Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 22
- Nosso domingo. Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal UAU UAU UAU recebi mtos novos comentarios pelo ultimo capitulo e todos praticamente de leitores novos o q me deixou mto feliz. Obrigada pessoal. Se gostam da fic por favor continuem a comentar e se gostam a ponto de adorar, recomendem kkk BJS, Boa leitura.



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Foi fácil o enganar fingindo ter medo de trovões. Estava certo que raios não eram a coisa que mais a agradavam nesse mundo, mas também não chegava a ter medo.

Os segundos se arrastaram, e ele não retirou a mão de seus cabelos e nem pediu para que ela largasse de seu braço. Era obvio que ele estava constrangido e sobressaltado, só que parecia que nem isso o fez se afastar. Sinal de que estava funcionando. Não podia deixar com que ele fosse, sendo que ele estava começando a se abrir. Damon era muito instável; O fato dele estar dividindo certas coisas consigo hoje, não era certeza de que ele faria o mesmo amanhã.

— Quer ir pra sala? – Perguntou ele no mesmo tom abatido. Esperou que Elena dissesse algo, mas ao invés disso ela só assentiu. – Então vamos! – Disse Damon por fim, indo para sala com ela. As cortinas pesadas do cômodo não permitiam que o azul da explosão dos raios fosse exposto aos dois. A lareira já havia sido desligada e tudo estava completamente escuro, apenas a silhuetas deles próprios e dos moveis ao redor conseguia se tornar visível. O resto era preto.

Sentaram-se rígidos no sofá. Ela já havia soltado seu braço e só voltava a toca-lo, com temor, quando um novo trovão rugia.

— Está mais calma? – Disse ele, pacífico, e sem virar o rosto. Novamente, ela não respondeu, apenas assentiu. Estava com medo de que seu tom de voz denunciasse que era tudo fingimento. Depois, Damon acrescentou retoricamente: – Ótimo. Só fica calma, ok?

— Estou com sono.

Sussurrou esforçando-se para manter a farsa.

— Quer ir pro seu quarto? Eu levo você, Elena, mas tem que se acalmar.

Antes mesmo que ela pudesse responder ou sequer concordar com a cabeça, Damon levantou-se e a puxou delicadamente pela mão em direção à escada. Preferiu se manter atrás dele; Estava muito escuro e Damon caminhava tateando pelo local para não esbarrar em nada. Quando em fim alcançaram o interruptor, puderam subir os degraus normalmente.

— Já tinha vindo aqui em cima antes? – Perguntou Elena em tom dócil.

— Uma vez. Quando vim conhecer a casa, no dia da minha mudança. – Antes ou depois de saber que moraria com alunos? Pensou ela, mas não perguntou. Não queria parecer grossa. Logo agora que o plano estava indo bem. – Mas não passei do corredor.

Não lembrava direito como o corredor se parecia.

Era em formato de ‘’quadrado’’ e a escada se mantinha ao centro com toda uma pequena mureta da cor das paredes ao redor dela. Era ainda mais bonito do que ele lembrava. Todas as portas tinham a cor em creme, deduziu rapidamente que o quarto de Elena fosse o terceiro pela placa cor de rosa escrita: ‘’A PRINCESS SLEEPS HERE’’, com alguns colantes de fadas ao redor.

Só aquilo já era uma amostra do que encontraria na parte de dentro. Sua mente apostava em uma enorme cama com um dossel Pink e diversos ursinhos de pelúcia e bonecas de pano. Quando ela abriu a porta, automaticamente apertou os olhos contra o mar de rosa que deveria estar por vim.

Ao entrar, parte de seu cérebro ficou surpreso por não haver tanto Pink nem ao menos ursos e dossel. Só que ainda sim era feminino e típico de uma adolescente da idade. As cobertas e os lençóis, sim, eram rosa e com um urso de pelúcia pequenino bem ao meio dos travesseiros, algum toque de sua personalidade não poderia faltar. Com uma escrivaninha branca do lado esquerdo da cama onde se mantinham alguns livros e materiais de desenho. Ao lado direito uma estante grudada na parede. Havia três janelas no quarto, as cortinhas todas vermelhas e em uma delas havia um sofá bem pequeno acoplado. Além da porta de entrada, tinha mais outras duas. Uma provavelmente era o banheiro e a outra deveria ser o closet. Uma penteadeira/cômoda branca com um espelho logo em cima. O quarto possuía outro espelho, só que era bem maior; Daqueles de madeira com pés, logo na entrada.

Leu uma vez que o quarto de um adolescente representava muito de sua personalidade. O dela era doce, feminino, jovial. E Elena era metida, selvagem e maluca.

