A Feia Mais Bela. escrita por Val-sensei


Capítulo 8
Revelação.




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Goten chegou à porta da sua casa e encontrou o Gohan o esperando.

— Foi levar a Kiria em casa? – perguntou ele olhando.

— Sim eu fui – ele estava feliz.

— Você contou a ela, não foi? - perguntou ele o encarando.

— Eu tive que contar, ela estava desconfiada.

— Goten, ela foi a minha aluna na faculdade na faculdade, apesar de parecer uma boa pessoa não deve confiar tanto. Além do mais ela era mais bonita quando estudou comigo.

— Ela realmente deve ser um gênio para estar dando aulas.

— A sim, ela é bem inteligente. Ela entrou muito nova na faculdade.

Goten sorriu ao irmão.

— Só mais cuidado na próxima vez – ele acenou e foi saindo.

— Tá – Goten acenou e entrou em casa.

****

Na manhã seguinte Goten já chegava à faculdade e da de cara com o seu amigo.

— Bom dia Goten.

— Bom dia Trunks – eles fecharam um dos punhos e tocaram um no outro como uma espécie de comprimento.

— Por que não foi lá em casa ontem?

— Eu estava com visitas, não deu para sair – ele começou a caminhar e seu amigo foi ao seu lado.

— Kuririn que foi lá? – perguntou curioso.

— Você nunca acertará – riu ele tapando a boca.

— Hum – ele colocou a mão no queixo e ficou pensativo. – Realmente Goten eu não faço ideia.

— Kiria – ele revelou.

— A professora feiosa foi pessoalmente na sua casa! – esbugalhou os olhos azuis e ficou surpreso.

— Trunks ela não é feia – Goten o reprimiu. – Sim ela foi e nos falamos muito. Ela almoçou lá em casa.

— Isso vai dar romance – Trunks brincou já chegando ao meio do corredor da faculdade.

Goten ficou rubro e viu o amigo dizer:

— Eu tenho que ir para sala de aula, mas primeiro me diga o que vai fazer depois da aula?

— Vou dar um pulo na casa da professora – Goten ficou um pouco mais rubro.

— Não vai ter pesadelos a noite – zombou ele dando as costas e seguindo um caminho diferente do Goten.

— Por que ele fica com essas gracinhas? – cerrou os punhos e foi para a sala de aula.

****

Goten saiu da aula e foi direto para casa de Kiria. Assim que se aproximou da casa da moça em uma rua mais deserta, ele pousou e foi andando até o grande portão em ferro retorcido dando uma arte moderna ao mesmo, um interfone entre meio as barras dentro de uma caixinha bem enfeitada e pelo lado de fora com pequenas grades e espaço entre elas para poder colocar-se o dedo.

Goten apertou o pequeno botão, onde fez um pequeno barulho. Após alguns minutos alguém tirou o interfone do gancho fazendo um barulho para Goten ouvir.

— O que deseja? – perguntou uma voz feminina.

— Eu gostaria de ver a Kiria, ela está? – perguntou o rapaz passando a mão nos cabelos espetados, segurando os livros com a outra na lateral direita escorado em seu corpo, seu braço levemente dobrado.

— Sim ela está. Só um minuto – voz da empregada soou meio mecânica, por estar falando ao interfone.

Após alguns minutos o portão abriu com um pequeno barulho, Goten empurrou o portão, para depois passar e fechá-lo atrás de si. Caminhou pelo caminho feito em pequenos pedaços de mármore cinza em volta uma grama verde até chegar à porta de vidro e ferro desenhada em flores e viu a empregada abrir a porta para recebê-lo.

— Pode entrar senhor Goten. Senhorita Kiria o espera.

— Obrigada - agradeceu ele.

Ele foi andando por um corredor curto e logo viu Kiria sentada no grande sofá de veludo bege olhando para a grande tela a sua frente.

— Oi Kiria – ele falou sem jeito parando perto dela.

— Oi Goten – ela o olhou. - Sente-se – ela o viu se sentar. - Tudo bem com você? – sorriu mostrando seu par de metais em seus dentes.

— Sim eu estou ótimo – ele sentou-se meio sem jeito.

— Liana pode servir o almoço – deu a ordem à empregada.

— Sim senhora – ela saiu e foi para a cozinha.

Goten há olhou um pouco tímido, agarrado aos livros de um lado.

— Pode ficar a vontade Goten – ela mudou o canal.

— Obrigado Kiria – ele pós as mãos no bolso retirou uma sementinha que parecia um feijão e ainda em punho fechado estendeu a mão em direção a ela e abriu.

