Passionné escrita por Anitha Tunner


Capítulo 14
Fadas, Bruxa, Gnomo, Elfo, Duende e?


Notas iniciais do capítulo

Sophie/: Olá! Então, eu fiquei extremamente feliz e honrada, assim como minha amiga Carolina, quando vi a grande quantidade de comentários. Obrigado. Muito obrigado.
Então, sem enrolação:
BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385260/chapter/14

Fadas, Bruxa, Gnomo, Elfo, Duende e?

-Espero que não tenha se traumatizado com o episódio de Lana falar... – Cora ainda estava constrangida enquanto procurava a chave correta no molho em sua mão.

-Não, tudo bem, eu já esperava algo do tipo... – murmurei enquanto olhava Lana sentada no carpete da entrada atrás de nós, Cora riu.

-Os outros falam também, apenas Joanne e John sabem ficar em silêncio na frente de uma mortal... – Cora lançou à indireta olhando para Lana que olhava as longas e afiadas garras escuras. Lana olhou para Cora, os olhos azuis enraivados e os dentes a mostra, rosnando silenciosamente.

-Deixe ser infantil Leucósia... – Lana respondeu com certa superioridade na voz enquanto entrava na casa antes de todos, rebolando e mexendo a cauda enquanto andava. Cora revirou os olhos, e entrou, puxando-me com leveza e fechando a porta com um baixo estouro.

Cora me olhou e sorriu docemente e começou a caminhar pelo corredor da entrada, e pela primeira vez pude notar que as paredes eram azuis e cheias de quadros grandes e brilhosos, obras? Não sei, apenas via que eram cenas violentas e de calmaria. Uma garota ajoelhada em uma fazenda, fazendo carinho em um cordeiro. Mas havia outro quadro em havia uma espécie de Anjo lutando contra um Demônio. Era horripilante. Mas mesmo assim hipnotizante. Mas, surpreendi-me mais ainda quando cheguei à sala, atrás de Cora e pude ver cheia de livros. Mais que cheia. Repleta. Totalmente.

Ao lado de Erika que lia uma revista sobre moda, o sofá ao lado estava cheio de livros, vomitando alguns que caiam pelos lados. Kelly estava sentada em uma pilha grossa e alta deles. Verde, vermelho e azul. Era essa a combinação perfeita de livros que pareciam se repetir abaixo de Kelly. Talvez tivessem três metros de altura de tantos livros, mas ela parecia calma enquanto cruzava as pernas e mudava a página do livro.

Eu realmente estava com medo de entrar entre aqueles milhares de livros, e quando repito que a sala estava completa de livros iguais, digo TOTAL. Havia sobrado apenas o espaço entre os sofás, e o da mesinha da sala que ficava entre os sofás. Até mesmo embaixo da escadaria cinza havia milhares de livros, e em alguns das escadas havia livros. Verde, vermelho e azul.

Erika parou de ler a revista e me olhou, sorriu brevemente e voltou a sua leitura. Kelly fechou o livro rapidamente e encarou Cora.

-Cora, querida, foi você que fez essa pequena bagunça? – pequena? Cora passou a mão pelo pescoço nervosamente. Kelly suspirou negando, parecia amarga. – Sabe quantas cópias eu achei de A origem da Fada? E quantos milhares de exemplares de A Natureza Duende? Iria fazer o que com tudo isso Cora? Doar a Biblioteca Bruxa?

-Kelly, pare de monopolizar minha filha. Você a ensinou a clonar objetos... – Erika suspirou enquanto passava a página da revista. Kelly que ainda estava sentada no topo de livros encarou Erika com certa raiva, e olhou Cora novamente.

-Tia Kelly... Eu apenas queria uma fazer cópia de cada um...

-Tem dois mil livros aqui Cora! – Kelly rosnou, Cora se encolheu levemente. – O que quer dizer que você fez mil novecentas e noventa cópias desnecessárias...

-Desculpa tia... – Cora cortou Kelly com delicadeza enquanto murmurava as palavras de cabeça baixa. Kelly a olhou parecendo arrependida da dureza por um momento e concordou, deixando um sorriso doce surgir em seus lábios.

-Cora, trouxe Isabella por qual motivo aqui? – Erika continuava a ler quando quebrou o silêncio. Cora estralou os lábios.