Decidiu ignorar aquele pensamento sobre a personalidade dela. Não valia a pena, apesar de ser estranho. Sentou-se no pequeno acolchoado da janela enquanto Elena enrolava-se em uma coberta em sua cama.

— Pode ir embora se quiser – Falou ela em voz triste. – Vou ficar bem. Eu juro.

Nenhuma resposta, somente balançou a cabeça em negação. Seus olhos começaram a vagar por todo o quarto, enquanto o silencio começava a aparecer. Devagar.

— Você não tava mentindo quando disse que gostava da Mindy McCready – Disse Damon exibindo um sorriso de canto. Referiu-se ao pôster da cantora na porta de seu banheiro. Gostava de quando ele sorria daquela maneira. Era... Era... Sexy.

Não acredito que realmente pensei isso. 

Virou a cabeça para o outro lado rapidamente para poder olhar o pôster e parar de pensar em besteiras. Sorriu. Mindy sempre a fazia sorrir.

Tinha outros pôsteres no quarto. Perto do espelho da cômoda havia um do James Blunt, e outro do James Morrison a cima da parede do criado mudo.

— Você até que tem bom gosto, Elena. Pensei que meninas como você curtissem... Sei lá, The Wanted e essas coisinhas eletrônicas, adolescentes. Nem sei direito. – Disse ele ainda olhando ao redor, causando uma expressão de repudio pelo comentário.

— Se minha irmã te ouvisse agora, ela te matava.

— Do que mais você gosta? – Pelo jeito ele não queria saber dos demais. Queria saber de mim.

— Ah, eu gosto do Jason Mraz, da Colbie Caillant, Jack Johnson, John Legend... Gosto desse Pop surf, do Soft Rock com essa pegada forte de soul, entende? E você?

— Eu concordo com você. – Disse ele estranhando a coincidência, e Elena o respondeu com um suave sorriso. Ficaram parados assim por um bom tempo olhando um ao outro. Felizes. – Gosto muito do Blunt e do Morrison, principalmente do Blunt. Gosto do Jason, do John e do Jack também. Fui criado ouvindo country pela minha mãe, mas eu gosto bem mais desse estilo.

— Pensei que você fizesse mais o estilo Rock clássico. Entende? Não parece ser o tipo de pessoa que tem Same Mistake em uma playlist.

Damon não surpreendeu-se ao ouvir aquelas palavras. 

— Eu entendo, Elena. E acho isso um insulto levando em conta que essa é uma das minhas músicas favoritas. – Ela sorriu com a brincadeira agarrando-se cada vez mais ao cobertor. Nem lembrava mais de fingir medo pela tempestade. – Confesso que eu curto muito o AC/DC, Led Zeppelin, Kiss, Bon Jovi. São todos geniais. Incríveis, grandes lendas, mas eu prefiro algo mais suave.

E realmente eram. Ric era o fã número do Kiss. Ano passado, foram todos para um show que haveria da banda na Califórnia. Ele, Alaric, Rose e Klaus. Um dos melhores dias de sua vida.

— Eu também penso assim. Principalmente pelo Led, eu adoro. Mas, prefiro uma coisa mais leve.

— Já foi em algum show?

— Vários. – Disse Elena entusiasmada. Sua euforia pela conversa era tamanha que nem reparou quando deixou de dentar-se na cama, e passar a ficar sentada, mesmo que ainda se mantivesse enrolada as cobertas. – Fui no da Colbie em Miami, fui no da Norah Jones, lá mesmo em Nova Iorque... Jack Johnson no Hawaii, Corine Bailey Rae em Londres. Inclusive, a música dela, Put your records on foi minha grande inspiração pra começar o blog. É absolutamente maravilhosa. Já fui no do Blunt, também em NY. Diversos, diversos.

Ao menos uma coisa Damon não se surpreendia com ela por hoje. Havia deduzido que ela era do tipo aventureira. Que gosta de sair e curtir a vida, as luzes e toda a diversão oferecida pela cidade grande.

Observava ela falar bem atentamente, sorrindo. Deu uma olhada em volta do quarto mais uma vez. As fotos na prateleira de Elena em inúmeras cenas diferentes; Em uma, ela estava com um vestido azul celeste. Bem apertado na parte do decote. O cabelo mantido em cachos parcialmente presos e soltos, com uma brilhante coroa de prata presa, e flores vermelhas em suas mãos. Deveria ter ganhado como rainha de algum baile em seu antigo colégio.

