao menos o encarava. Ficava enrolando uma mecha de cabelo em seu indicador e de vez em quando olhava para ele, só que nunca durava mais de cinco segundo.

— Como eu disse antes, essa lição é complicada. Então prestem atenção, porque vai ser a matéria principal da prova nesse bimestre... Então pra quem não ficar atento ou pra quem faltou, o problema não vai ser meu e meu salário vai continuar o mesmo.

Enquanto os alunos sussurravam em protesto, Damon apanhou giz amarelo e desenhou uma reta.

— Modulo ou valor absoluto de um número. – Gritou ele, devido ao barulho ocorrente. Com o susto, eles se calaram e Damon continuou normalmente – É nada mais nada menos do que a distância de um número até o eixo, que no caso é zero... Senhorita Forbes o celular. Agora.

— Ah, não, senhor Salvatore eu guardo. Eu juro.

— Sem discussão, a senhorita sabe a regra. Anda, me dá.

— Mas professor eu...

— Sem, mas, Forbes. Anda.

A visão de Caroline se embaçou pelas lágrimas e ela entregou o celular na mão estendida do professor. Que viu as duas páginas abertas. Na primeira com algum jogo idiota, na segunda, mensagens que trocava com outra loira no fundo da classe.

— Senhorita Mikaelson. Acho que não preciso nem pedir, não é mesmo?

Rebekah bufou e fez o mesmo com seu aparelho. Depois, Damon os jogou em sua mochila e continuou a aula.

Elena tinha que confessar que achava que aquilo seria bem mais complicado. Ficou surpresa com o quão normal ela a tratou. Deu dois gritos com ela na aula por não estar prestando atenção, mas não só com ela, com Louis Bucky e Jaymee Song, pelo mesmo motivo. Ela e Tyler trocaram olhares o tempo inteiro. Provavelmente sentariam juntos na hora do almoço.

O que se concretizou na hora que o sinal bateu.

Estavam lá Elena Gilbert, Bonnie Bennett, Rebekah Mikaelson, Caroline Forbes, Tyler Lockwood e Matt Donavan, melhor amigo de Tyler e namorado de Rebekah.

— Espera, espera. Deixa-me ver se eu entendi direito. O quarto que sua mãe queria alugar acabou indo justamente pra... Ele?  Ai Deus amiga. Que desgraça. – Disse Rebekah engolindo em seco. – E agora?

— Agora é simplesmente conviver, Rebekah. Eu fiquei na duvida se eu contava ou não pra vocês, mas a minha querida irmã já disse pra todo mundo da sala dela, então... Vocês iam acabar descobrindo mesmo.

— É claro que íamos – Falou Bonnie. – Aqui é Mystic Falls, Elena. Tudo acaba sendo descoberto.

— A sua sorte é que o Senhor Salvatore é um lindo, Elena. Se ele não fosse tão insuportável, eu até que sentiria inveja de você.

— Obrigada, Caroline. Só que acontece que ele é um insuportável.

— Por isso mesmo que eu não sinto inveja.

Elena revirou os olhos, irritada. Nesse momento necessitava de palavras motivacionais. Por fim, resolveu deitar-se nos ombros de Tyler, que afagava seus cabelos delicadamente.

Ótimo, agora pra melhorar ele mexe no meu cabelo. Porque não me leva em uma loja de roupas usadas para aquilatar o meu dia de vez?

— Se acalma, Princesa. Se você ignorar esse cara nem vai perceber que ele tá lá. Acredita em mim, Lena. Eu te entendo.

Me entende? Como ele pode entender o fato de eu estar morando com o diabo?

— Como assim você entende, Tyler? Me explica! – Disse ela levantando de seus ombros, confusa.

Elena percebeu seus amigos encolherem em seus lugares, como se tivessem escondendo algo. Foi o bastante para ela levantar a cabeça e os encarar.

