Rune's Quest escrita por Rob Sugar


Capítulo 10
Tower Defense da Realeza (1/2)


Notas iniciais do capítulo

Na primeira parte da história, a trupe de Rune conhece o décimo segundo príncipe, Fran Irradia, que os pede ajuda para se proteger de um exército real que o está perseguindo sem motivo aparente.



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O jovem encapuzado corria o mais rápido possível para fugir dos opressores, mas não adiantaria, eles eram mais rápidos naquelas máquinas de última geração. A única salvação era saltar do barranco repleto de árvores, e torcer para não quebrar nada e/ou gritar com a dor. Tal feito, o jovem simplesmente rolou e ficou com sua capa suja, sem sequela alguma, ele continuou correndo até que viu Ernest conjurando uma lâmina de gelo.

-Me dê isto! - O homem disse, pegou a espada congelada e, em poucos segundos, ela tinha propulsores e estava mirada em direção a floresta - Vamos... Venham pegar...

Ao som de uma engrenagem movendo-se, o misterioso viajante soltou a estaca de Ernest que voou numa velocidade absurda até acertar algo que parecia um tanque e explodir.

-Agora vão me deixar em paz... - Ele disse e sentou-se para descansar na grama bonita e verdejante de um pasto de Butera, onde estava a nossa trupe casual.

-Mas eu não!- Alli disse e começou a bater no capuz do visitante - Meu irmão treinou muito pra fazer aquilo e você joga nos lugares pra fazer coisas explodirem? Quem você pensa que é?

-É! - Ernest gritou em concordância com Alli - Não é tão fácil quanto parece! -Os dois estavam furiosos - Com que direitos você atira as estacas das pessoas?

-Se eu puder falar... - O homem disse, e tirou o capuz, o que deixou Alli surpresa - Eu sou Fran Irradia, príncipe de Butera. E vocês são?

-Alli Pierrot! E esse é meu irmão, Ernest Pierrot! - Alli disse tremendo e forçando um sorriso - Eu não acredito que é você mesmo! EU SOU MUITO ÍDOLA TUA! - Ela disse e abraçou Fran - Ai que demais!

-Você é mesmo o príncipe? - Ernest perguntou a Fran, que tentava desgrudar Alli de seu corpo - Porque estava fugindo "deles" então? Não podia só mandar "parem" e eles parariam?

-Não exatamente. - O príncipe disse e tirou Alli de cima dele - Não sou um deus. Sou só um dos doze príncipes. - ele disse e saiu do caminho que Alli fazia para o abraça-lo novamente -  Toma essa, guria maluca! Enfim, eu estava fugindo deles, porque eles acham que eu roubei algo do meu irmão, mas não roubei, ele não gosta de mim, e quer me matar. 

-Então, ele mandou a guarda atrás de você? - Rune perguntou - Isso não faz sentido, você é um príncipe também, a guarda só ataca a realeza a mando do rei e da rainha.

-Eu sei. Mas foi meu irmão mais velho, e os reis estavam em viagem. - Fran contou - Ou seja, ele é quase um rei e manda nos exércitos. Sei que vêm outras tropas, preciso de ajuda para mantê-las paradas enquanto volto ao palácio e explico ao General toda a história.

-Pode contar com esses dois! - Rune disse - Eles adoram ajudar as pessoas e odeiam a realeza, são perfeitos para te ajudar.

O príncipe levantou uma das sobrancelhas, mas ignorou qualquer pensamento e começou a construir uma base high-tech cinza, para voar dali caso fosse extremamente necessário. Alli e Ernest continuaram seus treinamentos para poder defender o príncipe Fran.

Ao fim da tarde, árvores começaram a ser derrubadas e ouviam-se barulhos de serras elétricas e havia uma fumaça negra nos céus, sinal de que as máquinas da guarda real tinham chegado.

-Preparem-se, magos. - Fran disse se posicionando no centro da base que construíra e apontando um canhão de pulso para uma direção - Lembrem-se que isto é uma missão digna apenas de príncipes e protetores reais.

-Pode deixar, príncipe gatinho. - Alli disse, e se emocionava a cada palavra, na direção oposta, ela preparava seus escudos mágicos para defender o príncipe, além de um monte de rochas caso precisasse atacar.

-Não se preocupe, Fran. - Rune disse calmamente - eu os treinei e eles sabem o que estão fazendo. - curiosamente, não havia arma nenhuma perto de Rune, e ele não parecia estar pronto para conjurar magia alguma.

-Você não deveria se preparar, Rune? -Ernest disse segurando um machado de gelo e com estacas numa aljava - Acho que vai precisar de ajuda...

-Não importa agora! - O príncipe alertou - Estão vindo!

Alguns tanques chegavam muito perto de Ernest, mas o gelo que ele usou para seu machado era bastante resistente, e ele conseguia causar estragos avassaladores nos tanques. Do outro lado, Rune ficava apenas olhando, mas nada vinha em sua direção. Alli empurrava os tanques para longe e atirava pedras nos comandantes e pilotos, enquanto o príncipe destruía os protótipos aéreos com seu canhão de pulso. 

As tropas finalmente pararam de vir, e os soldados e guerreiros fugiram um por um. Todos estavam cansados, com exceção, óbvio, de Rune, que não fez esforço algum.

-Essa foi pauleira, não foi, pessoal? - Rune disse com uma voz cansada.

-Você não fez porcaria nenhuma seu espectro de sacanagem! - Alli disse furiosa enquanto se secava com uma toalhinha.

-Não sou um espectro, querida. - Rune falou e se virou para o príncipe - Acho melhor irmos rápido até o castelo oficial antes que venham mais tropas. - Fran concordou com ele - Não podemos deixar rastro algum.

-Na verdade, senhor conselheiro. - O príncipe advertiu - Vamos deixar muitos rastros. - As expressões confusas dos irmãos Pierrot eram a deixa para que Fran continuasse - Para o lado errado. Essa sola de última geração, copia a pegada da pessoa, ou seja, podemos deixar de migalhas até marcas físicas que fomos para outro lado. Fascinante, não?

-Então vamos... - Ernest disse e eles foram embora na plataforma cinza, enquanto a sola tecnológica fazia seus serviços.


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