Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 24
- A ligação.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, olha eu aqui de novo. Muito obrigada aqueles que apoiam a história é muito importante pra mim e tbm obrigada a linda Gabs Jenner Somerhalder pela recomendação, adorei e estou aberta a mais kkkk, dedico esse capitulo a ela. Bjs e boa leitura.



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Já era a terceira vez que Damon tinha de explicar aquela conta para Emma, mas ela simplesmente parecia não entender. O que era extremamente irritante para ele, pois toda classe já estava a ponto de terminar os exercícios. Além do fato de que Inequações Logarítimicas era uma matéria parcialmente fácil para uma classe do segundo ano. Jeremy pelo visto já havia acabado. Abaixou a cabeça na carteira e não olhou mais para frente.

Ao contrario dele, Elena parecia muito bem. Aparentava-se recuperada do terrível quase acidente entre ela e o velho asqueroso perto da boate. Parecia a mesma Elena de sempre; Animada, popular, patricinha mimada e geniosa... Como se nada tivesse acontecido.

Hoje de manhã lá estava ela. No recreio. Rodeada por todas as garotas e sendo desejadas pelos meninos. O centro das atenções, igualmente a quando chegou aqui.

– Emma... Tudo isso aqui... – Disse Damon já cansado. Apontava diretamente para a reta desenhada. – Presta atenção. Tudo isso vai representar que x é maior que zero. O conjunto inteiro. Tudo isso.

– O conjunto é a parte pintadinha, professor?

Revirou os olhos impaciente pelo comentário. Sentia-se dando aula para a primeira serie. Não entendia a dificuldade.

– Sim, Emma a parte pintadinha, mas e a parte logarítimica você conseguiu entender?

– Consegui.

– Ah, Aleluia Jesus. – Até que enfim. Nem que tivesse que pedir pra professora de matemática do primeiro ano ficar aqui com ela e explicar, mas Damon definitivamente não estava disposto a sacrificar seu descanso por uma perda de tempo como uma aluna.

Alguns segundos depois o sinal finalmente foi tocado. Havia mais uma aula até os estudantes irem diretos para suas casas, mas para ele seu expediente havia acabado. Sem aulas por hoje.

Elena havia lhe dito que hoje iria até a casa de seus pais para o trabalho. O que ele achou estranho, pois já havia tempo delas terminarem. A festa dos fundadores era no próximo fim de semana e a entrega do trabalho e apresentação provavelmente ficaria para sexta anterior.

Passou no mercado para comprar a comida de Sam e depois seguiu para casa. O peixinho estava faminto; Levando em conta de que seus grandes olhos se mantinham mais arregalados que o normal.

Ao terminar de alimenta-lo decidiu assistir um pouco de televisão. O que se arrependeu nos 15 minutos seguintes já que nesse horário só exibia programas estúpidos e sem utilidades. Remexeu os canais sem parar; Deitado em sua cama de moletom e meias com o preto controle na mão. Voltou o mais rápido que pôde ao ver que Elena estava em um dos canais.

Era um programa de fofoca.

Elena Gilbert tem a pretensão de voltar à Nova Iorque após sua grande mudança para Moscou? – Disse a repórter de cabelos curtos e castanhos. Se Elena visse isso ficaria meia hora falando do vestidinho preto que a mulher usava. Era sempre assim que ela fazia das poucas vezes que viam TV juntos. Comentava da roupa das pessoas. – Olá pessoal, eu sou Giuliana Rancic com as noticias das celebridades. – Sentia pena de Elena nesse sentido. Ter que mentir e viver a vida quando cada ação que se é feita, boas ou ruins, é comentada pelo mundo inteiro. – Parece que a socialite está muito feliz com a nova vida na Rússia. A bela morena de dezesseis anos está totalmente satisfeita com a nova vida na Europa. Prova disso são os últimos tweets da blogueira. Ontem, Elena dividiu com os mais de dois milhões de seguidores sua grande alegria: ‘’Estou tendo o prazer de viver em um dos lugares mais receptivos e lindos do mundo. Esse sempre foi meu segundo lar, mas agora se tornou o meu primeiro e único #QueBomSerFeliz’’. E nós aqui, desejamos muitas felicidades a você também Elena. Terminamos o programa de hoje com o comercial da Princesa da moda para a Dior.