Kiria viu a pequena semente, franziu a testa e perguntou:

— O que é isso?

— É uma semente dos deuses.

— Que? – ela não entendeu ainda o olhando com o cenho franzido.

— É uma semente dos deuses. Ela é mágica e vai curar a sua perna. Coma, por favor. – Goten deu um sorriso meio tímido.

Ela fez umas caretas, pegou a pequena semente meio receosa:

— Tem certeza que não é veneno?

— Claro que sim, eu mesmo já comi muitas e estou aqui – ele a olhou penetrantemente.

Kiria levou a mão à boca ainda com insegurança, colocou a semente dentro, fechou ainda criando coragem para comer, mas ao olhar o rapaz ao seu lado, confiou cegamente nele. Forçou os dentes no pequeno feijão, sentiu o estalar do mesmo, era crocante, tinha um sabor levemente adocicado, misturado ao gosto de uma semente crua, mas às vezes dava a impressão de ter um sabor meio indefinido. Ela por fim engoliu, sentiu uma sensação estranha em seu ser, como se seus músculos movessem sozinhos, tremeu achando que ia acontecer algo ruim, no entanto sentiu sua dor sumir e como se sua perna tivesse unido rapidamente ao osso quebrado. Olhou para o Goten com os olhos esbugalhados e assustada.

— O que fez comigo?

Goten riu-se divertido, abaixou-se rente ao sofá e pegou delicadamente o pé que estava com o gesso e disse:

— É uma semente mágica, que restauram a sua saúde física e a sua energia, no caso ela restaurou o seu osso quebrado e ela te sustentara por dez dias.

— Hum... – Kiria ouviu a sua explicação e viu Goten acumular uma energia no dedo.

— Não se mexa, ou posso te machucar – Goten fez uma linha no formato do gesso e ele abriu mostrando o pé esbranquiçado da garota.

Retirou o gesso com cuidado e colocou de um lado, mexeu o pé dela fazendo movimentos de vai e vem e uma massagem.

Kiria olhava a delicadeza e a forma com ele massageava para passar a dormência do pé dela.

— Você leva jeito para essas coisas – ela o olhava.

— Somos lutadores de artes marciais, sempre nos machucamos, ou temos uma torção, ou sempre dói um músculo ou outro – ele soltou o pé dela com delicadeza e sentou novamente no sofá.

— Você é uma gracinha Goten – sorriu ela mostrando os aparelhos nos dentes e se aproximou um pouco dele.

Goten ficou rubro e viu ela o beijar de surpresa. Demorou um pouco a perceber, mas fechou os olhos e sentiu o beijo terno e doce da garota, apesar de sentir o aparelho nos dentes dela, o beijo era gostoso e atraente. Envolveu as mãos em sua cintura e afundou o beijo ficando um pouco mais quente, suas mãos começaram a mover pela cintura dela.

—Cof... Cof... Cof - Um tossido com uma raspada de garganta fez o rapaz a soltar rapidamente.

— Lui – a moça olhava o homem. – Aconteceu alguma coisa?

— Sim, senhorita – ele olhava para os dois. – O almoço está servido – ele virou o rosto meio sem jeito.

— Obrigada por nos avisar Lui – Kiria se levantou e Lui viu a perna dela.

— Senhoria a sua perna... – ele apontou para a perna dela, curada, sem o gesso e a menina andando normalmente.

— Sarou rápido não é? – ela deu um sorriso e uma piscadela para ele, virou se para Goten. – Vamos almoçar?

Lui não entendeu nada, mas preferiu ficar quieto.

Só ouviu o rapaz responder:

— Sim, eu estou morrendo de fome – Goten sorriu e acompanhou a garota até a sala de estar.

Goten puxou a cadeira para ela se sentar e Kiria se sentou. Ele sentou em uma cadeira ao lado e começou a se servir.

— Você não vai comer? – perguntou ele em um tom brincalhão.

— Foi você que me deu uma semente mágica que tira a fome, lembra? – ergueu a sobrancelha e viu-o começar a comer com uma velocidade incomum.

— Sim eu lembro – respondeu ele depois de mastigar. – Vai voltar a dar aulas amanhã? – ele perguntou sem dar muita importância.

— Não, infelizmente eu tenho umas coisas para resolver, acho que só semana que vem.

— Hum... – estava de boca cheia.

Kiria apenas o admirava comendo, pensando se mostrava o seu rosto verdadeiro a ele ou não.

Ela sorriu a ele, olhando ele devorar toda a comida em cima da mesa em minutos.

