Dark Side escrita por Lali Maslow


Capítulo 26
Capítulo 26- Kendall


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo está bem explicado, tipo falando mais dos sentimentos e do ponto de vista de Kendall em relação à tudo que aconteceu.
Eu demorei para postar porque meu pc tá uma merda e fica apagando tudo. Eu perdi esse capitulo da Dark Side e tive que reescrever e agora vou ter que reescrever o capitulo novo da minha outra fic Dark Secrets- Vampires porque também foi apagado.
Aos poucos estou tentando melhorar minha escrita, dá para ver uma grande diferença entre os primeiros capitulos e os capitulos novos. Eu mudei bastante, para melhor. Espero que estejam gostando da mudança.
Obrigado por lerem gente linda, adoro vocês.



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Kendall:

A chuva continuava a cair do lado de fora de minha janela. O vento fazia que as gotas de agua da chuva batessem com força contra o vidro espelhado de minha janela.

Dois dias haviam se passado desdo dia do ultimo teste do time de hoquei, o dia fatidio em que eu troquei de time deixando o "wazzaa" pelo "destróiers".

Novamente recebia mensagens de Agatha preocupada e querendo saber o que havia acontecido comigo. Eu sempre mentia dizendo que estava bem e que eu apenas estava de repouso por causa de um simples resfriado que havia me pegado de surpresa.

Desliguei o celular e enterrei meu rosto em meu travesseiro impedindo que um grito de irritação saisse por minha boca. Estava tão cansado de tudo isso.

Apenas queria dormir para sempre. Sempre dizem que dormir é o melhor remédio quando nada está dando certo. E nos ultimos dois dias parece que essa era minha unica opção.

Na televisão de meu quarto passava pela miléssima vez seguida o jogo que eu e os meninos haviamos feito à dois anos atrás. Foi um grande jogo, fomos para as nacionais e faltava muito pouco para chegarmos nas mundiais. Milhões de espectadores, jogando no mesmo campo que jogadores mundialmente famosos do hoquei. Estrelato mundial, contratos muito importantes. Foi um ano estremamente glorioso para nosso time. Infelizmente na semi final para ir aos mundiais Carlos ficou doente e como um time eu e os meninos desistimos de jogar para poder apoiá- lo. Como um time. Naquele ano haviamos agido como um time, uma familia e esse ano assim que tive a primeira oportunidade eu deixei- os na mão. Sozinhos. Eu sou um péssimo amigo, companheiro de time. Eu destrui nossa familia. Apenas precisava saber se teria como concertá- la para que possamos voltar a ser uma familia, um time unido. Será que teria como arrumar todos esses meus erros? Ou era tarde de mais? Tanto faz.

Tenho que ser realista. O que eu fiz não tem concerto. Eu destrui tudo e duvido muito que algum dia volte á ser como antes.

Mas será mesmo que é melhor desistir de tudo antes mesmo de tentar arrumar a bagunça que eu havia feito? Ou eu deveria lutar pela nossa amizade. Mesmo sabendo que talvez eu me machuque e não consiga acabar com todo esse problema?! Estou tão confuso.

Ouvi passos do lado de fora de meu quarto e logo depois aquela voz alta e melodiosa que eu tanto amava alcançava meus ouvidos.

-Oi, Kendall. É a Rebecca.... Kendall é a terceira vez que eu venho hoje aqui. Por favor saia desse quarto. -Rebecca falou tranquilamente. Quando percebeu que eu não iria responder e muito menos sair daquele lugar onde me encontrava ela decidiu tomar uma medida drástica. Assustando até mesmo eu. -KENDALL FRANCIS KNIGHT VOCÊ NÃO PODE FICAR TRANCADO NESSA DROGA DE QUARTO PELO RESTO DA SUA VIDA. SEUS PROBLEMAS NÃO VÃO SE RESOLVER SOZINHOS. POR FAVOR, DEIXE- ME AJUDÁ- LO. -Rebecca aumentou imprecionantemente o seu tom de voz e batia repetitivamente na minha porta. Parecia tentar chamar minha atenção, ou talvez descobrir se eu ainda estava vivo haha.

Eu sei que não posso ficar o resto da minha vida nesse quarto. Por mais que eu queira isso mais do que tudo.

Mais como sair quando tudo está errado? Como continuar com minha vida sendo que meu orgulho foi ferido? Estou perdido e não existe um caminho certo e fácil para voltar a ser quem eu realmente sou. Estou me perdendo por debaixo de minhas cobertas. Me perdendo no meio da escuridão de meu quarto. Posso estar sendo dramático, mas é isso que sinto. É isso que sou.

Sei que estou preocupando a todos ou pelo menos a grande maioria das pessoas que conheço. Desdo dia em que briguei com os meninos Agatha lotava meu celular com mensagens preocupadas. Rebecca vinha de cinco em cinco minutos me pedir para parar de ser trouxa e fraco e sair desse quarto.

Fraco e trouxa. Essas palavras realmente definiam o jeito que eu estava me sentindo e agindo. Mas não sabia o que realmente fazer. Não sabia mesmo.

Fui humilhado, machucado, rebaixado a nada, simplesmente tratado como lixo por pessoas que nem me conheciam realmente e que deveria me dar uma chance. Mas eles não deram e isso me deixava sem palavras. Sem ação, sem saber o que fazer. Sem saber como agir.

