Tempestade De Merda escrita por Outcape


Capítulo 6
Mau Exemplo




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Tico, momentos antes de ir à escola, decide mostrar o bilhete que ganhou no dia anterior para a sua mãe, obviamente ela ficou desapontada, porém ela faz uma pequena ameaça.

- Na próxima vez que isso acontecer, você vai ficar de castigo!

- Castigo? Que tipo de castigo? – perguntou Tico.

- Bem... Você vai ficar no seu quarto e não vai poder sair de casa.

- M-mas eu já faço isso.

- Sem videogame e computador então!

- Tudo bem, prometo que não vai acontecer outra vez.

- Isso, bom menino, agora vá logo que já está passando da hora.

- Tchau mãe.

- Tchau filhinho da mamãe.

Tico, chega na escola e senta ao lado de seu novo melhor amigo Pedro, que parece estar nervoso.

- E aí, como tá? – Tico cumprimentando

- Meio preocupado.

- Com o que?

- Prova de Português.

- Puta merda, esqueci completamente. – Tico esquecido. – O que vai cair?

- Vai ser interpretação de texto.

- Mas isso é fácil, por que tá tão nervoso assim?

- Eu sei que é fácil, mas não importa qual seja a prova, sempre fico nervoso, é algo natural.

- Tá bom então.

Enquanto isso Os novos dois “amigos” chegam.

- Meus otários favoritos! – disse João.

- Olá, seus nojentos. – cumprimenta Lívia – Como foi lá em sua casa com o bilhete, Tico?

- Tranquilo, minha mãe disse que se acontecer de novo vou ficar de castigo.

- Castigo? Em pleno 2013? Hahahaha. – riu Lívia.

- Pois é, mas não é um castigo muito grave não, é só ficar no meu quarto sem fazer nada, e eu meio que já faço isso, então estou ok.

- Triste, enfim, e a prova? É hoje mesmo?

- É sim – responde Pedro – nós estávamos falando sobre isso agora mesmo.

- Vocês vão me dar cola, certo? - perguntou João.

- Óbvio que não. – responde Pedro. – Tem que ser muito burro para não saber interpretar textos.

- Você tá me chamando de burro, seu filho de uma rapariga?

- Ah, vai começar as ameaças – reclamou Pedro.

- Ele te chamou sim, não ficou na cara? – defende Lívia.

- Parem de me xingar, seus nerdão. – disse João enquanto sai de perto e vai para o seu lugar

- Como vocês conseguiram espantar esse cara? – disse Tico impressionado – Se fosse eu no lugar de vocês já teria sido espancado!

- Não seria espancado não, Bruna disse hoje mais cedo que ele não faz completamente nada, apenas ameaça os mais fracos para se sentir melhor, ele é um cara meio deprimido. – explicou Lívia.

- Deprimido? Por quê? – perguntou Tico.

- E eu vou saber, porra? Eu não ia perguntar sobre a vida pessoal do cara. – respondeu Lívia – Só sei que você não deve sentir medo desse cara, é ridículo, você é fraco demais, seja homem.

- T-tudo bem, já entendi tudo.

- Não entendeu não! Já disse para você falar direito, para de gaguejar, filho da puta, vá treinar isso na frente de um espelho ou vá ao medico, isso faz você parecer mais fraco ainda. – Lívia dando conselhos – E você também deveria tomar banho todos os dias, babaca, você está transpirando muito rápido, ah, porra, você tá transpirando outra vez, você tá com medo de mim? É? Porra, você não aguenta críticas, seu merdinha?

- Tá bom, cacete, já entendi! Para de me xingar.

- Estou falando tudo isso porque você é meu amigo e dou conselhos para meus amigos serem pessoas melhores, ah, desculpe, só estou com uma dor de barriga. – explica Lívia.

O sinal toca e a prova começa alguns minutos depois, Tico está entrando em um leve desespero interno por não estar entendendo coisa nenhuma na prova.

- Mas o que que é isso?! Essa historinha não faz sentido nenhum, na verdade faz, mas eu sou burro pra caramba. – pensou Tico.

Tico chutou a prova inteira e entregou para a professora, depois disso ficou apenas esperando que todos terminassem a prova para que ela corrigisse logo. Depois de uns 30 minutos, a correção começa.

- Como vocês foram? Eu acho que fui bem. – Pedro otimista.

- Eu sei lá, só sei que achei fácil – disse Lívia.

- Fui super bem, vou tirar a nota máxima, hehe. – disse Tico.

- Claro que não, você terminou a prova em apenas 15 minutos, é tão óbvio que você chutou. – adivinhou Lívia.

- C-c-claro que não. – gaguejou Tico.

- Olha só, puta que pariu, gaguejando de novo, você não sabe nem disfarçar, vai se catar você, hein, vai tirar no máximo nota 5/10 com sorte. – Lívia decepcionada.

- Pedro! Venha pegar a sua prova. – chamou a professora.

- Nota 8. – disse Pedro

- Parabéns, Pedro, você é o cara. – elogiou Lívia.

- Obrigado, espero que você tire uma nota boa também.

Depois de vários colegas chamados, a professora chamou Lívia.

- Nota 7,5! Estou satisfeita. – Lívia aliviada.

- João, venha pegar sua prova! – chamou a professora.

- Nota 9,5, chupem vocês todos, eu menti quando disse que ia mal em interpretação! São otários mesmo! – grita João enquanto aponta para os seus “amigos”.

- Como isso é possível? – perguntou Tico.

- Ele deve ter colado da colega da frente, eles tiraram a mesma nota. – adivinhou Lívia novamente.

Tico foi o último a ser chamado pois foi o primeiro a entregar a nota.

- Tico, você tirou nota 2, e por isso devo mandar um bilhete para os seus pais ou responsáveis para assinar e entregar amanhã.

- Por que, Prof.?

- Regras novas da escola, ué.

- O-ok.

- Haha, se fodeu, Tico! – provocou João – Sou mais inteligente que você, seu burro de merda, não sabe nem interpretar um texto, se você tirar nota ruim outra vez eu vou esticar você até vomitar.

- Obrigado, João. – Tico sendo irônico.

Depois do final da aula, Tico chega em casa com mais um bilhete.

- M-mãe, me desculpe, mas recebi um bilhete, pode me bater se quiser.

- Não bater em você, bobinho, seu pai comprou um presente para você.

- Toma aí, filhão, um celular! – pai do Tico presenteando o filho.

- Nossa, eu nem merecia, obrigado pai.

- Que isso, de nada, agora vá para o seu castigo, uma semana sem sair de casa a não ser ir à escola! E sem videogame e computador, se você ligar eu vou descobrir porque seu computador faz um barulho danado. –pai “castigando” o filho.

- Ok, obrigado pai, estou indo.

Tico leva o seu novo celular para o seu quarto e descobre que tem internet sem fio.

- Bem, eles não disseram que eu não poderia usar celular. – pensou Tico – Adoro castigos.


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