“Ele tem um apetite e tanto”. Pensa ela ainda observando.

— Eu comi de mais – esfregou a barriga empurrando o prato. – A comida estava muito boa Kiria.

— A eu tenho os melhores chefes – ela se levantou aproximou-se dele e estendeu a mão a ele. – Quer dar uma volta no jardim? – ela o viu pegar a mão dela.

— Claro – ele a olhou bem, estava gostado dela.

Deu lhe a mão e caminharam junto pela saída de serviços.

Logo eles estavam em uma área bem verde em grama, arvores e flores de varias cores, a brisa do vento batendo e as balançando as folhas e os cabelos dos dois, as cigarras cantando seu tom estridente, as borboletas a volitar de flor e flor, as abelhas zunindo pegando o pólen.

Goten suspirou o ar puro ainda de mãos dadas a garota a olhou e foi para debaixo de uma das árvores.

— É um lugar bem calmo – comentou-o sentando se na grama.

— Sim, eu quase não tenho tempo de vir aqui – ela escorou a cabeça dela no ombro dele.

Goten não se importou.

— Algum motivo especial?

— Sempre ocupada de mais – ela o olhou e colocou a mão no rosto dele.

Ele ficou rubro e a encarou. Ela aproximou-se lentamente dele e ele dela, as respirações próximas uma da outra, o beijo estava perto de ocorrer quando Kiria ouviu um grito.

— KIRIA! – Lui corria em direção ao jardim, afobado, ofegante, cansado.

— Um dia eu ainda demito esse mordomo – revirou os olhos e se levantou, caminhou até ele.

— Temos algo muito importante que precisa ser resolvido com a sua presença.

— Está bem Lui, creio que seja na empresa.

— Sim senhorita! – Ele a encarava o afobado.

Kiria suspirou fundo decepcionada.

— Eu já vou Lui – respondeu ela caminhando de volta ate Goten.

— Aconteceu alguma coisa Kiria? – perguntou ele erguendo a sobrancelha.

— Uma emergência na empresa. Estão pedindo a minha presença – ela beijou em um selinho abaixando o seu corpo para alçá-lo. – Infelizmente eu tenho que ir.

— Eu entendo – ele se levantou e a encarou. – Bom eu não sei se vou poder vir amanhã.

— Sempre que puder vir Goten – ela deu um beijo no rosto se virou e saiu correndo em direção ao Lui.

Goten apenas a olhou e quando ela viu que os dois conversavam virados para ele. Ele levantou voou voltando para a sua casa.

****

Kiria já estava arrumada e entrava na limusine para ir para a empresa, quando Lui perguntou:

— Senhoria, quando vai mostrar a verdadeira face ao rapaz? – ele ligava o motor do carro girando a chave na ignição.

— Ainda não sei Lui – ela respondeu insegura. – Ele parece não ligar para minha fortuna, mas me sinto um pouco insegura, apesar de gostar dele.

— Eu já percebi que a senhorita gosta muito dele – Lui sorriu a olhando pelo retrovisor. – Deveria dizer a verdade logo ou ele pode não gostar, se um dia ele ver a senhorita é bonita.

— Eu sei disso Lui, eu sei, mas eu não sei o que fazer – ela virou o rosto e olhou pelo vidro da janela do carro.

— Por que não o convida para aquela festa?

— Ainda não Lui, ainda não... – Kiria falou meio sem emoção e meio confusa.

Os dois ficaram em silêncio indo em direção a empresa resolver os problemas.

***

Goten voou até a Corporação Cápsula e logo chegou à entrada, aterrissou no jardim e foi até a porta para tocar a campainha, mas antes que isso acontecesse à porta se abriu e ele viu Trunks a sua frente.

— Anda prestando atenção no meu ki, Trunks? – um tom brincalhão surgiu em sua voz.

— Talvez, pois você também observava o meu para não nos encontrarmos – deu os ombros e espaço para ele entrar.

O saiyajin entrou e se jogou no sofá da sala, se sentia como estivesse em casa.

— Então estava com a feia? – perguntou Trunks sentando ao lado dele.

— Sim... – ele olhou por todos os lados da sala.

— Está mesmo afim dela?

— Ainda não sei – olhou para o amigo que sorria com um ar de deboche.

— Não acredito que desistiu da Maron para ficar com aquela tribufu – Trunks começou a rir em gozação.

Goten fechou o semblante e o encarou feio.

— Em primeiro lugar a Maron nunca gostou de mim, além do mais na primeira oportunidade você agarrou ela para si. Em segundo lugar a Kiria não é feia ela e...

