A semana passou correndo. Percy estava ajudando Annabeth e Jason se entrosar. Sally estava radiante por ter tanta criança em casa. Rachel ia todas as tardes para a casa deles, o que deixava Annabeth morta de ciúmes. Sally e Paul achavam engraçado. Annabeth e Rachel ficavam grudadas em Percy que não sabia o que fazer. Ele tentava fazer com que as duas se dessem bem, mas parece que elas não estavam a fim de ajudar.

Percy tinha que voltar para o mar. Seu pai estava precisando de ajuda, e depois ia para o submundo, e só sairia de lá no começo do verão. Percy e Annabeth passavam boa parte da noite colocando as fichas dos heróis em dia. Eram tantas coisas para eles fazer que Sally ficasse supressa por eles ficarem implicando uma com o outro. Quíron tinha ido para o apartamento falar com Jason. Os dois passavam algumas horas conversando, já Percy ficava atrapalhando os dois, até que Annabeth o arrastou para o parque. Percy tinha ido para a escola com Paul para assistir os jogos, ele até entrou no lugar de um dos competidores.

– Percy? – Annabeth chamou entrando no apartamento.

– Na cozinha. – ele respondeu.

– Oi. – ela disse parando na porta. – O que está fazendo?

– Guardando os doces do meu pai. – ele disse apontando para a caixa. – Como foi à escola?

– Normal. – ela disse dando os ombros.

– O que foi? – ele perguntou notando o olhar triste dela.

– Nada. Quer dizer... Amanhã você vai embora... E eu vou senti saudade.

– Eu também vou sentir sua falta. – ele disse abrasando ela. – Mas eu vou vim para cá no começo do verão para ir com vocês. Se der eu venho uma semana antes das aulas acabarem.

– Tudo bem. – ela disse apertando os braços ao redor dele.

– Vai ficar tudo bem. – ele se afastou e sorriu para ela. – Agora acho melhor você me ajudar. Sua mãe quer uns também.

Os dois começaram a guarda os doces em silêncio. Percy não gostava de ver Annabeth tristes. Ele olhou em volta e sorriu quando viu o pacote de farinha.

– Annie? – ele chamou depois de pegar o saco.

– Oi? – ela disse olhando para ele. – Percy. – ela gritou quando ele jogou farinha na cara dela.

– Desculpa. Foi sem querer. – ele disse rindo.

– Foi mesmo? – ela perguntou tirando o pacote da mão dele e jogando farinha nele. – Desculpa.

– Ei, foi sem querer. – ele disse rindo. – Quer dizer, achei que você estava triste e precisava se animar.

– Então a culpa é minha?

– Claro.

– Tome isso Cabeça de Alga. – Annabeth virou o saco de farinha na cabeça dele. Quando a farinha acabou ela saiu correndo.

– Volta aqui. – ele disse quando ela saiu correndo.

Os dois correram pela cozinha. Um jogando farinha no outro. Os dois estavam cobertos de farinha e rindo bastante. Eles teriam continuando com a brincadeira, se Annabeth não tivesse escorregado e levado Percy com ela.

– Você não presta Cabeça de Alga. – ela disse rindo.

– Eu? Estou com mais farinha que você. – ele disse apoiando o peço nos braços para não ficar com o peso todo nela.

– Tem que ser esperto, senhor Jackson.

– Eu sou.

Os dois ficaram em silêncio, apenas se olhando. Eles foram se aproximando. Era com se um imã os chamasse. Os dois fecharam os olhos e os lábios deles se encontraram. Não foi um beijo de verdade, foi apenas um encostar de lábios que não durou mais que dois segundos, mas foi o suficiente para deixar os dois com o coração acelerados. Eles se separaram lentamente e ficaram se olhando. Percy sorriu para ela e fez carinho no rosto dela.

– Eu não quero que você vá. – ela sussurrou para ele.

– Eu também não quero ir. – ele sussurrou de novo. – Quero ficar com você.

– Eu acho que te amo. – ela disse passando a mão no rosto dele.

– Eu tenho certeza que te amo. – ele sorriu para ela e beijou a bochecha dela antes de se levantar. – Venha.

Percy a ajudou a levantar e os dois olharam em volta.

– O que aconteceu com a minha cozinha? – eles escutaram a voz de Sally. – Perseu Jackson, me responda.

– Ela ficou branca. – ele disse dando os ombros. – E com muita farinha.

– Como isso aconteceu? – Sally batia o pé no chão.

– A gente jogou farinha um no outro. – Percy disse sorrindo. –Eu limpo mãe.

– É bom mesmo, por que eu... – Sally se calou quando o filho estranhou os e a farinha desapareceu. Tanto da cozinha, quanto deles. – Era para você limpa do modo normal.

– E foi normal.

– É. Todo mundo estrala o dedo e a farinha desaparece.

– Bom, é normal para um deus. – ele disse quando os ombros.

– O que eu faço com você, meu filho?

– Me ama.

– Sai daqui. – ela disse rindo.

– Eu vou pra sala. – ele disse deixando as duas na cozinha.

– O que vocês estavam fazendo? – Sally perguntou colocando as compras que estavam em suas mãos na mesa. Sally ficou confusa quando Annabeth corou.

– Guardando os doces de Poseidon. Ele disse que estava triste e tinha que me animar, e jogou farinha em mim. – ela respondeu ajudando Sally a aguarda as compras.

– E você não pode ficar atrás, não é?

– Claro que não. – Annabeth disse rindo. – Eu sou uma filha de Atena, nunca fico por baixo.

– Semideus, eu nunca vou entender vocês.

...

Percy estava terminando de arrumar sua mochila quando Poseidon apareceu ao lado dele. Ele olhou para o pai, e viu que o assunto era muito serio. Nem tanto por causa dele aparecer sendo que Percy ia para o mar no outro dia, seu pai ás vezes aparecia para o jantar. Mas não nunca ficava serio, não era uma característica do deus do mar. Nem no meio de uma guerra ele ficava tão serio. E olha que Percy já tinha lutado com ele várias vezes.

– O que foi? – ele disse olhando para o pai.

– Tem como você ir embora hoje?

– O que aconteceu? – Poseidon não disse nada, apenas olhou para longe. – Pai?

– Seu irmão precisa de você. Ele está péssimo.

– O que aconteceu? – Ele perguntou novamente.

– Anfitrite morreu.