Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 9
Sirenas


Notas iniciais do capítulo

Carolina/ :Então... Olá?! Primeiramente : o atraso.
Ele aconteceu porque as autoras Carolina (no caso eu) e Sophie A. Laurie não estávamos entrando em um acordo sobre o que faríamos na história. Então decidimos pausar e apenas postar quando entrássemos em acordo, e entramos em acordo, por isso voltamos a postar...
Obrigado aos maravilhosos comentários!
Beijos e uma ótima leitura!



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Sirenas

-Cora também é uma Sirena? – questionei curiosamente enquanto me sentava no fofo sofá vermelho da imensa biblioteca da casa de Jack. Erika sorriu orgulhosamente:

-Cora é uma Leucósia – franzi a testa com o diferenciado nome – É mais uma classificação das Sirenas... -comentou Erika enquanto parecia procurar algum livro, e então sorriu longamente puxando um livro encapado com um couro vermelho e extremamente velho. – Então, Isabella já ouviu falar em Sereias?

-Sereias? – refleti achando por um segundo idiota a pergunta.

-Sim – Erika concordou enquanto caminhava pela imensa biblioteca e abria o livro nos braços, lendo-o e continuando caminhando. – Então, já ouviu falar?

-Sim... – refleti mais uma vez enquanto lembrava-se daqueles livros baratos infantis que contavam as histórias de Sereias que se apaixonavam por humanos.

-Então, Sereis e Sirenas são mesma coisa. Gostamos de muito de controlar as pessoas a nossa volta, de preferencia homens... – ela sorriu maliciosamente erguendo o rosto parando de ler – Mas não é por isso que não podemos nos apaixonar por alguém...

-Isso aconteceu certo? – saiu sem controle dos meus lábios, Erika me olhou.

-O que? – parecia confusa.

-Você e Carlisle – Erika suspirou profundamente.

-Não gosto de lembrar isso... – suspirou mais uma vez – Carlisle tinha outra realidade, bem diferente da minha. Eu não tinha o direito de me apaixonar por ele... – sussurrou ela olhando para o chão com certa dor.

-Por quê? – questionei sem segurar minha curiosidade, Erika negou.

-Isso não importa no momento...

-Cora é filha dele certo? – Erika me olhou assustada.

-O que... Como? Como você sabe? – ela parecia descrente enquanto respirava erraticamente.

-Ela é a cara dela...

-Shhh... – Erika irritou-se fazendo o ato de pedir silencio enquanto olhava para a porta fechada, Erika me olhou – Cora não sabe nada disso, e nem precisa saber... – concordei e ela suspirou e me olhou piedosamente – Eu não sabia que ia acontecer. Eu era uma louca apaixonada na época, e tinha os poderes de outros Bruxos a minha volta. Eu apenas pedi um tempo como humano para Carlisle... Só isso – então fora isso que acontecera. Carlisle havia sido humano por um tempo e isso bastara para gerar Cora.

[...]

-Pisinoe?

-Sim, a que “controla mentes” – Erika sorriu pequeno. – Eu sou uma.

-Por isso você entrou na minha mente aquela hora? – eu realmente não conseguia me controlar nessa conversa.

-Exatamente, e como disse Cora é uma Leucósia, do Grego antigo de “a pálida” – Erika sorriu novamente. – Mas ser uma Leucósia não influencia na cor da pele, apenas Sirenas como Cora... É menos impulsiva; ela tem uma bondade a mais na alma.

-Uau! Isso me pegou de surpresa... – Senti minhas bochechas ruborizarem. Erika riu alto.

-Eu te disse que não somos vadias loiras... – ri baixo concordando. – Mas temos mais classificações . Temos as Parténope que são as consideradas mais puras... “Que tem rosto de menina” mas jamais confie em uma delas, são as mais traiçoeiras. Como disse Franz Kafka em O silêncio das sereias – Erika deu uma pausa. - As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.

-Essa é uma teoria interessante... – cocei o queixo e Erika concordou.

O assunto realmente estava interessante. Jamais imaginara que Sirenas tivessem classificação, na realidade, eu não sabia nada de Sirenas, nada de Bruxos ou coisas do tipo. Apenas sabia que Vampiros existiam.

