Agatha:

Acordei decidida a mudar a opinião das meninas sobre mim e também decidida a arrumar os erros que eu "supostamente" cometi, mas que na verdade foi tudo culpa da Halston e das servas dela.

Me levantei decidida. Fui até o closet, peguei uma camiseta regata azul claro e nas costas tinha alguns detalhes de renda. Um shorts jeans simples, uma rasteirinha discreta. Como acessórios eu coloquei meu colar de cruz e minha pulseira dourada de cruz. Deixei meus cabelos soltos ao natural. Como maquiagem passei apenas mascara para cílios preta, um pouco de blush cobre e um batom levemente chegado ao coral.

Primeiramente eu conversaria com a Alexa, porque eu sei que ela não acreditou muito no que aconteceu na aula passada. E ela me perdoaria facilmente. Depois faria com que ela tentasse falar com as meninas e depois eu iria pedir desculpa para elas também.

Tentaria arrumar o vestido delas ainda hoje. Mas não sei como, porque todos os aparelhos de custura ficam na sala de designer e eu estou temporariamente expulsa da aula e proibida de entrar na mesma. Mas daria um jeito.

Em segundo lugar; eu vou conversar com o Carlos e perguntar o que aconteceu ontem, porque ele saiu da casa da Sammy todo bravo daquele jeito e porque eu era o motivo da briga deles.

E por ultimo eu iria arrumar um jeito de me vingar daquela vadia loira oxigenada da Halston. E eu não terei mais medo dela, não mesmo. Ela vai aprender que eu também sei jogar e que eu posso muito bem ser má.

Não queria ser comparada à Halston. Mas ela mexeu comigo, com minha amigas e com minha reputação. É claro que eu não vou deixar isso passar e não fazer nada.

Agora só falta eu ter a ideia genial e por em pratica. Como eu posso acabar com ela? Bom, depois eu penso nisso. Mas agora eu tenho muito o que fazer.

[...]

Cheguei no colégio e comecei a procurar pelo Carlos. Perguntei para algumas pessoas que me disseram que ele estava na área da piscina. Fui até lá.

–Carlosss! -Gritei quando cheguei lá. Eles levaram o maior susto.

Carlos estava sentado na beira da piscina com algumas partituras na mão e Alexa estava sentada ao seu lado com um violão apoiado em suas pernas.

Alexa estava com uma blusa soltissima azul escuro, um short jeans todo surrado, uma sandália simples. Seus cabelos loiros estavam amarrados em uma trança de lado linda. Sua maquiagem era leve, simples e deixava- a com um ar fofo.

E Carlos estava com uma bermuda preta, uma camiseta xadrez preta e branca. Seus tênis estavam do lado da piscina.

–Desculpa atrapalhar. -Me repreendi quando percebi que estava atrapalhando o clima.

–Não está atrapalhando nada. -Alexa respondeu.

–Então, o que você quer? -Carlos perguntou sem tirar os olhos da partitura em sua mão.

–Eu queria falar com vocês dois. Primeiro com a Alexa. -Respirei fundo. -Quero perguntar primeiro uma coisa, você está com raiva de mim?

Alexa sorriu e respondeu. -É claro que não, não tenho motivos para estar brava com você.

–E o negócio do vestido? -Ela fez que não com a cabeça. -Sabe a historia de eu ter destruido o vestido, é tudo men... -Ela não deixou eu terminar.

–Tudo bem, eu sei que não foi você. -Disse sorrindo. -Com certeza foi a bruxa da Halston. Você não tem que tentar me convencer de sua inocencia, tem que convencer a Kim e a Rebecca.

–Eu sei, é só que eu queria que você fizesse um favor pra mim. Você faria? -Ela assentiu. -Na hora que as aulas acabarem hoje, leva as meninas na arquibancada. Eu vou tentar me desculpar com elas.

–Acho que não vai ser uma boa idei... -Não deixei ela terminar de falar.

–Por favor. -Implorei. -Só confie em mim.

–Tudo bem. -Sorriu.

–Então minha linda... O que você queria falar comigo? -Carlos perguntou e me deu um beijo em minha testa.

–Está de bom humor? -Perguntei. Ele riu e assentiu. -Eu queria saber sobre ontem, o que você disse é verdade?

Agora eu estava sentada do lado esquerdo de Carlos, de maõs dadas e Alexa estava sentada do lado direito, ela brincava com uma mexa de cabelo.

–Você ficou mesmo encanada por causa do que eu disse, néh? -Abaixei a cabeça.

–É verdade? Eu fui a culpada por tudo? -Ele colocou a mão em meu rosto. Voltei a encará- lo.

–Eu estava de cabeça quente, bravo. Acabei dizendo besteira. Você não tem nada haver com isso. O problema sou eu e a Sam. Sempre será nós dois o problema, não damos certo juntos. -Agora ele que parecia estar chateado.

–A culpa não é de vocês, Carlos. Vocês são um casal maravilhoso. É que sempre tem uma certa garota loira e malvada atrapalhando vocês. É sério, a culpa não é de vocês. -Ele deu um sorriso triste.

–É verdade, vocês ficam lindos juntos. -Alexa comentou.

