Heart Half-blood. escrita por Anieper


Capítulo 35
Dor.




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Os dias foram se passando. Percy aceitou o pedido do pai e ficou em Atlântida até que seu castelo estivesse pronto. Se fosse por ele seria apenas uma casa de praia, mas Atena e Afrodite estavam convencidas de que ele precisava de um castelo, e ele não estava com humor para discuti. Com forme os dias foram se passando Poseidon foi percebendo que o filho estava cada ve mais triste e distante. Percy passava o dia trancado no quarto escrevendo novas fichas de semideuses e passava a noite andando pelos jardins. Ele comia pouco, isso quando comia. Também vivia com os olhos vermelhos e inchados, apesar de que desde o dia da praia ninguém mais o viu chorar.

– Filho? – Poseidon chamou certa noite, enquanto Percy estava andando em direção ou jardim.

– Sim?

– Você pode vim aqui um pouquinho?

– Claro. – Percy seguiu o pai até o escritório dele. Chegando lá se sentou de frente para ele. – O que foi?

– Eu falei com a sua mãe e ela quer que você passe um tempo com ela. Já falei com seu tio e ele está de acordo. Você parte amanhã cedo.

– Que?

– Isso que você escutou. – Poseidon disse serio. – Todos os deuses estão preocupados com você e sua mãe também. Vai fazer bem para você e com a Sally você pode se abri melhor do que comigo. Alias do que com qualquer um, já que você não quer falar com ninguém.

– Eu não tenho nada a dizer. – Percy disse com os olhos fechados. – Eu não vou saber expresar o que estou sentindo e mesmo se soubesse acho que ainda não estou pronto. Mas acredito que passa um tempo com minha mãe e com Paul possa me fazer bem.

– Filho, posso te pedir uma coisa?

– Sim.

– Não fique se culpando por nada. Eu quero que você saiba que tem o direito de ficar um tempo sem se preocupar com nada. Você pode se fechar por um tempo. É assim que a gente faz quando vamos ter um caso com humanos.

– Eu não quero esquecer. Eu quero senti essa dor, porque assim sei que ainda tenho algo de humano em mim. Eu quero que meu coração continue me lembrando de que não posso abaixar a guarda novamente.

– Eu sei que doí ama, mas tenha certeza que nada do que você sentir não possa passar. Pois, nada dura para sempre.

Percy se levantou e saiu do escritório. Ele passou o resto da noite olhando para o reflexo da lua pela água. Poucas horas antes do amanhecer ele foi até seu quarto e arrumou sua mala. Quando ele estava terminando Tyson entro no seu quarto.

– Oi irmão. – o ciclope disse sorrindo.

– Oi. – Percy tentou sorrir, mas não teve muito sucesso.

– Papai te disse que vou passar um tempo no acampamento? – ele disse animado.

– Sim, ele me disse.

– E você também vai? – disse apontando para a mala de Percy.

– Não. Eu vou para a casa da minha mãe. Estou com saudades dela.

– Que pena. – ele disse meio triste. – Percy você está doente?

– O que?

– Você está tão tristinho de um tempo para cá.

– Eu estou bem. Não se preocupe.

– Tudo bem.

– Filho, está na hora. – Poseidon disse entrando no quarto. – Sua mãe disse que estaria te esperando para o café.

– Certo. Estou indo. – Percy pegou sua a mala e deu um abraço no seu pai e no seu irmão antes de desaparecer.

Ele reapareceu na porta do apartamento da sua mãe e bateu. Em um minuto Paul abriu a porta.

– Percy. – ele disse feliz. – Entre. Entre.

Os dois entraram no apartamento e foram para cozinha onde Sally estava no fogão.

– Oi mãe. – Percy disse chamando a atenção dela.

– Bebê. – Sally disse se virando e indo até ele o esmagando em um abraço. – Como você está? Por que não anda comendo? Quanto tempo faz que você não dormi? Quem é essa menina, para mim mostra para ela que você tem uma mãe?

– Estou bem. Eu estou sem fome. Faz duas semanas que não durmo. E não quero falar sobre ela. – disse se sentando na mesa. – Mas já que a senhora acha que estou magro, pode ir passando essa panquecas azuis que é a primeira vez nessas duas semanas que eu realmente sinto vontade de comer alguma coisa.

