Trust Me escrita por Mimizuku


Capítulo 2
Capítulo 02 — Chaves & Anjos


Notas iniciais do capítulo

Oi. Voltei cedo? (: Recebi vários reviews no primeiro capítulo já, isso me deixou muito feliz! ♥ Sim, eu sou nova aqui no Nyah Fanfiction, então cada review me deixa super feliz ao ponto de vomitar chocolates (what? shaushaush). Oh, seria vomitar arco-iris então? shaushuas
Obrigado pessoal *u* Vou tentar lançar os capítulos todos os sábados, se eu atrasar é por causa da escola e trabalhos ;3; (Sim, eu não estou de férias ainda). Mas vai dar sim ♥
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385288/chapter/2

— Então, como eu estava dizendo, Lucy... — Erza disse ao meu lado, cruzando os braços. — Você precisa comprar outras roupas, sabe... As que você tem já estão fora de moda.


Dois dias se passaram depois do ocorrido. Eu enviei vários emails para Natsu, mas nenhum ele respondeu como o primeiro. Tenho certeza que aquilo não foi um sonho, então eu contei para Levy. Ela ficou chocada, e disse que poderia haver a chance de alguém ter pegado o email de Natsu, mas no fundo, eu sabia que ela achou que fosse uma brincadeira.



Para não ficar com esse assunto na cabeça, eu decidi sair com Erza e Levy. Não adiantou nada.



— E desde quando você se preocupa com moda, Elza? — Levy brincou com o nome dela, e a ruiva fechou a cara.



— Não me chame desse jeito, sua tampinha! — Erza moveu-se até Levy e a fez cócegas em várias partes do corpo. As duas se divertiam tanto... Um sorriso de lado se formou em meus lábios, e quando elas pararam para respirar me notaram e começaram a rir.



O nosso passeio foi longo, Erza não queria parar de comer bolo quando terminamos de comprar novas roupas, sapatos e bolsas. Depois Levy nos levou a uma livraria. Quando já estava anoitecendo, elas chamaram um taxi para levá-las para casa, eu escolhi ir caminhando, pois meu apartamento não era tão longe.



#-#-#



Quando cheguei em casa, apenas tomei um café e – depois de escovar os dentes – me deitei.


Eu ainda tinha várias perguntas a serem respondidas, e em todas elas tinha algo a ver com Natsu. Mandar outro email para ele não seria uma boa idéia, só faria parecer que eu estou mais interessada. MAS EU ESTOU!


Ouvi três batidas na porta, o que interrompeu meus pensamentos. Já era dez da noite, quem seria a essa hora?


Calcei minhas pantufas de gato – que por acaso eram azuis, a mesma cor do gato de Natsu. Vai eu saber onde esse bicho está agora – e andei até a porta, destranco-a e abro.


Só o que me faltava!



Diante de mim, estava Loke, curvado com as mãos nos joelhos e cansado de correr – foi o que me pareceu. Ele levantou a cabeça lentamente e sorriu para mim, um sorriso super fofo.



— Desculpe por aparecer tão tarde, Lucy. — fiz um sinal para ele entrar, e esse assim obedeceu. Loke me olhou da cabeça aos pés e soltou um assovio. — Que pijama hein. — corei.



Eu estava usando uma camisa desabotoada de modo que desse para ver pouca parte de meu sutiã e uma saia xadrez. Também uma meia ¾ preta.
A roupa estava curta, sim, mas ele não deveria sair falando o que vier em mente.



— Você está corada, haha, que fofa. — ele disse, apoiando o braço esquerdo na porta já fechada.



— O que você quer, Loke? — falei fria.



— Bem, é um assunto complicado... — Loke puxou uma cadeira para se sentar, enquanto eu ia em direção a minha cama. — Minha namorada está brigando todos os dias comigo, e hoje ela me chutou de casa. — ri. — Então... Eu poderia ficar aqui alguns dias, até ela se acalmar? Eu juro que não tentarei fazer nada pervertido!



— Sabe, Loke, você é meu amigo de infância e tudo mais, eu confio em você, mas... — ele abriu um sorriso imenso, mas o desfez após ouvir o “mas” e o que vinha a seguir. — Eu sou uma mulher, e você é um homem. Não iria cair estranho?