E assim aos poucos a tela foi recheada por uma floresta escura sobre a noite. Fazia muito tempo que ele não via esse comercial. Do meio das arvores saiu uma mulher usando um belo e recheado vestido roxo escuro com detalhes pretos. Elena. Ela caminhava pela floresta olhando para cima procurando alguma coisa. Ela estava magnífica; Seu cabelo cacheado perfeitamente, sua maquiagem brilhante, a pele, a roupa... Não havia o que contestar em sua beleza naquele anuncio.

Ao entrar em uma caverna ao fim da colina, uma luz começa a brilhar bem no fundo do local. Vindo de lá, quando Elena seguia a luz, encontrava uma enorme pedra com um vidro em cima. O perfume. Lentamente se aproximando, quando ela apanha o frasco, tudo brilha intensamente e seu sorriso acompanha a amplitude da luz. Tudo se misturando quando ela espirra a fragrância em seu pescoço; No final, um slogan fecha a tela aos poucos com a voz de Elena falando no fundo. ‘’ Seja a luz no fim do túnel. Seja Dior’’.

Era estranhamente diferente assistir esse anúncio em conta de sua perspectiva atual sobre ela. A diferença era que agora além de conhecê-la, também prestava atenção. Nunca em sua vida que se atentou aos detalhes dos comerciais que Elena fazia. Ou de qualquer celebridade.

Ela reluzia na tela de uma maneira com que lhe prendesse e tornasse incapaz a habilidade do ser humano de prestar atenção em qualquer outra coisa que não fosse sua perfeição, mas o pior de tudo era o fato dela saber o que era; Ela sabia que era linda e provocava os homens ao seu redor da mais descarada maneira possível. Alguns até podem saber a falsa intenção dela, afinal uma mulher desse calibre não fala com qualquer um, mas nenhum deles importava-se, desde que no final estivessem com ela ou falasse com ela.

Mal havia percebido o tempo que já tinha passado desde o fim do comercial dela, mas ainda sim continuava parado ali encarando a TV com os olhos abertos, sendo que não possuía ideia do que estava assistindo. Era como se um mágico, com seu poderoso relógio o tivesse hipnotizado. Seu cérebro somente veio a funcionar quando o escuro celular no criado mudo se mexia incontrolavelmente, junto ao som da música ‘’I’m Yours’’ do Jason Mraz.

Ric.

Avisava a tela. Atendeu. Precisa distrair sua mente de coisas na qual não podia pensar. Nem agora nem nunca.

– Fala, maluco. – Disse Damon ao levar o aparelho à orelha.

Vem jantar aqui hoje? Meredith fez o ensopado.

– Só nós três ou o Connor também? – Desde o dia que reencontrou Connor no cartório eles haviam se tornado muito próximo. Alaric também gostava dele e ambos se davam bem, nas vezes que Connor ia jantar com eles, sempre levava uma taça de Uísque 34, que além de ser o predileto de Ric, e causava uma verdadeira tortura em Damon por não poder usufruí-lo.

Eu liguei pra ele agorinha pouco. Disse que ia levar à namorada nova. Que horas você vem?

– Aah... Quer saber Ric, eu não to me sentindo muito bem. – Disse ele fingindo desanimação. Estar ali com Alaric e Meredith, Connor e essa nova mulher... Queria distancia desse tipo de ambiente onde se sentisse deslocado e por falta dela. Rose conseguia ter mais efeito sobre ele do que si próprio. – Minha cabeça dói e eu preciso preparar minha aula de amanhã ainda. Melhor não.

Mas... Você tá bem? Posso pedir pra Meredith te passar um remédio ou então, vem e ela te examina porque isso pode ser alguma coisa e...

