Dark Side escrita por Lali Maslow


Capítulo 30
Capitulo 30- Kendall e Agatha




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Kendall:
Noite passada eu realmente havia pisado na bola com a Rebecca. Nós haviamos nos beijado ou melhor, nós haviamos ficado e o pior é que se nossos pais não tivessem chegado talves eu e ela tivessemos ido bem mais além. E eu não queria que isso tivesse acontecido.
Eu acho que apenas por nós termos ficado as coisas já ficariam estranhas entre nós, imagina se tivessemos... Não, não quero pensar nisso. Ela é minha irmã, bom, mais ou menos. Ela é filha de minha madrasta.
Nós não haviamos nos visto o dia todo e isso era algo bom. Eu esperava que ela tivesse sofrido uma lavagem cerebral ou perdido a memória. Mas é claro que isso não aconteceu.
Evitei ela a manhã toda durante o período de aula, mas quando chegamos em casa eu meio que não tinha para onde fugir. Nessas horas que eu gostaria de ter o poder de ficar invisível. Mas infelizmente estou no mundo real e isso não acontece.
Não é que eu seja um canalha, tenha ficado com ela e agora esteja tentando fugir- aposto que é isso que está parecendo. Mas é que como eu disse, nós nunca nos demos muito bem e as coisas com certeza ficariam "estranhas" entre nós.
Estava apoiado no balcão da cozinha, com um copo de suco de morango diet que minha querida madrasta havia comprado. Sim, ela havia acabado com toda a comida de minha casa e agora tinha apenas comidas diets e lights. Eu praticamente passava fome dentro de casa e por isso geralmente toda tarde eu fugia de casa e ia para o mcdonalds junto com o Logan e a Kimberly. Mas agora não dava mais pois Logan e Kim estavam agindo estranho um com o outro. Então o que me restou foi esse suco diet que não tinha gosto de nada.
–Oi Kendall. O que você está fazendo? -Rebecca perguntou. Levei um pequeno susto, não tinha visto ela se apoximando e não esperava ter que falar com ela antes de montar todo um texto.
–Só pensando. -Respondi rapidamente.
–Você poderia pensar sem espalhar suco por todo o balcão? -No principio não entendi sobre o que ela estava falando, mas quando olhei para o balcão eu vi ele todo encharcado de suco diet. Eu fiquei esse tempo todo despejando o suco da jarra dentro de meu copo, o copo encheu e o suco despejou sobre o balcão todo, pingando até mesmo no chão.
–Droga! -Rosnei. Peguei um pano de secagem de pratos e comecei a enxugar o balcão.
–Você está meio desligado hoje, não é mesmo? -Ela se apoiou no balcão que ainda estava um pouco molhado.
Agora que consegui notar o quão bonita ela estava. Rebecca usava uma camiseta branca escrito ramones (uma de suas bandas favoritas), um shorts jeans claros e rasgados, sapatilha azul bebê com uma caveira dourada na ponta. Seus cabelos ruivos estavam presos em uma trança de lado. Ela estava linda e nem um pouco estranha.
Quero dizer, geralmente ela usa apenas preto e maquiagem forte. Para parecer mesmo uma grande roqueira. Mas hoje ela parecia uma garota normal. Eu nunca havia visto ela assim tão natural.
–Eu estou bem, melhor do que nunca. Não estou com a cabeça em outro mundo, não estou desligado. -Falei depois que parei de admirá- la.
–Então você está me ignorando o dia todo. -Ela falou. Sua voz tinha um ponto de desapontamento e raiva.
–Não imagina. Eu estou um pouco desligado mesmo, eu.. eu estou.. esquece. -Eu não sabia o que fazer. Era melhor voltar atrás do que dizer a verdade, dizer que eu estava realmente ignorando- a. -Eu só estou um pouco nervos por causa do destroyers e porque eu quero me vigar do time e tals, não tem nada haver com você. -Menti.
Esperava que ela tivesse se esquecido de ontem e que acreditasse em minha mentira. Quem sabe a lavagem cerebral realmente aconteceu?
–Kendall... -Ela deu uma longa pausa, parecia procurar as palavras certas. -Tudo bem se você está confuso sobre ontem, o que aconteceu entre nós. -Droga, ela se lembrava. -Mas eu não estou confusa, eu fiz tudo aquilo porque queria. Queria beijá- lo desde que te conheci. -Ela abaixou a cabeça e depois voltou a me encarar. -Não se preocupe, se você me vê apenas como uma ficante ou irmã ou sei lá. Apenas me fala antes que eu me iluda com você.
Eu não sabia o que dizer. Não mesmo.
–Eu gosto de você. Muito mesmo. -Contei. Era dificil falar isso para ela, não por ser mentira. Mas sim porque eu não tinha conseguido admitir isso nem mesmo para mim, como poderia falar pra ela sem parecer inseguro?!