— Elena, Lembra que eu te disse, no nosso encontro sobre esse meu irmão mais velho, Mason, que queria pedir a namorada em casamento, mas acabou pegando ela na cama com o melhor amigo. – Falou Tyler nervoso. Elena concordou que sim, e ele prosseguiu. – Esse amigo era o Senhor Salvatore.

Percebendo o choque no rosto da garota, ele parou.

— Uau. Eu não sei se isso me surpreende ou não. – Disse Elena sem muito embaraço. – Só que isso não explica como você me entende por estar morando com ele.

— Tem certeza de que quer ouvir?

— É, Tyler continua. Agora que começou quero saber. – Falou ela em protesto.

— Tudo bem então. Calma gatinha, eu conto – Disse ele acariciando seu rosto. Colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e selou seus lábios calmamente. – Foi há cinco anos. Damon teve um problema com os pais. Eu não sei direito o que foi, eu só tinha doze na época. Não lembro muito bem. Eu só sei que ele foi expulso de casa, e ele ficou uns seis meses morando com Mason na minha. Isso tudo um pouco antes de o meu irmão alugar um apartamentinho que ele tinha no centro pro Damon. E antes mesmo dele vir morar com agente, ele vivia direto lá em casa, com o Mason, afinal os dois eram melhores amigos. E o Damon era muito legal. Era o cara mais engraçado e divertido que eu já tinha conhecido. Era um piadista, tinha uma ironia pra tudo. Todo mundo adorava ele, principalmente as crianças, só que depois que ele foi expulso ele virou outro totalmente diferente. E quando ele começou a morar com agente, quase não falava, só com o Mason. Ia e voltava do curso, da faculdade ou sei lá do que, e se trancava no quarto. Quando saia, sempre muito quieto, muito isolado e quando dizia alguma coisa era grosso e maltratava as pessoas, sem piedade nenhuma.

— O que o Tyler tá falando é verdade, Elena. – Manifestou-se Bonnie, docilmente.

Depois foi a vez de Matt. Pela primeira vez.

— O que eu acho estranho é o fato de não sabermos o porquê de ele ter sido expulso de casa.

— Eu não sei, nunca entendi direito isso. Quer dizer eu ouvi Mason falando com os meus pais na época, mas, como eu disse, não lembro bem e sempre que eu perguntava pra minha mãe o porquê do Damon estar vivendo na nossa casa, ela respondia que eu não podia saber, porque eu ainda era muito novo e etc. Então deve ser bem serio.

— Sério o bastante pra impedir de espalharem fofocas em Mystic Falls? O que o senhor Salvatore fez pelo amor de Deus? Transou com a própria mãe? – Falou Elena.

— Por ai... – Riu Rebekah mordendo um pedaço de morango. – A questão é: fofoca nesse lugar se espalha rápido, os pais de vocês devem saber e só não contaram na época por serem todos jovens demais. E agora, que todo mundo cresceu o bastante para entender, vocês simplesmente esqueceram o assunto e não tem mais importância. E se... – Deu ênfase ao ‘’se’’ –... Vocês perguntassem, eles não diriam, afinal, ele é nosso professor. É simples gente, se queremos descobrir o porquê dele ter sido expulso de casa. Temos que nos perguntar primeiro. Por quê? Porque queremos tanto descobrir?

— Não queremos – Disse Elena novamente. – Nem sei o porquê de estarmos falando disso. Que tal agente esquecer, essa conversa que não vai dar em nada? Eu vou continuar tendo que conviver com o desgraçado do mesmo jeito e além do mais eu...

— Meu Deus – Gritou Bonnie. – É isso, é isso. Já sei.

— O que foi menina? Parece louca

— Não sou louca, Caroline. Eu simplesmente tive a melhor ideia de todas.

— Fala logo porque ta me assustando – Exclamou Matt, envolvendo os braços em Rebekah.