– Ric, Ric, calma. Não é nada grave só não to me sentindo muito disposto. Só isso. – Dizia Damon o interrompendo educadamente. Hoje não dava para ele, mas mesmo assim não queria deixar o amigo preocupado. – Não precisa se preocupar, maluco. Amanhã já vou tá bem. Prometo.

Ainda triste Alaric resolveu ceder.

Hoje eu deixo passar, mas fim de semana eu já vou avisando que vamos pra estrada. Preciso ir até Duke pra buscar os registros daquelas pesquisas que eu fiz em Dezembro pro Doutor Stone, se lembra?

– Aquela do livro dele, não é?

É aquela mesmo. Vai ser legal, Duke tem ótimos bares e uma feira de testilharia a céu aberto pra nós nos torturamos por não podermos beber.– Disse Alaric fazendo Damon rir. A última vez que foi a uma testilharia saiu direto para o hospital, Mason teve que o carregar pro três quilômetros inteiros.

– Tenho que desligar agora, Ric. Sam tá com fome e eu ainda tenho um monte de coisa pra fazer.

Tudo bem então. Dá um toque depois pra dizer se melhorou. Tchau Damon.

– Tchau Maluco.

Desligou o celular e jogou em qualquer parte da cama. Sam não estava com fome e seu aquário ainda estava limpo. Ouviu a voz de Elena na porta junto com a de Jeremy. Ele provavelmente iria correr para o quarto e se trancar lá, e Elena iria até a sua antiga casa com Bonnie para fazer o trabalho.

Iria falar com ela antes que ela fosse, levantou e torceu pra que ela tivesse na sala e não precisasse subir até o quarto dela e levantar a desconfiança de alguém se o pegassem. Já havia puxado a maçaneta quando o celular tocou outra vez. Era quase sempre assim com Ric. Ele ligava, ficavam horas e horas conversando e quando desligavam não demorava nem cinco minutos até que ele ligasse outra vez para falar de coisas que havia esquecido, e que segundo ele, era importantíssimo. O que nunca realmente era.

Nem se deu ao trabalho de olhar o identificador, apenas apertou o botão verde e revirou os olhos pela previsibilidade do melhor amigo.

– O que é dessa vez, Ric?

Silêncio.

Não é o Ric. – Disse a voz com medo. Aquele forte sotaque sulista que reconhecia em qualquer lugar. Não demorou muito para que a respiração de Damon acelerasse pelo susto e seu corpo inteiro começasse a suar, principalmente suas mãos. – Sou eu.

– Ro...se? Rose?...

Foi tudo que conseguiu dizer, literalmente. Todo o implacável controle de sua voz sumira pelo simples ato de um telefonema, mas não era uma ligação qualquer. Aos poucos seus olhos começaram a marejar e suas pernas bambas já não aguentavam mais seu próprio peso. Caiu em sua cama com o corpo completamente estático pelo choque.

Olha, presta atenção eu sei que o que eu fiz é imperdoável, mas Damon eu te amo, só que eu to com medo. Eu tenho medo de não me adaptar a tudo isso. – Ao contrario dele ela não parecia em choque. Parecia nervosa e falava atrapalhado, mas não era o mesmo que ele. Damon mal conseguia se mover, era um milagre ainda não ter desmaiado. – Tenho medo de que viremos um desses casais que depois de um tempo só se odeiam e que caiem na rotina e nunca mais tem intimidade, nunca mais tem amor e Damon eu te amo tanto mais tanto que eu não consigo me controlar de tanto medo de que... De que você deixe de me amar e... Me deixe. Damon, por favor. – Ela estava chorando. Tentava se controlar para que ele não percebesse, mas depois ficou visível demais, até para ele que não prestava atenção em nada de tão embatido que estava. – Damon? Damon você tá ai? Damon eu...

– Você... – Disse ele ainda tentando falar. – Eu não consigo... Eu não to entendo... Você.

Droga, Damon fala alguma coisa. Por favor.