–Tá falando a verdade?- Assenti. Ela sorriu.
Ela chegou perto de mim e tentou me beijar. Mas eu me afastei.
–O que foi? -Ela perguntou sem entender.
–Aqui não. Alguém pode ver.
–E qual o problema se alguém ver? -Ela cruzou os braços e me fuzilou com os olhos.
–Não quero que descubram. Não agora por favor.
–Quer manter segredo?
–Só por um tempo, até eu me acostumar com a ideia de estar apaixonado por minha irmã. -Pedi.
–Tudo bem, para todos os efeitos nada nunca aconteceu entre nós. -Ela deu um sorriso. Pegou meu copo de suco de morango diet e saiu da cozinha me dando uma piscada de olho.
Sorri. Isso estava mesmo acontecendo? Eu estava mesmo apaixonado por minha irmãzinha? Acho que sim.
–Você me deixa louco. -Gritei para ela. -E eu adoro isso.
Agatha:
Eu ainda não havia conseguido perdoar a traição de minha mãe. Muito menos a ideia que meu "pai" iria conseguir estragar minha vida novamente. Mas com o tempo tudo foi se acertando.
Durante as duas semanas seguintes James veio me ajudando à aguentar firme. Ele me levantava toda vez que eu estava prestes a desabar. Eu estava conseguindo não sufocar com toda essa dor e James me ajudava em grande parte do processo.
Não queria contar.., não gosto de me lembrar do que voltei a fazer nos ultimos dias. Voltei a me machucar fisicamente, com cortes. Isso me magoava e toda vez que lembrava o quão fraca eu pude ser eu queria me matar.
Quando descobri a traição de minha mãe eu me sentia sozinha e magoada. Não sabia como aliviar minha dor e a unica forma que achei foi voltando a abrir feridas de automutilação em meus punhos. Não me sentia feliz com isso.. Mas com certeza a dor do coração partido ia embora.
Eu escondia os cortes com blusas de frio, maquiagem e pulseiras e consequêntemente James e nem ninguém desconfiava de meus machucados e eu esperava que assim continuasse. Não queria dar uma de louca e nem ter que explicar meus motivos para me mutilar milhões e milhões de vezes. Eles NUNCA me entenderiam.
O ciclo vicioso havia voltado e eu acho que dessa vez ele iria ficar. Só espero que não tome conta de mim.
James estava deitado em minha cama ao meu lado com um grande pote de sorvete de morango na mão. Eu e James seguravamos nossas colheres prateadas em nossas mãos.
–Pronto? -James perguntou erguendo sua colher. -Atacar. -James e eu começamos a literalmente atacar o sorvete.
–Isso está ótimo. -Eu apoiei minhas pernas na parede e sorri para James.
–Posso provar? -James perguntou.
–O sorvete?
–Não, sua bobinha. -James disse rindo, ele se inclinou e ficou com o rosto quase colado ao meu. -Quero provar seus lábios.
Mordi meu lábio inferior e assenti. James se aproximou um pouco mais e encostou seus deliciosos lábios carnudos juntos aos meus. Os beijos de James eram sempre quentes, fogosos, cheios de paixão e eu adorava isso.
–Eu te amo. -James sussurou ao meu ouvido logo depois que terminou o beijo.
–Eu também te amo. -Disse dando um selinho no Jay.
[..]
–Ei seu aniversário é semana que vem, certo? -Perguntou.
–Sim, porque? -Perguntei sem interesse nenhum.
–O que você pretende fazer pra comemorar? -James pegou minha mão com ternura e começou a fazer carinho.
–Sei lá. Nada. -Disse insignificante.
–Como assim Nada?
–Nada sabe, tipo ficar o dia todo jogada no sofá assistindo filme. Dormir a tarde toda ou sei lá. Não quero fazer nada.
–Porque? -Ele se levantou e se sentou na cama ao meu lado. Ele me encarava sem muito ânimo.
–Porque eu pretendia fazer algo com minha família no Brasil, mas desisti. -Falei ficando um pouco triste. -Mas porque todo esse interrogatório?
–Apenas acho que uma data tão importante como seu aniversário não se deve passar despercebido. Devemos comemorar. -Me sentei na sua frente. James começou a acariciar meu rosto e deu um selinho em mim.
–Tudo bem o que você quer fazer?
–Uma grande festa....
James e eu arrumamos todos os preparativos para a festa. Tinhamos decoração, iriamos encomendar a comida, faltava apenas um ingrediente que não poderia faltar por nada.
A música.
Pensei em James, Carlos, Kendall e Logan se juntarem e cantar, afinal, os quatro sabiam cantar muito bem. Mas James disse que não era uma boa ideia. Tentei convencê- lo e ele disse que se os outros meninos concordassem ele iria participar. Agora eu apenas precisava fazê- los aceitar.


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