Na mesma hora Sally colocou um prato cheiro de panquecas na mesa e foi prepara mais. Percy comeu, e só ali ele percebeu como estava com fome e com saudade da comida da mãe. Depois de comer até quase explodi, sua mãe levou ele até seu quarto e deitou com ele como sempre fazia quando ele era menor e tinha pesadelos com monstros. Sally cantou para ele, e ele finalmente conseguiu dormi.

Percy já estava na casa de sua mãe há um mês. Ele teve que ir para o Olimpo algumas vezes, mas voltava antes do anoitecer. Percy não conversou com a mãe sobre Annabeth, nem sobre como estava se sentindo, e Sally não forçou. Paul, levou ele para assisti as partidas de futebol do time da escola e o apresentou para todos como seu filho. Como Percy não sorria eles começaram a falar para todos que ele sofria de tristeza crônica devido a um trauma recente. Poseidon foi visita-lo algumas vezes.

– Percy você pode me ajudar? – Sally perguntou arrumando a mesa.

– Não. Eu faço isso e a senhora vai se arrumar. – ele disse tirando os pratos da mão da mãe. Paul tinha convidado alguns amigos dele para um jantar, por isso Percy estava mais arrumado do que o normal. – Paul para de olhar para minha mãe desse jeito e vem me ajudar.

– Certo.

Os dois terminaram de arrumar a mesa e depois foram para o sofá. Paul colocou no jogo, mas Percy não estava prestando atenção. Ele estava escrevendo para Quíron. Desde o dia da fogueira ele não tinha mais visto seu pai. Ele ainda mandava os relatórios para ele por Hermes.

– O que é isso? – Paul disse tentando ler o que estava escrito na folha.

– Os nomes dos semideuses que vão sair do acampamento para ir ao Olimpo. – disse sem olhar para ele. – Zeus permite isso uma vez por ano.

– Humanos não? – ele perguntou fazendo Percy mostra seu sorriso triste, que é o único que ele mostrava.

– Não. Mas se você quiser pode ir comigo para o acampamento semana que vem.

– Você vai volta para lá? – perguntou supresso.

– Preciso falar com meu pai. E tenho que pegar minha cachorra e paga os relatórios que estão lá para levar para minha casa. Atena me disse que já estar terminado.

Nessa hora a campainha tocou. Paul se levantou e foi atender. Os amigos dele foram entrando. Percy falou com todos e voltou para seus papeis.

– Oi. – disse uma menina que da mesma idade dele.

– Oi. – respondeu trocando de caneta.

– O que você está fazendo? – perguntou olhando para os papeis.

– Trabalho. – respondeu.

– Eu sou a Rachel.

– Percy.

– Que língua é essa? – disse sentando-se ao lado dele.

– Grego.

– Por que você está escrevendo em grego?

– Por que você faz muita pergunta?

– Não sei. – ela disse rindo.

– Certo.

– Rachel você não está incomodando ele não é? – um dos professores perguntou olhando para os dois.

– Não. Ou estou? – ela perguntou para Percy.

– Pra falar a verdade, está sim. – disse sem olhar para ela.

– Percy. – Sally falou olhando feio para ele.

– O que? – perguntou finalmente olhando para cima. – Estou ocupado e ela fica falando sobre o que estou fazendo e por que estou escrevendo em grego.

– Você sabe grego? – uma senhora perguntou chegando perto dele.

– Sei. – respondeu dando os ombros.

– Posso ver? – disse apontando para o caderno dele.

Percy olhou para a mãe que fez que sim com a cabeça, ele esticou o caderno para ela. A senhora ler por um tempo e depois olhou para ele supressa.

– Você me parece fluente.

– Νομίζω ότι μπορώ να πω ναι.(Acho que posso dizer que sim.) – ele disse.

– Πού έμαθες; (onde aprendeu?)

– Ο πατέρας μου είναι Έλληνας. ( Meu pai é grego.)

– É, você fala muito bem. – ela disse sorrindo.

– A família do pai dele faz questão disso. – Paul disse sorrindo. – Ele também sabe Latim.

– Nossa. – nessa hora a campainha tocou.

– Quem deve ser? – Paul perguntou. – Já chegaram todos.

Paul foi em até a porta. Foi quando Percy sentiu.

– Paul, não. – ele gritou levantando-se em um pulo. – Saia de perto da porta.

– Percy o que foi? – Sally perguntou preocupada.

– É meu pai. – ele disse fazendo com que Sally olhasse desconfiada.

– Então...

– Apenas saia. – ele disse indo até a porta, abrindo apenas um pouco e saiu. – Agora somos apenas eu e você.


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