— O Tyler disse que depois que ele foi expulso de casa ele virou outro. Completamente diferente, certo? Se conseguirmos descobrir o que realmente aconteceu podemos... Podemos, sei lá, bolar um plano para que ele se reconcilie com os pais, fazendo assim com que...

—... Ele se mude da minha casa.

— Isso, Elena. Exato. Ou talvez até ele possa até voltar ao normal, entende?

— Como assim normal, Bonnie? – Perguntou Tyler. – Esse desgraçado não é normal.

— Você mesmo falou que depois dessa briga ele mudou pra caramba– Falava ela animadamente. Como se tivesse tido a mais brilhante ideia do mundo inteiro – Então, vamos fazer isso, ou não? Assim ele sai da casa da Lena, e pode voltar a ser humano. Talvez agente até evite que algum aluno o mate, afinal tá cheio de gente querendo fazer isso.

— E porque agente faria algo assim tão legal por esse homem? Ele pegou meu celular hoje, Bonnie. Eu ia passar de fase no Candy Crush, mas graças a esse diabo eu não conseguir.

— Ai pelo amor de Deus, Caroline. – Rosnou Bonnie – Isso é algo que estamos fazendo pela Elena. E por nós também. Lembra quando éramos criança e o Damon ia ao parquinho brincar com agente, ele era muito legal, não era? Se agente tivesse isso de volta. Seria incrível.

A loira ficou em silencio e voltou a se concentrar em sua comida. Elena continuava na duvida se aceitava esse plano de Bonnie ou não, Tyler pinicava a respiração em seu ombro e fazia carinhos com o polegar em sua mão direita. Estava prestes a fazer uma loucura, mas valeria a pena se fosse para tira-lo de sua casa e nunca mais voltasse.

— O que eu tenho que fazer? – Perguntou Elena a Bonnie.

Bonnie hesitava em dizer alguma coisa, mas seu sorriso se alargou de orelha a orelha e ela se empreitou em seu acento.

— Tá bom – Disse ela nervosa. Com uma pequena gota de malicia – Como a Rebekah disse, ele é nosso professor. E nossos pais não vão querer que agente espalhe boatos sobre ele. E todo esse mistério indica que a fofoca deve ser das grandes, mas pra nossa sorte eu sei de alguém que pode ajudar.

— Quem? – Perguntou Tyler.

— Seu irmão.

— Que? Bonnie como assim? Por quê? Tá Maluca.

— Calma, tá bom? Vou explicar... Escuta. Você vai dizer pro Mason que tá cheio do modo como Damon trata todo mundo e que quer se vingar. Ai você inventa uma história que se lembrou de uma conversa que teve com sua mãe, e ela comentou algo sobre um segredo relacionado ao por que do Damon ter vindo morar com vocês naquela época, um pouco antes do seu irmãozinho traído alugar o apê dele pro Salvatore. E pronto. – Dessa vez Bonnie falava como se fosse à coisa mais simples de todo mundo. – Mason ainda o odeia pelo que aconteceu com a senhorita Marie. Ele vai achar que vai ajudar a destruir o Damon quando na verdade, para o azar do seu irmão, ele vai ampara-lo.

— Então eu vou ter que mentir pro meu irmão dizendo que vou me vingar do cara que destruiu a vida dele, quando na verdade vou acabar ajudando? O que te faz pensar que eu vou entrar nessa?

— Não se trata do seu irmão, nem de vingança. O senhor Salvatore só vai acabar se beneficiando por associação. Trata-se da gente se livrar de um professor insuportável e ter de volta aquele cara da nossa infância que brincava e fazia palhaçadas nas nossas festas de aniversario, mas acima de tudo trata-se de ajudar a Elena.

Elena...

Tyler olhou de relance para a menina ao seu lado. Conhecia Elena há pouco tempo, mas sentia que ela era especial. Iria ajudar. Iria ajudá-la.