Até mesmo meu irmão Kevin e minha madrasta Cassie estavam preocupados comigo. Cassie sempre vinha me chamar para sair ou para ajudá- la em certas coisas. Mas estava na cara que ela apenas queria que eu saisse do quarto e quando percebeu que eu não aceitaria sua ajuda ela simplesmente parou.

Mas nada disso era importante para mim. NADA. As pessoas erradas estavam preocupadas comigo. Eu não queria que eles se preocupassem comigo.

Talvez tudo isso seja apenas um jeito de chamar a atenção de certas pessoas para que elas vejam que eu não estou feliz com os ultimos acontecimentos. Mas as pessoas que eu queria que sentissem minha falta nem havia se tocado que eu havia sumido. Talvez fosse melhor assim.

James, Carlos, Logan e Dustin nem ao menos haviam se preocupado com meu sumisso. Eu os entendo. Acho que se eles tivessem me traido da forma que eu traí eles provalvemente eu também não me preocuparia com eles.

E meu pai. Nem quero pensar nele. Aquele imbecil passou o final de semana inteiro em casa e nem se importou em vim ver como eu estava. Mas eu o entendo também. O mundo dele gira em volta do trabalho e do seu filho querido Kennedy. Eu e Kevin somos apenas dois fardos que ele tem que carregar.

Eu sou apenas um garotinho mimado que não sabe como resolver seus problemas sozinhos. Eu queria poder sair e enfrentar todos meus problemas, mas simplesmente não sabia como. A unica coisa que eu sabia era que eu não podia mais ficar trancado nesse quarto sem fazer nada, precisava tentar arrumar toda essa bagunça.

Tirei minhas duas cobertas de cima de meu corpo quente. Esfreguei cautelosamente meus olhos. O lugar ardeu assim que meus dedos quentes encostaram nele. Soltei um pequeno "ai" de frustação e dor. Joguei minhas pernas para fora da cama e encostei meus pés no assoalho de madeira ligeiramente gelado. Fui até o banheiro, tirei meu moletom cinza que estava praticamente colando em minha pele e tomei um banho rapido quente e relanxante. Coloquei uma calça preta jeans e uma camiseta branca simples, sem esquecer de minha vans favoritas.

Caminhei com um pouco de dificuldade até a porta de meu quarto e abri a mesma. A porta fez um rangido terrivel.

Rebecca estava sentada na parede do corredo que ficava de frente a porta de meu quarto. As mãos estavam no rosto e alguns fios de cabelo estavam jogados sobre seu rosto. Quando ela ouviu o barulho da porta ela rapidamente levantou o rosto e eu pude ver seus lindos olhos castanhos e um sorriso fofo em seu rosto que logo foi se transformando em uma expressão assustada.

-O que aconteceu com você? -Ela se levantou do chão em um pulo e me abraçou. Depois colocou suas mãos em cima de meu ferimento. -Quem fez isso com você?

-Longaa história. Vamos na cozinha, estou morrendo de fome. -Falei rapidamente e depois mudei de assunto. Não queria ter que contar o que havia ocorrido comigo para ninguém. Nem mesmo para minha meia irmã Rebecca. Em falar nela, ela me olhava com um olhar completamente irritado, como se fosse me matar. -O que foi?

-Como assim é uma longa história. Não tente mudar de assunto Kendall Francis Sc... -Não deixei ela terminar.

-Está bem, o que você quer saber? Como eu consegui essas merdas de machucados? Adivinha, eu sou um covarde, fracote que nem sei como de defender. É por isso que eu não queria sair dessa droga de quarto, pelo menos até isso sarar. -Falei irritado. -Feliz agora?

Ela suspirou pesadamente. Parecia cansada de todo esse drama. -Quem fez isso com você? -Finalmente perguntou depois de alguns minutos.

-Isso não importa.

-Importa sim. Kendall essas pessoas machucaram você. Elas deixaram você praticamente inteiro cheio de lesões. Eles fizeram com que você faltasse nas aulas, não saisse do quarto durante dois dias. DOIS DIAS. Sabe o quanto você deixou todo mundo preocupado? Muito. Eu estava aqui me segurando para não chamar alguém para te tirar a força desse quarto. Eu estava muito, muito preocupada mesmo. -Desabafou.

-E porque estava tão preocupada comigo? Você não tem nada haver com isso. -Fui rispido.

-Quer saber? Que se dane. -Rebecca disse irritada. -Eu apenas estava preocupada com meu irmãozinho. Não queria perdê- lo. Eu sabia que você estava mal. Mas já que eu não tenho nada haver com isso. Me deixa em paz. -Rebecca saiu correndo do meu campo de visão.

Viu? Acabei de magoar mais uma pessoa. Fala sério, era melhor eu ter ficado trancado na droga do meu quarto pro resto da minha vida.

Sou uma pessoa insensivel, inflexivel, rude, idiota, bobo, fraco, imbecil... Posso passar o resto do meu dia me xingando. Mas do que isso irá me adianta? Nada. Talvez lá no fundo a verdade seja que eu não sou assim tão diferente de meu pai. Sou o mesmo lixo.

[...]

Depois de minha conversa com Rebecca certas lembranças sobre a origem de meus machucados não saiam de minha cabeça e isso era algo completamente torturante.

Flashback on:


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Notas finais do capítulo

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Vou tentar postar o mais rápido possível.
XOXO MY ANGELS



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