O que não era bem novidade. Ela mal havia chegado à cidade e rapidamente tornou-se uma das garotas mais populares e cobiçadas da escola. No seu outro educandário de Nova Iorque deveria ser mais ainda. As outras fotos se alternavam entre ela com alguns garotos. Os beijando-os no rosto, com as mãos cintura um do outro... O restante era com Elena vestida de Líder de Torcida, sozinha ou com duas outras garotas que aparentavam sua idade. Ou então, dela no shopping com essas mesmas garotas. Uma de cabelos castanhos claros médios e olhos da mesma cor, lábios bem carnudos, de grandes dentes e muito bonita. A outra era igualmente tão bela; grandes olhos verdes e cabelos castanhos escuros. Ambas de belezas exóticas e chamativas.

Após que a conversa sobre musica se encerrou, Damon levantou andando pelo quarto a observar, de um lado para o outro; Até que, finalmente, se arriscou para perguntar:

— Quem são aqueles? – Apontou para o pequeno mural de fotografias.

— Amigos de Nova Iorque. Aquelas duas malucas comigo são a Vicki e a Hayley. As melhores amigas do mundo inteiro. – Respondeu Elena com um sorriso bobo aos lábios. - E os garotos... Também amigos.

— Acho que já os vi. Aqueles dois ali. – Apontou novamente, dessa vez para o garoto loiro de olhos verdes e para os de cabelos e olhos pretos – Em algum lugar. Não lembro onde. Não mesmo.

— Esses são Nate Archibald e Chuck Bass. Também são da alta sociedade de Nova Iorque. Deve ter visto em algum jornal ou em revistas.

— E o outro?

— O outro... – Disse ela desligando seu celular. Rebekah havia acabado de lhe mandar uma mensagem. – É o Kol. Amigo também. – Esperou a tela ficar completamente por escura e guardou o aparelho na gaveta. – Uma espécie de ex-namorado. Não deu muito certo. – Completou Elena ao fim, o fazendo rir sem humor. Para ele aquilo não deveria passar de drama desnecessário de jovens.

Lentamente Damon voltou ao acolchoado. Elena podia perceber que ele parecia mais a vontade a cada minuto.

De repente os olhos dele brilharam por alguma coisa. Não soube exatamente o que era. Somente depois, quando seguiu com o olhar para ver o que Damon tanto admirava. O enorme quadro do perfil de um cavalo solitário na parede em cima de sua cama.

— É lindo – Era mesmo. Não conseguiu disfarçar o encantamento de sua voz com aquela peça. Sempre foi fã de arte, desenhos e pinturas, apesar de nunca ter sido muito bom. Nunca havia visto aquele quadro em nenhum lugar; Não conseguia entender como não tinha reparado nele antes. Logo ao chegar. – Em que museu ele foi leiloado? No Natural History ou no Brooklyn of Art?

— Não, não. Nenhum dos dois. Eu desenhei.

Você o quê? Elena você fez isso? – Perguntou indignado enquanto ela assentia sorrindo. – É maravilhoso, Elena. – Sentiu-se como um turista admirando a Torre Eiffel, ou algum mar exoticamente azul do caribe. Elena tinha realmente talento. – É magnífico. Você... Você leva jeito. Incrível. O que mais desenha?

Pela primeira vez, não havia perguntado com fingimento. Estava realmente animado com ela e aquele desenho. E ela também parecia feliz em falar sobre isso com ele. Seu tom de voz alegre já denunciava isso.

— Normalmente eu desenhava só roupas. – Começou ela caminhando em direção a escrivaninha. Apanhou um enorme caderno preto reluzente de capa dura. Revirando folhas até achar a que procurava. – Mas há um ano, minha professora de Artes do curso particular que eu fazia, me disse pra tentar fazer outras coisas pra poder praticar o desenho de novas silhuetas. Tanto de pessoas como de objetos, animais, caricaturas. Tudo. – Acomodou-se no sofá ao lado dele com que o caderno ficasse em cima do joelho de ambos. Não estranharam o contato, muito pelo contrario. Sentiam-se a vontade. – Esses são meus favoritos. O que acha?

— São lindos. São realmente incríveis. Se continuar a desenhar desse jeito vai ser uma ótima estilista de moda mais pra frente.

Elena ficou visivelmente surpresa.

— Estilista? Como assim?

— Como assim o que, Elena? Você ama moda, entende de moda, tem um blog pra moda e além de tudo desenha impecavelmente bem... Vai me dizer que não é isso que quer fazer pro resto da vida?