— Não.



— Iria sim.



— Ah desculpe... Mas por favor, apenas hoje! — implorou — Eu vou embora depois, mesmo que tenha que morar em uma caixa no meio da rua, sei lá!



— Você disse que eram apenas uns dias, agora é apenas um dia? — sorri o provocando. — Espera, eu não vou deixar você morar em uma caixa e... No meio da rua. Você não é um cachorro. Tudo bem pode ficar aqui... ESSA NOITE, apenas. E durma no sofá, nada de quarto.



— Como você é legal, Lucy! — Loke se arrastou até o sofá e deitou-se, enquanto eu o entregava algumas cobertas e um travesseiro. — A propósito, é verdade que você recebeu um email do Natsu? — gelei.



— De quem você ouviu isso?! — aumentei o tom de voz, o que o assustou um pouco. Ele levantou as mãos pedindo para eu me acalmar. — Desculpa...



— A Erza me contou. — aquela maldita ruiva! — Foi mal, eu a irritei até que me contasse! Mas eu queria conversar com você sobre isso, sobre... Natsu.



— Desculpe, não tenho nada a falar dele para você. — virei o rosto e voltei para o quarto.



— Não, eu estou sério sobre isso, é sobre seu namoro, Lucy! — pude ouvir a voz preocupada dele facilmente, pois a sala e o quarto não eram tão distantes. — Você já ouviu falar nos anjos que nós controlamos com chaves?



— Hã? Você é estranho Loke, eu nunca ouvi nada assim. — ri da cara dele, abraçando um travesseiro e encostando as costas na parede.



— Ah, sou mesmo! Isso que dá ler todos os livros que a escola possuí. Durante isso, eu encontrei um livro sobre esses anjos, sabe? — explicou. — Não podia chamar aquilo de livro, exatamente. Estava todo rabiscado, eu mal conseguia ler o que estava escrito. Mas o pouco que entendi, era que existam anjos que nós podemos controlar.



— Isso é interessante, será que eu posso controlar um anjo?



— Haha, muito engraçada, Lucy, mas não. — eu não tentei ser engraçada, Loke chato. — Os anjos nascem por todos os erros que você cometeu, e quando acorda, há uma chave em seu travesseiro. — “Nesse caso, eu já domino todos os anjos existentes” pensei. — Se você não tem nenhuma chave, fique feliz, você é uma menina pura e linda que nunca cometeu erros.



— O que esses anjos fazem? — perguntei — Não são apenas um enfeite inútil para nós, não é?



— Não, cada anjo possui um poder. Aquarius, ela pode controlar a água. Câncer, ele é ótimo para cortar cabelos. — Loke riu — Virgo, ela pode cavar buracos na maior facilidade. Áries, ela usa lã para tranqüilizar os oponentes. E Horologium, ele tem o poder de controlar o tempo. Existem vários outros, mas eu não vou falar né.



— Ah, entendi. Essa Virgo é bastante interessante, rs. — disse. — Mas e você, tem alguma chave?



Silêncio...



— Não, é impossível eu ter uma. — ouvi um riso abafado vindo da sala. — Vai saber, não é, Lu-chan? — ele imitou a voz de Levy, o que me fez sorrir. — Eu posso ser o Mestre desses anjos, será que eu não os criei? Hahaha.



— Você cria anjos, mas nenhuma mulher que não te chute de casa? Que legal hein, Sr.Loke. — nos dois rimos juntos, claro que ele riu menos, seria idiotice se ele não parasse de rir de si mesmo. Bem, mas é o Loke, eu não me surpreenderia se algo doido viesse dele.



— Já está tarde, Lucy... — dessa vez, Loke falou calmo, com a voz rouca e baixa, o que me deu um frio na barriga. — Já está tarde... — repetiu. — Muito tarde.



