– Percy. Annabeth. Tudo bem? – perguntou preocupada.

– Sim mãe. Mas Annabeth quer te pedi algo.

– Fale querida.

– Senhora Jackson eu...

Annabeth olhou para Percy e depois voltou a olhar para a Sally.

– Senhora Jackson eu queria saber se...

– Mãe ela quer saber se pode morar ai em casa com a senhora e com o Paul. – Percy disse vendo que Annabeth tinha travado.

– Como?

– Senhora Jackson eu sei que a senhora não é nada minha, mas eu não sei o que é ter uma família, Percy é a coisa mais perto de uma que tenho, mas ele é um deus e eu quase não o vejo. Ele sempre me fala como a senhora é uma mãe incrível e que ele não poderia querer uma mãe melhor. Eu não quero que a senhora se sinta na obrigação e nem quero ser um problema, só que quero ir para a casa quando o inverno acabar, mas não estou pronta para ir para a casa do meu pai.

– Querida eu não posso concorda com isso sem antes falar com o seu pai. – Sally disse.

– Eu sabia. Eu sinto muito por ter perguntado. – Annabeth se virou para sair.

– Annabeth, você é menor de idade e não posso deixar você morar aqui sem a autorização dele. – ela explicou. – Eu preciso falar com ele. Posso pedi o telefone dele com Quíron.

– Não precisa, eu tenho. – Annabeth disse pegando um papel do bolso. – Tem caneta?

– Sim. Pode falar.

Depois de ter passado o telefone para Sally. Percy e Annabeth foram da uma volta na praia. A filha de Atena estava nervosa. Ela não sabia se seu pai deixaria. Mas quer saber, ele não tinha qualquer direito sobre ela.

– Percy posso ver seu colar? – Annabeth perguntou para tentar se concentra em outra coisa.

– Claro. – ele disse tirando do pescoço e dando para ela.

– Nossa são tantas. Eu só tenho dois. – disse olhando para as contas. – Você esta aqui já a oito anos.

– Sim.

– Essa é um tridente, essa o velocino, essa uma espada, um elmo, uma menina e estrelas, uma lua, essa uma esfera e um dragão. – ela olhou para ele e perguntou. – Quem é essa garota?

– Uma amiga. – disse sorrindo. Ele pegou outro colar e mostrou o pequeno arco que tinha ali. – Ela é a tenente de Ártemis. A gente tive que sair em uma missão juntos. Geralmente caçadoras e campistas se odeiam. Ela não queria que eu fosse mais mesmo assim eu fui. Durante a viagem eu fiz uma coisa por ela e ela se tornou uma grande amiga. Ás vezes ela vem me ver.

– O que você fez?

– Deu um soco no ex-namorado dela. – Percy sorriu. – Para falar a verdade quebrei o nariz dele.

– Nossa. E as estrelas?

– Ela adora as estrelas. Sempre que pose olha para elas. Agora que meu castelo está pronto posso leva ela para lá.

– Por quê? Você gosta dela? Quer dizer, mais do que um amigo.

– Meu palácio fica em uma ilha mágica. A poluição não chegou lá. Assim pode ser ver todas as constelações sem problemas.

– Hum... - Percy, Annabeth. – eles escutaram a voz de Sally atrás deles.

– Olá crianças.

– Oi. – Annabeth disse olhando para a mensagem de íris. – Então?

– Falei com seu pai. Ele ficou triste em saber que você ainda não quer vê-lo, mas concordou em deixar você morar comigo. Contando que você ligue para ele.

– Certo. – disse pulando de alegria. – Mas não tem problema mesmo eu ir morar ai?

– Não, querida. Eu passo ai no final do verão para te buscar. – disse sorrindo e depois passou a mão na mensagem.

– Annabeth, vamos para a casa grande. – Percy se levantou e estendeu a mão para ela. – De lá você pode ligar para seu pai.

– Vamos.

Os dois foram para a casa grande. Eles conversavam animadamente. Percy esta feliz por Annabeth finalmente ter uma família e a filha de Atena esta nas nuvens.

– Pai, Annabeth pode usar o telefone? – Percy perguntou. – Ela quer ligar para o pai dela.

– Claro. Você pode ir com ela? Estou no meio de um jogo.

– Claro.

Percy e Annabeth foram até o escritório de Quíron. Percy mostrou onde ficava o telefone e saiu. A filha de Atena ficou olhando para o telefone por alguns minutos e depois de respirar fundo foi até ele.

– Alô? – ela escutou a voz na madrasta.

– Oi Milena, é a Annabeth. Meu pai está?

– Annabeth? Meu deus, você está bem? Onde você está? – perguntou preocupada.

– Apenas responda a minha pergunta. Ele está em casa?

– Eu vou chamá-lo. – respondeu e a linha ficou muda.

– Alô? Filha?

– Oi pai. – disse baixo. – O senhor queria falar comigo?

– Sim. Como você está? Tudo bem com você?

– Estou bem. – falou respirando fundo. – Como vão as coisas ai?

– Tudo bem. – disse e eles ficaram em silêncio.

– O que o senhor queria?

– A senhora Jackson me ficou. – disse depois de hesitar um pouco.

– Ela me disse que você quer morar com ela.

– É verdade. – ela respondeu. – Ela é mãe de um amigo meu. Bom, ele se tornou um deus e eu pensei que poderia ficar com ela e com o marido. Assim saiu do acampamento e se alguma coisa acontecer posso voltar rápido.

– Tem certeza que é isso que você quer?

– Sim.

– Algum dia você vai voltar para casa?

– Eu não sei. – falou depois de um tempo em silêncio. – Vamos ver como ás coisas acontecem. Talvez algum dia eu posso voltar,mas nunca, nunca mesmo vou pode ter dá essa certeza.

– Eu te amo minha filha. – seu pai disse depois de um tempo novamente.

– Eu... Eu sei pai. Apesar de tudo eu sei. – ela falou segurando o choro. – Eu tenho que ir.

Ela desligou o telefone e começou a chorar. Ela queria dizer que o amava também. Mas ainda doía. As coisas que ela passou na casa do pai dela. Ela sabia que algum dia isso vai passar. Ela se levantou e foi para a sala.

– Pronto. – disse olhando para os outros. – Ele deixou.