-Conversar...

-E o que mais? – a voz de Jack surgiu do topo da escada. Senti minhas bochechas arderem, mas eram de raiva. Eu ainda guardava um rancor pela garota boba – Ensinar Bella sobre as Bruxas, Fadas, Gnomos, Trasgos, Goblins, Duendes, Elfos e o que mais? – Jack não estava mais no topo da escadaria e sim na nossa frente. Na frente de Cora com os braços cruzados encima do peito musculoso.

O rosto retorcido em uma careta amarga. A testa franzida assim como os lábios levemente e os olhos azuis cobertos por um azedo tão forte que me fez sentir um enjoo por um segundo. Dei um discreto passo para trás.

Cora pareceu avaliar Jack por um segundo, e então se atirou nos braços dele, o abraçando pela cintura e deitando a cabeça no peito dele, afinal, mesmo que Cora fosse alta, ela parecia pequena perto de Jack e seus possíveis dois metros de altura.

Jack suspirou e apertou Cora mais sobre ele, sorrindo pequeno.

Cora se afastou parecendo aliviada.

-Não se influencie Jackson. A Leucósia pegou seu carro escondido... – Lana estava do outro lado da sala, passando a língua no pelo negro do braço. Jack avaliou Cora novamente, mas dessa vez Erika encarava Cora também.

Erika suspirou, mas logo em seguida quem suspirou foi Jack negando aquilo a si mesmo.

-Apenas não pegue novamente... – avisou levemente, Cora segurou o sorriso e apenas concordou com a cabeça. Jack ergueu o rosto e me encarou, desviei o olhar, olhando para qualquer coisa menos para ele. – Isabella, ainda constrangida com nossa conversa?

-Que conversa? – Kelly meteu-se no meio. Olhei para Kelly que nos olhava desconfiada, os olhos semicerrados.

-Nada de interessante, não é Isabella? – Jack me olhou com deboche. Bati os dentes em um ato de fúria, Jack riu levemente. Talvez eu pudesse responder algo bem venenoso.

Jack continuou me encarando. Mas era diferente. Seus olhos estavam leves, e pareciam analisar minha alma de tão profundos que eram.

Cora pigarreou, e me puxou levemente pela mão.

-Eu aceitaria o chá agora se fosse você – seus lábios foram ágeis sussurrando rapidamente em seu ouvido.

[...]

-Desculpa pela bagunça na sala... – Cora estava servindo uma água fervente em uma caneca verde de porcelana, e logo em seguida colocava a velha chaleira novamente encima do fogão. – Eu estava tentando fazer uma cópia dos livros, mas saiu um pouco do controle...

-Um pouco? – Cora riu e negou enquanto me entregava à caneca de porcelana, e sentava-se a minha frente, puxando para si uma caneca vermelha.

-Recebi meu Dom a pouco de quatro meses, não sei muito... – ela passou a mão pelo pescoço novamente, semicerrei os olhos, forçando minha visão e notei pela primeira vez um colar semelhante ao que existia no casaco que Jack havia me entregado, apenas não era igual ao do casaco pelo fato da pedra ser um rubi.

-Dom? – questionei enquanto parava de encarar o colar.

-Quando nossa Natureza está pronta, eles aparecem... – ela deu de ombros.

-Não existe idade certa? – fiquei curiosa mais uma vez.

-Não, existem pessoas que ganham os seus dons quanto são velhos, alguns quando crianças e outros como eu que receberam aos dezenove...

-Você tem dezenove? – a cortei incrédula. Cora riu envergonhada.

-Eu parei de envelhecer quando fiz quatorze...

-Achei que tivesse quinze... – comentei enquanto mexia no sache do chá, mexendo naquele cordão que havia de pendurado no sache.

-É. Talvez eu tenha envelhecido cedo demais e parado de envelhecer cedo, mas veja por um lado, talvez eu tenha um parentesco com as Fadas... – encarei Cora novamente – Fadas nascem de cinco meses e atingem a maturidade com seus cinco anos.

-Cinco anos? – ri e Cora concordou.

Talvez o chá com Cora estivesse se tornando mais curioso do que eu imaginava...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom? Ruim?
Comentário são essenciais para as autoras!