#-#-#



— Natsu? — o chamei, me encolhendo atrás da porta, apenas com a cabeça amostra. Ele me olhou e esbanjou um típico sorriso seu, fazendo um sinal para deitar-me ao lado dele. Andei em passos longos e sentei ao seu lado, Natsu puxou as cobertas para cobrir minhas pernas e me abraçou. — O que você está fazendo? — olhei para o notebook que estava posicionado em seus joelhos.



— No Redtube que não estou. — ele debochou. — Eu estava falando com uma pessoa importante.



— Sobre trabalho?



— Não. Sobre algo que pode mudar nos---meu futuro. — Natsu sorriu, eu pude notar na sua voz que ele estava nervoso, mas decidi não comentar, apenas assenti.



— Apenas SEU futuro? Não seria o NOSSO futuro, hein, Sr.Natsu? — brinquei com ele, acariciando sua bochecha.



— Não é sério... É apenas o meu futuro mesmo, eu não quero que você se envolva, Lucy. — O quê?



#-#-#



— Natsu... Eu sinto como se você estivesse tão distante ultimamente. — disse carregando as sacolas de compras, o que antigamente era serviço dele. Natsu estava longe de mim, nem andar de mãos dadas nós andávamos mais, era difícil até andar ao lado dele. — Natsu... O que está acontecendo?



Ele virou o rosto, me encarando, com fúria nos olhos.



#-#-#



— Lucy! Eu vou te contar algo agora, mas mantenha-se calma, por favor, não se desespere. — falou Erza no outro lado da linha, com a voz séria.



— Nossa Erza, fala logo, está me deixando curiosa!



— Natsu foi... — ela recolheu o máximo de ar possível e continuou. — Natsu foi atropelado.



Natsu... Morreu.



#-#-#



Acordei, suando com a respiração descontrolada, em um pulo. As cobertas da cama estavam todas caídas no chão e minha roupa amassada de tanto que eu me mexi dormindo.


Por que eu tive um sonho desses? Esse passado triste... O que me atormenta não é – exatamente – o fato de Natsu estar morto, mas sim que ele morreu e deixou muitos mistérios. Eu não consigo entender nada, sempre que paro para pensar, sinto uma faca rasgando minha pele, pois me lembro dos momentos em que nós passamos juntos.


Minha antiga eu amava o Natsu. Se fosse ela, agora estaria correndo atrás de pistas para descobrir tudo sobre o que ele estava metido. Atualmente, eu nunca faria isso. É idiotice!



Levantei-me e andei até a sala, as cobertas do sofá estavam arrumadas e o travesseiro em cima delas, ao lado havia um bilhete. Loke já não estava mais aqui, eu o abri.



“Lucy, eu consegui fazer as pazes com a minha namorada logo de manhã. O almoço está pronto para você, espero que acorde antes de tudo estrague no fogão. Obrigado por me deixar ficar essa noite, se quiser algo em troca por isso pode me dizer. Beijos.



Loke.



Ah certo... Não tenho nada que eu queira do Loke, então vamos deixar para outra hora. Também não queria almoçar, então guardei as panelas na geladeira.


O que eu queria agora era esquecer esse sonho e do passado, se Loke pudesse fazer isso eu o amaria eternamente. Mas ele não pode, então...


Oh! Agora que eu me lembrei, Natsu carregava sempre uma chave maior do que as normais com ele... Será que...


Não, não, impossível. Essa história que o Loke falou não deve existir, aposto que ele inventou.


Peguei algumas roupas e entrei na banheira.



#-#-#



Coloquei a minha mochila nas costas e peguei as chaves da porta. Ao lado, havia meu celular.



“— Lucy... Não podemos mais ficar juntos, por favor, me esqueça.”



Cale a boca, Natsu.



“— Por favor, se afaste de mim. Ele está... Aquele cara... Zeref está vindo matar você.”



Fiquei o encarando por um minuto, pensando se deveria ou não fazer isso.


Peguei o celular rapidamente e disquei o número de Loke, tocou várias vezes e só depois ele atendeu.


O que? Por que eu quero tanto saber?



— Lucy, por favor... morra. Não, não... Fique longe!”



— Alô? Lucy?



— Loke! Me conte mais sobre aqueles anjos que você falou antes!



*Ending*



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preciso pedir? shaushaush sz



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Trust Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.