— A não diz isso, Goten – ele ficou triste. - Sim, sim eu já sei... Ela pode ser ela mesma – parou ele de rir e revirou os olhos. – Você não sabe levar nada na brincadeira.

— Isso não é brincadeira – falou ele sério de braços cruzados.

— Está bem Goten, mas então vai namorar ela?

— Ainda não sei – respondeu ele suavizando o semblante.

— O que sente? – perguntou curioso.

— Ela é legal, tem um ar humilde mesmo tendo uma casa maior que a sua. Sinto vontade de abraçá-la... – ele ficou rubro.

— Já a beijou? – perguntou Trunks com uma cara de safado.

Goten corou com a pergunta, abaixou à cabeça, uniu os dedos e fez que sim com a cabeça.

Trunks esbugalhou os olhos azuis em direção a ele, pois ele não acreditava.

— Você teve coragem de beijar ela? – perguntou tão incrédulo que até Goten ficou surpreso.

— Ué, e o que tem de mais nisso? – perguntou meio rubro com a cabeça baixa e viu em cima de uma mesa um papel com letras brilhantes, desenhadas e pratas.

Aquele papel chamou a atenção de Goten.

— Como você teve coragem? – perguntou ele fazendo caretas.

Goten revirou os olhos e preferiu não responder aquele questionamento.

— O que é isso Trunks? – ele lia o papel enquanto o saiyajin de cabelos lilás tentava entender como o amigo podia beijar uma garota feia e ainda de aparelho nos dentes.

— É um convite de uma festa empresarial. Infelizmente terei que ir, já que sou o herdeiro da Corporação Cápsula – ele olhava o papel junto com o amigo. – Quer ir? Seria menos chato com você lá e você poderia convidar a feiosa para ir – começou ele a rir de novo.

— Não é uma má ideia – Goten não se preocupou com a brincadeira do amigo. – Já é no próximo fim de semana.

— Já... – Trunks estava entediado. – Odeio essas festas, pior que meu pai e minha mãe vão.

— Já estou imaginado a cara do tio Vegeta.

— Daquele jeito – Trunks riu divertido. – Vai com agente?

— Sim, eu vou – sorriu e foi colocar o convite no lugar e viu uma revista sobre a mesma mesa de centro no meio da sala.

Pegou a revista e olhou curioso.

— Senhor Jones, dono das empresas SWE morre hoje deixando uma grande herança para a sua filha – Goten olhava a foto, curioso. – Já vi essa garota em algum lugar – Goten ficou pensativo e olhou a data da revista, mas não reconheceu a moça.

— Toda vez que eu olho essa foto tenho a mesma sensação, mas não consigo saber de onde. Às vezes ela me lembra á professora – Trunks estava desconfiado.

— Deve ser só impressão – Goten deu mais uma olhadela na foto tentou buscar em sua memória, mas não conseguiu nada.

Deu os ombros e colocou a revista no lugar.

A campainha tocou e Trunks foi atender, Goten foi atrás e viu o jovem de cabelos lilás abria porta e receber um beijo terno e carinhoso.

Goten virou o rosto e fechou o semblante, apesar de tudo sentiu uma fincada no coração, sentiu-se incomodado.

— Oi Goten – falou a moça de cabelos loiros. – Tudo bem com você?

— Oi Maron – ele descruzou os braços, suspirou e disse: - Tudo sim – respondeu a ela. – Trunks nós vemos na faculdade amanhã.

— Está bem Goten, até mais – despediu-se o amigo.

— Até mais Goten - sorriu Maron a ele.

Goten apenas acenou com o a cabeça e saiu voando.

Não sabia por que, mas ainda sentiu um pouco incomodado com a presença da loira, filha do amigo do seu pai. Apesar de já gostar da tribufu como diz Trunks, mas ele sentiu-se incomodado com os dois junto, mas agora a melhor forma de esquecer era chegar a casa e ter um bom treino com o seu pai, nada melhor que isso para tirar todos os incômodos que rondavam o coração de Goten.

Goten avistou a montanha que ele tanto gostava, os bambus balançavam com o vento, as sombras espalhadas por todas as partes. Só aquele ar puro já o fez sentir um pouco melhor.

Aterrissou próximo a sua casa jogou os livros no chão gramado, fez um pequeno aquecimento, quando viu o pai ao seu lado.

— Oi Goten – Goku o cumprimentou. – Você demorou, sua mãe acabou de me mandar atrás de você.