– NÃO CONSIGO. – Rosnou Damon. – NÃO CONSIGO FALAR ROSE, SÓ CONSIGO GRITAR. VOCÊ ME DEIXOU AQUI. FOI EMBORA, LIGOU AVISANDO EM UMA CONVERSA DE 7 MINUTOS E TRINTA E CINCO SEGUNDOS E DEIXOU UMA PORCARIA DE UMA CARTA. EU NÃO CONSIGO SÓ FALAR, ROSE. NÃO ME PEDE ISSO. ATÉ ONDE EU SAIBA TEMOS UM CASAMENTO MARCADO. E VOCÊ PEDIU PRA NÃO CANCELAR NADA SENDO QUE EU NEM SEI SE VOCÊ VOLTA OU NÃO.

EU DISSE QUE EU VOLTO, QUE RAIVA.

– VOCÊ DIZ, MAS NUNCA MANDA NENHUMA NOTICIA O QUE VOCÊ QUER EU FAÇA?

QUERO QUE ME AME. – Disse ela rápida e afiada, como uma adaga no meio do peito.

– Eu amo Rose. Eu amo você; Amo você mais do que tudo nesse mundo.

Agora já não gritavam mais. Só choravam. Os dois.

Mais e daqui a 10 anos? 6 anos? Quando cairmos na rotina por causa de um casamento? O que acontece? Você me ama agora, mas depois me ama e me troca por outra. Não quero isso pra nós, Damon.

– Não confia em mim? – Perguntou ele ofegante, sua voz era tensa e sufocada. – Já disse que te amo. Não quero ninguém, Rose. É você, eu quero você eu amo você e sempre vai ser você.

Pode ouvir o aumento significante do choro em sua voz. Rose não era de chorar, ele também não era, mas parecia que um se tornava e exceção do outro, absolutamente para tudo. Esperou até que ela se acalmasse novamente. Ficou ao menos dois minutos ouvindo o choro dela e esperando com que Rose se acalmasse. Ele também chorava não tão desesperado como ela, mas o suficiente para embasar sua visão.

Vem pra Florida. Fica aqui... Podemos achar uma escola, eu volto a ensinar filosofia e você matemática podemos...

– Rose, para. – Já sabia onde isso iria chegar e realmente não queria falar sobre isso ou chegar a esse ponto. Tudo já estava complicado o suficiente para os dois. – Não posso ir embora agora. Eu quero, quero sair desse lugar, mas agora é complicado e você sabe. Volta à gente se casa e... Ficamos mais um ano aqui até minha pós-graduação em Whitmore ano que vem e depois vamos embora pra Nova Iorque, Los Angeles, Florida, qualquer lugar. Te amo, te amo, Rose.

Sentiu que alguém estava na cozinha. O barulho da torneira se abrindo e os saltos altos. Foi para o banheiro e sentou-se no chão encostada-se à porta. Com Rose tudo era instável; Em um segundo podia dizer que a amava e no outro facilmente começavam a gritar.

Não quero isso, Damon. Nesse tempo eu pensei e... Eu te amo mais que tudo nesse mundo só que eu tenho medo e eu não me sinto bem o bastante pra... Tentar superar e seguir em frente. Não posso. Eu quero, mas eu... Não consigo. Ainda não.

– O tá querendo dizer com isso? Rose você não... – Disse Damon. Sua voz tremeu levemente. Sabia o que ela iria dizer, mas estava sem coragem para ao menos ouvir aquelas palavras, ou se quer pensar nisso. Ela era a mulher de sua vida e ele tinha tanta certeza de que a queria para sempre como marido e mulher. Ainda tentando se recuperar ele continuou – Rose, por favor, você não...

Sim, Damon. Quero que cancele o casamento. Eu te amo, mas não consigo, não quero que o mesmo que aconteceu com meus pais aconteça com a gente. Não quero, não to pronta pra me casar.


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Notas finais do capítulo

Bom gente é isso. O damon quer casar, mas a rose não quer então já sabe no que isso vai dar, né... Terminaram. O que eu acho que é bom, não é? Não quero da spoiler mais no proximo capitulo alguém vai ajudar o damon a superar tudo isso... Palpite de quem seja? kkkk