Matemática Do Amor escrita por Lady Salvatore


Capítulo 18
- Jantar.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, pessoal. Postei rapidinho hj pra recompensar. Olha, o proximo eu vou demorar um pouquinho... Mas esse capitulo tem o q vcs queriam. E prometo q o proximo é ainda melhor. O proximo capitulo tá fodão.



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Rebekah havia salvado sua vida nesse momento. Pediu para uma de suas empregadas preparar um delicioso espaguete com almôndegas. Meio pobre, mas típico da cozinha Italiana que Damon descendia. Não acreditava no que estava fazendo. Aquela comida tinha milhões de calorias e teria que comer e sair de sua dieta. Se eu engordar meio quilo que seja. Minha vingança vai ficar pior. Procurou pela casa inteira por uma travessa e panos para forrar a mesa de jantar. Nunca havia feito isso antes e não tinha gostado. Quando achou, não demorou para Rebekah trazer a comida e tirar April de casa. Os meninos já haviam dado um jeito em Jeremy a algumas horas.

Foi até a dispensa pegar um vinho tinto que havia sido importado de uma safra Argentina. Muito caro. E não possuía praticamente nada de álcool e causadores futuros a seus cabelos e sua pele. Olhou-se no espelho da sala, pela ultima vez. Optou por um vestido preto de costas nuas e pedras esvarovisqui por toda parte do quadril. Uma sandália de tiras apenas nos calcanhares, também preta. Para não parecer que havia se arrumado demais, e não levantar desconfiança. Deixou seu cabelo liso e natural, do jeito que era. Na maquiagem apenas uma sombra esfomeada preta e dourado. Nos lábios um batom forte e vermelho se tornou suficiente.

Deslumbrante. Como sempre. Pensou ela piscando para o espelho.

Terminou de servir a mesa, como a mulher no vídeo do youtube havia dito que fizesse. Estava bonita. Nada muito exagerado, afinal foi feito na hora. Mas havia ficado muito bom. Toalha branca com flores verdes na borda. Pratos quadrados, também brancos. As duas travessas, uma com o espaguete e a outra com a almôndega, perto da cadeira em que ela havia reservado que os dois se sentarem. Teve que colocar cinco pratos e cinco copos, em fato de que ele não sabia que seriam apenas os dois. Colocou as taças em lateral aos pratos e arrumou os talheres para se servirem e os para comerem, nos lugares em que o vídeo informava. Levou o notbook de volta para seu quarto e quando voltava descendo as escadas encontrou Damon chegando.

Como de costume deles se encontrarem. Quase toda vez era assim. Ou era ao pé da escada ou era na cozinha.

– Oi – Disse ela bem baixinho descendo alguns degraus. – O jantar já tá pronto. Quer comer agora?

– Claro. – Respondeu normalmente. Frio e sem expressão, esse era seu normal. Ela estava inacreditavelmente linda, como sempre. E isso significaria que provavelmente teria que se trocar e vestir uma roupa melhor. O que não era muito animador; O dia havia sido cheio e queria descansar, mas teria que fazer a vontade de Isobel. – Fala pra sua mãe que eu só vou me arrumar e já volto.

– É... Sobre isso. Ela ainda não chegou, tá meio enrolada no consultório, mas ela ligou e disse que já tá vindo.

– Tudo bem então. Vou me arrumar e já volto. Até eu terminar acho que ela já deve tá aqui, certo?

– Ah, sim. Claro. – Mentiu forçando um sorriso. Só bastava torcer para que ele não retraísse quando vê que ninguém estava em casa. Foi até a sala de jantar e aguardou por ele.

Damon decidiu tomar um banho rápido de dez minutos. Não lavou os cabelos então foi mais depressa do que planejou. Vestiu uma calça bege e uma blusa preta polo e tênis escuros. Ainda estava envergonhado pelo que aconteceu naquela noite com Lexi, ele, Elena e Tyler, mas ele e Elena estavam decididos a não comentar sobre isso novamente e assim seria. Estava em duvida se continuaria com esse lance de trata-la bem para que pensasse que daria uma boa nota e a ajudaria nas atividades. Depois daquela noite ficou difícil até olhar pra ela, quanto menos conversar. Além é claro de que ela o havia tratado grosseiramente na cozinha, talvez tivesse se esquecido por conta de toda tensão do momento. Como havia planejado antes, não perderia seu tempo pensando em como enganar uma criança. Mas se depois de toda aquela vergonha, ela ainda continuasse com aquele tratamento falso. Teria que agir, porque sabia que ela deveria estar tramando alguma coisa.

Saiu em direção à sala de jantar. Para sua surpresa, só havia ela ali.

– Só a gente? – Perguntou confuso.