— Hehe – Goten passou a mão na nuca. – Desculpa pai.

— Não é a mim que tem que se desculpar. Conhece bem a Chichi – rolou os olhos e com os punhos na cintura.

— Depois eu falo com a mamãe – ele olhou penetrantemente o pai.

— O que o senhor fala comigo? – perguntou ela atrás dele com a cara de poucos amigos e brava.

— Sobre eu ter demorado, desculpa mãe – ele sorriu tímido.

— Eu não sei para que você tem esse tal de celular? – ela pós as mãos na cintura e estendeu o dedo indicador para ele e ele se encolheu. – Da próxima vez use essa porcaria, ouviu bem? Pois você me deixou muito preocupada.

— Sim mãe, mas eu sou um saiyajin, não precisa se preocupar – ele se encolhia com medo da mãe, enquanto Goku apenas observava. - Mãe, no próximo fim de semana eu vou a uma festa com o Trunks.

O semblante de Chichi suavizou rapidamente.

— Traga uma namorada bem rica de lá, ouviu bem – ela virou se de costas e entrou na casa.

— Mamãe não muda nunca – ele passava a mão na nuca. – Pai pode treinar um pouco comigo?

— Claro que sim – ele voou para longe do filho e Goten colocou em posição de luta.

Goku saiu voando em direção ao filho e conseguiu desviar facilmente do golpe do mesmo, depois deu uma joelhada no seu estomago fazendo o mesmo se abaixar e levar as mãos no estômago.

Goten se recupera e olha para o seu pai, sorri de lado e vai para cima com chutes e socos sem dar tempo de seu pai se defender, mas Goku é mais esperto e segura uma das mãos de Goten, depois a outra e da um ponta pé na lateral o fazendo cuspir saliva.

Goten sentiu a dor lancinante, levou as mãos a costelas e caiu ao chão.

— Goten, você está distraído – Goku pousou ao lado dele e estendeu a mão a ele. – Aconteceu alguma coisa?

Goten deu a mão ao pai e se levantou ainda com a mão na lateral da barriga.

— Não aconteceu nada pai – ele foi até os seus livros no chão e os pegou meio triste.

— Tem certeza que não quer conversar? – Goku perguntou com aquela carinha ingênua de sempre.

— Tenho pai. Obrigada por se preocupar – ele entrou em casa deixando o seu pai ali olhando o ponto vago.

Goten subiu as escadas em silêncio, nem falou com a mãe e já subiu direto para o seu quarto, trancou a porta e se jogou na cama com a mão sobre os olhos, suspirou fundo e sabia teria que teria que tomar outro rumo, talvez investir na Kiria.

“Ela é uma garota incrível”. Pensa Goten e tira o seu celular do bolso, e olha os números na agenda, disca aquele numero e espera chamar.

— Alô – uma voz meiga atende do outro lado.

— Oi Kiria, como foi lá na sua empresa?

— Foi bem Goten! – ela sorriu. – Pena que não deu para nós conversarmos mais.

— Sim, mas podemos conversar sempre que quisermos – ele corou ferozmente.

— Claro que sim, você é muito especial para mim.

— Bem... Eu... – Goten estava meio tímido, mas foi logo ao ponto. – Tem algum compromisso nesse fim de semana? - ele virou na cama e sorriu.

— A eu tenho sim Goten. Por quê?

— A eu ia te chamar para ir em uma festa comigo, mas você já tem compromisso – ele soou meio triste.

— Goten, que pena. Eu adoraria ir com você, mas eu realmente tenho um compromisso nesse fim de semana e não posso faltar, mas se der passa aqui amanhã – ela fez uma voz charmosa.

— Eu vou tentar – ele se sentou na cama segurando o celular. – Eu preciso desligar, minha mãe está chamando para jantar.

— Boa janta Goten, até amanhã. Beijos.

— Até amanhã, beijos – ele desligou o celular.

— GOTEN, ANDA LOGO OU SEU PAI TE DEIXA SEM JANTA! – gritou a mulher da cozinha.

— MÃE, FALA PARA ELE DEIXAR PRA MIM... – Goten saiu do quarto correndo como um doido e foi para cozinha jantar.

— Pelo ao menos está mais animado – comentou Goku levanto uma coxa de galinha à boca.

— Estou sim, pai – Goten tomou um copo de suco.

— Se precisar de alguma coisa filho é só dizer – Goku deu um sorriso.

— Do jeito que você custa a entender as coisas – Chichi começou rir e Goten começou a rir junto.

Goku ficou olhando para os dois sem entender muito.


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