— Tudo bem eu faço. – Disse ele, apertando os dedos de Elena por de baixo da mesa.

— E eu Bonnie? O que eu tenho que fazer? – Perguntou Caroline animada.

— Bom, por enquanto preciso que você dê um jeito de fazer com que o diretor obrigue os professores a irem à audição das novas lideres de torcida.

— Por quê?

— Confia em mim, Caroline. Sei o que to fazendo. – Anunciou ela ao grupo. Depois se virou na direção do menino loiro de olhos azuis – Matt, sua mãe trabalha na secretária do colégio, certo? Preciso que consiga uma copia a ficha da Senhorita Marie.

Agora foi a vez de Elena perguntar:

— Quem é Senhorita Marie, Bonnie?

— É a mulher que o Senhor Salvatore roubou do Mason, lembra? Rose Marie, antiga professora de Filosofia do colégio.

— E porque você quer a ficha dela, Bonnie? No que isso vai ajudar? – Questionou Rebekah.

— Ela é o nosso plano B. Caso o plano A não dê certo, talvez possamos nos contatar com a senhorita Marie, e se ela voltar quem sabe se case com Damon e ele sai da casa de Elena. Eu pensei em falar para o Tyler conseguir o numero dela, mas depois de tanto que essa maluca fugiu do Mason deve definitivamente ter mudado de telefone.

Depois de pensar mais um pouco Bonnie voltou a falar. Dessa vez com Rebekah.

— A sua parte, quer dizer a nossa parte, pode ser um pouco mais demorada que as outras. A festa dos Fundadores tá logo ai, então você e eu vamos fazer em dupla e escolher a família Salvatore para nossa pesquisa. Então... Nós vamos até a casa dos pais do Damon, fazemos uma entrevista e damos um jeito de descobrir mais coisas, dependendo claro de qual for esse segredo.

— Você é do mal, Bonnie Bennett. To orgulhosa. – Falou Caroline lhe implantando um beijo em sua bochecha.

— Hello. Eu ainda to aqui. Bonnie, você não disse o que eu tenho que fazer. – Disse Elena como uma garotinha mimada.

Por mais que estivesse com medo. Sua personalidade ainda continuava inatingível.

— Ah, é mesmo, Lena. É que sua parte é tão simples que eu até me esqueci. Desculpa.

— Bom, pode falar. Seja o que for eu faço.

— Como eu disse, é bem simples. Agora que você tá morando com ele, é mais fácil ainda. Tudo que você tem que fazer é se aproximar dele, se tornar amiga, uma confidente.

Com aquele rosto sincero e alegre em sua frente, a ideia de que aquilo fosse uma piada saiu de sua cabeça rapidamente. Ela não poderia estar falando sério...

— Bonnie, você tem noção do que acabou de falar? – Disse Elena com indignação e as sobrancelhas franzidas. Não queria que sua voz saísse tão aguda. – Eu conheço o cara há muito menos tempo que você e até eu sei que isso é impossível.

— Não Lena, não é. É simples. Vocês estão morando juntos agora, e a última coisa que ele vai negar pra ti é ter uma boa convivência. Não to falando pra você chegar lá na sua casa, invadir o quarto dele e exigir um questionário. Vai aos poucos, devagar. Esse é o segredo.

Elena simplesmente assentiu e recostou as costas no ombro de Tyler. Olhou em volta e encontrou o rosto de Damon em uma das mesas, junto com outros professores. Todos riam de algo, exceto por ele, que sorriu fraco e depois voltou a encarar seus dedos. Ou melhor, sua aliança.

Não seria fácil ter que fingir amizade com ele. Não seria fácil fingir que se importava com ele, mas se puxar o tapete daquele homem fosse necessário para tira-lo de sua casa, ela daria a melhor e maior rasteira de toda uma vida.

Nem que fosse necessário quebrar minha unha.


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Notas finais do capítulo

comentem......ps: sou aberta a recomendações tbm rs