– É mais acho que eles já devem tá vindo. Senta aqui. Olha – Disse Elena apontando para o lugar principal da mesa. Ela se mantinha ao lado esquerdo. Como na vez em que estavam aqui e ela queria ajuda com alguns exercícios em plena madrugada.

Sentou- se no lugar em silencio e olhou a travessa em frente ao seu prato. Sorriu rapidamente, para o espanto de Elena.

– O que foi? – Perguntou ela sorrindo também.

– Nada... – Falou apanhando o guardanapo em seu colo. – É só besteira minha.

– Ah, fala, por favor. Agora quero saber.

– É que... Espaguete com almôndegas era a comida que minha avó costumava fazer. – Dizia Damon sorrindo com as lembranças de infância. – Toda vez que íamos pra casa dela nos domingos, era o que ela preparava. – Esse tipo de coisa sempre o fazia rir. Não importa em que momento estivesse. Tinha tido a melhor infância desse mundo. Possuía liberdade, amigos, família. Por mais que a relação com o pai nunca havia sido das melhores. Seus avós, sua mãe, seus tios, primos, Stefan... Tudo compensava.

Deixou de sorrir. E então percebeu. O plano dela pelo jeito ainda estava de pé. Não havia como a Hilton o tratar com tamanha descontração depois de ontem. Mas por quê? Ela não estava mal em sua matéria. Pelo contrario, estava indo bem e até agora tirando bons resultados.

Voltou a sorrir para ela. Que rapidamente retribuiu. Se Elena continuaria com essa porcaria de fingimento, ele continuaria também.

– Que bom que gostou. – Disse ela, ainda rindo. – Adoro espaguete e como sua família é da Itália imaginei que também gostasse.

– Pois imaginou certo. Meus parabéns.

Elena estranhou a maneira tão curiosa com que Damon olhou a garrafa de vinho em sua frente. Parecia com medo. Um tanto hesitante. Depois se surpreendeu ainda mais com a maneira tão ávida com que ele apanhou o conteúdo e o abriu. Após ponderar tanto. Serviu-se com pouco.

– Vou querer um pouquinho também...

– Desculpe-me, mas não quero ser responsável pela embriaguez de uma criança de dezesseis anos. – Disse ele divertido.

Elena gargalhou e respondeu se fingindo ofendida:

– Primeiro: Não é dezesseis e sim, quase dezessete, ok? Segundo: Não sou criança! E terceiro: Esse vinho é sem álcool. Não vou ficar bêbada e muito menos com o meu cabelo ressecado.

Reparou também com a maneira um tanto quanto decepcionada com que ele reagiu ao descobrir que a bebida não possuía álcool. Após essa reação inicial, ele pareceu feliz outra vez.

Elena anotou aquilo mentalmente. Estranhou, mas depois esqueceu.

– Uau. – Respondeu Damon adentrando na brincadeira. Mesmo com o fingimento de ambas as partes, algo era inegável para os dois. Estavam se divertindo. Haviam se servido a mais de cinco minutos e nem tinham tocado na comida pelo entretenimento da conversa. – Pode, por favor, me dizer qual a diferença de 16 para quase 17?

– Muito simples. A diferença é que eu vou fazer 17 brevemente e estou enjoada de ter 16.

– Mas por quê? Pensei que os 16 fossem a idade mais importante na vida de uma garota. – Disse ele agora normal. Enrolando a primeira garfada do espaguete em seu garfo. Engoliu sem pressa.

Elena fez o mesmo. Começando finalmente a comer.

– Clichê demais. Cansei. Pessoas como eu precisam sempre de renovação. Desde uma roupa até... No meu caso, a idade.

– Aposto que pra você a roupa prevalece na maioria das vezes, certo Hilton? – Falou ele bem humorado depois de mastigar.

– Bobo. – Gargalhou ela revirando os olhos. – Mas sim, tem razão. A aparência é sempre a prioridade.

– Você quis dizer: Prioridade sua – Elena gargalhou mais uma vez e mostrou a língua para ele por aquela pequena provocação. Bonnie estava certa. Ele estava realmente se soltando mais e deixando se acomodar com a situação.

Pôde perceber o que seus amigos queriam dizer ao falar que Damon era engraçado. Ele realmente era. Fez algumas piadas, brincou sobre o jeito de patricinha manhosa dela e de Caroline falar o tempo todo. Até arriscou a imitar.

Terminaram de jantar depois de mais alguns 20 minutos. Ele por incrível que pareça não questionou sobre sua mãe não ter chegado e do paradeiro de Jeremy e April. Desde que ele acreditasse que estava tentando fazer com que se dessem bem. Não importava para Elena. Mas o que ela não sabia é que não importava para ele também.