-Mãe... –ouve uma batida porta enquanto ela se abria lentamente dando um longo rangido, lembrando-me de alguns filmes de terror ou de suspense. Cora entrou segurando nos braços um filhote de lobo. Ele era pequeno e fofinho. Mas tinha os olhos selvagens. O pelo era cinza claro, quase branca e os olhos eram azuis, azuis escuros e brilhantes.

-O que ouve? – Erika franziu o cenho.

-John e Joanne estão brigando outra vez... – ri baixo lembrando-se dos dois. Do tigre de Kelly e da onça de Erika.

Erika suspirou e atirou o livro encima da mesa enquanto saia bufando irritada, passando rapidamente por Cora. Cora riu.

-Vem Bella... – me chamou sutilmente, concordei enquanto me levantava e seguia Cora pela casa. Cora parecia animada enquanto caminhava devagar acariciando o pelo do lobo que ronronava em seu colo – Ah, esqueci-me de lhe apresentar Bella, esse é Theo, Theo essa é Bella... – sorri com a empolgação da garota. O lobo me olhou e pareceu sorrir. Deus preciso me acostumar com animais que sorriem!

-Então, Bella, tem algum Dom? – sorriu longamente, pigarreei negando. Cora me olhou descrente. – Sério?

-Pelo que eu saiba não... – ri baixo. Os olhos verdes de Cora pareceram escurecer.

-Bom, eu achei que fosse uma Fada, ou uma Curandeira...

-Fada? Curandeira? – refleti enquanto acompanhava Cora pela caminhada.

-Fada! Sim, aquelas mulheres delicadas que tem asas coloridas, nunca as viu? – neguei ainda descrente. Cora riu – Elas são lindas, eu realmente me apaixonei por elas quando fui a Vhalyan pela primeira vez...

-Vhalyan? – sorri.

-Sim, a cidade natal das Fadas... – mas a conversa foi interrompida quando chegamos à sala e vimos uma cena sangrenta.

Joanne e John se atacando as mordidas enquanto o tapete da sala estava manchado de sangue tanto de John quando de Joanne.

Joanne rosnou. Rosnou alto e pulou em John, perfurando seu pescoço com os afiados dentes enquanto o animal dava um grito rosnado, e atirava longe, batendo na parede, dando um impacto doloroso e rachando a parede amarelada. Joanne se levantou e rosnou novamente, caminhando lentamente até John que continuava na posição de ataque. Notei que Erika estava próxima de nós, olhando para Joanne com um sorriso debochado, a controlando, e Kelly do outro lado da sala. O olhar negro e feroz, comandando John.

Ouve um rosnado. Um rosnado alto e rouco, mas que não vinha de Joanne nem de John. Vinha do topo da escada. Ergui o rosto e olhei para cima, vendo a pantera negra de Jack rosnar alto, e então ela correu.

Correu rapidamente e pulou em John. John rosnou e se levantou, mostrando os dentes ao animal de Jack. A pantera rosnou alto, uma ameaça. John se encolheu, dando um passo para trás, logo em seguida Joanne havia feito o mesmo.

-Achei que tivesse pedido para controlar seu tigre Kelly! – Erika rosnou irritada, Kelly bateu os dentes.

-E por que você não aproveita e coloca em uma jaula esse sua onça?! – Kelly rebateu irritadamente. Kelly e Erika se encaravam enraivadas.

-Vocês são tão fúteis – a voz de Jack surgiu no topo da escada. Grossa e rouca.

Senti meu coração palpitar erraticamente quando escutei o som de sua voz. Ergui o rosto e o vi.

Não conseguia ver todo o seu rosto. Apenas uma parte. Seus olhos e o canto de seus lábios. O resto estava negro atrás dele, assim como seu rosto, coberto por uma sombra. Mas ele estava incrivelmente charmoso. Os olhos eram tão azuis que chegavam a me hipnotizar, mas mesmo assim eu conseguia ver os lábios retorcidos em uma careta amarga. Mas isso não o deixava menos bonito, o deixava mais ainda.


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Notas finais do capítulo

Então, como faz Sophie: Bom? Ruim? Comentem! Queremos opiniões se não não temos inspiração para dar continuidade! Obrigado. Beijos e até amanhã. =D