— Eu não sei. – Disse ela em um sussurro. Com o dinheiro e a fama, a palavra futuro era algo já visto brilhantemente para o resto de sua vida. Não havia o que se preocupar quando antes dos dezoito já se tinha tudo que queria. Mas aqui... Longe de tudo. Longe de sua carreira e de tudo que construiu esse pensamento realmente se obrigaria a colidir em sua cabeça diversas vezes. Mas para ser sincera a única coisa que sua mente se preocupava era: Que roupa eu vou usar amanhã? Apenas torcia para não mudar de pensamento tão cedo. – Ainda não pensei nisso.

— Você tem noção de que esse é seu ultimo ano, não é? Já devia ter pensado nisso há ao menos três anos atrás.

Não se incomodou com aquelas palavras. Normalmente sempre ouvia isso, mas aquela era uma das únicas vezes que diziam aquilo sem a repreender.

— Talvez eu precise pensar mais...

— Pensar no que está bem obvio na sua cara? – Falava Damon sorrindo abertamente para ela. – Você gosta de moda?

— Adoro.

— Você gosta de falar de moda? – Perguntou outra vez e ela assentiu. – Se importaria de passar a vida inteira trabalhando com isso?

— É a coisa que eu mais adoro no mundo, Damon.

Seriamente, ela cochichou. Como se tivesse outro alguém ali que não pudesse ouvir o que eles conversavam.

— Então... O que te prende na indecisão, Elena?

Só obteve resposta alguns segundos depois. Baixa e desencorajada.

— Não sei. Talvez eu só não tenha planejado. Acho que vou pensar mais nisso. Futuramente. – Mentiu. Não falaria sobre isso com ele. Primeiro por não serem amigos de verdade, segundo por ser algo que nunca havia dividido com ninguém. E nem dividiria.

— Assim espero. Você tem talento, Elena. De verdade.

Lá fora, a chuva ainda se mantinha forte e intensa. Os relâmpagos e os raios pelo contrario, já haviam se cessado. Disse que ficaria bem e que já estava cansada e pronta para dormir. Ele entendeu e disse que era melhor ir mesmo antes que alguém chegasse e pensasse algo errado e totalmente sem nexo. Ele pediu para ficar com o caderno e dar uma olhada nos restos de seus desenhos. Não era nada demais. Só torcia para que ele gostasse de mais alguns como o quadro do cavalinho em sua parede. Não escreveria em seu diário hoje. Ao meio tarde seu formigamento nos dedos voltaram e estava sem animo. Apenas separou a roupa de amanhã e se entregou a um delicioso e calmo banho de banheira.

No andar de baixo, Damon se mantinha indeciso se faria isso ou não. Em todo esse tempo com ela, não sabia e nem procurou descobrir outro tipo de habilidades dela que não fosse correr com um salto gigantesco ou conseguir ser uma patricinha fútil... Mas. Isso era diferente. Estava se divertindo com ela. Elena parecia ser legal e bem mais do que uma menininha esnobe e metida. Já estava bem mais próximo dela e mesmo assim, ela não recuou a amizade se achasse que já teria nota. Talvez ela realmente queira ser minha amiga.

Em outras circunstancias, diria não e nem pensaria em algo desse tipo. Mas os dois moravam juntos e se vivessem em pé de guerra, não só com Elena, mas como com os irmãos dela – Isobel poderia pegar implicância com ele. E isso ele não quer de maneira nenhuma. Ela havia o deixado entrar em seu quarto e mostrado desenhos e esboços íntimos seus. Não poderia ser fingimento, ela realmente estava falando serio.

Em razão a tudo. Desistiria dessa ideia maluca de plano. Seria amigo dela, pra valer dessa vez. Por Isobel e também para precaver futuros maus entendidos. Elena pelo visto estava sendo sincera, ao menos depois de hoje de noite, ele conseguiu ver isso. Claro que mesmo dando uma chance, ele não a daria benefícios na sala de aula. Dentro da escola é uma coisa, fora é outra...

Mas se quisesse fazer essa amizade dá certo teria que realmente se aprofundar mais. Como já dito antes, faria por Isobel. E para uma boa convivência com ela. Para viver bem com Isobel, teria que viver bem com eles. Principalmente com Elena, que se mantinha interessada em manter a paz. E para saber mais sobre ela, só havia um único jeito. Ligou o notebook e procurou o link do blog no Google. E ali, estava:

WWW. EGILBERTBLOG.COM

Clicou, e então a pagina se encheu pelo rosa. Era ali que a vida de Elena se mantinha.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, o damon realmente desistiu de fingir se amigo da elena pra ver se ela sai do pé dele. Ele tá achando q já q ela ñ desistiu até agr é porque ela realmente quer ser amiga dele...Então ele vai resolver dar uma chance e ser amigo dela mesmo. O que será que isso vai dar, heim? Bjs COMENTEM.............