– Mais então. Quando a gente vai conhecer sua noiva? – Perguntou Elena se recuperando da sessão de risos que Damon causara com a imitação. Iria fingir que não sabia que ele tinha sido abandonado. Queria ver o quão longe ele estava confiando nela.

– Como sabe que tenho uma noiva? – Agora estava serio. Não frio e arrogante como de costume, somente confuso.

– Sua aliança. É noivo, certo?

– Sim, eu sou.

Rapidamente ele desviou os olhos dela e remexeu as mãos tentando não olhar o anel. Mesmo se não tivesse familiarizada com a situação dele, saberia que algo o incomodava.

– Porque estava com a Lexi naquela noite? Não gosta mais dela? – Hesitou em dizer aquilo. Morria de medo de que estivesse perguntando demais e ele se afastasse outra vez ou fosse grosso novamente. Só que estava tão impaciente que queria terminar tudo aquilo logo.

Damon fitou o teto e depois olhou para Elena bufando em cansaço.

– É que... Ela meio que ‘’tirou férias’’. Rose sempre foi muito solitária, fechada pras pessoas e o casamento assustou. Mas, ela disse que volta em tempo pra festa e que vamos nos casar. Só precisa de um tempo sozinha, entende? Mas ela volta.

Só depois que terminou de falar foi que ele não pôde acreditar no que disse. Acabou de dividir um problema pessoal com uma adolescente? Ou pior, com uma aluna? Mas após pensar melhor, entendeu o real motivo. Ele sempre fora péssimo pra mentir. Nunca foi bom. Por isso sempre tão sincero e direto com as pessoas. Tão sincero que até afasta os outros. Antes, quando era jovem e feliz. Sua sinceridade era usada para o humor e para divertir os amigos com suas piadas e ironias bestas, mas agora era só servida pra dar uns foras em alunos idiotas. Resolveu que para esse plano dá certo, teria que de certo modo mentir o menor possível, senão acabaria se enrolando. Então, apesar de fazê-la achar que estava realmente se tornando amigo dela e garantindo sua nota, ele não mentiria nesses aspectos. Estava funcionando e logo, quando ela viesse por satisfeita, faria Elena parar de encher seu saco.

– É, mas... Você acha que quando ela voltar, vai se importar por você... Ter dormido com outras mulheres? – Disse Elena o fazendo tossir com o quase engasgo do conteúdo de vinho. Agora ela tinha exagerado.

Ainda se recompondo pela bebida, Damon respondeu:

– Espero que sim, só que ela tem que entender que, ela foi embora por um tempo e... Como posso te explicar isso? – Falava ele atrapalhado. Parecia um pai tentando falar de sexo, pela primeira vez, com a filha de treze anos. Aquilo a fez se sentir uma criança perto dele, mas iria fingir não se importar. Bebeu mais um gole do vinho e pensou enquanto engolia – Os homens meio que... Possuem...

– Necessidades sexuais?

Questionou o fazendo quase se engasgar, novamente.

Não respondeu após se recuperar. Não importa o plano ou que seja; não falaria disso com ela. Elena entendeu o recado e mudou de assunto.

– Privacidade é sempre mais difícil, só que vale a pena. Eu amo. Amo mesmo – Disse ela respondendo a pergunta de Damon. Ele havia questionado sobre a fama e em como aquilo prejudicava ou atrapalhava alguma parte da sua vida.

– Mais deve ser complicado, certo? Ou vai dizer que não? Todos aqueles flashes bem no seu rosto enquanto você tá... Sei lá... Indo no mercado? Não deve ser tão fácil assim.

– Se eu tivesse ido alguma vez num mercado... Talvez.

– Ah, sim. Me esqueci com quem eu tava falando. Desculpa. – Gargalhou Damon, fazendo-a arquear as sobrancelhas fingindo desaprovação. Ficaram assim durante todo o resto. Ele fazendo brincadeiras e piadas com ela enquanto Elena brincava simulando raiva.

No fim foi muito divertido. Elena deu graças por ele ter se oferecido de lavar a louça. Não queria passar por isso e ter que gastar seu esmalte. Suas unhas estavam impecáveis demais pra isso. Acabou não descobrindo nada demais. Ficou decepcionada mais ainda estava no começo.

Bonnie e ela iam até a casa dos pais dele para começar logo esse trabalho. Os dois se despediram timidamente. Enquanto ele lavava os pratos e ela enchia sua garrafinha de água. Torcia para que nos próximos dias ele continuasse assim.

Subiu para seu quarto, terminou o dever de Física, escreveu no seu diário e em seguida separou sua roupa. Demorou mais do que um pouco para pegar no sono, mas pela primeira vez em dias, não sentiu nenhum formigamento.


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Notas finais do capítulo

comentem.....