–Como vocês podem querer me ver junto com ela. Ela é malvada com vocês, ela é uma encrenca. É tão estranho. -Carlos falou.

–Eu tenho todos os motivos do mundo para odiar a Samantha, mas não consigo odia- la. Ela e minha prima, minha amiga e eu sei que ela não faz essa coisas de proposito. Ela apenas tem que crescer e ter noção do que é certo e errado. E eu estou disposta a esperar ela crescer; e quando isso acontecer eu estarei à esperando de braços abertos. -Desabafei.

Podem achar que eu sou besta por querer perdoar a Sam, mesmo depois de tudo que ela fez. Mas não consigo odia- la.

–Nós apenas queremos te ver feliz e se ela é a garota que te faz feliz. Vocês devem superar todos os problemas juntos. Não deixe alguém destruir uma relação tão bonita. -Alexa estava tentando abrir os olhos de Carlos e mostrar que ele está fazendo uma grande besteira.

–Não sei o que fazer. -Carlos contou. -Eu quero perdo-a e voltar logo com ela mas, ela me magoou tanto. E não foi apenas dessa vez. Ela vive me magoando e me ferindo. -Seus olhos estavam vermelhos. Que dó, ele estava quase chorando.

–E você acha que ela não está magoada também. Ontem você acabou com ela. Ela também deve estar triste, com você e pelo modo como você agiu ontem e também deve estar brava com ela mesma por ter feito tudo isso e ser a culpada pelo temino de vocês. -Contei. Apoiei minha cabeça em seu ombro e fiquei esperando por sua resposta.

–Vou tentar conversar com ela depois. -Mudou de assunto. -Mas agora acho melhor nós ensaiarmos novamente. -Carlos falou se referindo a Alexa. Ela assentiu.

–Bom então agora eu vou indo. -Disse me levantando.

–Fica pra ouvir a nossa musica. -Alexa pediu.

–Não posso, tenho que consertar mais alguns erros. Até mais tarde.-Me despedi.

Agora tinha que ir para a próxima etapa do meu plano. Arrumar o vestido das meninas.

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Kendall:

Estava decidido. Hoje eu contaria para o treinador que eu não ia aceitar sua proposta e nada nem ninguém iria me fazer mudar de ideia.

Eu e Rebecca perdemos o horario e teriamos que chegar meio atrasado,entrando na terceira aula.

–Rebecca. -Comecei a procurar por ela pela casa toda. -Rebecca....

–O que foi Kendall. - Ela apareceu atrás de mim.

Ela estava uma camiseta preta com uma cruz enorme como estampa, a cruz era de oncinha. Uma calça preta rasgada na altura dos joelhos. E estava com um salto alto preto. Como acessórios ela usava um colar de corvos, pulseiras variadas e brincos de pena preta. Estava usando uma maquiagem preta, um pouco de blush e um batom vermelho forte. No seu cabelo ela fez uma trança de cada lado do cabelo e amarrou tudo em um rabo de cavalo e propositalmente deixou alguns fios de cabelo soltos. Cada vez ela usava roupas mais estranhas, mas tenho que confessar que as roupas combinavam com ela. Tenho que confessar que ela estava a maior gata.

–Você vai querer carona pra escola? Eu estou saindo agora. -Disse sorrindo. Ela assentiu.

–Valeu, se não fosse por você eu teria que ir com minha mãe e você sabe que eu ODEIO ter que sair com ela. -Ela pegou minha mão e me arrastou até o andar de baixo.

Estavamos quase saindo de casa quando eu ouvi uma voz vindo do pé da escada me chamando. Meu pai, droga.

–Kendall.

–O que foi pai? -Perguntei sem me virar para olha- lo.

–Eu só quero falar com você rapidinho. -Me virei com relutancia.

–É que eu tô meio atrasado e não quero perder as ultimas aul... -Menti, mas ele me interrompeu.

–Não se preocupe, será rapido. -Disse. -E eu tenho certeza que a senhorita Rebecca pode esperar um pouco, certo menina? -Ela deu um sorriso falso e se jogou no sofá. -Vamos até meu escritorio.

"Agora eu estou ferrado" -Pensei. Que merda!

–Então? -Meu pai me perguntou. Ele estava sentado em sua cadeira de couro preto. E me encarava com um olhar bravo. -Não tem nada pra me contar?

–Depende... O que você quer saber? -Perguntei ironico. Ele continuou sério.

–Como foram os testes para o time de hoquei? Você acabou com todo mundo certo. Eu sabia. Você é o melhor. Pode algum dia ser até melhor do que seu irmão Kennedy. -Disse todo animado.

Kennedy era meu irmão mais velho. Hoje ele é um grande jogador de hoquei, muito famoso. Meu pai sempre vivia me comparando com ele, dizendo que eu nunca chegaria aos pés dele. Mas agora ele estava dizendo que eu poderia ser melhor que meu irmão.

Como eu vou destruir seus sonhos logo agora? Como vou acabar com a ideia de filho perfeito que ele está tendo de mim? O que ele vai pensar quando descobrir que eu não passei? Ele vai ficar tão decepsionado comigo. E agora o que eu faço?

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